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Bad Boys Para Sempre é a perfeita sintonia entre passado e presente

Quando mencionamos Bad Boys, logo temos memórias de filmes icônicos e que até hoje marcam a história da cultura pop, e continua sendo uma das comédias mais lembradas. Quando anunciaram o terceiro filme da franquia, Bad Boys Para Sempre, muitas pessoas ficaram com o pé atrás com a ideia, e com medo do longa não estar ao nível de seus antecessores. Bem, medo não é necessário, pois esse deve ser o melhor filme dos parceiros Mike e Marcus.

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Anos após os eventos de ‘Bad Boys 2‘, os dois amigos e companheiros de trabalho, interpretados por Will Smith e Martin Lawrence, estão entrando para a seus 50 anos. Enquanto Mike decide continuar trabalho, Marcus quer se aposentar, e assim o longa segue e mostra que as coisas já não são a mesma coisa que antigamente. Somos apresentados a uma nova linha de agentes especiais, intitulado AMMO, que é composto por atores e atrizes de filmes/seriados teen; Vanessa Hugdens (High School Musical), Charles Melton (Riverdale), Alexander Ludwig (Jogos Vorazes) compõe uma linha nova de personagens mais jovens, que renovam o humor e a ação do filme, e que é um ponto extremamente positivo.

Também temos uma nova ameaça, que explora o passado de Mike e que realmente deixa o espectador totalmente vidrando em desvendar o motivo dessa nova ameaça. Outro ponto muito bem executado vai para às cenas de ação, que não desapontam. E vale lembrar, nós temos vários easter-eggs e fan-services no filme, que dão um gostinho a mais quando se assiste.

Seu roteiro e direção funcionam, e conseguem dialogar bem entre drama, comédia, ação em um timing certo. O ponto mais positivo do filme, é que seu humor não é datado, não é algo que parece ter ficado parado no tempo, ele se inova e mesmo assim deixa a sensação dos antecessores. Enquanto ele se aventura em coisas novas, não deixa de ser um filme dos Bad Boys, é perceptível em vários pontos que a sensação de ver um longa dos anos 90; algo muito difícil de se conquistar, já que várias franquias pecam nesse quesito.

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Um aspecto importante que o longa apresenta, é a sua fotografia que sempre remete aos dos seus antecessores, dando ainda mais o aspecto de ver um filme ‘noventista‘. A trilha sonora também se encaixa perfeitamente e empolga o espectador, dando uma ótima imersão e clima para as cenas, falando da parte técnica, o filme tem realmente um trabalho muito bem feito e que merece ser elogiado.

Os efeitos especiais do filme são quase imperceptíveis, com a direção de Bilall Fallah e Adil El Arbi, às cenas conseguem trazer movimentos, efeitos práticos e anglos que não necessitem tanto de CGI. 

Talvez, a única coisa que o filme realmente tenha de problema, seja o final, que fica maçante e meio lento. Mesmo assim, não estraga a experiência e toda a diversão que foi criada durante todo o tempo.

Bad Boys Para Sempre é um caso em um milhão, sem se perder no tempo, e sabendo dialogar com o passado e o presente, cria uma atmosfera única. Seja seu humor encaixado certo como uma peça importante em um quebra-cabeças, ou a forma em que o roteiro sabe em qual momento precisamos focar e deixar mais sério, o filme pode se consolidar como o melhor da trilogia. Uma aula para outras franquias que decidem reviver seus filmes e ficam no passado, e não sabem inovar. E com toda certeza, esperamos que possamos ver a dupla mais vezes, para sempre.

Nota: 4/5

Por Eduardo Kuntz Fazolin

"I dwell in Possibility" -Emily Dickinson

Graduado em Produção Audiovisual pela FAPCOM, amante de música estranha e gosto controverso para video-games. Meu amor em escrever sobre tudo isso, é o mesmo amor que Kanye sente por Kanye.