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Análise | Dungeons & Dragons: Um bardo, um elfo e um anão entram em uma taverna…

Radigast

Uma pequena introdução ao universo de Dungeons & Dragons.

“Vocês estão sentados em uma mesa no canto da taverna, quando adentram três figuras interessantes. Seriam pessoas normais, não fosse o contraste entre eles: um bardo, com seu alaúde preso por uma corda; um elfo, segurando um arco simples e um anão com um machado de guerra. Eles vão até o balcão, pegam uma garrafa de hidromel e três canecas, caminham até uma mesa e abrem um mapa sobre ela. Eles falam algo sobre um tesouro e um dragão vermelho…”

Parece familiar? Bem, se você já leu algum livro de ficção fantástica, como Senhor dos Anéis ou Eragon, talvez soe familiar mesmo. Agora, se você já passou tardes e mais tardes de sábado ou domingo, sentado a uma mesa com mais quatro ou cinco pessoas viajando pelo mundo fantástico dos dragões e calabouços, sabe exatamente do que eu estou falando.

Sim, amigos, estou falando exatamente sobre Calabouços e Dragões, ou melhor Dungeons & Dragons, como é conhecido mundialmente. Para os íntimos, D&D. Um mundo onde tudo é possível, desde fazer surgir bolas de fogo de um cajado ou da própria mão, a uma luta de vida ou morte com um dragão vermelho. Criado com base em seres mitológicos e algumas influências do universo de Tolkien(os halflings são uma versão livremente inspirada nos hobbits) em 1974, por Gary Gygax e Dave Arneson, trouxe uma nova visão do que eram jogos de interpretação. Hoje, 40 anos depois, estamos na 5ª edição de um dos jogos mais jogados e influentes do mundo. E nessa 5ª edição podemos dizer que voltamos à era de ouro de D&D, pois muito do que havia se perdido, quando fundiram o Advanced Dungeons & Dragons, voltou. Novas classes de personagens, novas profissões, mais monstros. Além de um background excelente. E o que é o mais importante: quase todo o material necessário para juntar o seu grupo e montar sua mesa de jogo está disponível on-line apenas com o ônus de ser em inglês.

beholderPara os que já conhecem o sistema, claro que não será um problema. Mas se você não conhece, aconselho que leia o material anterior, pelo menos o Livro do Mestre, para facilitar o entendimento de algumas regras. A Wizards também tem feito um excelente trabalho com a franquia, criando cada background melhor que o outro. Atualmente, o ambiente de D&D não conta somente com dragões e orcs, mas demônios têm invadido o cenário de jogo.

E o mais interessante é que isso reflete em todas as plataformas que envolve o D&D, desde a virtual até os livros complementares. Essa “conversa” que a Wizards realiza entre as plataformas é o que tem tornado o sistema incrível a cada novidade lançada.

Então, se você gosta de lutar contra ordas de goblins, decepar cabeças de orcs e brandir um machado contra um exército de mortos-vivos enquanto caça
tesouros ou escapa de masmorras, fica aí a recomendação: Dungeons & Dragons é, atualmente, o melhor sistema para evocar a magia e a emoção das aventuras de fantasia que povoam sua mente.

Em breve, faremos também um artigo sobre dicas de como mestrar uma aventura sem cair nos clichês e contar uma história que fará seu grupo mergulhar de cabeça no mundo dos Calabouços e Dragões.wallpaper_Illo 8

Por Luiz Costa

Nerd, geek, programador, leitor ávido de quadrinhos (na verdade sou leitor ávido de qualquer coisa, até de bula de remédio), músico amador, escritor amador, piadista nível prassódia, mememan. Eu ia fazer a piada do Tony Stark de gênio, playboy, blá blá, blá... mas desisti porque ia ficar muito blasé. Prazer, esse sou eu!