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Análise | Assassin’s Creed Syndicate – Rumo a Londres

De forma sutil, a Ubisoft fez o que não havia conseguido desde seu segundo jogo da franquia. A evolução que vemos quando comparamos Unity com Syndicate é quase como a que vimos com Ezio e Altair há cerca de 8 anos, jogabilidade e definições mais bem trabalhadas, além da adição e reparação nos termos técnicos onde o jogo se transforma em algo realmente “novo”.

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Não podemos negar que enquanto pulamos, saltamos, e enfrentamos templários, identificamos elementos que nos rementem a uma fase específica de Assassin’s Creed, a necessidade de conquistar bases para liberar uma área específica, e um inventor meio alucinado que cria e melhora algumas de nossas armas, nós traz a lembrança de algo já visto. Dessa forma a empresa nos apresentou um produto que já havíamos experimentado e aprovado, tudo funcionando perfeitamente. Se em 2014 a Ubisfot não conseguiu marcar sua entrada na nova geração de consoles de forma épica, em 2015 eles conseguiram reviver uma franquia que cada vez mais se tornava monótona e que estava fazendo seus fãs ficarem um tanto quanto decepcionados.

Em Syndicate seguimos a história dos gêmeos Jacob e Evie Frye, filhos de um grande mestre assassino que morreu enquanto tentava libertar o mundo dos templários. Cansados de seguir ordens de seus superiores, que julgavam não os levarem a nenhum resultado satisfatório, partem com destino a uma Londres vitoriana, no ápice da Revolução Industrial, com o objetivo de livrar a cidade dos templários que passaram a comandar vários setores da economia, política e da sociedade. Dessa vez a grande mente por trás de tudo isso é o excêntrico Crawford Starrick, que controla desde a alta cúpula do governo ao mais baixo e asqueroso muquifo.

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Ao decorrer do gameplay a história ramifica-se com emoções e diversões quase opostas. Criticada por não trazer personagens empolgantes, os fãs de Assassin’s Creed podem encontrar personalidades profundas o suficiente para agradar o público. Foi um dos elementos mais importantes para deixar qualquer um apaixonado pelo jogo. Com exceção de partes específicas, como na introdução onde jogamos obrigatoriamente com um e com outro, podemos escolher livremente entre os personagens.

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Enquanto Jacob nos leva com sua personalidade explosiva e um tanto quanto violenta, a conflitos corpo a corpo, e ao submundo de Londres, Evie com sua personalidade mais serena e elegante, age de maneira mais stealth e estratégica, seguindo assim alguns dos princípios básicos da irmandade. Isto coloca-nos diante de duas personalidades distintas e bem trabalhadas, quer seja através de diálogos, através das missões especificas com objetivos secundários, ou até mesmo durante toda a narrativa. Dessa forma criamos laços com determinado personagem, que acaba por influenciar o nosso modo de jogo.

A partir da chegada em Londres podemos começar a percorrer toda a cidade, descobrindo pontos turísticos, lutar pelo controle de bairros, e perseguir e realizar os mais variados assassinatos. Esta sensação de liberdade e controle da experiência incrivelmente gratificante. Não existem restrições na exploração dos locais ou missões, tudo depende da forma como o jogador quer conhecer Londres.

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A Ubisoft realizou um excelente trabalho, principalmente na reconstrução visual da cidade e principalmente na reconstituição da era da Revolução Industrial. Os gráficos em Syndicate estão muito bem finalizados. O brilho e beleza da cidade chega a variar mediante o local, o tempo e hora do dia, seja de noite ou de dia, seja durante uma chuva forte ou um sol escaldante.

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Claro que são encontradas algumas falhas, mas nada que se compare aos bugs encontrados em Unity. Em locais com maior densidade de elementos, ou quando a ação acelera, é visível uma ligeira instabilidade a nível de framerate, são na verdade problemas mínimos se levarmos em conta a escala em que o jogo se encontra, e a performance permanece constante e simplesmente perfeita do início ao fim, sem qualquer problema na fluidez dos gráficos e jogabilidade.

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Syndicate melhorou muita coisa, a ausência de multi-jogador foi um ponto que trouxe uma certa felicidade pois sem essa manobra pra prolongar a vida útil do jogo, a equipe teve que compensar em jogabilidade e na valorização do produto, tendo uma experiência de jogo fluída e coesa.

Trazendo algumas mudanças significativas para Assassin’s Creed, Syndicate nos apresenta como novo equipamento, o arpão, que permiti ao jogador uma movimentação muito mais ágil, diminuindo a necessidade de escalar grandes altitudes, o que gastava muito tempo e paciência, ainda por cima nos permite escapar de situações difíceis, uma aquisição ala Batman Arkham. E a naturalidade de movimentos combinados, como o uso do arpão com a tirolesa e o parkour característico de Assassin’s Creed, faz com que as viagens rápidas não sejam tão importantes como antes.
Outra opção de viajem é pegar uma carruagem “emprestada” e guia-lá pelas ruas de Londres. O controle dos veículos não é nem um pouco notável, mas em não desaponta de forma geral, além de poder ser aprimorado ao decorrer do jogo.

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O sistema de combate e furtividade traz várias novidades. Combos de golpes, contra-ataques e esquivas, finalizações sangrentas, e usar vários tipos de armas, são figurinhas carimbadas durante toda a franquia e não poderia faltar em Syndicate
Conforme o jogo é progredido, você pode adquirir novas armas que são compartilhadas entre os personagens, além de trajes e habilidades próprias de cada um. As habilidades devem ser adquiridas através dos pontos de experiencia, que são distribuídos individualmente entre os protagonistas, já o dinheiro é compartilhado, assim como as habilidades da gangue.

VEREDITO

A Londres vitoriana torna-se desde o início o principal personagem no jogo, além de ser o cenário para os acontecimentos de um dos melhores Assassin`s Creed dos últimos tempos.

Apesar de alguns problemas técnicos já mencionados, algo que se têm como característica nos lançamentos da série, não há duvida em afirmar que Syndicate é o título mais divertido depois de muito tempo, principalmente por conta da jogabilidade e combate mais refinados. Além de corrigir as principais falhas de Unity, Syndicate dá um passo em frente para se distanciar da situação em que Assassin´s Creed se encontrava anteriormente. A Ubisoft esta seguindo na direcção certa, e qualquer fã que respeite a franquia saberá que Syndicate funciona muito bem.

PONTOS POSITIVOS

  • A cidade de Londres

  • Os gêmeos

  • Mecânicas novas

  • Gerenciamento de habilidades

  • Ausência de multi-player

PONTOS NEGATIVOS

  • Bugs e IA

  • Controles imprecisos

  • Jogabilidade de veículos

  • Inimigos repetitivos

 

NOTA FINAL: 9

Assassin’s Creed: Syndicate está disponível nas versões para PlayStation 4, Xbox One e PC. A versão testada foi a de Xbox One.

Por Luan Oliveira

"Quando eu era jovem, eu tinha liberdade, mas não via isso. Eu tinha tempo, mas não sabia disso. E eu tinha amor, mas eu não sentia isso. Muitas décadas passaram antes que eu entendesse o significado destes três. E agora, no crepúsculo de minha vida, este entendimento passou a contentamento"

- Ezio Auditore