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Análise | For Honor

A Ubisoft decidiu seguir um caminho bem diferente de outras empresas! Todos estão acostumados a toneladas de produtos comerciais, merchandising aos montes, mas quando nos deparamos com For Honor, uma dúvida se estabeleceu na mente dos gamers. Ninguém sabia ao certo a premissa do jogo, a poucos passos do lançamento, muitos não tinham noção de como For Honor seria, alguns especulavam que era um game de ação, aventura, e estratégia ou até mesmo um tipo de RPG, estruturado com um mundo aberto. Entretanto esse mistério foi se desvendando aos poucos, e com o tempo fomos descobrindo o que nos esperava.

For Honor é categoricamente um game de luta. Você pode se perguntar. E isso é ruim? Muito pelo contrário! A menos, é claro, que você não tenha paciência de encarar a dificuldade e realismo nos combates de espadas, que basicamente compõem o jogo.

For Honor Torre de Vigilancia

A câmera em terceira pessoa, as configurações medievais e as armas corpo-a-corpo pegam qualquer um desprevenido. Isso se dá pelo fato de muitos pensarem tratar-se de uma ação-aventura, ou um hack-and-slash que lembraria um tal de… Ryse: Son of Rome. E longe de toda expectativa negativa gerada pelo receio de apenas termos mais um jogo para embelezar a prateleira, For Honor consegue arrancar várias sensações diferentes, desde raiva e aflição, até felicidade quando se derrota um oponente utilizando todas as suas técnicas de gameplay.

Enraizada em um sistema claro de controles e com base na física real, que exigem movimentos variados e interceptações de ataques inimigos, a jogabilidade de For Honor oferece alguns dos mais criativos combates corpo a corpo já vistos. Há, entretanto, algo a ser dito em relação aos combates, para realmente enfrentar outras pessoas em nível satisfatório é preciso um pouco de paciência e determinação, para aprender os movimentos e ser capaz de ler seu adversário e saber antecipadamente o seu próximo passo. E a verdade é que hoje, não existe algo comparável a For Honor.

For Honor Torre de Vigilancia

Como um verdadeiro jogo de luta, a maioria dos méritos do For Honor está em seu multiplayer. Sim, ainda contamos com uma campanha singleplayer, mas ela não encanta como o restante da composição. Felizmente, não temos aquela campanha disfarçada de multiplayer, como vimos em Titanfall e nos primeiros Star Wars Battlefront. A história aqui tem início, meio e fim, começando pelos cavaleiros, partindo para os vikings e terminando nos samurais, uma chance de experimentar todos os heróis contra tipos de inimigo específico em ambientes mais estruturados.

Não temos realmente um personagem principal como de costume, específico, icônico de uma linha de jogo de luta. Temos aqui três facções, os Vikings, Cavaleiros e Samurai, cada têm quatro lutadores: um guerreiro padrão, um atacante rápido mas vulnerável, um pesado e, em seguida, um híbrido de duas das classes precedentes. Os diferentes heróis de cada facção, embora possam pertencer à mesma “classe”, todos possuem jogabilidade distintas. O Conquistador dos Cavaleiros (uma classe pesada) por exemplo, tem seu foco em bloqueios, enquanto os Vikings pesados, tem seu foco no contra-ataque, tornando-o mais viável em certas situações. A distinção de atributos dada a cada um dos 12 heróis é o ponto crucial de For Honor.

For Honor Torre de Vigilancia

Uma das coisa que mais se destaca em For Honor, além da sua jogabilidade cadenciada, são seus gráficos. Principalmente em seu modo campanha. Seus tons pastéis são incrivelmente agradáveis ao olhar, além de não contar com exageros dos efeitos gráficos, evitando cenas surreais, que muito pensam ser a chave para ganhar o mercado. Com isso, For Honor acaba tendo um visual próximo ao real.

Sem contar com nenhum encontro com o downgrade, e tudo é simplesmente incrível. Texturas e ambientação foram pontos muito bem trabalhados pela equipe. Tudo isso somado a um sistema de personalização próprio. Cada partida multiplayer garante uma série de itens extras, como cabos de lanças, novas lâminas e armaduras. O interessante é como cada um desses itens, muda os atributos dos personagens, oferecendo uma movimentação diferente mudando até o estilo de jogo de um personagem.

For Honor entrega o que tem de melhor em seus modos de combate. Tudo de melhor para incentivar a criação de táticas diferentes para o player. O modo por exemplo Domínio consiste em uma luta de quatro contra quatro, com alguns minions, para ambos os lados, para consagrar a vitória é necessário conquistar alguns pontos de influência no mapa e matando os adversários. O modo Mata-Mata, possui duas ramificações o Eliminação e o Conflito, também com 4 jogadores para cada lado, na primeira ramificação temos a missão de apenas estraçalhar os oponentes, enquanto na segunda temos uma missão parecida com o Domínio.

Já o Duelo e Briga é ao mesmo tempo o melhor e o mais controverso, com a opção de x1, você enfrenta um adversário em um campo reduzido, comparado aos outros 2 modos anteriores. Mas o modo Duelo conta também com a opção x2 onde você pode enfrentar com um amigo, outros dois oponentes, mas sendo que um de vocês enfrenta um oponente em um canto do mapa, e do outro lado, os outros dois lutam entre si. Estranho não?

For Honor Torre de Vigilancia

Diferente de outros jogos competitivos, como Overwatch  a porradaria acontece em locações bem pequenas e que só possuem o intuito terem seus pontos dominados. Não há missões de escoltar objetivos, invadir fortalezas ou mapas grandes segmentados em várias etapas. Mesmo com o sistema de personalização é o combate que conta aqui. E por isso, se você doar seu tempo para a experiência de For Honor, chegará um momento em que não haverá combos novos ou novidades que mudem a sua experiência, assim como, quando você dominar todos os heróis. 

For Honor não é um jogo para qualquer um. Isso é fato! É importante saber que se trata de um game de luta corporal, com um grau de dificuldade baseado na realidade, e que possui uma curva de aprendizagem relativamente longa, mas fácil, a depender da sua disposição.

VEREDITO:

For Honor se sente muito bem quando apresenta aquilo que ele têm a oferecer. Mas vai depender e muito de futuras atualizações para se consolidar. Como jogo para divertimento com amigos de maneira regrada é uma excelente aquisição. Durante todo o gameplay, você se conecta ao sistema de perda e aprendizado, descobrindo onde está seu ponto fraco e resolvendo esse problema. Os jogadores devem se perguntar se estão dispostos a se colocar no trabalho e na prática para conhecer a talentosa competição em For Honor, que apresenta uma proposta de longa e longa duração em seu modo multijogador.

For Honor marca uma nova era em relação aos games de luta.

Analise For Honor Torre de Vigilancia

For Honor foi revisado pelo Xbox One, cópia física cedida pela Ubisoft. Você pode encontrar mais informações sobre For Honor, acessando o link aqui.

For Honor Torre de Vigilancia

Por Luan Oliveira

"Quando eu era jovem, eu tinha liberdade, mas não via isso. Eu tinha tempo, mas não sabia disso. E eu tinha amor, mas eu não sentia isso. Muitas décadas passaram antes que eu entendesse o significado destes três. E agora, no crepúsculo de minha vida, este entendimento passou a contentamento"

- Ezio Auditore