Categorias
Consoles Gameplay Games

Review | Final Fantasy XII: The Zodiac Age Nintendo Switch

Na reta para a maior feira de jogos eletrônicos do mundo, a E3, temos por consequência que os lançamentos próximos a ela sejam mais mornos sem muito destaque, posto que a maioria das empresas costumam guardar o ouro para a divulgação no evento.

No entanto, algumas pérolas podem passar despercebidas neste período, o que é o caso do lançamento de Final Fantasy XII – The Zodiac Age, a versão mais parruda remasterizada do jogo lançado inicialmente em 2006 para PS2, e com novidades notáveis, lançada no mês passado para Nintendo Switch e Xbox One.

É importante lembrar que a versão já havia sido lançada para PS4 e a análise em questão foi realizada no Nintendo Switch.

A versão Zodiac Age original chamada Zodiac Age International foi lançada somente no Japão em 2007 para PS2 e possui mudanças relevantes em relação ao jogo original como por exemplo uma classe definida que correspondem a um signo do zodíaco sendo possível que cada membro da sua equipe tenha até 2 classes diferentes, cada uma com a sua respectiva árvore de habilidades.

Final Fantasy XII se passa em Ivalice, reino amado por muitos fãs da saga e que muita gente conheceu através de Final Fantasy Tactics para o Game Boy Advance.

Mapa dos reinos

Mais especificamente no reino de Dalmasca, que está entre dois gigantes impérios que travam guerra por poder sem fim, a nossa jornada começa através da perspectiva do irmão do nosso protagonista carismático Vaan.

Com um tom tecnológico que usa “magia ao invés de eletricidade”, uma resistência em meio a um império tirano e uma aventura que vai contra todas as probabilidades, temos a trama bem desenvolvida e fechada em uma das melhores ambientações já feitas na série (E confesso que em muitas vezes me remeteu à sensação passada pelos Star Wars clássicos).

O combate de Final Fantasy XII sempre foi aclamado por estar muito à frente do seu tempo e isso se reflete ainda hoje, mais de 10 anos depois do lançamento do jogo original.

Isso porque o jogo te dá as ferramentas necessárias para se moldar o comportamento das inteligências artificiais de todos os membros da sua equipe de uma maneira bem intuitiva e descomplicada que é o sistema de “Gambits”.

Comprando mais gambits e abrindo mais espaços para novos, você vai podendo expandir ainda mais o comportamento de cada personagem.

Parece difícil mas é nada mais que um sistema de “condições” para cada situação onde você vai definir o comando a ser cumprido caso aquela condição seja cumprida, isso tudo numa ordem de prioridades.

No quadro acima por exemplo temos na primeira linha a condição “se algum aliado estiver com o status de silence” e na sua frente a ação escolhida que é “usar o item echo herbs” (que curam o status silence).

Caso não haja ninguém com status silence ele segue para o próximo gambit que tem a condição “se ele próprio estiver com HP menor que 70%” com a ação determinada “first aid”, que é a auto-cura do personagem, e por aí vai.

Pode parecer muito complexo de início mas o jogo é extremamente intuitivo e flui numa cadência amigável que lhe permite aprender, testar e aperfeiçoar as várias combinações de condições, ações e ordens de prioridade,

A história possui uma cadência invejável a muito jogo atual e ainda conta com uma trilha sonora reorquestrada, mas que pode ser mudada pra trilha original caso você seja nostálgico.

Os gráficos fluem muito bem, tanto no modo portátil como na TV e mais uma vez o console portátil da Nintendo tem se reafirmado como uma das melhores plataformas pra se jogar RPG’s na atualidade pela portabilidade que ajuda nas horas do bom e velho “farm”.

O folclore, as criaturas e mais diferentes raças em Ivalice mostram uma diversidade crível e o ambiente é bem imersivo fazendo deste um jogo indispensável a qualquer possuidor de Nintendo Switch.

Nota 9/10

Enquanto o remake do Final Fantasy VII não sai, dá pra se divertir com outros universos tão ricos da série e Ivalice e Final Fantasy o fazem com louvor, te garantindo, dependendo do tipo de jogador que você é, em torno de 100 horas de jogo.

Agradecimentos à Square Enix pela cópia digital do jogo, e ao Luiz Cláudio Andrade pelo desenvolvimento e ajuda.

 

Por Guilherme Chaves

Administrador Público de dia, Projeto de Cheff de noite e redator da Torre nas horas vagas.