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Análise | Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

Desde sua pós-produção Metal Gear Solid V: The Phantom Pain vem arrancando suspiros e preocupações por parte de seus fãs. Tudo isso por causa de um nome em específico: Kojima, o diretor que trouxe a franquia de maior sucesso para a vida humilde de vários gamers, teve problemas com a distribuidora Konami.

Boatos rolaram, e declarações foram feitas, mas apesar de tudo isso o jogo foi lançado, e o que para alguns é o desfecho da história de Venom Snake, para outros não passa de mais uma parte da conturbada vida desse mercenário. Metal Gear Solid V: The Phantom Pain é o décimo primeiro titulo lançado da série Metal Gear, e o quinto em ordem cronológica. O jogo é a continuação de eventos ocorridos em Metal Gear Solid V: Ground Zeroes, porém sendo anteriores aos eventos do original Metal Gear. Produzido pela Kojima Productions e desenhado, idealizado, co-escrito e co-produzido por Hideo Kojima, foi publicado pela Konami para as plataformas de, PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360 e Xbox One  e para PCs em 1 de Setembro de 2015.

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De maneira espetacular, Metal Gear Solid V: The Phantom Pain segue um caminho diferente de outros jogos da série. Deixando de lado horas e horas de cutscenes, de maneira a intercalar esses momentos com os que tínhamos controle dos personagens, mas nos preenchendo de cenas épicas tal qual a que temos no hospital logo no início do game (já mostradas em vários trailers), The Phantom Pain é pura jogabilidade, possuindo mecânicas introduzidas em Ground Zeroes.

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Claro que há cutscenes, e há muitas delas, porém estão espalhadas no mundo inteiramente aberto e de liberdade absoluta, que acaba tomando o protagonismo para si. Possuindo uma diversidade de caminhos, o jogo nos surpreende ainda mais quando notamos a quantidade de elementos presentes nos cenários, desde soldados, carros, tanques, e helicópteros, a fuzis, rifles, pistolas, granadas, minas; animais como, cachorros, cavalos, ursos, lobos; e outros elementos como cabanas, torres, barracas, e montanhas.

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Graças a esse elemento novo que dispomos no jogo, a linearidade é simplesmente abandonada, deixando a critério do jogador, escolher como prosseguir a trama. Metal Gear Solid V: The Phantom Pain possui dois grandes mapas, um é o Afeganistão, e o outro é a Angola, cheios de vilarejos, bases, livres para exploração furtiva, ou como bem quiserem. As missões principais são facilmente notadas nos mapas, mas o que pode passar despercebido por você no calor da ação, pode esconder recompensas valiosas (recursos, soldados aliados), então preste atenção em locais que não tem tanta “importância”.

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Em relação aos soldados aliados, pode se considerar como uma das mais marcantes adições na franquia. Podemos ter como nosso companheiro de missões duas figuras bem relevantes, uma é a sniper Quiet e a outra é DD, um cachorro bad-ass com tapa-olho, cada um possuindo habilidades distintas que se tornam úteis em determinadas missões, como a habilidade de DD, tornando-o capaz de encontrar inimigos próximos, plantas que podem ser usadas em medicamentos e animais hostis. Quiet é uma sniper, uma franco-atiradora, que pode, em pontos específicos, encontrar alvos, e oferecer cobertura. Tudo isso para nos deixar ainda mais envolvidos na jogabilidade, permitindo a criação de nossas próprias histórias como Big Boss.

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E o jogo fica muito melhor quando durante o gameplay podemos ouvir faixas de músicas encontradas durante o próprio. A seleção inclui músicas como The Man Who Sold the World, de David Bowie (música de entrada), Maneater, de Daryl Hall & John Oates, e Take On Me do A-Há, maravilhosamente durante toda essa experiência, os sons ambientes ficam abafados por conta dos fones nos ouvidos utilizados por Snake. E se isso não bastasse, além de músicas é possível adquirir diálogos, acrescentando em detalhes a mitologia da franquia.

Caso você nunca tenha jogado, lido, ou assistido nada relacionado a franquia Metal Gear, infelizmente você irá se perder, pois o jogo se conecta com as duas “fases” da saga, a história de Big Boss, com a original, de Solid Snake. Mas isso não irá interferir na obra prima de Hideo Kojima, se você considerar o jogo como uma continuação, e a história de um passado cheio de ódio e vingança.

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VEREDITO:

Em Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, Kojima se despede de forma épica. Unindo elementos já apresentados na série, o game se reinventa e muda a todo o momento para agradar o jogador. Nunca antes Metal Gear teve mecânicas e jogabilidade tão bem produzidas, com um mundo no qual nossas habilidades são realmente importantes para que tenhamos sucesso. Sua falta de foco na história não o torna ruim, nem o faz passar perto disso. Mesmo não possuindo um mapa ala Skyrim, com grande ambientação, ou numerosos ícones para eu explorar no mapa, Metal Gear Solid V: The Phantom Pain trouxe um novo conceito de exploração, nos obrigando a planejar, adaptar e improvisar. The Phantom Pain é de longe o título mais ousado e surpreendente a ser lançado pelo estúdio. Sendo não apenas o melhor Metal Gear, como também um dos melhores jogos de furtividade e ação.

Pontos Positivos

  • Jogabilidade
  • Gadgets
  • Ação desenfreada
  • Exploração
  • Furtividade

Pontos Negativos

  • Mundo aberto pouco aproveitado
  • Enredo sem profundidade

NOTA FINAL: 9,0

Por Luan Oliveira

"Quando eu era jovem, eu tinha liberdade, mas não via isso. Eu tinha tempo, mas não sabia disso. E eu tinha amor, mas eu não sentia isso. Muitas décadas passaram antes que eu entendesse o significado destes três. E agora, no crepúsculo de minha vida, este entendimento passou a contentamento"

- Ezio Auditore