Após trazer o surpreendente Life is Strange em 2015, a DONTNOD Entertainment decidiu se aventurar em uma nova vertente: o RPG.
Vampyr foi anunciado ainda em 2015, e desde então tem passado por diversos adiamentos, mas agora em Junho de 2018, o jogo enfim viu a luz do dia. Será que a espera valeu a pena?
Em Vampyr, acompanhamos a história de Jonathan Reid, um cirurgião que recém voltou da guerra e é misteriosamente transformado em um Vampiro. Jonathan tem que decidir se mantém sua integridade como médico, ou se alimenta para suprir sua necessidade de sangue. O game se passa em Londres, no inicio do Século XX, em meio a epidemia da Gripe Espanhola.
Assim como Jonathan, começamos a nossa jornada desnorteados, tentando saber o que aconteceu com ele, e então recebemos o nosso primeiro objetivo: encontrar o nosso criador. O jogador tem que decidir se mantém os cidadãos vivos ou os mata, mas em ambos os casos, isso terá consequência em todo o resto da narrativa.
Vampyr possui uma jogabilidade bem fluida e didática, o combate funciona muito bem.
O jogo usa um sistema de vigor, parecido com o da série Souls, então pense bem antes de entrar em uma luta. Ao invés de gastar algum ponto específico para evoluir, o jogador utiliza a experiência adquirida durante a jogatina para aumentar os status de Jonathan, e liberando novas habilidades.
O sistema de crafting também é bastante didático, você utiliza de peças encontradas na cidade, que também podem ser compradas nos comerciantes de cada distrito, o preço delas mudam conforme você vai melhorando a saúde dos distritos.
O mundo de Vampyr é semi-aberto, ou seja, ainda que você tenha certa liberdade, o jogo te “obriga” a seguir a história corretamente. Isso porque diversos pontos da cidade só são liberados depois que você vai se adentrando na história.
O jogo possui diversas telas de loading demoradas, um problema comum de jogos nesse estilo. É realmente chato ter que esperar o jogo voltar após você morrer, sair de um esconderijo, ou até mesmo passar de um distrito para o outro. Falando em esconderijos, essa é uma ótima sacada, eles estão espalhados pela cidade e te ajudam a craftar itens e subir de nível.
Assim como em Life is Strange, os personagens de Vampyr não são tão expressivos assim, e quando precisam ser, a animação tem uma mudança brusca, como se tivesse havido um corte. Talvez não seja algo comprometa um pouco a experiência, visto que, em outros aspectos, o jogo se sobressai.
De longe, um dos maiores destaques de Vampyr é a sua ambientação. Somos apresentados a uma Londres em meio a uma crise, então espere cenários sujos, sombrios e nefastos. Contudo, em algumas partes, o jogo fica muito escuro, deixando o jogador com dificuldades de se localizar.
A direção de arte realmente mandou muito bem em suas pesquisas e conseguiu trazer um cenário totalmente imersivo.
Assim como a ambientação, um dos componentes que fazem Vampyr ser uma experiência imersiva, é a trilha sonora composta por Olivier Deriviere. Ela traz um clima sombrio que faz qualquer um se arrepiar.
Uma prévia do trabalho de Olivier no jogo, pode ser conferida no vídeo de bastidores abaixo, lançado pelo próprio compositor em seu canal.
Como todo bom RPG, Vampyr também possui um sistema de side quests. Elas servem, em sua maioria, para liberar árvores de diálogos, que ajudam tanto nas missões principais, quanto na saúde dos distritos de Londres. Elas consistem em salvar pessoas de Skals e achar itens. No entanto, depois de um tempo, elas se tornam repetitivas e tediosas de se fazer.
Uma das melhores funções do jogo é, com certeza a de ajudar a saúde dos distritos a ficar estabilizada, você pode perder horas da sua jogatina para querer ajudar os cidadãos.
O jogo foi testado em um PlayStation 4.
NOTA: 8.5