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A simplicidade encantadora de Look Back

O clichê também pode ser encantador, quando alinhado com uma direção competente e um roteiro que sabe fazer o básico. Look Back, média-metragem da Amazon MGM, é a personificação dessa premissa, conquistando o público com uma narrativa simples, mas profundamente emocionante.

Este média-metragem não busca reinventar o subgênero de dramédia; ao contrário, ele abraça a simplicidade e o realismo como pilares de sua trama. Essa escolha traz uma sinceridade que permite ao espectador se conectar com a história de maneira autêntica, lembrando que, às vezes, é no básico que reside o maior impacto.

Look Back' movie review: Tatsuki Fujimoto's poignant meta-manga is a  stirring tribute to creation - The Hindu

Look Back segue a história de uma aluna da quarta série, excessivamente confiante Fujino e a reclusa Kyomoto bem diferentes, mas o amor por desenhar mangás une essas duas garotas de uma cidade pequena, em uma história comovente de crescimento e progresso.

Para aqueles que conhecem a trama original do mangá, Look Back não traz grandes surpresas em sua adaptação, uma vez que não acrescenta nenhum elemento substancialmente novo. Porém, o público leigo ou aqueles que costumam consumir animes em formato de série ou filme sem acomapanhar suas versões literárias, poderão ser profundamente impactados pela conclusão apresentada, mesmo que ela tenha sido repetida incansavelmente em outras produções do gênero. A previsibilidade dessa conclusão, no entanto, não diminui o mérito do longa, que, com sua simplicidade e sinceridade, se revela um média-metragem visualmente encantador e emocionalmente envolvente, deixando o telespectador imerso em uma reflexão silenciosa sobre o que acabou de vivenciar.

A força da obra resiste justamente, em sua habilidade de conectar com a emoção do público sem recorrer a artifícios complexos. A humildade de sua narrativa permite que o conto seja vivido com mais impetuosidade, criando um espaço para que o espectador tenha nostalgia com as dores e alegrias da juventude de maneira imediata. Esse poder de ressoar, mesmo com recursos simplórios, é um dos aspectos mais admirados neste tipo de produção.

Além disso, a direção e roteiro de Look Back sabem explorar o ritmo da história de forma eficaz, equilibrando momentos suavidade emocional com complexos existênciais. Ao contrário de muitas adaptações que se perdem no desejo de inovar, a produção encontra seu charme na fidelidade à obra original, respeitando seus elementos fundamentais e, ao mesmo tempo, tornando-os acessíveis a um público mais amplo. Ao final, não é a novidade que cativa, mas a universalidade da mensagem e a habilidade do filme em comunicar sentimentos complexos de maneira simples e poderosa.

Look Back” Review: The Beauty of Art, Queer Love, Self-Growth, and No  Regrets - When In Manila

Look Back se destaca não por sua originalidade, mas pela forma como consegue transmitir uma profundidade emocional rara em uma obra de tão simples premissas. A adaptação do mangá, que poderia se perder na repetição, encontra sua força ao explorar de maneira sincera e tocante os temas universais de amar e perder.

A conclusão previsível, longe de enfraquecer a produção, confere-lhe uma melancólica elegância, reforçando a ideia de que, por vezes, o que realmente importa não é o que vem a seguir, mas o impacto do momento presente. Além disso, Look Back faz um pequeno desvio em sua abordagem do amor, ao mergulhar, ainda que de maneira sutil, no philia, o amor fraternal e a busca por entendimento mútuo, fugindo, assim, da narrativa focada apenas no eros tão comumente explorado. Ao final, o média-metragem nos deixa com mais perguntas do que respostas, não porque seja enigmático, mas porque, com sua simplicidade, nos força a refletir sobre o que de fato é essencial.

NOTA: 4/5

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Cinema

Confirmado, Homem-Aranha 4 de Tom Holland estreia em 2026

É oficial, o próximo filme do Homem-Aranha que será estrelado por Tom Holland, estreia em 24 de Julho de 2026 nos cinemas. 

Além de Holland, Zendaya também estará presente no elenco do longa-metragem. Mais nomes devem ser revelados nos próximos meses. 

O curioso, é que o longa-metragem da Sony Pictures co-produzido pela Marvel Studios irá estrear uma semana após o filme de Cristopher Nolan, que também terá Tom no elenco de personagens principais. 

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Cinema

Marvel Studios adia Blade indefinitivamente

A Marvel Studios adiou indefinitivamente o filme Blade, que seria estrelado por Mahershala Ali e Mia Goth. 

Previsto anteriormente para chegar no final de 2025, a obra originalmente anunciada na SDCC em 2019, passou por diversos alterações criativas, incluindo troca de diretores e roteiristas. 

Além disso, a produtora reservou três datas para 2028, sendo elas: 18 de Fevereiro, 05 de Maio e 10 de Novembro. 

Os próximos longas-metragens eventos da produtora serão Avengers: Doomsday e Avengers: Secret Wars, que chegam respectivamente em 2026 e 2027.  

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Cinema

Será o maior de 2026! Próximo filme de Christopher Nolan supostamente será de Terror sobre Vampiros

Não é novidade que Christopher Nolan é um dos melhores diretores de sua geração, dado a quantidade impressionantes de obras cinematográficas profundas que ele é capaz de conduizr. Contudo, parece que agora ele irá se reenventar! 

De acordo com informações do Gizmodo, o próximo longa de Nolan que chegará em Julho de 2026, será um Terror sobre Vampiros situado na década de 1920! 

Essa será a primeira vez que o cineasta conduz uma obra do gênero, dado que está mais habituado com tramas de ficção-científica e guerra. 

Vale mencionar, que a informação se trata de um RUMOR, dado que por outro lado, a Variety afirma que há grandes chances da nova produção de  Christopher ser um thriller de espionagem. 

Lançamento previsto para Julho de 2026. 

 

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Cinema

Um salto na carreira! Tom Holland entra para o elenco do próximo filme de Christopher Nolan

O The Hollywood Reporter revelou com exclusividade, que o Tom Holland entrou para o elenco do próximo filme de Christopher Nolan em um papel de destaque. 

De acordo com informações do site, Holland gravará o projeto em paralelo com Homem-Aranha 4 e Avengers: Doomsday, mantendo-se ocupado nos primeiros meses de 2025. 

Assim, o ator que ganhou notoriedade pelo papel de Peter Parker no MCU, estrelará 3 filmes em 2026. 

Com Matt Damon também no elenco, o próximo longa de Nolan estreia em Julho de 2026 nos cinemas com produção e distribuição da Universal Pictures.  

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Séries

Você quer monstros? Então toma monstros! Assista ao novo trailer de Creature Commandos

A DC Studios divulgou durante a NYCC, o mais novo trailer de Creature Commandos, série animada situada no DCU que chega em Dezembro de 2024 na MAX

Comando das Criaturas é uma série animada baseada na equipe homônima da DC Comics. Produzida pela DC Studios e Warner Bros. Animation, será a primeira animação do novo Universo DC, iniciando o Capítulo Um: Deuses e Monstros. A trama gira em torno de Amanda Waller (interpretada por Viola Davis), que forma um grupo de operações especiais composto por super-humanos e criaturas. A equipe inclui Noiva do Frankenstein (Indira Varma), Doninha (), Rick Flag Sr. (Frank Grillo), Nina Mazursky (Zoë Chao), Doctor Phosphorus (Alan Tudyk), Eric Frankenstein (David Harbour) e G.I. Robot (Sean Gunn). Com habilidades perigosas, esse novo esquadrão suicida realiza missões secretas de alto risco. A série promete uma adaptação futura para live-action, com o mesmo elenco. Comando das Criaturas marca o início da nova fase do DCU, sob a liderança de James Gunn e Peter Safran, trazendo uma abordagem inovadora para o universo de heróis e monstros.

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Cinema Tela Quente

A Substância | Um filme ou um comercial de luxo satírico?

Tudo aquilo que agrada pseudo-cults ou “cinéfilos” de Twitter costuma fazer sucesso, afinal, conquistar quem acredita fazer parte de um determinado grupo, mas na verdade não pertence a ele, é fácil, pois apela para a sensação de pertencimento. Essa é uma das razões pelas quais A Substância está ganhando tanta popularidade, mesmo sendo, na verdade, um longa-metragem que mais parece um comercial de luxo satírico, voltado para um coletivo com ausência de atenção que se considera cult apenas por assinar a Mubi.

Obras cinematográficas “toscas” que não se levam a sério e admitem isso desde os primeiros esboços do roteiro são dignas de admiração, principalmente pela coragem de chegar às grandes telas e assumir que estão ali apenas para oferecer entretenimento despretensioso. No entanto, quando o oposto ocorre — ou seja, quando filmes se levam a sério em demasia — surge um motivo real de preocupação. Esse é o caso de A Substância, que tenta se impor como uma obra profunda, recheada de uma suposta grande crítica social, mas acaba mergulhando em uma pretensão vazia.

É preciso reconhecer que A Substância tem uma proposta interessante e, em certos momentos, consegue criar uma atmosfera superficialmente intrigante. No entanto, ao tentar ser mais do que realmente é, o filme se encaminha para uma direção pífia. A obra se perde em simbolismos forçados e diálogos tão constrangedores que até os roteiristas de Os Simpsons poderiam criar uma sátira mais significativa. O resultado é uma tentativa falha de ser “cult”, que transforma a experiência em algo mais irritante do que impactante.

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Em A Substância, Elisabeth Sparkle (Demi Moore) é uma celebridade em declínio que enfrenta uma reviravolta inesperada ao ser demitida de seu programa fitness na televisão. Desesperada por um novo começo, ela decide experimentar uma droga do mercado clandestino que promete replicar suas células, criando temporariamente uma versão mais jovem e aprimorada de si mesma. Agora, a atriz se vê dividida entre suas duas versões (Margaret Qualley), que devem coexistir enquanto navegam pelos desafios da fama e da identidade. “Já sonhou com uma versão melhor de si mesmo? Você. Só que melhor em todos os sentidos. De verdade. Você precisa experimentar este novo produto, A Substância. MUDOU A MINHA VIDA. Ele gera outro você. Um você novo, mais jovem, mais bonito, mais perfeito. E há apenas uma regra: vocês dividem o tempo. Uma semana para você. Uma semana para o novo você. Sete dias para cada um. Um equilíbrio perfeito. Fácil, certo?”

A Substância não traz absolutamente nada de novo. Sua crítica social desgastada já foi abordada incontáveis vezes em produções anteriores, e de maneira muito mais contundente e eficaz. Filmes como Starry Eyes provaram que é possível trabalhar com uma premissa simples, mas com um grau de intensidade que A Substância jamais consegue alcançar. A superficialidade aqui é evidente e atroz, refletindo uma obra que se limita a reciclar temas e ideias sem qualquer tentativa genuína de subverter ou aprofundá-los.

A estética do filme remete a um comercial de luxo de grandes marcas, mas o problema é que sequer consegue atingir o nível mínimo de qualidade visual e narrativa que tal comparação exige. Coralie Fargeat, ao tentar ser pretensiosamente sofisticada, oferece um produto que falha não só no enredo, mas também na construção atmosférica. Se o objetivo era dialogar com um público que se considera “intelectualmente superior” por assinar Letterboxd, ela erra grotescamente ao escolher disseminar um ponto de vista vazio e prepotente, em vez de se focar em criar uma tensão real e sufocante. A diretora parece mais interessada em ostentar suas supostas habilidades cinematográficas do que em entregar uma narrativa sólida e angustiante.

Fargeat, ao invés de usar seu talento para criar uma obra memorável, prefere cair na armadilha da autoindulgência. O resultado é uma experiência cinematográfica que busca desesperadamente parecer “cult” e “sofisticada”, mas que apenas revela o quão rasa e desprovida de substância realmente é. Os diálogos são risíveis, os personagens são caricaturas vazias e, pior, a tentativa de crítica social soa mais como uma palestra enfadonha que não vai além da superfície.

Watch the Trailer

Entre as poucas qualidades que A Substância oferece, e que não são suficientes para sustentar um longa-metragem tão ofensivo, estão os efeitos práticos e algumas analogias religiosas e antropológicas espalhadas ao longo da história. No entanto, essas virtudes são raridades isoladas em meio a uma enxurrada de superficialidade. Os efeitos práticos, apesar de competentes, são desperdiçados em um roteiro que não faz justiça à sua aplicação, enquanto as analogias falham ao tentar atribuir uma profundidade que o filme simplesmente não tem.

A conclusão, embora grotesca, previsível e até risível, consegue causar um breve desconforto, algo que a produção lutava desesperadamente para alcançar desde o início, mas falhava miseravelmente. A única exceção relevante é a sequência do processo de clonagem, que se destaca por prestar uma homenagem interessante a clássicos do horror das décadas passadas, como A Coisa e O Enigma de Outro Mundo. No entanto, mesmo essa referência cai no vazio, pois falta à obra a tensão e o terror psicológico que esses filmes souberam criar com maestria.

A película parece mais preocupada em provocar uma reação superficial do que em contar uma história que realmente impacte ou ressoe com quem está assistindo. É uma produção que se perde em suas próprias pretensões e falha em entregar qualquer mensagem significativa. O filme, em vez de ser uma experiência instigante, torna-se uma prova de paciência para quem assiste, testando a resistência do público com uma narrativa que, além de rasa, é dolorosamente previsível.

The Substance: full-throttle feminism, excess and violence - The Face

Em suma, A Substância é uma tentativa fracassada de soar sofisticado, quando na verdade não passa de uma perca de tempo pseudo-intelectual disfarçado de cinema “cult”. Além de ser tedioso, é uma ofensa à paciência  de qualquer um que tenha um mínimo de bom senso cinematográfico. Com uma direção pretensiosa que visa agradar a si mesma mostrando o quão erroneamente boa ela é, um roteiro pífio e uma narrativa que se perde em sua própria mediocridade, ele não só subestima quem assiste, como insulta aqueles que esperavam algo, minimamente, decente. É uma experiência barcaça e sem identidade, destinada apenas a agradar quem se deixa enganar por rótulos omissos e embalagens pomposas.

Nota: 1,5/5

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Séries

Rick and Morty é renovada para a sua 11 e 12 temporada

Seria o novo Simpsons? O Adult Swim renovou Rick and Morty para a sua 11 e 12 temporada, dando aos fãs do seriado, ainda mais conteúdo para se sentirem inteligentes. 

Atualmente, a série animada voltada para o público adulto, está em sua sétima temporada, com o oitavo ano previsto para chegar em 2025. 

Atualmente, a franquia possui uma série spin-off denominada de Rick and Morty: The Anime, que apesar de contar com o mesmo tom da obra original, não teve o sucesso de público esperado. 

Rick and Morty é uma série animada que acompanha as aventuras e os descobrimentos de um super cientista e seu neto não muito brilhante. Completamente irresponsável, Rick não é um avô amoroso e gentil. Muito pelo contrário, ele usa o neto, Morty, como cobaia em seus experimentos e não leva em consideração a segurança do jovem em suas aventuras intergaláticas. Mas mesmo com diversos desentendimentos, os dois se divertem descobrindo lugares incríveis e criaturas assustadoras através de universos e galáxias desconhecidas. Além dos dois, a série também acompanha os outros membros da família: Beth, mãe de Morty e filha de Rick com quem ele tem uma relação complicada, Jerry, o genro de Rick por quem ele sente desprezo e Summer, irmã mais velha de Morty que também acompanha o irmão e o avô em suas aventuras. Enquanto encaram perigos inimagináveis, a família Smith acaba descobrindo muito sobre uns aos outros. 

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Cinema

O cansaço de M.Night Shyamalan em Armadilha

M. Night Shyamalan, desde sua estreia como diretor, sempre foi uma figura controversa no cinema: há quem o ame e quem o odeie, mas uma coisa é certa, ele já não carrega a mesma energia de outrora. Com o passar dos anos, essa exaustão tornou-se visível, especialmente em seu mais recente longa-metragem, Armadilha.

Mesmo apresentando uma trama relativamente simples, Armadilha tenta, de alguma forma, se destacar ao propor algo um pouco diferente. No entanto, a execução do filme se perde em meio a essa tentativa. O suspense, que inicialmente prende a atenção do espectador, gradualmente se desfaz, afundando em uma sucessão de previsibilidades que beiram o melodrama. Ele começa com força, mas logo se transforma em um desfile de previsibilidades e reviravoltas fáceis, tirando o impacto que poderia ter causado.

A grande questão com Armadilha não está em sua premissa, mas na incapacidade de Shyamalan de manter o ritmo e a tensão que ele inicialmente cria tão bem. O filme promete muito mais do que entrega, e a sensação é de que o diretor tenta replicar a fórmula de seus trabalhos mais icônicos, mas sem a mesma precisão e frescor. Isso faz com que Armadilha pareça uma sombra dos seus filmes anteriores, uma obra que tenta capturar a genialidade de seus melhores momentos, mas acaba ficando aquém.

side-out, bitch — TRAP (2024) +dir. M. Night Shyamalan "Well, the...

Armadilha, com direção e roteiro por M. Night Shyamalan, segue Cooper (Josh Hartnett) e sua filha adolescente. Ambos estão em um show de música pop quando Cooper percebe a presença excessiva de policiais ao redor e isso o deixa inquieto. Rapidamente, ele consegue descobrir com a equipe que trabalha no local, que ambos estão no epicentro de uma armadilha montada para capturar um serial killer. O que deveria ser uma noite de diversão entre pai e filha, se transforma em uma luta desesperada pela sobrevivência, enquanto tentam escapar das garras do assassino que os cercou. Contudo, a verdade é que Cooper está fugindo dele mesmo. O filme acompanha a angustiante jornada de Cooper e sua filha enquanto são perseguidos implacavelmente, com uma trilha sonora que intensifica cada momento de suspense e adrenalina. Entre reviravoltas chocantes e confrontos emocionais, eles precisam encontrar uma maneira de desvendar o plano do assassino e sair vivos dessa situação desesperadora.

Ao longo de Armadilha, a previsibilidade se torna um obstáculo inescapável. Desde os primeiros momentos, o longa-metragenm parece prometer reviravoltas impactantes, mas Shyamalan escolhe os caminhos mais seguros, optando por soluções fáceis e desfechos que qualquer espectador mais atento já pode antever. Essa previsibilidade acaba minando o suspense que deveria ser o coração seu coração, deixando a sensação de que tudo está acontecendo de acordo com um roteiro já desgastado e sem frescor.

Shyamalan, em seus melhores momentos, sempre conseguiu subverter as expectativas do público, entregando finais inesperados que elevavam suas obras a outro patamar. No entanto, em Armadilha, ele parece perdido entre tentar repetir essa fórmula e inovar, mas acaba não fazendo nem uma coisa nem outra. As reviravoltas, quando chegam, não têm o impacto desejado, pois o filme se revela um exercício de fórmulas já saturadas. Essa falta de ousadia compromete a tensão e a surpresa, elementos essenciais para um bom thriller.

Além disso, o diretor comete o erro de subestimar a inteligência do público. O medo do desconhecido, que deveria manter o espectador à beira do assento, desaparece rapidamente, e o que sobra é uma sucessão de cenas que se arrastam sem emoção real.

Em vez de entregar um clímax memorável, Armadilha se contenta com uma conclusão insossa, que reafirma a falta de criatividade de Shyamalan nesta fase de sua carreira. As decisões pífias no roteiro e na direção transformam a obra em um trabalho que, apesar de competente em sua produção técnica, é incapaz de deixar uma marca duradoura.

Trap is the most divisive movie of 2024 so far. Is it any good? | Digital Trends

Josh Hartnett, por sua vez, não é um ator sem talento, longe disso. Ele já demonstrou em outras produções a capacidade de criar personagens cativantes. No entanto, em Armadilha, ele sofre com uma caracterização que falha em causar o impacto necessário para seu papel. Hartnett entrega uma performance sólida, mas a construção de seu personagem é superficial e, por mais que ele tente transmitir ameaça ou pavor, a falta de profundidade no desenvolvimento do vilão faz com que o espectador não sinta medo genuíno.

A ausência de uma caracterização mais amedrontadora para o personagem de Hartnett também prejudica o envolvimento emocional do público. Em um thriller, o antagonista deve ser capaz de provocar tensão, mas aqui, ele acaba se tornando mais uma peça genérica em um quebra-cabeça previsível. Josh, apesar de sua dedicação, não consegue superar as limitações impostas pelo roteiro, e seu personagem acaba sendo uma figura sem peso. 

Trap: Trailer 2

No final das contas, Armadilha é mais uma prova de que Shyamalan, um cineasta outrora rentável, está preso em um ciclo de repetição e escolhas seguras que comprometem a originalidade de suas obras. Mesmo com uma premissa promissora e atores competentes como Josh Hartnett, o filme se perde em sua própria tentativa de ser mais do que realmente é. A previsibilidade e a falta de profundidade transformam Armadilha em uma experiência frustrante, uma que não causa o impacto esperado e que dificilmente será lembrada entre os grandes thrillers do gênero.

NOTA: 2,5/5

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Entretenimento

Liam Payne, ex-integrante do One Direction, morre aos 31 anos de idade

Liam Payne, ex-integrante do One Direction morreu aos 31 anos de idade. MTVLA.

O cantor faleceu após cair do terceiro andar de um hotel, que estava hospedado na Argentina

Informações revelam que havia um homem bêbado e descontrolado no local, mas não está explícito se ele possui envolvimento na morte de Liam ou não. 

https://x.com/MTVLA/status/1846665824687489285?t=z1Eyw6anO35fhclNpaFcTA&s=19

Após sua saída da boyband, Liam Payne focou-se em construir uma carreira solo. Nós, da Torre de Vigilância, desejamos forças para os amigos e familiares de Liam