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A Substância | Um filme ou um comercial de luxo satírico?

Tudo aquilo que agrada pseudo-cults ou “cinéfilos” de Twitter costuma fazer sucesso, afinal, conquistar quem acredita fazer parte de um determinado grupo, mas na verdade não pertence a ele, é fácil, pois apela para a sensação de pertencimento. Essa é uma das razões pelas quais A Substância está ganhando tanta popularidade, mesmo sendo, na verdade, um longa-metragem que mais parece um comercial de luxo satírico, voltado para um coletivo com ausência de atenção que se considera cult apenas por assinar a Mubi.

Obras cinematográficas “toscas” que não se levam a sério e admitem isso desde os primeiros esboços do roteiro são dignas de admiração, principalmente pela coragem de chegar às grandes telas e assumir que estão ali apenas para oferecer entretenimento despretensioso. No entanto, quando o oposto ocorre — ou seja, quando filmes se levam a sério em demasia — surge um motivo real de preocupação. Esse é o caso de A Substância, que tenta se impor como uma obra profunda, recheada de uma suposta grande crítica social, mas acaba mergulhando em uma pretensão vazia.

É preciso reconhecer que A Substância tem uma proposta interessante e, em certos momentos, consegue criar uma atmosfera superficialmente intrigante. No entanto, ao tentar ser mais do que realmente é, o filme se encaminha para uma direção pífia. A obra se perde em simbolismos forçados e diálogos tão constrangedores que até os roteiristas de Os Simpsons poderiam criar uma sátira mais significativa. O resultado é uma tentativa falha de ser “cult”, que transforma a experiência em algo mais irritante do que impactante.

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Em A Substância, Elisabeth Sparkle (Demi Moore) é uma celebridade em declínio que enfrenta uma reviravolta inesperada ao ser demitida de seu programa fitness na televisão. Desesperada por um novo começo, ela decide experimentar uma droga do mercado clandestino que promete replicar suas células, criando temporariamente uma versão mais jovem e aprimorada de si mesma. Agora, a atriz se vê dividida entre suas duas versões (Margaret Qualley), que devem coexistir enquanto navegam pelos desafios da fama e da identidade. “Já sonhou com uma versão melhor de si mesmo? Você. Só que melhor em todos os sentidos. De verdade. Você precisa experimentar este novo produto, A Substância. MUDOU A MINHA VIDA. Ele gera outro você. Um você novo, mais jovem, mais bonito, mais perfeito. E há apenas uma regra: vocês dividem o tempo. Uma semana para você. Uma semana para o novo você. Sete dias para cada um. Um equilíbrio perfeito. Fácil, certo?”

A Substância não traz absolutamente nada de novo. Sua crítica social desgastada já foi abordada incontáveis vezes em produções anteriores, e de maneira muito mais contundente e eficaz. Filmes como Starry Eyes provaram que é possível trabalhar com uma premissa simples, mas com um grau de intensidade que A Substância jamais consegue alcançar. A superficialidade aqui é evidente e atroz, refletindo uma obra que se limita a reciclar temas e ideias sem qualquer tentativa genuína de subverter ou aprofundá-los.

A estética do filme remete a um comercial de luxo de grandes marcas, mas o problema é que sequer consegue atingir o nível mínimo de qualidade visual e narrativa que tal comparação exige. Coralie Fargeat, ao tentar ser pretensiosamente sofisticada, oferece um produto que falha não só no enredo, mas também na construção atmosférica. Se o objetivo era dialogar com um público que se considera “intelectualmente superior” por assinar Letterboxd, ela erra grotescamente ao escolher disseminar um ponto de vista vazio e prepotente, em vez de se focar em criar uma tensão real e sufocante. A diretora parece mais interessada em ostentar suas supostas habilidades cinematográficas do que em entregar uma narrativa sólida e angustiante.

Fargeat, ao invés de usar seu talento para criar uma obra memorável, prefere cair na armadilha da autoindulgência. O resultado é uma experiência cinematográfica que busca desesperadamente parecer “cult” e “sofisticada”, mas que apenas revela o quão rasa e desprovida de substância realmente é. Os diálogos são risíveis, os personagens são caricaturas vazias e, pior, a tentativa de crítica social soa mais como uma palestra enfadonha que não vai além da superfície.

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Entre as poucas qualidades que A Substância oferece, e que não são suficientes para sustentar um longa-metragem tão ofensivo, estão os efeitos práticos e algumas analogias religiosas e antropológicas espalhadas ao longo da história. No entanto, essas virtudes são raridades isoladas em meio a uma enxurrada de superficialidade. Os efeitos práticos, apesar de competentes, são desperdiçados em um roteiro que não faz justiça à sua aplicação, enquanto as analogias falham ao tentar atribuir uma profundidade que o filme simplesmente não tem.

A conclusão, embora grotesca, previsível e até risível, consegue causar um breve desconforto, algo que a produção lutava desesperadamente para alcançar desde o início, mas falhava miseravelmente. A única exceção relevante é a sequência do processo de clonagem, que se destaca por prestar uma homenagem interessante a clássicos do horror das décadas passadas, como A Coisa e O Enigma de Outro Mundo. No entanto, mesmo essa referência cai no vazio, pois falta à obra a tensão e o terror psicológico que esses filmes souberam criar com maestria.

A película parece mais preocupada em provocar uma reação superficial do que em contar uma história que realmente impacte ou ressoe com quem está assistindo. É uma produção que se perde em suas próprias pretensões e falha em entregar qualquer mensagem significativa. O filme, em vez de ser uma experiência instigante, torna-se uma prova de paciência para quem assiste, testando a resistência do público com uma narrativa que, além de rasa, é dolorosamente previsível.

The Substance: full-throttle feminism, excess and violence - The Face

Em suma, A Substância é uma tentativa fracassada de soar sofisticado, quando na verdade não passa de uma perca de tempo pseudo-intelectual disfarçado de cinema “cult”. Além de ser tedioso, é uma ofensa à paciência  de qualquer um que tenha um mínimo de bom senso cinematográfico. Com uma direção pretensiosa que visa agradar a si mesma mostrando o quão erroneamente boa ela é, um roteiro pífio e uma narrativa que se perde em sua própria mediocridade, ele não só subestima quem assiste, como insulta aqueles que esperavam algo, minimamente, decente. É uma experiência barcaça e sem identidade, destinada apenas a agradar quem se deixa enganar por rótulos omissos e embalagens pomposas.

Nota: 1,5/5

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Séries

Rick and Morty é renovada para a sua 11 e 12 temporada

Seria o novo Simpsons? O Adult Swim renovou Rick and Morty para a sua 11 e 12 temporada, dando aos fãs do seriado, ainda mais conteúdo para se sentirem inteligentes. 

Atualmente, a série animada voltada para o público adulto, está em sua sétima temporada, com o oitavo ano previsto para chegar em 2025. 

Atualmente, a franquia possui uma série spin-off denominada de Rick and Morty: The Anime, que apesar de contar com o mesmo tom da obra original, não teve o sucesso de público esperado. 

Rick and Morty é uma série animada que acompanha as aventuras e os descobrimentos de um super cientista e seu neto não muito brilhante. Completamente irresponsável, Rick não é um avô amoroso e gentil. Muito pelo contrário, ele usa o neto, Morty, como cobaia em seus experimentos e não leva em consideração a segurança do jovem em suas aventuras intergaláticas. Mas mesmo com diversos desentendimentos, os dois se divertem descobrindo lugares incríveis e criaturas assustadoras através de universos e galáxias desconhecidas. Além dos dois, a série também acompanha os outros membros da família: Beth, mãe de Morty e filha de Rick com quem ele tem uma relação complicada, Jerry, o genro de Rick por quem ele sente desprezo e Summer, irmã mais velha de Morty que também acompanha o irmão e o avô em suas aventuras. Enquanto encaram perigos inimagináveis, a família Smith acaba descobrindo muito sobre uns aos outros. 

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Cinema

O cansaço de M.Night Shyamalan em Armadilha

M. Night Shyamalan, desde sua estreia como diretor, sempre foi uma figura controversa no cinema: há quem o ame e quem o odeie, mas uma coisa é certa, ele já não carrega a mesma energia de outrora. Com o passar dos anos, essa exaustão tornou-se visível, especialmente em seu mais recente longa-metragem, Armadilha.

Mesmo apresentando uma trama relativamente simples, Armadilha tenta, de alguma forma, se destacar ao propor algo um pouco diferente. No entanto, a execução do filme se perde em meio a essa tentativa. O suspense, que inicialmente prende a atenção do espectador, gradualmente se desfaz, afundando em uma sucessão de previsibilidades que beiram o melodrama. Ele começa com força, mas logo se transforma em um desfile de previsibilidades e reviravoltas fáceis, tirando o impacto que poderia ter causado.

A grande questão com Armadilha não está em sua premissa, mas na incapacidade de Shyamalan de manter o ritmo e a tensão que ele inicialmente cria tão bem. O filme promete muito mais do que entrega, e a sensação é de que o diretor tenta replicar a fórmula de seus trabalhos mais icônicos, mas sem a mesma precisão e frescor. Isso faz com que Armadilha pareça uma sombra dos seus filmes anteriores, uma obra que tenta capturar a genialidade de seus melhores momentos, mas acaba ficando aquém.

side-out, bitch — TRAP (2024) +dir. M. Night Shyamalan "Well, the...

Armadilha, com direção e roteiro por M. Night Shyamalan, segue Cooper (Josh Hartnett) e sua filha adolescente. Ambos estão em um show de música pop quando Cooper percebe a presença excessiva de policiais ao redor e isso o deixa inquieto. Rapidamente, ele consegue descobrir com a equipe que trabalha no local, que ambos estão no epicentro de uma armadilha montada para capturar um serial killer. O que deveria ser uma noite de diversão entre pai e filha, se transforma em uma luta desesperada pela sobrevivência, enquanto tentam escapar das garras do assassino que os cercou. Contudo, a verdade é que Cooper está fugindo dele mesmo. O filme acompanha a angustiante jornada de Cooper e sua filha enquanto são perseguidos implacavelmente, com uma trilha sonora que intensifica cada momento de suspense e adrenalina. Entre reviravoltas chocantes e confrontos emocionais, eles precisam encontrar uma maneira de desvendar o plano do assassino e sair vivos dessa situação desesperadora.

Ao longo de Armadilha, a previsibilidade se torna um obstáculo inescapável. Desde os primeiros momentos, o longa-metragenm parece prometer reviravoltas impactantes, mas Shyamalan escolhe os caminhos mais seguros, optando por soluções fáceis e desfechos que qualquer espectador mais atento já pode antever. Essa previsibilidade acaba minando o suspense que deveria ser o coração seu coração, deixando a sensação de que tudo está acontecendo de acordo com um roteiro já desgastado e sem frescor.

Shyamalan, em seus melhores momentos, sempre conseguiu subverter as expectativas do público, entregando finais inesperados que elevavam suas obras a outro patamar. No entanto, em Armadilha, ele parece perdido entre tentar repetir essa fórmula e inovar, mas acaba não fazendo nem uma coisa nem outra. As reviravoltas, quando chegam, não têm o impacto desejado, pois o filme se revela um exercício de fórmulas já saturadas. Essa falta de ousadia compromete a tensão e a surpresa, elementos essenciais para um bom thriller.

Além disso, o diretor comete o erro de subestimar a inteligência do público. O medo do desconhecido, que deveria manter o espectador à beira do assento, desaparece rapidamente, e o que sobra é uma sucessão de cenas que se arrastam sem emoção real.

Em vez de entregar um clímax memorável, Armadilha se contenta com uma conclusão insossa, que reafirma a falta de criatividade de Shyamalan nesta fase de sua carreira. As decisões pífias no roteiro e na direção transformam a obra em um trabalho que, apesar de competente em sua produção técnica, é incapaz de deixar uma marca duradoura.

Trap is the most divisive movie of 2024 so far. Is it any good? | Digital Trends

Josh Hartnett, por sua vez, não é um ator sem talento, longe disso. Ele já demonstrou em outras produções a capacidade de criar personagens cativantes. No entanto, em Armadilha, ele sofre com uma caracterização que falha em causar o impacto necessário para seu papel. Hartnett entrega uma performance sólida, mas a construção de seu personagem é superficial e, por mais que ele tente transmitir ameaça ou pavor, a falta de profundidade no desenvolvimento do vilão faz com que o espectador não sinta medo genuíno.

A ausência de uma caracterização mais amedrontadora para o personagem de Hartnett também prejudica o envolvimento emocional do público. Em um thriller, o antagonista deve ser capaz de provocar tensão, mas aqui, ele acaba se tornando mais uma peça genérica em um quebra-cabeça previsível. Josh, apesar de sua dedicação, não consegue superar as limitações impostas pelo roteiro, e seu personagem acaba sendo uma figura sem peso. 

Trap: Trailer 2

No final das contas, Armadilha é mais uma prova de que Shyamalan, um cineasta outrora rentável, está preso em um ciclo de repetição e escolhas seguras que comprometem a originalidade de suas obras. Mesmo com uma premissa promissora e atores competentes como Josh Hartnett, o filme se perde em sua própria tentativa de ser mais do que realmente é. A previsibilidade e a falta de profundidade transformam Armadilha em uma experiência frustrante, uma que não causa o impacto esperado e que dificilmente será lembrada entre os grandes thrillers do gênero.

NOTA: 2,5/5

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Entretenimento

Liam Payne, ex-integrante do One Direction, morre aos 31 anos de idade

Liam Payne, ex-integrante do One Direction morreu aos 31 anos de idade. MTVLA.

O cantor faleceu após cair do terceiro andar de um hotel, que estava hospedado na Argentina

Informações revelam que havia um homem bêbado e descontrolado no local, mas não está explícito se ele possui envolvimento na morte de Liam ou não. 

https://x.com/MTVLA/status/1846665824687489285?t=z1Eyw6anO35fhclNpaFcTA&s=19

Após sua saída da boyband, Liam Payne focou-se em construir uma carreira solo. Nós, da Torre de Vigilância, desejamos forças para os amigos e familiares de Liam

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Pisque Duas Vezes acerta em seu roteiro, mas tropeça em sua direção

Pisque Duas Vezes marca a estreia de Zoë Kravitz como diretora, um nome que desperta curiosidade, tanto pelo seu trabalho como atriz quanto pela promessa de uma nova visão no gênero de suspense. No entanto, ao assistir ao filme, fica evidente que, embora Kravitz demonstre um potencial indiscutível para criar narrativas intrigantes, sua falta de experiência como diretora afeta o ritmo e a entrega da trama. O longa, que gira em torno de um suspense psicológico, é tão complexo quanto parece à primeira vista, com um roteiro inesperado e envolvente, mas que, por vezes, se perde na execução lenta e cansativa.

Channing Tatum e Naomi Ackie encabeçam o elenco, trazendo dinâmicas contrastantes que funcionam de maneiras diferentes ao longo da produção. Enquanto Tatum parece preso a um tipo de papel que já interpretou várias vezes, Ackie brilha intensamente, carregando parte significativa da tensão dramática. Mesmo com performances desequilibradas, a obra é sustentado pelo roteiro afiado de Kravitz, que entrega reviravoltas chocantes e momentos que deixam o espectador preso à cadeira, ansioso pelo próximo movimento da história.

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A garçonete Frida o bilionário Slater King e concorda em passar as férias em sua ilha particular. Mas o que parecia ser a viagem perfeita se torna uma experiência angustiante quando Jess, a melhor amiga de Frida, desaparece. A garçonete questiona a realidade após situações estranhas acontecerem e luta para descobrir a verdade.

A maior virtude de Pisque Duas Veze está, sem dúvida, em seu roteiro. Kravitz, também responsável pela escrita, constrói uma narrativa rica em suspense, marcada por mistérios e surpresas bem elaboradas. A trama evita os clichês do gênero, surpreendendo com momentos de tensão bem construídos, que forçam o espectador a questionar tudo o que pensava saber sobre os personagens e suas motivações. É uma história que exige atenção total, e quando as revelações começam a aparecer, elas vêm como um golpe repentino, trazendo reviravoltas que são genuinamente chocantes. Kravitz demonstra um olhar astuto para a criação de suspense psicológico, fazendo com que o público desconfie de cada pequeno detalhe.

Enquanto o roteiro é o ponto alto do filme, a direção de Kravitz acaba sendo o elemento que enfraquece a experiência. Fica claro que esta é sua primeira incursão como diretora, já que alguns momentos parecem arrastados, com uma cadência que poderia ter sido mais ajustada. O longa, em certos trechos, sofre de um ritmo irregular, tornando-se entediante em partes que deveriam ser mais envolventes. A construção do suspense se dilui em sequências prolongadas e silenciosas que, em vez de contribuir para a tensão, acabam tornando a experiência cansativa. O resultado é uma obra que flutua entre momentos brilhantes e outros que carecem de força, prejudicando a imersão.

É claro que Kravitz ainda está encontrando seu caminho como cineasta, e isso é perceptível em várias decisões que acabam por minar o ritmo do filme. O resultado é uma obra que poderia ter sido muito mais impactante se tivesse uma mão mais experiente no comando. Mas, ao mesmo tempo, é uma estreia que mostra potencial, e Kravitz certamente tem o talento necessário para crescer nesse novo papel. Se ela conseguir alinhar seu olhar estético com uma narrativa mais fluida em suas futuras produções, podemos esperar grandes coisas de sua carreira como diretora.

Blink Twice' Ending Explained: What Happens to Channing Tatum?

Channing Tatum, que tem um papel de destaque, traz mais uma vez o carisma que lhe é característico. Contudo, sua atuação carece de profundidade. Tatum parece preso a um tipo específico de personagem: o homem charmoso e misterioso, mas sem grandes variações emocionais. Não se pode dizer que ele seja um ator ruim, mas a sua performance não foge do que ele já fez em outros filmes. Seu personagem acaba se tornando previsível, sem grandes nuances, o que contrasta fortemente com a complexidade que o roteiro tenta oferecer. Tatum entrega o esperado, mas não surpreende.

Por outro lado, Naomi Ackie é o oposto de Tatum. A atriz mergulha profundamente em sua personagem, transmitindo desespero e inquietação em cada cena. Suas expressões faciais, gestos e até mesmo o silêncio que permeia algumas de suas falas refletem uma atriz em pleno controle de sua atuação. Ackie consegue traduzir o medo do desconhecido e o peso da trama de uma forma que mantém o público engajado. Sua personagem traz uma energia visceral que equilibra a falta de dinamismo de outras partes do filme, oferecendo ao público momentos genuínos de tensão e emoção. É inegável que sua performance é um dos elementos que mantêm o suspense vivo até o final.

Blink Twice (2024) | MUBI

Pisque Duas Vezes é um filme que, apesar de suas falhas, consegue se destacar pelo roteiro e pela atuação de Naomi Ackie. Channing Tatum mantém sua zona de conforto, enquanto Zoë Kravitz, embora tropece na direção, demonstra um talento promissor na criação de histórias. Ele certamente entrega o suficiente para manter os fãs do gênero interessados. Kravitz tem um longo caminho a percorrer, mas, com mais experiência, ela pode se tornar uma diretora a ser observada nos próximos anos.

Nota: 3/5 

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Venom 3: A Última Rodada será o início da história de Knull

Fingiremos que o criador dos simbiontes não será o vilão de Homem-Aranha 4 do MCUKelly Marcel, diretora e co-roteirista de Venom 3: A Última Rodada afirmou ao IGN, que Knull não será o vilão do terceiro longa do Protetor Letal. 

Segundo Marcel, Venom 3 será o início da história de Knull, que deve ser extendida em demais filmes. 

O personagem que será interpretado por Andy Serkis, será o vilão de Homem-Aranha 4 de Tom Holland segundo rumores, colaborando com as informações de que a obra será multiversal. 

Venom: A Última Rodada é o terceiro capítulo da franquia. Eddie Brock (Tom Hardy) e Venom estão em uma frenética fuga. Caçados por forças tanto do seu planeta natal quanto da Terra, a dupla se encontra em um aperto crescente, com a rede se fechando rapidamente ao seu redor. À medida que a pressão aumenta, Eddie e Venom são forçados a tomar uma decisão devastadora que marcará o fim de sua última dança juntos. O filme conta com cenas eletrizantes, com Venom devorando inimigos enquanto luta ao lado de Eddie. A situação se complica quando outros alienígenas do planeta de Venom descobrem seu paradeiro e chegam à Terra com a missão de capturá-lo. A aliança inseparável entre Eddie e Venom é posta à prova como nunca antes, enfrentando ameaças implacáveis e perigos de todos os lados. Dirigido por Andy Serkis, o filme também conta com Juno Temple e Chiwetel Ejiofor, prometendo um desfecho épico e emocionante para a saga.

 

 

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Dreamworks trabalha em sequência de Robô Selvagem

Sabe aquele filme fofíssimo que você se apaixona na primeira assistida? Então, esse é Robô Selvagem que olha só, ganhará uma continuação para a alegria de quem tem o coração mole!

Cris Sanders, diretor do primeiro filme, retornará para a sequência, que também deve assinar a obra como produtor. 

Robô Selvagem arrecadou US$ 100 milhões em sua bilheteria mundial, sendo um sucesso inesperado de público e crítica. Uma data de lançamento para a continuação não foi definida. 

Uma nave naufraga numa terra desabitada e dá início à aventura épica do robô Roz, a última unidade das chamadas ROZZUM ainda funcional e inteligente. Preso nesta ilha aparentemente sozinho, Roz precisa sobreviver às intempéries da floresta. Sua única esperança é se adaptar ao ambiente hostil e avesso às suas programações. Para isso, Roz passa a conviver com os animais aprendendo sobre a vida na selva e os modos de sobrevivência na natureza. É durante essa exploração que Roz encontra um filhote de ganso e estabelece como missão cuidá-lo. Desse laço inesperado com o bicho abandonado, Roz se aproxima de uma realidade nova e instigante, construindo uma relação harmoniosa com os animais nativos. Do mesmo diretor de Lilo & Stitch e Como Treinar o Seu Dragão, Robô Selvagem é uma história comovente sobre a convivência entre tecnologia e natureza e o significado de estar vivo.

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O Grande Gatsby de Baz Luhrmann: exuberância visual e tragédia antemporal

O Grande Gatsby (2013), dirigido por Baz Luhrmann, é uma adaptação visualmente deslumbrante e exagerada da icônica obra de F. Scott Fitzgerald. A extravagância da direção de Luhrmann, marcada por sua assinatura carnavalesca, encontra um casamento perfeito com a proposta original do romance, destacando a opulência de uma Nova York que fervilhava com festas luxuosas e sonhos impossíveis. A energia frenética e excessiva que o cineasta imprime nas grandes festas de Jay Gatsby reflete de forma vívida a era do jazz e os excessos da sociedade americana na década de 1920, oferecendo ao público uma experiência visual impactante e envolvente.

Em um filme que transborda exageros, seja pela trilha sonora anacrônica ou pelo visual quase surreal, Luhrmann consegue capturar a essência das celebrações extravagantes de Gatsby, fazendo da obra um espetáculo visual que seduz tanto quanto choca. As luzes ofuscantes, os cenários grandiosos e a opulência exagerada transportam o público para uma Nova York emergente, onde riqueza e status eram o centro das atenções. Essa abordagem vívida não só enriquece a narrativa, mas também eleva o tom teatral da história, trazendo à tona o caráter ilusório do mundo que Gatsby criou ao seu redor.

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Nick Carraway (Tobey Maguire) tinha um grande fascínio por seu vizinho, o misterioso Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio). Após ser convidado pelo milionário para uma festa incrível, o relacionamento de ambos torna-se uma forte amizade. Quando Nick descobre que seu amigo tem uma antiga paixão por sua prima Daisy Buchanan (Carey Mulligan), ele resolve reaproximar os dois, esquecendo o fato dela ser casada com seu velho amigo dos tempos de faculdade, o também endinheirado Tom Buchanan (Joel Edgerton). Agora, o conflito está armado e as consequências serão trágicas.

O fascínio de Nick Garraway por Jay Gatsby é um dos pilares mais intrigantes da narrativa. Nick, interpretado por Tobey Maguire, se vê irresistivelmente atraído pela figura misteriosa de Gatsby, um homem cuja vida de festas luxuosas oculta segredos profundos. À medida que o jovem narrador mergulha na vida de Gatsby, a busca por conhecer o verdadeiro motivo por trás das festas de arromba revela camadas inesperadas. Diferente do que se poderia esperar de um melodrama convencional, a motivação por trás das festas não se limita à busca de poder ou fama. O desejo de Gatsby por reencontrar sua amada Daisy Buchanan, e o sonho de recriar um passado idealizado, traz uma profundidade emocional inesperada para a história.

Essa revelação sobre as festas de Gatsby, ao invés de soar clichê, adiciona complexidade ao personagem-título, vivido por Leonardo DiCaprio com uma combinação perfeita de charme, mistério e vulnerabilidade. Gatsby, ao invés de ser apenas mais um magnata festeiro, é um homem trágico, obcecado por um ideal inatingível. Suas festas, repletas de brilho e grandiosidade, são apenas uma fachada para uma dor profunda e um desejo impossível de realizar. Esse contraste entre a exuberância externa e o sofrimento interno faz de Gatsby um personagem inesquecível, e a relação entre ele e Nick Garraway ganha nuances emocionais ricas que afastam a trama dos padrões previsíveis.

A interação entre Nick e Gatsby não só revela o lado humano por trás da fachada glamorosa do anfitrião, mas também coloca Nick em um dilema moral. Ao descobrir o real motivo por trás das festas, Nick se torna mais do que um mero espectador; ele passa a ser um confidente, alguém que compreende a tragédia por trás da luxúria. O filme explora essa dualidade de forma intrigante, permitindo que o público veja o quanto Gatsby, no fundo, é um homem solitário, preso a um passado inalcançável. O roteiro, nesse sentido, é bem-sucedido ao mostrar como os sentimentos e motivações dos personagens fogem dos estereótipos, trazendo frescor à história.

O Grande Gatsby (LEG) - Movies on Google Play

Apesar de Luhrmann conduzir com maestria a estética exagerada e teatral do filme, o uso excessivo de CGI em certas sequências compromete o impacto visual da obra. Há momentos em que o apelo estético, tão bem manejado em muitas cenas, é quebrado pela artificialidade dos efeitos digitais, afastando o espectador da sensação de imersão total. Em festas que já eram naturalmente grandiosas e cenas de paisagens urbanas que poderiam ser impressionantes por si só, a dependência excessiva de CGI cria uma barreira entre o público e o mundo que o filme tenta apresentar.

Em vez de recorrer a cenários práticos ou efeitos mais sutis, o filme acaba se perdendo em um excesso visual que prejudica o seu ritmo em alguns momentos. A extravagância estilística de Luhrmann, que é uma de suas marcas registradas, poderia ter sido ainda mais impactante se o diretor tivesse optado por elementos palpáveis em vez de depender tanto de tecnologia. Isso não chega a ofuscar a grandiosidade do filme como um todo, mas certamente há momentos em que o CGI desnecessário tira parte da mágica e da autenticidade que poderiam ter sido alcançadas com uma abordagem mais contida.

THE GREAT GATSBY (2013) movie review – Splatter: on FILM

No fim, O Grande Gatsby de Baz Luhrmann é uma obra visualmente estonteante e emocionalmente poderosa, que captura com precisão a essência da sociedade americana dos anos 1920. O exagero estilístico de Luhrmann, embora às vezes prejudicado pelo excesso de CGI, entrega uma adaptação moderna e vibrante de um clássico literário, trazendo nova vida a uma história que, mesmo quase um século após sua publicação, continua a fascinar. Com performances marcantes e uma direção ousada, o filme se destaca como a melhor versão cinematográfica da obra de Fitzgerald, proporcionando ao público uma experiência memorável e única.

NOTA: 4/5

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A ficção-científica que transformou V/H/S/Beyond o melhor filme da franquia!

V/H/S consolidou-se como uma saga de terror que oferece aos seus criadores total liberdade criativa por se tratar de uma antologia, presenteando os fãs com sete filmes (além de dois spin-offs) que oscilam entre segmentos de qualidade impressionante e outros tão vergonhosos que nem deveriam ter saído do papel. O que começou como uma produção de baixo orçamento, rapidamente escalou para obras mais ambiciosas, com cineastas renomados do mainstream de horror se envolvendo na franquia e trazendo novas visões e ideias.

Com o passar dos anos, a franquia foi evoluindo e, em 2024, a Shudder lançou V/H/S/Beyond, a nona produção dessa mitologia rica, que não apenas veio para somar, mas também com a pretensão de ser o melhor filme da série; um objetivo que, sem dúvida, foi alcançado com maestria.

O grande diferencial de Beyond não é apenas o orçamento maior ou os nomes por trás das câmeras, mas a capacidade de resgatar a essência visceral do terror que fez a franquia ganhar notoriedade, misturando-se com ficção. Cada segmento não só busca provocar medo, mas também explorar novos limites do gênero, entregando uma experiência que, mesmo para os mais veteranos fãs de horror, consegue surpreender.

V/H/S/Beyond (2024) - IMDb

V/H/S/Beyond conta com seis novas fitas horripilantes, colocando o terror na vanguarda de uma paisagem infernal inspirada na ficção científica.

Inspirando-se nas artes de Oleg Vdovenko e até trazendo um “sucessor” espiritual de Tusk: A Transformação, V/H/S/Beyond oferece aos seus diretores e roteiristas um nível mais evidente de intimidade em comparação aos filmes anteriores da série. Isso ocorre porque a produção escolheu seguir um caminho mais coeso, focando em uma abordagem única e convidando cineastas experientes na ficção e no terror para dar vida a suas visões perturbadoras.

Como em qualquer antologia, alguns segmentos irão ressoar mais com certos espectadores do que com outros. Contudo, a Shudder e o Bloody Disgusting conseguiram a rara façanha de criar um longa-metragem onde todas as fitas mantêm um padrão de qualidade consistente. Cada história vai direto ao ponto, sem enrolação, e entrega exatamente o que se propôs desde o início: uma experiência aterrorizante, com atmosfera densa e história criativas.

O grande trunfo de V/H/S/Beyond está em sua capacidade de equilibrar o experimentalismo com o tradicional. Mesmo trazendo elementos inovadores para a saga, como temas mais introspectivos e camadas de comédia, o filme não perde o impacto visual e visceral que os fãs esperam. Cada segmento se encaixa perfeitamente no contexto da antologia, criando uma narrativa que, embora fragmentada, parece coesa e bem amarrada.

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A grande inovação de V/H/S/Beyond reside na sua capacidade de pegar temas já amplamente explorados, como robôs e o conceito clássico de Frankenstein, e transformá-los em algo completamente imprevisível dentro do gênero de horror. O filme subverte as expectativas do público ao apresentar histórias que, à primeira vista, parecem seguir fórmulas conhecidas, mas logo se desviam para direções surpreendentes. Essa habilidade de impactar o espectador, mesmo em contextos familiares, é um dos pontos fortes da produção, intensificando a tensão e mantendo quem assiste sempre em estado de apreensão, sem jamais antecipar o que virá a seguir.

Além disso, a narrativa central, desenvolvida em formato de documentário, confere ao filme uma sensação de proximidade. Ao emular produções mais comuns em grandes estúdios, V/H/S/Beyond cria uma conexão imediata com o público, mas rapidamente desfaz essa segurança ao inserir elementos desconcertantes e sobrenaturais que desviam a trama de qualquer previsibilidade. Essa combinação entre o familiar e o perturbador torna o filme uma experiência singular, em que o espectador se sente constantemente desafiado, incapaz de adivinhar os próximos acontecimentos.

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V/H/S/Beyond não é apenas mais uma adição à antologia; é o ápice criativo da franquia. Com uma execução impecável, a produção consegue revitalizar temas consagrados, transformando-os em algo inesperado e aterrorizante. A forma como brinca com a familiaridade, ao mesmo tempo em que desafia o espectador com reviravoltas imprevisíveis, faz com que essa obra se destaque como a mais ousada e coesa de todas. A combinação de criatividade, direção afiada e uma narrativa que sabe exatamente até onde levar o público faz deste filme o maior marco da série. V/H/S/Beyond eleva o padrão de qualidade da franquia, consolidando-se como o melhor filme até agora.
NOTA: 5/5
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Cinema

Casamento Sangrento 2 está oficialmente em desenvolvimento

Agora vai ser Divórcio Sangrento! Foi divulgado de forma exclusiva pelo The Hollywood Reporter, que a sequência de Casamento Sangrento está oficialmente me desenvolvimento. 

Radio Silence retornará para a direção e produção, enquanto Samara Weaving estará de volta no papel central. Uma data de lançamento ainda não foi divulgada. 

O primeiro Casamento Sangrento custou US$ 6 milhões e arrecadou US$ 28 milhões em suas bilheteria doméstica, sendo considerado um verdadeiro sucesso. 

Horas após o casamento dos seus sonhos, Grace retorna à casa de campo do novo marido para passar a noite com seus novos sogros. Mas isso não é lua de mel, e Grace logo se vê em uma luta sangrenta pela sobrevivência. Diz a sinopse do primeiro longa-metragem.