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O viciante e sublime espírito de Cobra Kai é notável em sua quarta temporada

Assim como na canção de Joe “Bean” Esposito, “You’re The Best”, feita para o icônico filme que deu início a esse universo, a história se repete; e você é o melhor. Em sua quarta temporada, Cobra Kai retorna triunfando com um refinamento em seu insistente enredo de tramas familiares e muita competição. Agora, Johnny Lawrence e Daniel LaRusso precisam unir forças para ganhar no campeonato sub-18 de All Valley, mas, será que eles terão a maturidade de se unir e vencer de uma vez por todas o Cobra Kai?

Após uma longa jornada, vemos mais uma vez que a conflituosa relação dos dojos está longe de acabar. Porém, mesmo sendo algo que se mantem durante toda a sua exibição, ver esses personagens e seus relacionamentos é revigorante. Nessa temporada, o maior foco foi explorar vínculos e desenvolver personagens que eram esquecidos e pouco lembrados – como o filho de Daniel, Anthony. Esse é o âmago primordial para que possamos ter mais inúmeras produções e continuações dentro de uma estória que, se fosse feita de maneira desatenciosa, não conseguiria nem chegar em uma primeira renovação pela Netflix.

Cobra Kai, 4ª temporada: data, trailer, novidades e tudo o que sabemos até agora

O que também é motivo de admiração, é como muitos dos atores conseguiram evoluir e crescer com seus trabalhos, comparado com períodos anteriores. Em uma cena específica entre Johnny e Miguel, durante o episódio 8 (oito), ambos conseguem cortar o coração do espectador durante a cena mais emocionante de toda a série. E também, todos os outros atores conseguem entrar cada vez mais em seus personagens, algo que definitivamente o roteiro faz com maestria. Também temos a apresentação de novos rostos e já conhecidos nos dojos, como Terry Silver e Devon, que prometem ser as próximas estrelas entre os caratecas.

Ainda falando sobre o seu roteiro, ele sabe muito bem escalar a história, e também como imergir e fazer com que todos possam entrar nesse mundo. A direção também soube como executar essa escrita em uma simbiose perfeita, seja nos timings das piadas, nos momentos de maior impacto, é feita de forma magistral. Mas infelizmente, existem momentos em que ele se perde e foca em tramas secundárias que se podem resolver em apenas um episódio, só que acabam indo até o fim da temporada.

Call of Duty continues to make all the money for Activision – Jioforme

Em relações técnicas, isso é onde a série mais se perde. Sua fotografia ainda parece algo muito cru, pouco trabalho; seu uso de câmera é extremamente simples, e apenas em momentos de luta parece que realmente tem uma atenção maior nesse quesito. Para pessoas que focam nessa parte, podem se sentir incomodadas vendo a série (que tem esse erro continuamente). Seu CGI também é simplório, como efeitos ao dirigir onde é notável uma diferença nas janelas, um sentimento de que parece não ter renderizado direito.

Já em sua cenografia e figurinos, a série entrega em cheio como se fossem personagens, ele consegue adicionar personalidade através das roupas, e também mostrar que os lugares onde os personagens frequentam dizem muito sobre quem são. E para finalizar as partes técnicas, sua trilha-sonora é um ponto incrível, extremamente bem utilizada e coerente com o que a série se propõe.

How Cobra Kai Season 4 Will Reinvent Karate Kid 3 Villain Terry Silver

 E com tudo isso, é inegável dizer que Cobra Kai é viciante, cada capítulo te faz querer ver mais e mais, sempre prendendo a atenção em cada parte dos episódios e fazendo com que a história se torne uma completa e entusiasmada atração única. Com o fim de sua temporada, também temos claramente que eles não têm medo de ousar, logo que, o gancho para o futuro é diferente de literalmente qualquer coisa já apresentada aqui. Dos personagens que amamos há tempos, e novos que conseguem deixar uma intriga, é um deleite para qualquer fã. E também, a série consegue mais uma vez trazer críticas sucintas diante de assuntos “modernos”, ao maior estilo vergonha alheia de The Office possível, mostrando como o pensamento antiquado e ultrapassado só serve como deboche.

E uma menção honrosa deve ser feita para a dublagem, que fez um trabalho impecável, e deu uma personalidade mais singular para as personagens, como Lawrence, que se conecta muito com o dialeto brasileiro.

Cobra Kai "Season 4: Netflix's "Cobra Kai" News, Cast, and Everything We Know So Far

Cobra Kai mostra que conhece como ninguém sua origem, que sabe como cativar o público, e sempre ser aquela série que deixa qualquer um empolgado e completamente obcecado com esse universo. Seu futuro será glorioso, e assim como a canção, ela é a melhor a sua volta. Nada jamais irá abatê-lo.

Nota: 4/5 – OURO

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Gavião Arqueiro redefine o que é uma boa adaptação e representatividade

Após anos, inúmeros fãs pedindo para que um dos mais saudosos heróis do universo da Marvel fosse explorado em um projeto solo, finalmente chegou a vez do Gavião atirar suas flechas. Com seus dois primeiros episódios lançados em 24 de novembro, a série finaliza com seis atos que definitivamente merecem uma bela análise.

Temos que deixar bem claro que a sua fonte de inspiração é totalmente focada na run de Matt Fraction, que foi de 2021 até 2015. Até mesmo a arte de David Aja é relembrada na introdução e nos créditos finais. Com isso, devemos lembrar que em uma década de MCU, a fidelidade com o material original é uma incógnita entre os fãs, mas a forma que se propõe aqui é diferente de tudo já visto em termos de honrar sua inspiração.

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Com isso dito, já podemos falar que muitas origens são modificadas, mas que são bem-vindas. Com isso, começamos com a da Kate Bishop, que se liga com os eventos de Os Vingadores, em uma cena que lembra muito o início de Batman v Superman. Lucky, Jack Duquesne, Kazi e Derek Bishop são outros que também tem suas histórias modificadas; mas, algumas ideias criativas aqui podem causar revolta nos fãs. Porém, cada uma das novas invenções mostradas aqui se encontra em harmonia e fazem muito sentido.

Em sua história, o roteiro é fantástico. É difícil tentar definir como ele funciona, mas é uma mescla de uma comédia dos anos 80 natalina com uma trama criminal recheada de ação, coisa que até provavelmente Scorsese gostaria. Todo o desenvolvimento aqui funciona extremamente bem, a relação de Clint com Kate, como o mistério envolvendo a família Bishop e a gangue do agasalho estão conectadas, e como cada personagem está amarrado. Desde o momento inicial até o final, somos cativados por esse mundo que estava sendo muito necessitado nesse universo de deuses e poderes, algo mais pé no chão. Além de que, todo o humor da série acerta em cheio com o dos quadrinhos, e todas suas partes dramáticas também funcionam – uma parte muito bem realizada principalmente pelo remorso do Clint. Mas, infelizmente tem sua parte ruim, que é o desperdício de histórias, não temos muitos aprofundamentos em elementos essenciais dos quadrinhos que poderiam aumentar ainda mais a qualidade da série – e isso é um erro em quase todas produções Marvel, tristemente. Também, a série infelizmente desliza em seu último episódio, sem conseguir de fato atingir toda a glória na qual ele estava quase conquistando. Por mais que seja bom, aquele gosto amargo fica, de que está faltando alguma coisa; e isso se intensifica na pior cena pós-credito de qualquer produção do estúdio.

Já por parte de seu elenco, é digno de salva de palmas. O maior foco é para Hailee Steinfeld, que acertou em cheio ao dar vida para Kate, é uma combinação que até mesmo Kevin Feige disse que não houve teste de elenco. Jeremy Renner continua dando vida para uma adaptação nada fiel, porém divertida de Clint, e consegue trazer muita emoção para o background do personagem. Os outros personagens secundários também são marcantes e muito divertidos, assim como os antagonistas, principalmente Echo e Yelena.

Um dos pontos mais fortes aqui é a representatividade trazida por um dos fatos mais importantes dos quadrinhos do herói, que é a deficiência. Aqui é sondado toda uma parte focada na surdez de Clint, que após inúmeros eventos envolvendo lutas físicas, intensificou para quase uma perda total auditiva. E falando de representatividade, também temos a atriz iniciante da Echo, Alaqua Cox, que é nativa-americana, surda e tem sua perna direita amputada. É uma atitude belíssima por parte da Marvel de explorar isso com atores que realmente tem as mesmas características que suas personagens, vimos isso também em Os Eternos – e que isso seja um bom começo para que todas as produtoras acabem com o capacitismo dentro de produções audiovisuais. E também, que respeitem as origens étnicas de seus atores com seus papeis, assim como mais uma vez foi realizada com Alaqua.

Alaqua Cox revela apoio de Jeremy Renner e Hailee Steinfeld por sua deficiência auditiva

Em seus pontos técnicos, tudo é feito com maestria, menos dois pontos que pareceram ficar sem atenção pela produção. Sua direção é fantástica, temos cenas em plano-sequência que são absurdas (com foco na da terceira temporada), uma ótima forma de se contar a história e um timing bem estruturado para o clima funcionar. Sua fotografia também é uma bela cereja nesse bolo, junto com a equipe de cenografia e figurino, as cores funcionam de maneira primorosa e com foco no roxo – marca registrada dos heróis nos quadrinhos – e parece que ele puxa da página para a tela. Seus efeitos especiais também são muito bem feitos, principalmente em momentos de luta. E uma trilha sonora recheada de Natal, com músicas de Esqueceram de Mim e Grinch, só para deixar o natal ainda mais especial.

Mas a grande aflição chega na parte de maquiagem, que entrega perucas de qualidade baixíssima e execuções desnecessárias, um exemplo é o cabelo de Eleanor Bishop no início do primeiro episódio, que parecia de um vídeo feito para o Youtube. Sua montagem e edição também são em certos momentos confusa e chega a tirar a imersão, quebrando regras que deixaram Walter Murch arregalado. Mas, isso provavelmente foi causado por cortes de cenas, logo que, há rumores fortes quanto a pós-produção.

De todos os alvos, Gavião Arqueiro acerta com maestria, mesmo que por vezes quase errando de raspão, é uma obra essencial e que merece um reconhecimento como uma adaptação de sui generis. Se o futuro do universo cinematográfico se parece com isso, então, é fácil dar um salto de fé e dizer que o amanhã é glorioso.

NOTA: 4,5/5 – Ouro

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Globoplay | Marighella e Verdades Secretas são destaques de dezembro

Sendo uma das maiores produtoras audiovisuais nacionais, a Globoplay chega em dezembro recheadíssimo de novidades para todos os gostos; com novelas, filmes premiados e séries para comemorar o último mês do ano. De programas como Verdades Secretas II e Marighella, confira agora todos os lançamentos para o mês:

01 de dezembro:

  • Verdades Secretas ll – Parte 4

03 de dezembro:

  • The North Water

04 de dezembro:

  • Marighella

Marighella', filme dirigido por Wagner Moura, tem estreia marcada para o dia 4 de novembro - Folha PE

06 de dezembro:

  • O Salvador da Pátria

07 de dezembro:

  • Segredo Entre Amigas

08 de dezembro:

  • Prêmio Multishow

Vote nos indicados ao Prêmio Multishow 2021! | Prêmio Multishow 2021 | multishow

09 de dezembro:

  • Murilo Couto 2021

15 de dezembro:

  • Verdades Secretas ll – Parte 5

17 de dezembro:

  • Troféu Que História é essa, Porchat?

Verdades Secretas 2: Saiba como será a substituição de Camila Queiroz

20 de dezembro:

  • Sex Appeal

22 de dezembro:

  • Poesia que Transforma
  • Vai Que Cola – Especial de Natal

 Lançamentos sem data:

  • A Corrida das Vacinas – Prevent Senior
  • Maria do Bairro
  • Master Moley By Royal Invitation
  • Master Moley – Parte 1
  • El Bronx – Parte 2
  • Doctor Who – final da temporada 13
  • Covert Affairs: Assuntos Confidenciais
  • Monk: Um Detetive Diferente
  • Além da Usurpadora – Especial
  • Gilberto Braga: Meu Nome é Novela
  • Retrospectiva 2021

A 13ª doutora e a gentileza como sabedoria em "Doctor Who"

Verdadeiramente um mês para deixar todos os assinantes boquiabertos com tamanha qualidade e conteúdo. Globoplay está disponível para uma assinatura mensal equivalente à R$ 19,90. Para saber mais sobre todos os streamings e lançamentos, fique ligado na Torre de Vigilância!

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Preparado, Espartano? Multiplayer de Halo: Infinite já está disponível gratuitamente

Durante a livestream de comemoração do vigésimo aniversário da Xbox nessa segunda-feira (15), a Microsoft Studios anunciou que a beta do modo multi-jogador do aguardado Halo: Infinite já está disponibilizado para todos os jogadores da Steam, Gamepass for PC, Xbox One e Xbox Series X|S.

Junto com a beta aberta ao público, o jogo já iniciou sua primeira temporada, Heroes of Reach, que durará até maio de 2022. Seu conteúdo se estende com mapas, um passe de batalha, e todo o futuro conteúdo de sua primeira season. O jogo também tem seu modo campanha aguardado por muitos jogadores, e tem previsão para 8 de dezembro, onde membros do Gamepass poderão usufruir desde o seu primeiríssimo dia de lançamento.

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O seu progresso feito durante o período de testes atual será mantido após o lançamento oficial do modo, tendo que, em certos momentos, eventos temporários tomarão conta das atividades semanais dos Espartanos. Também, deve-se levar em consideração, que por não estar concluído, muitos jogadores estão relatando instabilidade nos servidores e na otimização, e devem ser corrigidas com tamanha urgência.

O modo singleplayer da amada franquia chega em 8 de dezembro. Não quer perder nada sobre a franquia e as temporadas de seu modo online? Então, fique ligado na Torre de Vigilância!

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Titãs inova em sua terceira temporada e se torna um terror psicológico para os fãs

Polêmica, controversa e volátil, Titãs se encontra em um patamar completamente novo em sua terceira temporada. A série que mostra os side-kicks e jovens heróis se unindo em uma equipe sempre foi alvo de duras críticas por suas adaptações inusitadas e duvidosas. Mas agora em sua nova casa, a HBO Max, a série atinge um patamar surreal: É o pior pecado que qualquer fã pode receber na vida, ter o potencial para se tornar tudo aquilo que poderia ser, e se afundar de maneira extremamente trágica e pavoroso.

Começando pela sua história, que sinceramente… existe? Em treze episódios, todos com uma média de 40 (quarenta) à 50 (cinquenta) minutos, parece que simplesmente apenas 5 minutos de cada um realmente importam, mas, simplesmente não adiciona nada para sua trama. Motivo disso? Não há nada coeso, e seria um desrespeito para qualquer pessoa que trabalho no ramo do audiovisual chamar isso de ‘roteiro’. Aqui, vemos a história sobre um novo vilão está em Gotham após o falecer de Jason Todd, e os Titãs precisam ir até a caótica cidade fazer esse acerto de contas. Como novidade dessa temporada, temos quatro personagens regulares: Blackfire, Tim Drake, Barbara Gordon e Jonathan Crane. Ver esses nomes cria uma expectativa colossal, e ver a forma que foram usados, é de se retalhar todo apreço por essa obra (se é que isso pode ser chamado de obra).

Titans' season 3, episode 10 (9/30/21): How to stream, episode guide, release dates - pennlive.com

Os heróis aqui apresentados são interessantes, e o elenco tem uma ótima química, porém, a falta de desenvolvimento entre eles mata qualquer elogio. Nenhum arco é concreto, quase ninguém se desenvolve de maneira que realmente influencie na história principal, e é tudo esquecível. Barbara Gordon é uma personagem que se cria uma expectativa desde o primeiro episódio, mas tem uma origem completamente horrenda, e quase esquecem que ela é uma personagem fundamental para a trama. Os únicos personagens que realmente conseguem cativar são o Tim Drake, Blackfire e Donna Troy, mas tem um tempo de tela minúsculo. Um ponto a se levar, é o fato de como Donna Troy e Tim Drake funcionaram tão bem, o ponto mais alto dessa temporada. Já os vilões e personagens secundários são… deprimentes. Começando pelo Espantalho, que provavelmente tem a pior versão já vista em qualquer mídia do personagem e um arco sem sentido e sonolento, um Bruce Wayne/Batman que é esquecido e que só cria sub-tramas nunca exploradas, e outros que fazem parecer a fórmula das séries do Arrowverse parecerem boas.

Outros arcos explorados em suas temporadas passadas são quase esquecidas, e quanto lembradas, não são finalizadas. Personagens somem, e pontos criados aqui são desanimadores. O próprio arco da Estelar é completamente uma reciclagem e mal escrito, ou a forma que se desenvolve o arco do Capuz Vermelho, que vai e volta em literalmente todo episódio. O próprio mistério que deveria perpetuar na temporada é revelado logo no início, e isso deixa maçante a forma em que se encaminha a história.

DC's Titans Season 3 Episode 2 "Red Hood" Recap & Review - Mama's Geeky

O fato aqui é, o roteiro não sabe o que quer ser, e não tem um rumo para tomar. Vemos histórias sendo colocadas em todos os episódios e esquecidas, personagens desnecessários, e mais coisas que deveriam servir no futuro, mas apenas são vazios. E também, inúmeras decisões criativas são tudo, menos criativas. A construção desse mundo desrespeita completamente o universo DC e principalmente o mundo do Batman (assim como o personagem) – aqui temos vários momentos em que se envolve o poço de Lázaro, e é ridículo em todos os momentos. Não há outra palavra para descrever, é ridículo. Nós não nos aprofundamos em como Lex Luthor não se preocupou em perder o Superboy, apenas temos a discussão sobre o Mutano se transformar em outros animais nos episódios finais, toda a trama da Ravena é inútil, e apenas Donna Troy e Dick Grayson realmente tem um aprofundamento um pouco descente.

Em seus detalhes técnicos não se há muito o que comentar, trilhas-sonoras que funcionam, mas são esquecíveis. Sua fotografia consegue por alguns momentos ser mais bonita que de suas outras temporadas, mas ainda usa uma paleta de cores muito esquisita. Mas o seu CGI… Mesmo com seu orçamento aumentando muito, há cenas que é de se gargalhar a maneira em que é malfeito. Muitas cenas dentro de veículos vemos que o CGI tem algum problema e o fundo fica travado, momentos em que parece não estar até finalizado. Sua cenografia por outro lado é bonita, junta com os seus figurinos.

Will Raven Be In Season 3 of 'Titans'?

Falando em uma maneira mais pessoal do que crítica, a minha pessoa era apaixonado nessa série, por mais que com muitos defeitos em suas temporadas interiores, a história envolvia e divertia muito, era defensável a maneira que era feita a adaptação aqui. Mas depois de toda essa expectativa que tudo ficaria melhor, e ver que essa temporada em todo episódio era uma sensação de náusea e melancolia. O provérbio “rir para não chorar” nunca foi tão real.

‘Titans’ finaliza sua terceira temporada com um feito histórico, ela se torna uma das piores séries (e obras) que a DC já produziu, e provavelmente a pior temporada que a HBO Max já fez em toda a sua história. Ver cada episódio e ver o quão desajustado isso é, se torna árdua a ideia de que o seu orçamento foi de uma série à níveis de enormes como ‘O Mandaloriano’. Quando vemos o seu spin-off, ‘Patrulha do Destino’, se tornando uma das melhores coisas da história audiovisual da editora, vemos o verdadeiro problema dos heróis: Eles não são feitos com coração, e com toda certeza, nem com mente. E também, comparada com ‘Superman & Lois’, ‘Stargirl’, é difícil aceitar que essa temporada foi real. Se existe uma palavra que faça um resumo, ela é frustação.

Nota: 0,5/5 – Bronze

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Army of Thieves encontra o equilíbrio virtuoso entre único e familiar

Após o sucesso estrondoso do filme dirigido por Zack Snyder, ‘Army of the Dead’ (Clique aqui para conferir nossa crítica do filme), esse novo universo tende a se estender mais ainda mostrando o passado do amado personagem do longa original, Ludwig Dieter (Matthias Schweighöfer). Enquanto o mundo estava passando pelo surto dos zumbis em Las Vegas, a atenção foi completamente roubada, e então uma misteriosa mulher decide contatar Ludwig para um dos maiores assaltos já vistos na história, nos cofres mais lendários já feitos, e que são a paixão do protagonista, e que conectam ambos os filmes.

Sua história tem seus pontos singulares, como a trama com zumbis, o conto por trás de cada cofre, personagens originais, mas em um todo: Não é revolucionário no meio de filmes de assalto a bancos, e não há problema nenhum nisso, pois seu charme não está em se diferenciar nisso: Está em como isso é criado. A construção da identidade aqui é algo que é feito com maestria, e que definitivamente, não teria o mesmo impacto se não fosse pela direção e roteiro.

Quem dirige o longa é o próprio protagonista, Matthias Schweighöfer, e seu roteiro é feito por Shay Hatten (John Wick: Parabellum)  e Zack Snyder. O fator de seu personagem ser a pessoa por trás de tudo isso só torna mais fácil a imersão e o entendimento da história, logo que, tudo aqui é visto através do contar do próprio Dieter. E como o seu início de carreira em filmes norte-americanos, sua direção apenas foi explorada em uma série e poucos filmes estrangeiros, pode se dizer que Matthias tem um futuro extremamente promissor; apesar de não ser perfeita e em poucos momentos cometer certos deslizes (alguns até por culpa da edição em si), a atenção ao detalhe e o ritmo se alcança de maneira esplêndida. O seu excelente roteiro também é um grande auxílio, a criação das personagens, cenas, interações foi fundamental para que a direção capturasse a verdadeira essência do que estava sendo proposto aqui. Cenas mais tensas, mais cômicas (que, sem dúvidas, é o suprassumo do longa) e o desenvolver de tudo, é magnifico. Em alguns momentos é possível ver uma influência de Zack na direção, e pode acabar tirando foco da marca de Schweighöfer, mas também auxilia para que seja feito com uma mão mais experiente – é uma faca de dois gumes.

E falando sobre os atores, a composição de tudo, desde química até background, tudo é muito encaixado e diverso para que funcione de fato. A escolha de ter cada um com uma nacionalidade cria uma identidade e diferencia de outros estereótipos do gênero. Consequentemente, alguns tem mais destaque que outros, mas mesmo assim, tudo tem sua belíssima funcionalidade. O único fator ruim no elenco, foi seu ‘vilão’, Delacroix (Jonathan Cohen), que é extremamente caricato e pouquíssimo interessante. Por mais que tenhamos mais de um, como Beatrix (Noemie Nakai), entrega algo muito mais interessante, mas pouco focada. Também temos uma cena envolvendo crianças supostamente ‘brasileiras’ que ficou no mínimo esdrúxulo, por mais que tenha sido uma cena divertida.

Em seus pontos técnicos, não há o que falar sem ser elogios. Sua trilha-sonora é composta por Hans Zimmer, e somente por esse nome já se cria uma expectativa enorme, mesmo não sendo seu maior trabalho, não desaponta nem por um segundo. Sua fotografia é incrivelmente bem executada, e também chega a se lembrar o trabalho de Snyder, que é exemplar. Mas sua maior graça está no trabalho sonoro, que é muito bem detalhado, mas poderia ter sido mais explorado, de certa maneira. Vale também pontuar o ótimo uso da cenografia e locais, assim como de um trabalho de figurinos incríveis, e que sabem se imergir bem com a trama. O seu CGI é muito satisfatório, principalmente em cenas onde os cofres são abertos.

Army of Thieves é um filme divertido, que consegue entregar diversão e certos momentos de tensão (por mais que, tenha seu final meio “estragado” para quem já assistiu Army of the Dead”), pode decepcionar quem busca algo mais sério. Definitivamente, é um ótimo filme para o início da carreira de Matthias, e que consolida mais ainda o universo que Zack Snyder está criando com tanta atenção e dedicação.

Nota: 4/5 – Ouro

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Cinema Entretenimento Tela Quente

Halloween Kills é um estudo de um roteiro inseguro

Após o aclamado e amado filme, Halloween (2018), finalmente voltamos para a noite em que o mal encarnado, Michael Myers, retorna em sua cidade natal para continuar o banho de sangue e carnificina. Com Laurie Strode no hospital após os acontecimentos do longa anterior, a sua família e a cidade terão que se unir para combater o bicho-papão que os assombra na noite mais sombria do ano.

Halloween Kills serve para ser a construção para o futuro fim da nova trilogia, que é focada em ser mais séria e pé no chão. Mas, será que ela realiza isso com a precisão necessária e não deixando uma burla para o desandar da história? Definitivamente, essa película é um caso de amor e ódio. Aqui, vemos um lado curioso sendo abordado, quem e o que é Michael Myers, e o que é Haddonfield? Qual é o papel de cada peça nesse xadrez doentio? A exploração mais afundo do psicológico das personagens é algo que esse filme fez de maneira primordial, mas com deslizes.

O que mais precisa de aplausos são as partes técnicas, é com maestria a maneira que tudo se encaixa perfeitamente e tão unicamente. Sua maquiagem e efeitos práticos em cenas de morte são convincentes e memoráveis. Sua trilha-sonora sabe muito bem como criar a tensão necessária, e também, de como fazer esse ‘crescer’ de raiva pelo antagonista. Ambientação é impecável e nostálgica, principalmente em flashbacks, e sua fotografia auxilia o contar da história de maneira impressionante. Sua montagem pode ser estranha em certos momentos, mas com o ritmo passando, é fácil de acompanhar. Alguns call-backs para cenas anteriores também podem parecer desnecessárias, mas auxiliam espectadores que podem não se lembrar do clássico e do filme de 2018.

O verdadeiro problema aqui é a falta de responsabilidade do roteiro em tentar ser algo excepcional, sempre que podemos avançar em algo, ele recua de maneira que prejudica o andar do filme. E enquanto isso, a direção de David Gordon Green é fenomenal e de deixar qualquer amante da sétima arte pasmo, a forma em que é mostrada uma violência brutal e sádica de Myers chega a chocar. Ângulos simplesmente nunca vistos na franquia e também pouco explorados no terror em um geral, para fãs de matança é um prato cheio. Porém, seu roteiro é uma coisa que machuca até o maior fã da saga.

Infelizmente, temos cenas que tentam evocar um humor que se torna inconveniente, falas fracas e definitivamente momentos em que é questionável imaginar que algum produtor realmente leu o roteiro por inteiro. Mesmo com esses erros, o que mais mata é a contradição que se atribui com a proposta original dessa nossa visão de Green. A ideia vendida que deixariam de lado elementos odiados das sequências desnecessárias do passado, conceitos que nunca foram muito bem entendidos, é quase humilhante comparar a originalidade do seu antecessor com o que é feito aqui. O roteiro simplesmente se vê mais como uma máquina de reciclar, do que criar algo verdadeiramente único. E em momentos onde eles tentam criar, é possível ver que se tinha essa faísca criativa para criar algo que faria sua história ter um decorrer, mas eles não se atrevem.

Por mais que tenhamos cenas de violência surpreendentes e divertidas, arcos que poderiam deixar a história mais densa e criativas, decisões mal desenvolvidas e que se tornam até incoerentes com a data e lógica – como as pessoas de Haddonfield não conheceriam quem foi Michael Myers? Ou não conseguir capturar uma foto, divulgar em redes sociais e mídias locais? Se esse roteiro fosse de 1979, seria aceitável. 2018? É completamente estúpido. Temos até uma forma de crítica social com fake news, que é extremamente bem dirigida e montada, só que não faz nenhum pingo de sentido.

Halloween Kills Moves to 2021 Due to Coronavirus Concerns, Drops Teaser Trailer - Den of Geek

Halloween Kills é extremamente divertido na mesma medida que é péssimo em seu roteiro, tentar encontrar uma racionalidade no meio disso, transforma que o medo encarnado não é Michael Myers, e sim, a ganância de um estúdio em querer mais dinheiro, e não se importar em como isso afeta tanto a qualidade que os fãs tanto merecem. Talvez, Michael Myers sempre volte, mas esperamos que ele volte com sua glória prometida, não com seu desprezível passado nas mãos erradas.

Nota: 3/5 – Prata

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What If…?’ fica entre o que sonhamos e o que precisamos na Marvel

O universo da Marvel é um terreno de possibilidades infinitas, criativas e que merecem ser muito bem exploradas. Ao finalizar a Saga do Infinito, a casa das ideias está apostando todo seu mundo no multiverso, histórias novas e com caminhos completamente diferentes, que moldarão todo o futuro de todas as realidades existentes, que abrangem todos os mundos… menos o seu principal.

Em seu papel de explorar histórias completamente ‘inovadoras’ é ótimo, a sua apresentação de novas personagens, releituras e criações é extremamente divertida e bem executada, em sua maioria. Em seus nove episódios, vemos o Vigia guiando o público por certas realidades que ele assiste, algumas trágicas, outras fantásticas. Esse ritmo de trinta minutos por história é um ótimo e agradável passatempo. Mas o seu problema, não é sua criatividade, e sim, sua importância dentro do quadro atual do MCU.

Por algum motivo, ainda parece que o estúdio, após mais de 10 anos produzindo filmes e séries, não consegue dar um salto de fé em se atrever de fato, em seus momentos chave, a sensação de que entrar no primeiro plano é extremamente arriscado e isso faz com que nada que não seja o planejado, voe. Em suas últimas produções que envolvem a linha dos múltiplos mundos, nenhum realmente conseguiu trazer aquele sentimento de clamor que faz o público vibrar na cadeira. A série deixa tantos pontos que podem se conectar com o mundo principal, coisas que fariam os fãs esperarem mais e mais para suas futuras grandes produções, como ‘Doutor Estranho: O Multiverso da Loucura’ e ‘Homem Aranha: Sem Volta Para Casa’. O estúdio pode estar aprendendo a sair de sua saturada fórmula, mas ainda não aprendeu que suas obras precisam ser, em sua totalidade, o foco principal do holofote. Eles precisam ousar de verdade. Foi dito que essa série seria tão importante quanto ‘Loki’, mas ela simplesmente não deu nenhuma ponta para como ela influenciará o futuro, sendo que todo seu conceito, já havia sido apresentado no passado.

Mas falando sobre seus episódios, aqui temos um espetáculo extremamente divertido, e que faz qualquer fã vidrar na frente dos episódios. Por início, pode-se sentir como se tudo fosse ficar desconectado, o que é ruim, mas depois, tudo se ata com maestria. Capitã Carter, T’Challa como Star Lord, Doutor Estranho Supremo, Killmonger, todos são personagens que conquistam os corações, você quer ver mais desses personagens, e o que o futuro aguarda para todos. O único ponto fraco disso tudo, é o episódio sete (7), que mostra como seria se o Thor fosse filho único, o que é completamente desinteressante ao meio de histórias que realmente importam e marcam. De resto, os roteiros de todos os episódios são feitos com muita dedicação, principalmente dos episódios quatro e cinco (4 e 5).

Já o seu estilo gráfico é atípico, e visualmente ilustre. Por mais que pelas primeiras vezes possa se tornar um tanto desconfortável de se acostumar no princípio, logo se admira como é fluído e algo que estava precisando no currículo da Marvel Studios, uma animação deslumbrante. Suas lutas são marcadas por um trabalho de cores surreal, e conceitos exteriores únicos, os trajes também são um ponto alto do uso desse estilo gráfico. Talvez, em futuras temporadas, novos traços e singularidades possam ser explorados, como em ‘Star Wars: Visions’ e ‘Love, Death + Robots’. Sua direção e fotografia também tem seu grande destaque, como tudo é conduzido e estruturalmente belíssimo, é um trabalho feito em conjunto que funcionou perfeitamente bem.

A dublagem também é espetacular, tanto no idioma original quanto na brasileira, é perceptível o cuidado que se tem em transportar as emoções para o espectador, e de transportar vozes que são ouvidas nos filmes. O trabalho de som é surreal, único e merece um reconhecimento tão grande quanto o da própria animação.

Por fim, ‘What If…?’ merece o reconhecimento de todos os fãs desse universo gigantesco e engenhoso, feito com tanta atenção. E o estúdio também precisa reconhecer isso, e cessar esse pavor que se tem em dar o interesse para outras obras. O que é apresentado é uma peça fundamental para o futuro que a Marvel está trilhando, desperdiçar histórias como as que são contadas aqui, seria um tiro no próprio pé. Explorem mais do que versões alternativas dos filmes, explorem essas realidades atípicas com o padrão, o marinar os fãs até certo filme é degradante; tanto para sua qualidade, quanto para quem cria esses mundos. Que o Vigia sempre possa encontrar esses acontecimentos fantásticos para as vindouras temporadas dessa obra.

Nota: 4/5 – Ouro

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HBO Max | Maligno, Ben 10 e produções da DC são destaques de Outubro

Outubro chegou como uma explosão de conteúdo para a HBO Max, e com toda certeza é mais uma prova de como seu catálogo é flexível e o mais competitivo entre o mercado atual de streamings no Brasil. De desenhos clássicos, produções da DC Comics e filmes/séries aclamadas pela crítica, confira o que a roxinha trouxe para esse mês:

Em destaques pela empresa são:

Maligno” presentó un muy aterrador trailer a días de su estreno en los cines de Chile

Filmes

Cry Macho (2021) | MUBI

Séries

  • 2 Broke Girls
  • Assassino Sem Passado
  • Black Sails
  • Every Body Hates Chris
  • The Honourable Woman
  • The New Adventure os Old Christine
  • Young Sheldon
  • Young Justice
  • As Novas Aventuras da Mulher-Maravilha
  • Mulher-Maravilha

Mulher-Maravilha: uma biografia não autorizada | Super

Novas Temporadas

  • Batwoman – Terceira temporada
  • Curb Your Enthusiasm – Décima primeira temporada
  • Love Life – Segunda temporada
  • Selena + Chef – Terceira temporada

Batwoman: 5 curiosidades sobre a super-heroína da DC Comics - Revista Galileu | Cultura

Animações

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Ben 10: série clássica chega ao HBO Max – ANMTV

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Amazon Prime Video | Grey’s Anatomy e terrores da Blumhouse marcam Outubro

Outubro finalmente chegou, e com ele, o clima de terror está chegando na Amazon Prime Video. A parceria do serviço de streaming com a produtora de filmes de terror Blumhouse traz um mês recheado de longas assustadores para comemorar o Halloween, mas também, os aficionados por séries estarão em boas mãos.

Confira tudo o que chegará ao Prime Video este mês:

01/10

Bingo Hell
Black As Night
Meu nome é Paul Murray
Desjuntados – 1ª Temporada
Desjuntados: Prime Video libera trailer divertido de nova série nacional

08/10

Madres
The Manor

15/10

Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado – 1ª Temporada

29/10

Maradona: Conquista De Um Sonho
Everything You Need to Know About the 'Gory and Sexy' I Know What You Did  Last Summer Series - Flipboard

Sem data:

•  Grey’s Anatomy – 17ª temporada
Definitivamente um mês extremamente recheado de conteúdo para todos os gostos, quer saber mais do que vai entrar no catálogo da Amazon Prime Video e de todos os outros serviços de streaming disponíveis? Então, fique ligado na Torre de Vigilância