"Mas sabe de uma coisa ? Sentir raiva é fácil. Sentir ódio é fácil. Querer vingança e guardar rancor é fácil. Sorte sua, e minha que eu não gosto deste caminho. Eu simplesmente acredito que esse não é um caminho" - Superman (Action Comics #775)
Conforme noticiado aqui, Tom King deixará os roteiros de Batman após a edição #85, em dezembro. Porém, o autor continuará o seu trabalho na minissérie Batman/Mulher-Gato, em janeiro. Nesse mesmo período, um novo roteirista assumirá a revista do Cavaleiro das Trevas. De acordo com o Bleeding Cool, James Tynion IV desempenhará tal função.
Tynion é bem familiarizado com o universo do vigilante. Entre seus trabalhos na DC, pode-se destacar: Batman: Eterno, Detective Comics (Renascimento) e atualmente, é um dos responsáveis pela nova fase da Liga da Justiça. Além disso, também é responsável pela HQ Something is Killing The Children, da BOOM.
A fonte também informa que depois da centésima edição, a editora reiniciará o título e substituirá Tynion por um novo roteirista. Porém, Bruce Wayne não estará mais sob o capuz, Luke Fox assumirá o manto do Cruzado de Capa. Ele já assumiu o manto de outro super-herói antes: O Batwing, a partir da edição 20 da revista do personagem durante Os Novos 52.
Mais detalhes devem ser divulgados pela DC Comics em breve. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.
Uma nova graphic novel do selo DC Black Label está vindo. Wonder Woman: Dead Earth trará a Mulher-Maravilha em um futuro pós-apocalíptico. Marcando sua estreia na DC Comics, Daniel Warren Johnson escreverá e desenhará a obra. Além disso, a HQ será colorizada por Mike Spicer e composta por 4 edições. A publicação terá início em dezembro.
“A princesa Diana de Themyscira deixou o paraíso para salvar o Mundo dos Homens dele mesmo. Quando a Mulher-Maravilha acorda de um coma secular, ela descobre que a Terra foi reduzida a um depósito de lixo nuclear. Logo, ela sabe que falhou. O mundo foi destruído e os heróis também falharam. Presa sozinha em um futuro sombrio, Diana precisa proteger a última cidade humana de monstros titânicos. Assim como precisa descobrir os segredos por trás disso e talvez, como ela é responsável por tais eventos. “
Johnson é conhecido pela minissérie indicada ao Eisner, Extremity. Assim como também é o autor de Murder Falcon, também da Image/Skybound.
Wonder Woman: Dead Earth #1 será publicada em dezembro nos EUA. Cada edição conta com 48 páginas e mais detalhes devem ser divulgados em breve. A fim de que se saiba mais sobre a Editora das Lendas, mantenha-se ligado na Torre de Vigilância.
Há alguns dias, Tom Taylor divulgou em seu Twitter o visual de duas novas personagens da DC. A postagem, sob a hashtag #SquadGoals, indicou que seu próximo projeto seria relacionado ao Esquadrão Suicida. Conforme oficializado hoje, o grupo de vilões retornará com sua própria revista em dezembro. Taylor assume os roteiros e Bruno Redondo, os desenhos. Ambos são conhecidos pelo seu trabalho na aclamada série Injustiça: Deuses Entre Nós.
Em entrevista ao THR, o roteirista falou sobre a nova abordagem da HQ:
“Um dos motivos principais pelo qual eu quero fazer essa série, e meus editores estão comigo nessa, é tornar as missões realmente suicidas. Nenhum leitor deve saber o que esperar quando pegar esse gibi. Não queremos ninguém lendo e pensando: “Esse aqui não vai morrer porque está em um filme.” Ninguém está a salvo. Nossos novos personagens e alguns mais obscuros já estabelecidos na continuidade, oferecem a nós as chances de termos perigos reais. Se alguém morrer, não vai voltar. Queremos leitores nervosos. As vitórias deles, quando e caso eles sobrevivam, terá um peso enorme.”
Esquadrão Suicida #1 será publicado em dezembro nos EUA. A fim de que se saiba tudo o que acontece na Editora das Lendas, mantenha-se ligado na Torre de Vigilância.
Por alguma razão, existe uma certa tendência nos quadrinhos em reinventar personagens desconhecidos através de roteiristas renomados. O primeiro exemplo vindo a mente, é o run de Grant Morrison pelo Homem-Animal. O roteirista não apenas humanizou Buddy Baker em um nível extraordinário, mas também quebrou muitos padrões ao longo de 26 edições, se consagrando como uma das fases mais amadas de todas. Não seria errado constatar que o Senhor Milagre passou por uma situação semelhante recentemente.
Apesar de Jack Kirby ser o rei e o Quarto Mundo ser considerado uma grande obra, a nova minissérie por Tom King e Mitch Gerads parece ter levado o Novo Deus a outro patamar em termos de popularidade, passando por inúmeras reimpressões durante sua publicação. Os elogios são corriqueiros, tais quais postagens com a icônica frase Darkseid is. Todos esses fatores provavelmente explicam o porquê de Senhor Milagre ter sido vencedor do Eisner 2019, mas o que realmente faz do gibi, esse clássico moderno?
SPOILERS! MUITOS SPOILERS A SEGUIR!
Um gibi triste, mas muito além disso.
Há alguns meses, em entrevista ao Comicbook, Tom King declarou que escreve personagens tristes. Mas isso não significa levar o leitor a tristeza absoluta. King odeia como algumas obras exploram trauma constantemente, a cada página. De acordo com o escritor, o trauma é inconstante, em alguns momentos, é possível lidá-lo, em outros, não. É algo sempre presente no subconsciente, nunca no consciente.
Através dessa filosofia, ele constrói e desconstrói Scott Free do início ao fim, inconstante. Humanos são complicados. Deuses, ainda mais. O que o roteiro faz é questionar como o conhecimento exclusivo do ódio, da violência e da dor na infância, afetaria um homem em sua fase adulta? A trama de Senhor Milagre tem início com a tentativa de suicídio do próprio, mas no decorrer das edições, o leitor tem suas emoções testadas como uma montanha-russa, caminhando entre momentos de felicidade e tristeza profunda.
Dito isso, a quarta edição talvez seja o melhor exemplo desse artifício. Quando Órion vai à casa de Scott para julgá-lo e talvez condená-lo à morte, o cenário casual, a chegada de uma encomenda, elementos mundanos, contrastam com a tensão do julgamento, o qual oferece uma das melhores sequências de todos os tempos. O jogo de palavras de King é genial, eficiente e provocativo, limitando o protagonista a dizer verdadeiro ou falso enquanto os questionamentos transitam do político para o existencial. Isso ajuda não apenas a avançar com a narrativa, mas entender o misto de sensações ruins em Scott nesta cena.
Ao dizer: “Meu nome não é Scott, eu não sei qual é o nome. Meu pai nem mesmo se importou em me dar um nome.”, o coração do leitor, ao lado do personagem, pesa. O sentimento de tristeza é mútuo e ao atingir o brilhante fim do capítulo caracterizado por um surto total, o leitor está lá, assim como Barda, para confortá-lo. Sem explicações sobre backstory, apenas através de um julgamento, a HQ diz mais sobre ódio e raiva do que mil palavras jamais poderiam.
Não apenas através de brilhantes diálogos, Senhor Milagre foi reescrito diversas vezes visando uma conexão perfeita com arte de Mitch Gerads. Definitivamente, funcionou. Gerads é tão autor quanto King aqui, a forma como os rostos realistas, a sujeira, convivem lado a lado com elementos psicodélicos e as cores vibrantes da obra original de Kirby, é simplesmente brilhante.
Além de trazer um pouco de absurdo a realidade e vice-versa, ele utiliza um excelente recurso narrativo através de interferências de sinal de uma TV, expondo o estado desconcertante dos personagens e brincando com a sensação de realidade e ilusão, muito bem explorada na obra. Os traços também se destacam quando o artista emula cenas de ação em planos-sequência, trazendo uma enorme fluidez para a leitura.
Longa Vida ao Rei
Senhor Milagre não apenas mantém os visuais clássicos, mas também presta diversas homenagens a Jack Kirby. Seja através dos textos introdutórios das primeiras edições de Mister Miracle (1971), que estão presentes em cada edição da minissérie, adquirindo novos contextos, ou referências visuais, como o nome do autor na Calçada da Fama, abaixo das mãos do protagonista.
King também resgata diversos conceitos criados por Kirby e alguns deles, servem a um propósito real da narrativa. Aliás, o roteirista relembra a profecia de que Órion é o único capaz de vencer Darkseid, mas a utiliza de maneira inconvencional e extremamente criativa, tornando o meio para chegar ao fim, não apenas surpreendente, mas coerente com o que é estabelecido tanto no passado quanto no presente.
Mas a maior homenagem provavelmente reside no fato de que o filho do casal Scott e Barda é nomeado de Jacó. Apesar do roteiro justificar a nomeação através de uma história de vida simbolizando o desconhecido e a esperança, fica clara e explícita a homenagem. Principalmente, quando o chamam de Jack: O Rei. Entretanto, como dito anteriormente, há uma explicação dada durante a narrativa e sinceramente, traduz perfeitamente as intenções de King ao declarar que não é uma história exclusivamente com momentos tristes. Como dito anteriormente, há uma inconstância.
Pois bem, o ódio, a dor e a tristeza já foram abordadas acima, pois o melhor é sempre deixado para o final. O amor, o carinho e a felicidade em Senhor Milagre estão concentrados em Jacó, pois ele não é apenas o fruto do amor entre Scott e Barda, ele é a chance de ser o que Scott não conseguiu: Feliz. Ele pode crescer fora de tudo isso, os acordos de paz, a guerra, a Anti-Vida, ele é a esperança de melhora.
Antes de nomeá-lo, na sétima edição, Barda fala sobre o quão bem faz pensar, durante a gravidez, sobre coisas confortantes e a personagem fala sobre a Escada de Jacó. Ela jamais conseguiria ver o topo da escada, mas sabia que lá, estava o desconhecido, o inimaginável, algo além da miséria, da crueldade, de Darkseid. Mas nada é tão fácil. O roteiro cria uma analogia com o Pacto feito entre Pai Celestial e Darkseid e esse é o momento em que Scott pode escapar, através do amor pelo seu filho, pela sua esposa, esquecer as tramas enormes as quais o cercam. Ele pode finalmente ver o rosto de Deus.
“Este é o Rosto de Deus”
Enquanto redijo este artigo, acabo de finalizar a minha quarta leitura da obra e a experiência foi, certamente, interessante. Porque novas interpretações, novos pensamentos, os quais precisava imediatamente registrá-los, sobre o Rosto de Deus, mencionado constantemente durante a história, vieram. Durante as minhas três primeiras leituras, concluí que era uma homenagem a Jack Kirby, mas não era apenas isso. Há algumas semanas, tinha escrito um parágrafo inteiro sobre isso, mas o modifiquei, pois cheguei a uma nova conclusão.
Durante a quinta edição, Free reflete sobre a famosa frase de Rene Descartes: “Penso, logo, existo.”e sobre o fato de que Deus é melhor que todas as coisas. Se é melhor ser bom, Deus é bom, se é melhor existir, Deus existe, assim como nós existimos. Em Genêsis (1: 27), é dito: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”Logo, concluí-se que o enigmático rosto, nada mais é, do que nós mesmos. O que faz sentido, pois o Mestre Escapista é um deus e existe naquele mundo. Quando ele encontra o que há de melhor em sua vida, olha para si, de maneira metafórica, ele tem a chance de retornar para a cronologia sem sentido do Universo DC, ou permanecer morto, nesse mundo perfeito, nem mesmo o céu ou o inferno, apenas este Quarto Mundo.
Outra pergunta sempre intrigante para mim era: “O que aconteceu aos outros três mundos?” Sabe-se que os Deuses antigos tem sua essência retornada para a Fonte, mas King traz uma certa poesia para responder isso: O primeiro, é de onde nossos pais vieram, o segundo, quando nascemos, o terceiro, quando crescemos e o quarto, é a nossa imaginação, o anseio de escapar do que não podemos: A realidade.
Senhor Milagre por Tom King e Mitch Gerads é uma obra inesquecível. A dupla consegue homenagear o trabalho de Jack Kirby com bastante sutileza, ao mesmo tempo em que traz ainda mais profundidade ao Novo Deus mais icônico. Ora, cruel, ora, bem humorado, mas intrigante, criativo, emocionante e extremamente humano do início ao fim. Por todos esses e inúmeros outros fatores, é o novíssimo clássico moderno da DC Comics.
Conforme os anos se passaram, a franquia Velozes e Furiosos ganhou novos rumos. Antes, eram corridas ilegais, depois assaltos e mais tarde, espionagem. Mesmo com as mudanças em termos de escala, a franquia ainda consegue entreter de maneira decente. Assim como os anteriores, o primeiro spin-off, Hobbs & Shaw oferece ao espectador um cinema pipoca extremamente honesto. Mas com um acréscimo: Uma dupla extremamente carismática de protagonistas (e bota carismática nisso)
A trama começa quando Luke Hobbs e seu arqui-inimigo Deckard Shaw são convocados para uma missão. Unidos contra sua própria vontade, a dupla precisa impedir Brixton, um super-humano, de obter um vírus capaz de aprimorar humanos e matar bilhões. Entretanto, eles não são os únicos nessa procura, pois a irmã de Shaw, Hattie, também quer um pôr um fim a isso. Logo, os dois carecas precisarão aprender a trabalhar em equipe antes que o mundo acabe.
Dirigido por David Leitch, o filme apresenta cenas de ação grandiosas e constantes. Hobbs & Shaw é uma dose de adrenalina pura. Vale destacar também o excelente uso das diversas locações, especialmente o ato final no Havaí. Ainda em relação à condução da câmera, Leitch utiliza alguns movimentos rápidos com os golpes super-humanos do vilão e também apresenta uma grande coordenação cômica.
Aliás, grande parte da projeção é injetada com um humor extremamente funcional. Mesmo que beire ao infantil, The Rock e Jason Statham executam essa rivalidade, essa briguinha de criança, com maestria. Com seu humor de quinta série, Hobbs & Shaw arranca do espectador as risadas mais histéricas e sinceras possíveis. Além disso, o roteiro de Chris Morgan e Drew Pearce é simples e auto-referencial ao absurdo adotado pela franquia. Os personagens são, em sua maioria, bem desenvolvidos.
Tematicamente o filme também é bastante clichê e familiar. Digo, familiar, no sentido literal. A família sempre foi um assunto recorrente na franquia. Provavelmente, o espectador já deve estar cansado do Toretto falar sobre isso o tempo inteiro. Porém, Hobbs & Shaw é costurado tematicamente do início ao fim, tornando-se impressionantemente conciso. Inclusive, o início ao som de “Time in a Bottle” parece ditar o aprendizado que está por vir: Não perca tempo brigando com os seus familiares, pois é precioso. Talvez seja exagero, mas a escolha musical de um filme nunca é coincidência.
Além de Johnson e Statham estarem perfeitos, Vanessa Kirby encanta, dispensando comentários, construindo a força de sua personagem, não apenas através da beleza (E ela é linda). Idris Elba parece ter se divertido bastante fazendo o vilão mais genérico possível e isso visível, por isso, Brixton possui um certo charme. Surpreendendo a todos, o filme traz dois personagens novos extremamente engraçados. Não contarei aqui, pois a surpresa é impagável.
Concluí-se que Hobbs & Shaw cria um vínculo com seu público através de sua mensagem, carisma e sinceridade. É facilmente um dos filmes mais divertidos do ano. Concluí-se que The Rock e Jason Statham são como arroz e feijão e fica difícil não querer implorar por uma sequência depois de uma película tão explosiva que revigora a alma. É o cinema pipoca em sua melhor forma.
Superman e Capitão Marvel possuem uma das rivalidades mais interessantes das HQs. Pois ambos adquiriram características um do outro conforme o passar dos anos. Por exemplo, o mundo de Kal-El se tornou mais fantástico, com Krypto e Supergirl, influenciado pela Família Marvel do Capitão. Quando assisti Shazam! pela segunda vez, eu estava fascinado em como esse filme complementa o seu rival. Mais especificamente, sua polêmica releitura: O Homem de Aço.
É importante frisar que isso não é proposital e não traduz as intenções dos cineastas para as propriedades adaptadas. Shazam! e O Homem de Aço são obras com escalas, execuções e temáticas diferentes. Entretanto, ambos se complementam em um ponto específico: Como seus protagonistas utilizam as suas habilidades. Parece bobo, porque ambos voam e são super-fortes. Mas apenas um deles possui uma figura paterna.
Durante os flashbacks de O Homem de Aço, Snyder apresenta Jonathan Kent como uma pessoa extremamente preocupada em proteger o seu filho. Tão preocupado ao ponto de considerar a possibilidade em deixar pessoas morrerem a fim de que Clark não se exponha. Nunca entendi como isso comprova seu egoísmo. Pois logo depois do “Talvez”, ele explica:
“Arrisca mais do que nossas vidas, Clark. Arrisca a vida do que nos cercam. Quando o mundo descobrir o que pode fazer, tudo irá mudar, filho. Nossas crenças, nossas noções do que é ser humano.”
Kent está preocupado em como o mundo afora reagirá quando descobrirem sobre suas habilidades. Mas não apenas isso, ele está preocupado em como Clark lidará com as adversidades da vida. Outra cena a qual valida o ponto de Jonathan, é quando alguns valentões intimidam Clark e o obrigam a reagir. Ele não o faz, mas deseja e confessa isso ao seu pai, que lhe oferece a seguinte resposta:
“Sei que você queria. Uma parte de mim também queria. Mas e depois? Você se sentiria melhor? Tem que decidir o tipo de homem que será quando crescer, Clark. Porque seja quem ele for, bom ou mau, mudará o mundo.”
As lições de auto-preservação chegam ao ápice quando Jonathan morre. Conforme o roteiro apresenta, a morte era evitável, mas por conta da sua confiança em seu pai, Clark não o salva. Como ele mesmo explica para Lois:
“Deixei meu pai morrer porque confiava nele. Pois ele estava convencido que eu precisava esperar e o mundo não estava pronto.”
Apesar de Batman vs Superman ser uma resposta para: “O mundo está pronto para ele?”, Shazam! é que reforça a importância desses ensinamentos. Pois o filme é estrelado por um herói irresponsável (que é um adolescente).
Quando Billy Batson é apresentado ao espectador, ele é um garoto solitário e acredita que não precisa de ajuda. Tudo o que importa ao personagem é encontrar. Conforme os eventos da narrativa avançam, Billy é adotado por uma família e mais tarde, um mago lhe concede poderes, pois ele é “puro de coração”. Porém, ele não faz ideia de como ser um super-herói e ele consulta o seu amigo Freddie Freeman (Grande fã desse ramo).
A fim de construir sua imagem como herói, o Capitão Dedos-de-Faísca, tira selfies, grava vídeos e lucra com suas habilidades. Ele tenta se auto-promover e isso leva Freeman a pensar: “Isso está passando dos limites.” O que comprova esse pensamento é o momento em que Shazam provoca um acidente de ônibus. Apesar de impedir a morte de civis, seu amigo atesta:
“Todo esse poder e tudo o que você fez, foi se tornar um exibido e um valentão.”
Não apenas a situação com o ônibus, mas essa fala remete diretamente aos ensinamentos de Jonathan Kent, sobre não fazer o que você quer ou se mostrar para os outros. Contudo, não para por aí, Shazam! também apresenta as consequências de ser um super-herói descolado. Após a discussão entre os dois em rede nacional, o vilão surge, humilhando-o e ameaçando sua família adotiva. O que leva Billy a adquirir um senso de responsabilidade e assumir o seu lado heroico.
Caso tenha questionado a importância dos ensinamentos do papai Kent em O Homem de Aço, David Sandberg, sem querer, ofereceu a resposta perfeita em Shazam! Apesar do futuro incerto do Universo DC, é sempre um prazer encontrar paralelos nessa franquia. Especialmente entre dois personagens os quais sempre competiam nas vendas. Seria ótimo se Henry Cavill e Zachary Levi contracenassem juntos e Superman pudesse mostrar o peso da responsabilidade em ser um super-herói, aplicando as lições de seu pai.
Shazam! e O Homem de Aço estão disponíveis em Blu-Ray e DVD. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, mantenha-se ligado na Torre de Vigilância.
Voltado para leitores mais maduros, o selo DC Black Label marcou presença na SDCC 2019. Hoje, roteiristas e artistas se reuniram para falar sobre a nova vertente. Assim como anunciaram novidades e prévias das edições. Confira tudo o que rolou no painel:
O editor Matt Doyle subiu ao palco, mais tarde juntaram-se a ele: John Romita Jr, Jeff Lemire, Scott Snyder, Greg Capullo e Kami Garcia.
“É uma chance de contar histórias fora do mainstream.”– disse Doyle sobre o selo.
Snyder falou a respeito sobre Batman: The Last Knight On Earth:
“Eu comecei a pensar sobre a história enquanto eu escrevia Ano Zero.” – ele lembrou do conselho dado por Grant Morrison sobre a última história do personagem ser sobre sua morte.
“Grande parte do nosso run foi sobre o Batman dizendo “Tudo o que você faz, importa.” – ele continuou – “O objetivo do Coringa era fazer você sentir que nenhuma atitude era importante. Com isso, o mundo diz ao Batman, o que o Coringa tentava dizer, pois a história se passa 15 ou 20 anos após o UDC atual, como uma odisseia.”
“A cabeça falante do Coringa presa em uma lâmpada.” – Capullo falou sobre a primeira edição – “É bom demais.”
Em relação ao Palhaço do Crime na narrativa, Snyder declarou:
“Eu acho que ele quer que nenhum dos lados vença. Ele está mudado e não porque sua cabeça está em uma lâmpada. O segundo capítulo é definitivamente melhor do que o primeiro.” – após essa declaração, Doyle mostrou algumas páginas do próximo capítulo:
“Coringa é o meu favorito de escrever. Porque ele é um personagem trágico, querendo compensar por tudo o que ele fez.”
O painel da SDCC 2019 desviou o foco para Superman: Ano Um:
“Frank estava realmente animado.” – Romita Jr declarou – “Ele sabe o que eu daria para ele, poderia ter feito 260 páginas para a primeira edição. Ele adora a ideia de dividir em fases, desde a infância até a vida adulta. Como parar um valentão quando se é um super ser? Você não pode, poderia matá-lo.”– acrescentou – “Tive que me restringir a uma determinada quantidade de páginas, mas por mim, teria continuado para sempre.”
“Eu esvaziei cartuchos de tintas e resmas de papel” – declarou o artista- “Frank me envia os diálogos e eu faço 30 páginas.”
Após apresentarem detalhes sobre a nova história do Homem do Amanhã, Kami Garcia falou sobre Joker/Harley: Criminal Sanity:
“Eu comecei como romancista, tive diversas conversas com meu agente que sempre começavam com: ‘Isso não é para crianças.’ Quando a DC me procurou, eu já tinha uma ideia muito boa em mente. Quando eu propus, eu disse: “Como se cria um monstro? O que impulsiona um garoto a se tornar um monstro e fazer com que alguém se torne o Coringa?”
“Eu queria fazer um procedimento sobre como esse personagem evolui” – acrescentou – “Você faz isso criando um perfil. Nós demos um perfil ao Coringa, como se fosse uma pessoa real. Como ele se tornaria o assassino, anarquista que todos conhecemos e amamos? Não é apropriado para adolescentes.”
Algumas páginas em preto e branco da primeira edição foram mostradas:
“Harley tem uma história com ele. Quando ela era uma residente, seu colega de quarto foi assassinado pelo Coringa. Logo, ela está obcecada com este caso, ela precisa encontrar o assassino e fazê-lo pagar. Ela é uma garota sombria. Ela definitivamente não está mentalmente saudável. Então, as mortes começam a acontecer nos dias atuais.”
“Foi desafiador.” – acrescentou – “Eu consultei um especialista em armas químicas na marinha e ele ficou tipo: “Eu preciso saber para quem você está escrevendo isso.” Ele pensava que eu estava escrevendo um manifesto ou algo parecido.”
“É um pouco sombrio.”– Garcia brincou.
Depois, Doyle perguntou a Jeff Lemire sobre Joker: The Killer Smile:
“É uma abordagem completamente oposta.”– Lemire comentou – “É bem pé no chão, mas é loucura do Coringa como se fosse um conto-de-fadas subvertido. Um elemento de Gotham que eu não vejo muito é o subúrbio, logo, eu pensei: O que acontece quando interage com este doutor? Para mim, essa foi a coisa mais assustadora.”
Lemire também elogiou a arte de Andrea Sorrentino:
“Ele é o verdadeiro gênio, ele elevará esse projeto.”
Ele também falou sobre Questão: As Mortes de Vic Sage:
“Eu estava na Comic-Con no ano passado, tive um café da manhã com Dan DiDio. Eu disse que queria fazer O Questão, pois eu adorava toda a jornada do personagem. Mas qual seria a próxima etapa? Então, nós começamos, quem é o vilão para um homem sem rosto? Um homem com vários rostos. Ele enfrenta o mesmo adversário em diferentes vidas.”
Mais detalhes sobre as publicações devem ser divulgados em breve. Para saber sobre tudo o que acontece na SDCC 2019 e na Editora das Lendas, mantenha-se ligado na Torre de Vigilância.
De acordo com o THR, Zack Snyder produzirá um anime sobre mitologia nórdica para a Netflix. Esse é o primeiro trabalho do diretor para a televisão. Ele co-criará a série ao lado de Jay Oliva, responsável por Ponto de Ignição. Além disso, também será produzida por Deborah Snyder, Wesley Coller e desenvolvida pela Stone Quarry, produtora de Snyder.
“A narrativa visual inovadora de Zack Snyder o estabeleceu como um dos cineastas mais distintos de sua geração. Nós estamos mais do que ansiosos em trabalhar com ele e sua excepcional a fim de trazer os personagens e as histórias da mitologia nórdica sob o seu estilo inimitável.” – disse John Derderian, responsável pela divisão de animes da Netflix.
Porém, essa não é a única produção de Snyder sendo desenvolvida em parceria com o serviço de streaming. Army of The Dead, o próximo filme do cineasta, já entrou em pré-produção e será lançado em 2020.
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Conforme divulgado em seu catálogo do mês de julho, a Panini publicará Quarto Mundo por Jack Kirby. A saga idealizada pelo Rei dos Quadrinhos é composta por quatro títulos: Jimmy Olsen, Povo da Eternidade, Novos Deuses e Senhor Milagre. A fim de tornar a publicação acessível, a história será dividida em diversos encadernados. Confira a sinopse e a capa do primeiro volume:
Quarto Mundo por Jack Kirby será lançado sob a coleção Lendas do Universo DC. A publicação será em capa-cartão, lombada quadrada, papel off-set, em 176 páginas, compilando: Superman’s Pal Jimmy Olsen #133-136, Forever People #1, New Gods #1 e Mister Miracle #1, ao preço de R$27,90. Além disso, será distribuída em bancas, livrarias e comic-shops.
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Há quase uma década, Henry Cavill estrelou como Superman em O Homem de Aço. Apesar de suas participações em Batman vs Superman e Liga da Justiça, fãs querem ver outra aventura solo do personagem. Talvez o sonho não se realize tão cedo. Em sua conta do Twitter, o diretor Christopher McQuarrie (Missão Impossível: Efeito Fallout) revelou ter proposto um novo filme do herói para a Warner Bros.
“É difícil explicar, pois o meu envolvimento com Lanterna Verde estava ligado ao filme que eu e Cavill estávamos propondo. Os estúdios nunca se importaram com as minhas ideias originais, apenas que eu consertasse as deles.”
Ao ser perguntado se o filme se conectaria com O Homem de Aço, ele respondeu: “Certamente, poderia.” Além disso, McQuarrie também declarou que ele tinha uma proposta escrita para um filme do Lanterna Verde. Mas acredite ou não, Warner não disse não para o cineasta, apenas não levou adiante ambos os projetos.
“Eles nunca disseram não. Apenas não levaram adiante. Isso foi antes do lançamento de Fallout. E não, eu não reconsideraria, pois há outras coisas as quais eu quero fazer.”
Apesar de não existir planos para outro filme do Superman, Warner Bros quer introduzir a Supergirl nos cinemas. Em relação a Tropa dos Lanternas Verdes, só se tem conhecimento de que Geoff Johns está envolvido na produção. Para saber sobre tudo o que acontece no Universo das Lendas, mantenha-se ligado na Torre de Vigilância.