História foi feita essa semana, Batman completou 80 anos desde sua primeira aparição. Detective Comics #1000 foi lançada essa semana para celebrar o Cavaleiro das Trevas. É um momento histórico para a indústria de quadrinhos. Por isso, a Torre de Vigilância listou todas as histórias da antologia. Da pior até a melhor. Para a Bat-caverna!
11 – “Heretic” por Christopher Priest e Neal Adams
Anos após furtar a carteira de Bruce Wayne, um jovem é assassinado pelo seu irmão. O conto mostra como o estilo capitalista de Wayne está corrompendo os membros da Liga das Sombras. Apesar da excelente proposta, o roteiro de Priest não impacta o leitor nem causa reflexão. Além disso, a arte de Adams destoa completamente da narrativa.
Observação: Leia Batman #431.
10 – “The Last Crime in Gotham” por Geoff Johns e Kelley Jones
Johns e Jones unem forças para apresentar um futuro quase utópico em Gotham. A premissa apresenta uma nova Bat-família enquanto solucionam o último crime da cidade. Apesar de competente em sua introdução, o roteiro falha em seu desenvolvimento. Contudo, os traços de Jones, contrastando entre luz e sombras e formas incomuns, é fascinante.
9 – “Return to Crime Alley” por Dennis O’Neil e Steve Epting
Anunciada como uma sequência de Detective Comics #457, a história é centrada na relação entre Leslie Thompkins e Bruce Wayne. Os desenhos de Epting são espetaculares. O artista inclusive, presta homenagem ao icônico momento: “You dare pull a gun on me?” Infelizmente, é dependente do material original e não figurará no topo de nenhuma lista. Porque só possui significado para quem leu There’s no Hope in Crime Alley (Um baita gibi, por sinal!)
8 – “The Precedent” por James Tynion IV e Alvaro Martinez Bueno
Fãs de Dick Grayson, apareçam! Pois este conto é centrado no primeiro Menino-Prodígio. Especificamente, momentos antes de Bruce decidir treiná-lo. Um roteiro simples e uma arte que não apenas evoca à inocência, mas aos momentos mais marcantes da trajetória de Grayson.
7 – “Batman’s Longest Case” por Scott Snyder e Greg Capullo
O conto de seis páginas mais longo de todos os tempos. Snyder e Capullo apresentam um caso não solucionado pelo Cruzado de Capa, o mais longo de sua história, desde a era de ouro até a contemporânea. A história faz jus ao nome da revista. Torçamos para que seja canônico, pois muitos do elementos apresentados são aqui são interessantíssimos e fazem sentido na continuidade regular.
6 – “I Know” por Brian Michael Bendis e Alex Maleev
E se um vilão do Morcego descobrisse sua identidade? Por que esse malfeitor seria Oswald Cooblepot? Aqui, Bendis não apenas apresenta como o Pinguim descobriu a identidade do Batman, mas os motivos para não ter o matado. Bendis traça um paralelo interessante com a conclusão de O Cavaleiro das Trevas. Maleev traz a sujeira necessária em seus traços. Uma ótima história.
Observação: Não se engane, essa é uma história do Demônio de Gotham.
5 – “The Legend of Knute Brody” por Paul Dini e Dustin Nguyen
Ao invés de construir um conto sobre os vilões do Morcego, o roteirista Paul Dini destaca o maior dos capangas: Knute Brody. Quem? Knute Brody! A narrativa é construída a partir de uma entrevista com os detentos do Arkham sobre o atrapalhado ajudante. Parece boba, mas é genuinamente bem humorada e a arte de Nguyen é um complemento perfeito para a comicidade proposta. Além disso, que reviravolta!
4 – “Batman’s Greatest Case” por Tom King, Joelle Jones e Tony Daniel
Uma homenagem em seu sentido literal. A premissa é simples: A Bat-família aguarda pelo Cavaleiro das Trevas enquanto especulam o motivo da reunião. A arte melancólica de Jones contrasta diretamente com o tom menos fúnebre de Daniel. “O bate e rebate” na escrita de King oferece interações divertidíssimas entre os membros.
Além disso, conta com a página dupla do ano.
3 – “Medieval” por Peter Tomasi e Doug Mahnke
Assim como Action, Detective também conta com um prelúdio para o run posterior à comemoração. A arte de Mahnke é distribuída da mesma forma que a de Patrick Gleason em Never-Ending Battle. Enquanto homenagens à trajetória do personagem são feitas, Tomasi desenvolve os pensamentos do Cavaleiro Arkham, utilizando paralelismos interessantes e uma progressão temática impecável. Após ler isso, você nunca mais ouvirá o nome Batman da mesma forma.
2 – “Manufacture for Use” por Kevin Smith e Jim Lee
É um dos contos mais emblemáticos. Um homem procura no mercado negro de Gotham pela arma que matou os Wayne. O roteiro sabe o quão óbvio será para o leitor adivinhar quem é o homem, por isso, logo após, a verdadeira reviravolta é apresentada. É genial, pois Smith já a havia apresentado em todas as páginas, através dos ótimos desenhos de Jim Lee. Entretanto, o leitor só irá notar isso após a resolução. É uma narrativa que explora a moralidade do Batman e o ressurgimento de Bruce Wayne após a tragédia definitiva de sua vida.
1 – “The Batman’s Design” por Warren Ellis e Becky Cloonan
É simples. Criminosos fogem até um armazém após fracassarem na captura de inocentes em um hospital. O que eles não sabem: Batman criou armadilhas dentro do local. Ellis escreve o herói com um certo frescor, utilizando-o como um artista prestes a realizar sua performance. O palco seria o armazém e os meliantes fazem parte do show. Cloonan, com seus traços cartunescos, consegue traduzir com exatidão cada momento da narrativa. A conclusão é ambígua, podendo ser trágica, o que condiz com o cerne do personagem, ou apenas, uma gigantesca performance, como é transmitido ao leitor durante as incríveis seis páginas. Simplesmente excelente. Merece o primeiro lugar na lista.