"Mas sabe de uma coisa ? Sentir raiva é fácil. Sentir ódio é fácil. Querer vingança e guardar rancor é fácil. Sorte sua, e minha que eu não gosto deste caminho. Eu simplesmente acredito que esse não é um caminho" - Superman (Action Comics #775)
A Hasbro anunciou duas novas figuras de Bumblebee: Optimus Prime e Dropkick. Ambos fazem parte da sexta leva da linha Studio Series. A coleção consiste em celebrar as adaptações live-action e trazer robôs com escalas coerentes entre si.
O Studio Series 38 Voyager Class Optimus Primejá havia sido revelado através de vazamentos, mas agora, foram divulgadas fotos oficiais do produto. A figura possui aproximadamente 16,5 cm de altura e pode ser transformada em 35 etapas. O lançamento será em abril no mercado norte-americano pelo preço de U$ 29,99. Confira:
A novidade mesmo, fica por conta do Studio Series 42 Voyager Class Dropkick(Apesar de ter o tamanho da classe deluxe), por trazer finalmente o personagem em sua forma automotora e não um helicóptero como o Studio Series 24. A figura mede aproximadamente 11,4 cm de altura e pode ser transformada em 36 etapas. O lançamento será em agosto no mercado norte-americano ao preço de U$ 19,99. Confira:
Confira a nossa crítica de Bumblebeeaqui. Ainda não há previsão para o lançamento das figuras aqui no Brasil, mas a primeira e a segunda leva da linha Studio Series estão à venda nas lojas de brinquedos de todo o país. Para saber sobre tudo o que acontece com os Robôs Disfarçados, fique ligado na Torre de Vigilância.
Publicada na semana passada, o Multiversomudou para sempre em Liga da Justiça Anual #1. Escrita por Scott Snyder e James Tynion IV, a publicação lida com as consequências de Noites de Trevas: Metal, onde a Muralha da Fonte foi acidentalmente quebrada pelos heróis. Agora, quase um ano depois, A equipe se dirige à Galáxia Prometeica, para reparar a maior barreira da realidade.
SPOILERS SOBRE A PUBLICAÇÃO A SEGUIR
Com a ajuda da Tropa dos Lanternas Verdes, dos Novos Deuses, de Thanagar e Starman, os heróis colocam seu plano em prática: Trazer os três Titãs Ômega. Caso você não conheça esses gigantescos seres cósmicos, sugiro que leia Sem Justiça, recentemente publicada pela editora Panini na mensal da equipe.
Mais tarde, em um flashback, Starman e a Mulher-Gavião discutem sobre as implicações cósmicas da futura missão. Para quem não sabe, a sétima edição de título, contou com o retorno de Will Payton, o quinto Starman, afirmando ter as respostas para todas as perguntas da Liga da Justiça em relação ao Multiverso.
Ele afirma que as asas de Kendra estão relacionadas com a Totalidade, uma esfera, onde a criadora do Multiverso, Perpetua, estava presa. A Muralha foi criada para contê-la e os Titãs, para selá-la. O que explica o plano da equipe consistir em utilizá-los. Entretanto, um dos Titãs foi morto na Terra, logo a heroína precisa usar suas asas para canalizar energia e selar a Muralha.
Enquanto isso, Brainiac, aparentemente morto em Sem Justiça, retornou, para ajudar Luthor em seus objetivos perversos. O vilão explica que Starman é a chave para uma ameaça ainda mais grave que Perpetua, assim como a Liga possui uma chave para duas fechaduras diferentes. Logo, eles precisam redirecionar esta “chave” para a Totalidade, para Perpetua. Caso eles o façam, serão capazes de reconstituir a forma física da Mãe do Monitor e do Anti-Monitor para estudá-la.
Mais tarde, enquanto Starman redireciona sua energia para ajudar a Mulher-Gavião servir ao seu propósito cósmico, Brainiac controla a sua mente, fazendo com que os heróis percam vantagem na batalha. Quando Payton se recupera, é tarde demais. Os seres na Muralha sentem a presença de Perpetua. Eles estão com medo. Com a Muralha se desestabilizando, Kendra é tirada de lá contra sua vontade, restando apenas ouvir os gritos dos seres que compõem a barreira da realidade.
A Muralha da Fonte explode. A Liga da Justiça falha em sua missão. Luthor possui o corpo de Perpetua para estudos. Enquanto isso, o Multiverso sente a ausência da barreira e está se movendo. Nova Gênesis e Apokolips somem, Darkseid celebra o funcionamento do campo de distorção do Setor Fantasma, Monstro do Pântano ouve os gritos da natureza, o Espectro jura vingar a criação e a Liga da Justiça Encarnada atesta: “Não há como parar. Este é o fim.”
É impossível imaginar o que virá a seguir, mas de acordo com Scott Snyder, esta é apenas a ponta do iceberg e o primeiro ato de seu longínquo run. As próximas edições explorarão as consequências do anual e trarão revelações bombásticas. O Multiverso entrou em colapso e para se manter informado sobre essa gigantesca trama cósmica, fique ligado na Torre de Vigilância.
“O destino da Terra está em jogo quando a Liga da Justiça enfrenta uma poderosa ameaça: Os Cinco Fatais! Superman, Batman e Mulher-Maravilha buscam por respostas enquanto os viajantes do tempo, Mano, Persuasor e Tharok aterrorizam Metropolis em busca da Lanterna Verde Jessica Cruz. Com a ajuda dela, eles libertarão os outros membros da equipe: A Imperatriz Esmeralda e Validus para executar um plano sinistro. Mas a Liga descobriu um aliado de outra época: O peculiar Star Boy. Seria ele a chave para deter Os Cinco Fatais?”
A animação contará não apenas com a produção de Bruce Timm, como também com o retorno das vozes da Trindade de Liga da Justiça e Liga da Justiça: Sem Limites. O filme animado terá como protagonistas Star Boy da Legião dos Super-Heróis e a Lanterna Verde Jessica Cruz. O lançamento será direto para o home vídeo durante a primavera norte-americana.
Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.
Titãsnão é uma série de super-heróis. Parece absurdo, mas é verdade. Este não é um seriado sobre pessoas as quais pretendem salvar o mundo. Este é um seriado sobre pessoas tentando sobreviver, atormentadas por sua próprias habilidades. Cabe ao espectador, dizer sim ou não à proposta da produção. Se você gosta (exclusivamente) dos Jovens Titãs combatendo o mal em sua mais plena leveza juvenil, essa série não é para você. Todavia, caso você adore desconstruções de personagens, uma sensação de suspense e um tom gritante, então você foi feito para essa série.
O CONTEXTO
Primeiro, é necessário dizer que criticar produções em decorrência de sua tonalidade, não é crítica. Arte é relativa. O contexto precisa ser entendido. Alguns enxergam como algo leve, vibrante, outros simplesmente, preferem a vertente melancólica. A questão nunca é o tom, mas sim, à forma como ele é aplicado dentro de sua narrativa. Afinal, narrativa é narrativa. “Mas por que justamente uma série sombria e violenta dos Titãs, João?” Bom, meu caro leitor, eu explico:
1 – Pois pertencem a um serviço de streaming, onde há mais liberdade para a produção de conteúdo.
2 – Greg Berlanti é um dos criadores da série.
Não conhece o Berlanti? Ele é o criador da maioria das séries da DC exibidas na CW. Ele criou Arrow, uma versão mais sombria e violenta do Arqueiro Verde. Entretanto, ele trabalhou com outras adaptações de quadrinhos, como por exemplo: Riverdale. A série é uma adaptação sombria dos quadrinhos da Archie Comics, misturando horror, suspense e adolescentes problemáticos e bonitos. Enfim, essa série é o exagero em pessoa. Mas por que comparar Titãs à Riverdale? Pois a ideia é a mesma. Pegue personagens de quadrinhos vibrantes e os transforme na versão mais sombria possível. A única diferença é que Titãs tem mais liberdade para cenas de violência, pois como já dito anteriormente: serviços streaming não tem restrições.
“Por que ninguém reclama de Riverdale?” Devem existir reclamações, mas os Jovens Titãs são muito mais conhecidos na cultura pop, existiu uma geração a qual cresceu com os quadrinhos por Marv Wolfman e George Pérez, outra, com o desenho animado de 2003 e uma nova está crescendo com Jovens Titãs em Ação. Então por que as pessoas estavam tão inconformadas com a série antes de sua estreia? Pois não parecia em nada com a imagem tida da equipe. “Mas isso justifica os comentários racistas com a Estelar?” Não, não justifica. Nada justifica racismo. Entretanto, aguardar pelas escolhas tomadas na produção se justificarem na narrativa era o sensato a ser feito.
Felizmente, todas se justificaram. As mudanças não são o problema de Titãs. Cada membro do elenco regular traz algo único para a série: Dick Grayson (Brendon Thwaites) traz a fúria, Rachel Roth (Teagan Croft) traz o horror e em alguns momentos, inocência, ao lado de Garfield Logan (Ryan Potter) e Kory (Anna Diop), traz um maravilhoso senso de ironia. A familiaridade a qual permeia o grupo durante os 11 episódios, faz deles um verdadeiro – peço perdão por isso – Quarteto Fantástico revoltado. Todavia, os roteiristas não parecem entender o elo mais forte do show, o que fará o espectador vibrar e acompanhar com carinho cada detalhe da história. Não, ao invés da união ser priorizada, os roteiristas escolhem destacar a individualidade. Mas quem dera fosse a individualidade dos quatro personagens.
DICK GRAYSON
Titãs não é uma série dos Titãs. Parece absurdo? Parece e talvez seja. Titãs é uma série do Dick Grayson. Você, leitor, deve estar se perguntando: “Por que? O quê?” É a verdade nua e crua. Mas não, não pense que isso torna a série uma produção ruim, só a torna menos boa do que ela poderia ser. A temporada começa com os Grayson Voadores e termina com Dick aceitando o seu lado sombrio. É sobre ele. É tudo sobre ele.
Do primeiro ao quinto episódio, o espectador descobre que Robin se afastou do Batman, pois estava se tornando, em teoria, um psicopata. Proteger e cuidar do Rachel, é uma chance de desconstruir isso e ele apenas enxerga a oportunidade no quarto episódio, ao impedir a queda dela na escuridão. A interação entre os dois personagens não apenas se assemelha com a relação paterna entre Batman e Robin, como também é bem escrita e pontuada por momentos traçados por paralelos interessantes. No quinto episódio, o único onde os Titãs agem como uma equipe propriamente dita, é levantada uma questão: “O que Dick pode trazer para a equipe?”Ravena tem seus poderes demoníacos, Kory, rajadas flamejantes e Garfield, se transforma em um tigre. O roteiro resolve responder através da aceitação de Dick ao manto de Robin. É uma das cenas mais satisfatórias da série.
Você deve estar pensando: “Essa é a maneira perfeita para finalizar o arco dramático dele e priorizar a trama, certo?” Sim, mas os roteiristas não pensaram que eles tinham mais seis episódios pela frente. Ou será que pensaram? Eu não sei. De qualquer forma, do sexto ao oitavo episódio, Dick recebe um novo arco dramático: Matar o Robin. É coerente, se parar para pensar que nas HQs, o personagem assume, após o Garoto-Prodígio, o manto de Asa Noturna. Entretanto, a temporada parece não finalizar o arco o qual foi iniciado, provocando um enorme vazio. Uma pena, pois a preparação é ótima:
No sexto episódio, o melhor da temporada, Dick conhece Jason Todd, o novo Robin. Todd serve como um espelho para mostrar a ele o que pode acontecer, caso a ideia de continuar sendo o Passarinho suba a sua cabeça. No final do episódio, ao ver como Jason se sente poderoso com a máscara, Dick resolve aposentar o seu codinome.
No sétimo episódio, os personagens param em um asilo, onde vivem seus piores medos, o maior medo de Grayson, é enlouquecer usando a máscara. Ao final do episódio, o personagem ordena que Kory incendeie o local, mais tarde, na última cena, Dick queima o traje de Robin, aposentando sua aparência.
No oitavo episódio, a série explora uma faceta diferente do personagem, trazendo um pouco de humor a ele, ao lado de sua amiga, Donna Troy. A ex-Moça-Maravilha argumenta sobre a diferença entre parar e se aposentar. Ela sugere que Dick não precisa ser o Robin para ajudar pessoas, ele precisa ser algo a mais.
Fica difícil entender o porquê existir essa demora em torná-lo o Asa Noturna. Não é apenas o caminho óbvio, mas o caminho narrativo certo a se seguir. Entretanto, a série resolve seguir o caminho “errado”. No final da temporada, intitulado “Dick Grayson“, o personagem precisa lutar contra seu lado sombrio e a forma como o roteiro encontra para executar essa ideia é através de uma realidade artificial onde Batman se tornou um assassino. Ele é o único capaz de pará-lo, mas isso significaria, sacrificar o seu compasso moral.
Caro leitor, você já deve ter visto inúmeras capas de quadrinhos onde o herói grita furiosamente: “Preciso pará-lo de uma vez por todas.” Entretanto, você também deve saber que na maioria das vezes, a história por trás da capa, nunca apresenta o tal acerto de contas. Como um exemplo audiovisual, eu posso citar Batman vs Superman: A Origem da Justiça. Pois em determinado momento, Batman está lá para matar Superman, mas segundos antes de enfiar uma lança de kryptonita em seu peito, Superman, através de um nome, faz com que o Cavaleiro das Trevas perceba o monstro o qual ele se tornou.
Em Titãs, não há momento para essa percepção, o heroísmo é negado por completo, no exato momento em que ele diz: “Meu Deus, Bruce. Isso é o que você queria, que eu abraçasse a escuridão. Vai se foder, Bruce. Você ganhou.” Ele deixa Batman para morrer naquele mundo fictício e abraça tudo o que há de ruim nele. Para muitos, inclusive para mim, soou como um arco mal finalizado, mas após muitos dias de reflexão, eu percebi: Isto não foi um equívoco narrativo. O que me leva ao próximo ponto.
A ATMOSFERA
Como dito no primeiro parágrafo: “Titãs não é uma série de super-heróis.” Não há nada heroico (com exceção de uma ou duas cenas) sobre esta série. Literalmente nada. Esta série é como um filme de 13 horas idealizado por Josh Trank. Caso não conheça o diretor, ele é o responsável pelo ótimo Poder Sem Limites e o terrível Quarteto Fantástico (É culpa do estúdio, para falar a verdade). Estes filmes não são sobre super-heróis, mas sim, sobre pessoas atormentadas pelas suas habilidades extraordinárias. Há um senso de horror diferente em cada personagem e a proposta da série é explorada ao máximo no episódio “Asylum”. Por que?
1 – Personagens lidando com o que há de pior dentro deles.
2 – Eles precisam fugir. Fuga é um aspecto constante na série.
3 – O asilo é anônimo, as pessoas trabalhando lá também. Outra característica de Titãs é o fato de que existem vilões por toda parte e nós nunca saberemos os nomes deles.
Os roteiristas poderiam facilmente fazer dessa, mais uma série de conspiração criada pelos antagonistas, mas eles são o que menos importam e isso é ótimo. O que eles representam para os heróis é o que realmente importa e essa constante adrenalina se desenrola no decorrer desses 11 episódios, onde os personagens precisam lidar com seus problemas e fugir ao mesmo tempo. Não dá para confiar em ninguém, pois todo personagem fora do núcleo principal podem ser uma ameaça: Policiais, freiras, uma família geneticamente modificada, médicos de um asilo, idiotas em restaurantes, demônios, maníacos sexuais. Todos são motivo para pelo menos levar um soco na cara.
Esse fato contribuí para moldar o suspense da produção, justamente pela falta de ciência em relação a tudo o que não é fantástico neste mundo. Outro fator o qual colabora bastante é a excelente trilha sonora composta por Kevin Kiner & Clint Mansell trazendo o senso de adrenalina mesclado com o medo do desconhecido, a música cresce em momentos de tensão, em momentos violentos e imerge o espectador dentre deste universo doido. Entretanto, fica evidente a preocupação dos produtores em deixar a série com uma cara moderna. A quantidade de músicas tocadas no decorrer dos episódios (e bem selecionadas) confere à série um estilo pop.
Entretanto, a série não apenas transita entre esses dois fatores, ela serve como uma introdução ao Universo DC do serviço de streaming. Logo, conta com inúmeras participações especiais bem pontuadas em sua maioria. É impossível escolher o que parece mais atrativo. A Patrulha do Destino tem um tom próprio, misturando drama com humor (provavelmente o que se pode esperar da série). Rapina e Columba (Alan Ritchson e Minka Kelly) são carismáticos e trazem aventuras pé-no-chão, mas a série cometeu um equívoco em trazer um episódio piloto perfeito para a dupla no meio da temporada. Jason Todd (Curran Walters) entrega a raiva imatura e Donna Troy (Conor Leslie) entrega maturidade através da ironia, provavelmente, serão os mais recorrentes na série.
VEREDITO
Confesso, Titãs me deixou dividido. Não por ser sombrio e desconstruir os personagens, mas pela ausência de heroísmo. Entretanto, não posso simplesmente concluir que a primeira temporada é ruim. Pois é bem produzida, bem dirigida e cativa o espectador a continuar assistindo. O final, entretanto, pode ser considerado jogar o arco dramático de um personagem no lixo, ou o prelúdio para algo maior. Prelúdio. Era essa palavra que faltava. Titãs soa como um episódio piloto de 13 horas sobre Dick Grayson, com outros heróis como pano de fundo, na busca do confronto contra seus demônios internos. Em alguns momentos, usa o exagero ao seu favor, em outros momentos, parece querer reafirmar ao espectador a que veio, mas no fim, é uma ideia diferente, predominantemente bem executada, mas repleta de imperfeições.
Liga da Justiça vs Os Cinco Fatais, novo filme animado da DC Comics, teve suas primeiras imagens e seu elenco divulgado. De acordo com o Hollywood Reporter, a animação contará com as vozes de:
Diane Guerrero como Jéssica Cruz
Elyes Gabel como Star Boy/Thomas Kallor
Peter Jessop como Thorak
Tom Kenny como Bloodsport
Matthew Yang King como Persuasor
Sumalee Montano como Imperatriz Esmeralda
Philip Anthony Rodriguez como Mano
Daniela Bobadilla como Miss Marte
Kevin Michael Richardson como Senhor Incrível
Tara Strong como Satúrnia
Para a surpresa de alguns fãs, as vozes originais da Trindade em Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites, retornam para a produção em home-vídeo:
Kevin Conroy como Batman
Susan Eisenberg como Mulher-Maravilha
George Newbern como Superman
“O destino da Terra está em jogo quando a Liga da Justiça enfrenta uma poderosa ameaça: Os Cinco Fatais! Superman, Batman e Mulher-Maravilha buscam por respostas enquanto os viajantes do tempo, Mano, Persuasor e Tharok aterrorizam Metropolis em busca da Lanterna Verde Jessica Cruz. Com a ajuda dela, eles libertarão os outros membros da equipe: A Imperatriz Esmeralda e Validus para executar um plano sinistro. Mas a Liga descobriu um aliado de outra época: O peculiar Star Boy. Seria ele a chave para deter Os Cinco Fatais?”
Liga da Justiça vs Os Cinco Fatais tem previsão de lançamento durante a primavera norte-americana, sem data definida. O filme será produzido por Bruce Timm, responsável por diversas séries animadas da editora como: Liga da Justiça e Batman: A Série Animada. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.
Se você dissesse para mim, há alguns meses, que Heróis em Crise seria uma das histórias mais controversas da DC Comics, eu sinceramente não acreditaria. Claro, o autor por trás da história, Tom King, agrada muitos, assim como também desagrada. Entretanto, quando King abordou sutilmente depressão em Senhor Milagre, criando um clássico moderno da editora. Logo, seguindo esta linha de raciocínio, abordar Estresse Pós-Traumático em uma história com homens e mulheres vestindo collant, seria moleza. Não poderia estar mais enganado.
Entenda, o redator o qual vos escreve, está gostando de Heróis em Crise, por diversos motivos. Um deles, reside no fato de que King pegou o quarto pilar da DC (A Arlequina, palavras do Jim Lee) e a transformou em uma vilã de destaque. Me diga, caro leitor, quantas vezes você viu uma personagem feminina protagonizando ou antagonizando um evento na Editora das Lendas? Zero, não é mesmo? Não é exagero dizer que ela está no caminho para se tornar a maior supervilã da editora.
Entretanto, eu também possuo algumas ressalvas, as quais poderiam ser facilmente resolvidas. Como por exemplo, a hiper sexualização de personagens femininas em uma história a qual lida com assuntos pesados. Respeito quem gostou da Lois Lane vestida com uma camisola do Superman em uma pose digna de um ensaio fotográfico sensual. Entretanto, não estamos mais no início dos anos 2000. A realidade é outra e há outras de representar a personagem perguntando ao Superman: “O que você quer que eu faça?”
Já os leitores de um modo geral, parecem bastante insatisfeitos com a história, principalmente com a quarta edição publicada hoje. As críticas ao modo como o desenhista Clay Mann sexualizou inúmeras personagens femininas, levou King a bloquear pessoas em sua conta no Twitter. Se você segue o autor, sabe muito bem como ele lida com críticas. Quando a terceira parte do arco Superfriends foi publicada, King pediu desculpas e agradeceu pelo feedback. Isto não é normal.
Mas a maioria dos leitores já estava insatisfeito com a história desde o início. Cada um por um motivo diferente. Determinadas mortes da história geraram ira e tristeza no fandom. Rumores sobre a interferência do editor Dan DiDio deixaram os fãs ainda mais furiosos. King precisou ir às redes para esclarecer o nível de sua liberdade criativa. O circo “pegou fogo”, assim como na história. Minto, até mais do que na ficção.
Há alguns meses, eu publiquei uma pequena reflexão sobre a história, quando a primeira edição foi publicada, mas eu senti a necessidade de reescrevê-la, pois a editora não vive em um cenário tão polêmico, desde Crise de Identidade, outro evento “pé no chão”. Quando Heróis em Crise foi anunciada, era um estudo sobre o psicológico dos heróis. Durante a San Diego Comic-Con, a história ganhou um novo status: Mistério de assassinato. É uma continuação espiritual de Crise de Identidade.
É impossível saber se a história foi alterada para algo mais mainstream ou não, pois o roteirista afirma ter 100% de liberdade no projeto. Entretanto, pouco importa, pois a história é tão chocante, tão sombria, com uma arte tão padronizada e parece realmente reviver os tempos sombrios e ambíguos da DC Comics, onde descobrimos que a Liga da Justiça não era tão heroica e agora sabemos que Batman, Superman e Mulher-Maravilha, não podem resolver os problemas de seus companheiros. Mas a que custo, caro leitor?
Qual é o custo? Por que a obsessão em retornar aos tempos os quais haviam se distanciado há anos? Apesar de apresentar uma certa qualidade narrativa, Heróis em Crise, não é uma história a qual precisava ser publicada agora. Perceba. Em nenhum momento digo que a história jamais deveria ser publicada, mas acredito na importância do contexto. Enquanto King continua a conceder aos leitores mais perguntas, menos respostas são obtidas.
A cada mês quando uma edição de Heróis em Crise é publicada, os fãs da DC Comics suam friamente, tremem, choram, se enfurecem, assim como os heróis, entram em crise. Eu estou fascinado. Fascinado com algo o qual remexe e ainda remexerá os meus e os nossos sentimentos por mais alguns meses. Mas espero, que ao final, o saldo seja mais positivo do que negativo, para todos.
No mês passado, a DC Comics divulgou os primeiros detalhes sobre os 80 anos do Batman. Detective Comics #1000 trará histórias inéditas de artistas os quais já contribuíram para a história do Morcego. Assim como introduzirá um novo personagem ao cânone, porém conhecido dos jogos do personagem: O Cavaleiro Arkham. Hoje, a editora divulgou novos detalhes sobre a publicação, assim como as capas, o visual do Cavaleiro e as equipes criativas dos contos. Confira:
“A popularidade duradoura do Batman durante 80 anos se comunica diretamente com o apelo geral o qual o personagem possui.” – explicam Dan DiDio e Jim Lee, editores da DC Comics –“Estamos orgulhosos em celebrar o impacto cultural do Batman com esses lançamentos especiais e ansiosos para comemorar com os fãs ao redor do mundo.”
A edição contará com duas páginas ilustradas por Jason Fabok, informando ao leitor o status atual do Batman no Universo DC. As equipes criativas de Detective Comics #1000 também foram divulgadas:
Kevin Smith e Jim Lee
Brian Michael Bendis e Alex Maleev
Warren Ellis e Becky Cloonan
Paul Dini e Dustin Nguyen
Dennis O’Neil e Steve Epting (Uma sequência da história “Não há Esperança no Beco do Crime” escrita pelo próprio O’Neil)
Christopher Priest e Neal Adams
Geoff Johns e Kelley Jones
Tom King, Tony Daniel e Joelle Jones
Scott Snyder e Greg Capullo
James Tynion IV e Alvaro Martinez
Detective Comics #1000 será publicada em março de 2019. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.
Um bom personagem faz com que você goste dele. Um excelente personagem faz com que você sofra por ele. Você, leitor, deve estar se perguntando por que eu comecei minha crítica de Bumblebee com esta afirmação? Pois este é o primeiro filme de Transformers, sobre personagens, desde a estreia do primeiro, em 2007. Há 11 anos, ninguém esperaria que os brinquedos da década de 80 fariam tanto sucesso nas telonas, a ponto de revolucionar a indústria de efeitos especiais.
Todavia, Hollywood, infelizmente, segue uma lógica megalomaníaca conhecida como: “Faça uma sequência. Faça maior.” As quatro sequências as quais se seguiram, superaram o primeiro filme, em escala, mas não, em alma. Felizmente, 11 anos depois, Bumblebee, o primeiro spin-off dos robôs disfarçados, chega aos cinemas, fazendo a alma falar mais muito mais alto.
Em Bumblebee, essa alma , a qual habita a película, não reside no garoto perdedor, o qual se descobre um herói, algumas horas depois. Mas sim, na garota ansiosa para escapar das mudanças de sua vida. Os dois compartilham algo em comum: Uma amizade com seu carro.
Parafraseando Bobby Bolivia: “O motorista não escolhe o carro. O carro é quem escolhe o motorista. Há uma ligação mística entre homem e máquina.” Definitivamente, há algo místico entre a interação de Charlie Watson (Hailee Steinfeld) e Bumblebee (Dylan O’Brien). Não apenas místico e inexplicável, mas mágico, encantador. Um encanto o qual é transcrito através dos olhares, humanos e robóticos. Os olhares dizem tudo em Bumblebee. Aquele senso de maravilhamento, descoberta, aquele gostinho da simplicidade trazido pela infância, é a essência a qual permeia a obra.
Esse encanto não é limitado ao que pode ser visto nas telas, mas à forma como pode ser presenciada. Travis Knight traz pureza em sua direção, como uma criança, mas é extremamente maduro e confortável com o seu primeiro live-action, trazendo combates nítidos e extremamente objetivos. Knight extrai todo o potencial emotivo de seu elenco, dos momentos mais dramáticos até os mais cômicos. Boa parte se deve ao eficiente roteiro de Christina Hodson, simples, redondo e com um humor extremamente genuíno e inocente, o qual funciona, em todas as ocasiões.
O humor de Bumblebee é funcional em todas as cenas as quais está presente e arrancam as gargalhadas mais genuínas do espectador, um feito extremamente raro para a safra atual de blockbusters, o qual sacrifica o peso em prol das piadas. Felizmente, Bumblebee utiliza os dois para fortalecer o vínculo entre a audiência e os personagens. A escolha de ambientar a trama nos anos 80 é um belo convite à nostalgia e se mistura de forma sinérgica à trama. Ajuda a delimitar alguns limites narrativos para tornar a escrita mais coerente.
Não se engane, Bumblebee não é um reboot. Apesar de contar com designs mais simplificados, há inúmeras referências aos filmes de Bay, desde personagens à eventos os quais definiram alguns dos principais aspectos do robô, em 2007. Há um imenso respeito para com todas as gerações de fãs. Não apenas remete à Geração-1, como também ao Spielberg, em sua mais pura essência, não se dispondo de muitos recursos para criar uma experiência memorável.
Bumblebee é o ditado “menos é mais” executado com excelência. Simplicidade, inocência e encanto, andam lado a lado e nunca se separam, nem mesmo após o espectador deixar a sessão. É um filme o qual aquece seu coração. É como uma criança com poucos brinquedos, mas muita imaginação. Não é apenas o melhor Transformers, é um dos filmes mais encantadores e divertidos do ano.
Aquaman é predominantemente visual. Não há demérito algum nisso. É um bom filme. Minto, é um ótimo filme. Algumas pessoas acreditam que a arte de contar histórias está estritamente associada à força do roteiro. Entretanto, o redator o qual vos escreve, discorda fortemente desta lógica. É possível contar histórias através da estética. Em alguns casos, imagens dizem mais do que palavras. Não quero dizer que o roteiro é um elemento desnecessário para uma obra. Entretanto, a força de Aquaman não está no roteiro, está nos visuais, em tudo o que cerca Atlântida.
Quando James Wan pediu para que os produtores e Zack Snyder não apresentassem a cidade submersa em Liga da Justiça, pois tinha um grande papel dentro da narrativa de Aquaman, ele não estava brincando. A forte inspiração na arte épica de Ivan Reis e Paul Pelletier dos Novos 52, é notável e precisa ser admirada. O mar nunca pareceu tão interessante ou fascinante. A direção de arte de Bill Bzerski é excepcional. Somando os belíssimos cenários ao olhar único de James Wan na direção, temos um filme o qual você precisa ver para crer.
Ainda falando em Wan, o diretor não apenas sabe como apresentar cada canto dos vastos setes mares, como também coordena com maestria as cenas de ação. Planos-sequência são constantes aqui e dão um frescor único ao subgênero. Wan utiliza-se bastante do estilo aplicado por Zack Snyder, mas o aperfeiçoa, elevando-o à enésima potência. Outro acerto é como o diretor conhece seu elenco. Arthur Curry e Mera, se adaptam aos atores Jason Momoa e Amber Heard, e não o contrário. São mudanças as quais fortalecem o sentido da palavra adaptação. Momoa e Heard possuem uma química provocativa incrível, a maquiagem e penteado da dupla, contribuem para o surrealismo da produção, respirando quadrinhos.
Entretanto, o melhor personagem da projeção é Orm, brilhantemente interpretado por Patrick Wilson, o qual entrega uma performance extremamente imponente. Wilson está para Orm, assim como Shannon está para Zod. Ambos são personagens os quais possuem uma presença de tela formidável. Outro membro do elenco o qual é impossível de desviar os olhos da tela, é Nicole Kidman como Atlana, com um background muito maior em relação a sua contraparte dos quadrinhos. O Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II), apesar de ser o elo mais fraco do elenco, é perfeitamente adaptado com sua linha de raciocínio extremamente vingativa e direta.
Outro aspectivo majoritariamente negativo, é a trilha sonora composta por Rupert Gregson Williams. Com exceção de duas faixas, o trabalho do compositor soa genérico aos ouvidos e destoa da perfeição visual apresentada pelo filme. O tema de Aquaman mal pode ser ouvido ou identificado, o que enfraquece, mas não compromete a imersão do espectador para com o filme.
O roteiro de Will Beal e David Leslie Johnson, não chega à superfície do script de Johns nos quadrinhos do personagem, apesar de oferecer muitos momentos genuinamente engraçados e frases as quais poderiam ser facilmente lidas em quadrinhos da Era de Prata. É um script bobo, porém simples e focado, sem muitas incongruências na trama a qual busca apresentar. Desempenha sua função, mas não é inspirado como algumas das produções anteriores da DC Comics.
Para finalizar, pode-se dizer que Aquaman é um marco para o cinema de quadrinhos. É o filme mais bonito do subgênero desde Valerian e Watchmen. É um verdadeiro colírio para os olhos e garante uma experiência apesar de imperfeita, extremamente única ao espectador. É a obra-prima e a experiência cinematográfica visual do ano. As premiações de efeitos visuais procurarão por um rei, mas encontrarão algo melhor: Um herói.
Em 2011, a DC Comics lançava a sua nova iniciativa: Os Novos 52. O selo tinha como objetivo reiniciar todo o universo DC, com exceção de Batman e Lanterna Verde. Com 52 títulos, o reboot, em sua maioria, não foi bem recebido pelos leitores. Entretanto, alguns títulos se destacaram como gratas surpresas. A maior delas, com certeza foi Aquaman por Geoff Johns. Enquanto a reinvenção da DC, não conseguiu lidar com o icônico Homem de Aço, ela conseguiu salvar o Rei de Atlântida do esquecimento.
O run de Johns é o mais importante para o personagem desde Peter David (Da década de 90). Durante 25 edições (Sem contar tie-ins e crossovers), o roteirista acrescentou novos elementos à mitologia do personagem e revitalizou o personagem, fazendo com que ele alcançasse um patamar de popularidade o qual ele jamais havia alcançado.
Composta por quatro arcos: As Profundezas, Os Outros, Trono de Atlântida e A Morte do Rei, a fase escrita por Johns é um dos trabalhos mais simples e dinâmicos da editora nos últimos anos. Logo na primeira edição, o roteirista se preocupa em descosntruir a péssima imagem do personagem possuída pelo público. Ele o faz, mostrando a rotina de Arthur Curry ao lado de seu grande amor, Mera. Para moldar o seu protagonista, Johns, através de flashbacks, utiliza duas figuras: Thomas Curry, o seu pai, o qual o incentiva a servir como faroleiro e o Doutor Shin, o qual faz com que Arthur tenha noção de que ele não apenas pertence a superfície.
Através dos comentários pejorativos de civis sobre o herói na história, Johns cria perfeitamente a tensão entre o pertencimento de dois mundos, um tema recorrente nas histórias do Aquaman. O roteirista cria o peixe fora d’água definitivo, não apenas mostrando sua bondade e heroísmo, mas mais tarde, explorando mais facetas morais no decorrer da narrativa, decorrente do seu passado.
É óbvio que este não seria um grande título, caso não possuísse personagens coadjuvantes bem escritos. Felizmente, todas as figuras de apoio obtêm de imediato o interesse do leitor. Seja Mera, pela sua imponência ingênua e desconhecimento perante as leis da superfície, Arraia Negra, através de sua vingança de “mão única”, ou Orm com sua xenofobia pela superfície e dono de um antagonismo formidável e uma ambiguidade moral esplêndida, o tornando mais do que um vilão, menos do que um herói.
As novas adições à mitologia como os monstros submarinos conhecidos como Abissais, o grupo de super-heróis repleto de diversidade e extremamente internacional, conhecido como Os Outros. Ou até mesmo, Atlan, aqui como o vingativo Rei Morto. A mitologia de Atlântida é explorada durante a reta final do run e Johns faz um maravilhoso trabalho com ela.
Não poderia encerrar este texto sem mencionar a arte. Pois muito mais do que o script simples e focado de Johns, Aquaman dos Novos 52 nada seria caso Ivan Reis, Joe Prado, Paul Pelletier e Rod Reis não fossem responsáveis pelos desenhos. O trabalho gráfico de todos os artistas eleva a HQ ao nível de uma produção de Hollywooddo gênero épico (Melhor inspiração para o filme, impossível, não é, James Wan?) É impossível contar nos dedos quantas splashpages existem nessas 25 edições.
Apesar do término do run, o roteirista planejava uma história com a Liga da Justiça chamada: Ascensão dos SetesMares. Infelizmente, nenhum detalhe, além da equipe criativa (a mesma), foi divulgado.
Aquaman por Geoff Johns é a introdução definitiva ao Rei de Atlântida. Com uma arte em escala épica e um roteiro simples e extremamente focado, esse não é apenas o grande momento do personagem nas HQs, assim como é uma das fases mais satisfatórias publicadas pela DC Comics nos últimos anos.