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Dune: Awakening é anunciado e ganha seu primeiro trailer

Foi divulgado hoje (23/09), durante a abertura da Gamescon 2022, o MMO Dune: Awakening. Baseado no universo de Frank Herbert – que ganhou uma recente adaptação cinematográfica dirigida por Denis Villeneuve – o jogo será de sobrevivência em mundo aberto com elementos de MMORPG. Confira o trailer:

Dune: Awakening ainda não possui data de lançamento.

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Kamehameha! Dragon Ball chega ao Fortnite com skins e muito mais!

Shenlong concedeu o desejo de muitos jogadores de Fortnite! Hoje (16/08) ficou disponível na Loja do jogo as skins de Dragon Ball! Confira o trailer abaixo:

Na loja, temos as skins de Goku, Vegeta, Bulma e Bills! E a parceria com o anime não para por aí: o evento conta com uma aba de premiações por tempo limitado. Para ganhar, basta concluir todas as tarefas especiais de Dragon Ball durante as suas partidas.

PTBR Fortnite Dragon Ball Power Unleashed Challenges

Após juntar todas as sete Esferas do Dragão e concluir a trilha, você desbloqueará a Asa-Delta do Shenlong como recompensa. Corra! Pois essas tarefas estarão disponíveis até o dia 30 de Agosto.

EN Fortnite Dragon Ball Shenron Glider

Outra novidade é o modo Versus, onde dois jogadores aceitam o desafio em um quadro de avisos na Ilha e duelam entre si – o clássico 1X1. Esses quadros também estarão disponíveis apenas durante o evento, e ocupam o lugar da Caçada.

No mapa, você poderá controlar o Kamehameha como uma arma exclusiva e a KintoUn para se mover pela ilha do Battle Royale. Por fim, você poderá visitar a ilha do mestre Kame e batalhar para ser o número 1 da partida.

Fortnite — Jogabilidade com o Kamehameha e com a Nuvem Voadora (Kintoun) de Dragon Ball

Fortnite é um jogo Battle Royale gratuito e está disponível para download através da Epic Games. As skins são pagas, porém o evento é de graça e você pode aproveitar até o seu término, dia 30 de Agosto.

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Obi-Wan Kenobi: A ausência de roteiro e o excesso de nostalgia

Hello, there.

Todo grande fã de Star Wars, após ler Kenobi (livro da saga que, atualmente, é considerado ‘Legends’ pela Disney) ou simplesmente por pura curiosidade, desejava saber o que aconteceu entre os episódios III e IV com o personagem, não é mesmo?

Transportar esse desejo para as telas é uma tarefa bastante simples, afinal há um bom material base para se utilizar como inspiração e não há grande necessidade de se aprofundar nos protagonistas, uma vez que os episódios anteriores já o fazem. Em tese, a missão principal do showrunner seria apenas desenvolver suas narrativas para demonstrar essa passagem de tempo na franquia e como ela influenciou no que vemos na trilogia original.

De fato, o título foi bastante esperado pelos fãs, em especial pelo amor ao ator Ewan McGregor, que interpretou o Jedi com sua alma. Contudo, Obi-Wan Kenobi chega na Disney Plus com uma bagagem carregada em nostalgia e fan service, mas com um roteiro extremamente fraco e sem carisma.

Obi-Wan Kenobi': What We've Seen so Far in the First Half of the Season - PopTonic

De certa forma, o objetivo da série é bem claro em mostrar Obi-Wan em seu exílio no planeta desértico de Tattooine e garantindo a proteção de um jovem Luke Skywalker. No fim, certos pontos do roteiro fazem com que o Jedi saia do planeta e parta em uma missão que o faz encontrar seu antigo aprendiz, agora Sith, Darth Vader.

O que decepciona, em si, é que o roteiro de Obi-Wan Kenobi falha ao não apresentar uma trama plausível para sua existência e tenta se justificar através de inúmeras referências e fan services que só estão ali para tentar tampar todas as falhas existentes. Um roteiro extremamente preguiçoso é o que define essa minissérie.

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É emocionante ver Vader de novo em ação depois de anos, assim como McGregor vivendo Kenobi novamente, assim como os flashbacks da Ordem 66 e da relação entre os dois personagens. Mas a rasa exploração que o título faz desses personagens decepciona bastante e não faz jus ao legado que eles deixaram em Star Wars.

Um grande exemplo disso é que, observar um Obi-Wan que não crê mais na força é excelente para a jornada do herói, entretanto quando não se explora isso além do primeiro episódio, torna-se esquecível e, a partir do momento que ele volta a acreditar, o que era pra ser épico, é apenas mais uma cena da série.

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E é justamente nessa falta de desenvolvimento que a principal vilã da série não passa nenhuma ameaça, nem sequer tem relevância, tanto que no momento do seu plot twist, sua motivação passa despercebida e não choca o telespectador. No fim, a personagem que tinha grande potencial é ignorada e o foco gira em torno do reencontro de Vader e Kenobi.

E, por fim, na trama não há nenhuma situação de extremo perigo que faz com que você se importe com o que acontece em tela: muito pelo contrário, todas elas são convenientes para que os personagens consigam sair com êxito. Todas essas conveniências de roteiro cansam o telespectador e tornam toda a experiência mais previsível do que já é – visto que já sabemos o fim do personagem, tanto em Rebels como no Episódio IV.

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A nostalgia é o que salva a série do total fiasco. Afinal, ver o reencontro de Kenobi e Vader, assim como seus primeiros confrontos e todos os outros fan services em tela animam qualquer fã, mesmo com todos os defeitos em seu roteiro.

Em questão de direção, Deborah Chow consegue entregar um trabalho satisfatório, mesmo que inseguro em certos momentos. Devemos levar em questão que o roteiro preguiçoso não deu tanta liberdade para a mesma trabalhar, porém seu dever foi cumprido.

O figurino e os efeitos visuais merecem elogios, afinal, eles mantém a qualidade vista nas outras séries da franquia disponíveis no serviço de streaming. E quanto a atuação de McGregor e de Hayden Christensen, não há o que falar: o amor que ambos tem pelos seus respectivos personagens são expostos em tela, e por mais que Vader use uma máscara a todo o momento, é bom ver o ator de volta ao papel.

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Então, é bom?

Com um roteiro fraco e extremamente preguiçoso, Obi-Wan Kenobi nos entrega um prato cheio de nostalgia e referências e que deixa qualquer fã feliz com que está sendo exposto em tela. Infelizmente, não é uma produção digna para o personagem, mas serve como uma excelente adição – como diria General Grievous – para a história da franquia.

Nota: 3/5

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Séries

ODDTAXI: In the Woods terá exibições especiais no cinema em Junho

Em parceria da Crunchyroll com a Cinemark, Oddtaxi: In The Woods irá para os cinemas em exibições especiais no mês de Junho, e marcará a primeira Crunchyroll Movie Night no Brasil!

Oddtaxi: In the Woods é uma adaptação da série de mesmo nome e foi lançado no Japão em Abril. Aqui, o longa terá sessões exclusivas nos cinemas Cinemark, marcadas para os dias 25 e 26 de Junho, legendadas em português. O título busca ser uma adaptação do anime e resumir sua história, que já está disponível completamente na plataforma.

Odokawa é um taxista que leva uma vida sem graça. Ele é um sujeito antissocial, de poucas palavras e meio cabeça dura. Sem família, seu círculo de amigos é formado por Gouriki, seu médico, e Kakibana, um colega da época do colégio. Seus clientes, tampouco, são tipos lá muito comuns: Kabasawa, um universitário que quer conquistar a fama no ambiente online; Shirakawa, uma enfermeira cheia de segredos; e Homosapiens, uma dupla de humoristas que vive uma maré de azar. Todas as conversas entre os personagens, aparentemente inofensivas, acabam tendo ligação com o desaparecimento de uma menina.

Oddtaxi: In the Woods será lançado no Cinemark nos dias 25 e 26 de Junho.

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Marvel Snap é o novo jogo mobile gratuito da Marvel!

Anunciado durante essa semana pela empresa, Marvel Snap é o novo jogo de cartas digitais gratuito para dispositivos móveis e com diversos heróis e vilões da editora! A empresa responsável pelo desenvolvimento do título divulgou seu trabalho na quinta-feira (19/05), através de um vídeo onde observamos um teaser animado, a gameplay e breves comentários – confira abaixo:

Marvel Snap é criação dos mesmos desenvolvedores por trás do sucesso da Blizzard, Hearthstone. O jogo está em desenvolvimento pela Second Dinner e será gratuito para os dispositivos móveis iOS e Android.

Segundo a gameplay, Marvel Snap se trata de um jogo bem rápido de cartas onde o jogador precisa montar um baralho com 12 cartas e derrotar seus adversários para conseguir a maior quantidade de cubos cósmicos possíveis.

De acordo com seus desenvolvedores, a partida dura em até, no máximo, 3 minutos. Além disso, eles também afirmaram que o jogo terá mais de 150 cartas em seu lançamento, que poderão ser obtidas de forma gratuita durante a jogatina.

Marvel Snap

Marvel Snap ainda não possui data de lançamento divulgada, porém as inscrições para a beta do título já estão abertas, tanto para Android como para iOS.

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A Justiça de Konshu! Cavaleiro da Lua ganha skin no Fortnite

Foi disponibilizado hoje (20/04) na loja do Fortnite, a skin do Cavaleiro da Lua, personagem da Marvel que recentemente vêm fazendo sucesso em sua série na Disney Plus. Junto com o visual, temos uma variação de estilo com o Mr. Knight, uma capa para as costas e a picareta em formato de lua do personagem.

O conjunto com os visuais está custando 1.500 V-Bucks na loja do jogo, enquanto a picareta custa 500 V-Bucks. Confira abaixo como as skins estão dentro do jogo:

Fortnite é um jogo totalmente gratuito e está disponível para download na Epic Store.

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Fortnite | Doutor Estranho, Gatuno, parkour e mais! Confira as novidades do atual Capítulo!

Na madrugada deste domingo (20/03), o Fortnite recebeu sua nova atualização e iniciou um novo capítulo na sua história! O capítulo 3 da 2ª Temporada já está no ar e, com ela, há diversas novidades tanto em sua gameplay como também no seu passe de batalha. Confira o trailer:

Logo de cara, observamos no trailer os personagens que marcam o novo passe de batalha! O protagonista da vez é o Doutor Estranho, desbloqueado nos últimos níveis. Além deste, temos também o Gatuno – vilão no universo do Homem-Aranha que teve suas aparições em De Volta ao Lar e Aranhaverso. Não é a primeira vez que personagens do Universo Marvel marcam presença no título, inclusive, o personagem principal do passe anterior foi o próprio Aranha, junto com suas skins variantes.

Ao lado deles, temos personagens originais do jogo: Armando Metralha, Imaginária, Nora Nocaute, O Origem, Erisa e Tuski 2.0, desbloqueada logo que se inicia o passe.

Fortnite Chapter 3 Season 2 Battle Pass

Com o tema de Resistência, o novo capítulo mostra a batalha final para garantir a libertação do ponto zero, seguindo a história do título. Com diversos elementos vistos em jogos de guerra, o atual capítulo traz inúmeras novidades em sua gameplay, como alterações na movimentação, armas novas e muito mais!

Com as barras de ouro, além de adquirir armas e outros itens, agora se torna possível também aprimorar os veículos e instalar torretas de ataque, bem úteis contra outros automóveis ou aprimorar o ônibus de transporte. Há também novos veículos disponíveis, como por exemplo o ‘Tanque do Titã da O.I.’ onde um jogador pode controlar seu canhão enquanto outro faz uso de sua torreta.

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A movimentação pelo mapa sofreu uma grande melhoria: agora, a corrida se tornou mais rápida e o personagem é capaz de fazer movimentos de parkour. Garantindo mais agilidade na gameplay, o jogador agora pode realizar grandes saltos e escalar objetos. Dentre as armas novas do capítulo, podemos citar a SMG de combate e o Rifle de Rajada Atacante com Mira de Ponto Vermelho.

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O novo passe de batalha já está disponível para a compra, custando 950 V-Bucks (aproximadamente 25 reais). Fortnite é um Battle Royale gratuito e está disponível para download em sua página da Epic Store.

Acompanhe a Torre de Vigilância e fique por dentro de todas as novidades de Fortnite!

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How I Met You Father | Primeiras Impressões

Finalizada em 2014 e com nove temporadas, ‘How I Met Your Mother’ acabou deixando um vazio no coração de todos os fãs. Afinal, que não gostava de acompanhar o querido Ted Mosby e suas aventuras amorosas? Enfim, por mais que seus dois últimos anos tenham deixado a desejar e com um final que até hoje divide opiniões, o título marcou a vida de muita gente e deixou seu legado na televisão norte-americana, junto com muitas outras sitcoms populares.

How I Met Your Mother 1080P, 2K, 4K, 5K HD wallpapers free download | Wallpaper Flare

Na tentativa de manter o título vivo, logo em 2014, surgiu a ideia de um derivado dela. Intitulado de ‘How I Met Your Dad’, o spin-off contaria com Greta Gerwig no papel principal (exatamente, a diretora de Lady Bird e Adoráveis Mulheres) e acompanharíamos uma trama semelhante a de Ted, onde a protagonista teria acabado de terminar seu casamento e iria aproveitar a vida de solteira na cidade de Nova York – enquanto descreve toda a jornada para o seu filho.

Um piloto desse derivado chegou a ser gravado, porém foi recusado em sua exibição teste. De acordo com a emissora que iria exibir o show, os elementos em tela não funcionavam e o projeto foi engavetado. Por fim, o streaming Hulu deu uma chance para a ideia que este derivado tinha e, assim, nasceu ‘How I Met Your Father’.

How I Met Your Father: Reações da crítica são péssimas: 'Série para ser evitada' · Rolling Stone

Em ‘How I Met Your Father’ acompanhamos Sophie, uma fotógrafa interpretada por Hillary Duff, em sua jornada amorosa durante 2022, a época dos aplicativos de relacionamento, tal como o Tinder. E, claramente, estamos descobrindo sua história através de sua narração para o seu filho, alguns anos no futuro. Bem semelhante ao original e o que veríamos no spin-off que nunca foi ao ar.

Realmente, é difícil esperar que uma série derivada mude sua estrutura e se diferencie da original – entretanto, não fazer isso é o que mais prejudica o andamento de HIMYF. Desde o seu início, onde acompanhamos a protagonista ligando para o seu filho até a narração e os momentos cômicos são semelhantes ao título anterior. O que muda, de fato, é que a história sofreu uma atualização com as tecnologias disponíveis atualmente: ou seja, os encontros por aplicativos e a presença de redes sociais marcam as piadas executadas durante os episódios.

How I Met Your Father | Do que você precisa saber para assistir a série spin-off no Star Plus? - A Odisseia

Essa é uma tentativa válida de reconquistar o público que era fã da série original, porém acaba que em seus quatro primeiro episódios a série não passa de uma cópia atualizada da mesma e não consegue ter o seu destaque. Os protagonistas não apresentam nenhuma química entre si e nem carisma com o telespectador, além de apresentaram um desenvolvimento superficial e genérico. Não só isso, todo o humor da série é algo sem sal, que no máximo faz com que você solte um sorrisinho envergonhado.

Esse acaba sendo o grande problema de How I Met Your Father: ela gira tanto em torno de sua antecessora que esquece de ser original e desperdiça a grande oportunidade que é de aproveitar o ponto de vista feminino sobre sua vida amorosa e toda a temática respeito da era de relacionamentos via aplicativos e por outras tecnologias atuais. Essa falta de ousadia desgasta a série logo em seus minutos iniciais e se isso não for alterado nos próximos episódios, não há futuro que salve essa série.

How I Met Your Father" ganha data de estreia no Star+ - Revista Atrevida

Bom, como é de costume acontecer em quase toda sitcom, os primeiros episódios de How I Met Your Father deixam bastante a desejar e não conseguem atingir o seu tom. Agora é esperar e torcer para que o título se desenvolva melhor nos próximos episódios e recupere esse início raso, lento e completamente arrastado. Continuarei acompanhando as aventuras amorosas de Sophie por ser um grande fã a série original, obviamente, torcendo para que o título melhore no decorrer de sua primeira temporada.

Agradecimentos especiais a Star+, que disponibilizou os quatro primeiros episódios para a Torre de Vigilância. How I Met Your Father entrou no catálogo do serviço de streaming no dia 9 de Março e, até a atual data, tem três episódios disponíveis.

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Cinema Tela Quente

‘Batman’ é uma carta de amor aos fãs do Homem-Morcego

Desde o seu primeiro trailer na DC Fandome de 2020, Batman de Matt Reeves se tornou o filme de herói mais aguardado por mim até então. Não só por confiar no diretor ou por ser fã do Robert Pattinson e de seu trabalho nos últimos anos, mas por ter me sentido abraçado como fã do personagem pela ambientação e pelos detalhes que vi brevemente naquele vídeo.

Finalmente, depois de um bom tempo passado do seu primeiro trailer e de ser adiado por conta da pandemia, a Vingança chegou aos cinemas. E, bom, valeu a pena criar expectativa e esperar todo esse tempo. Matt Reeves entrega tudo o que prometeu em um longa de três horas que prende o telespectador do início ao fim, seja ele fã do herói ou não, e nos entrega um grande universo que merece ser explorado ao máximo no futuro.

Na trama de Batman, observamos um Homem-Morcego jovem, despreparado e inexperiente que está atuando em seu segundo ano como vigilante de Gotham. Até que um assassino em série que, neste caso, é o vilão Charada, surge e toma como alvo membros da elite da cidade onde, em cada assassinato, deixa um enigma para o vigilante decifrar. Para descobrir quem é o vilão, Batman precisa entrar no submundo e encontra personagens icônicos da mitologia como o Pinguim, a Mulher-Gato e Falcone.

É interessante ver como Reeves utiliza elementos de diversas histórias em quadrinhos diferentes, como o próprio arco do Ano Um, O Longo dia das Bruxas, Batman: Ego além de outros da mitologia (que, se eu citar aqui, pode ser considerado spoiler) para contar uma história totalmente nova que mostra a transformação do vigilante em herói, conforme o longa avança. Você vê um Batman inexperiente, com dúvidas quanto o que está fazendo e amadurecendo de acordo com seus erros.

O roteiro é muito bem trabalhado, explora tanto a mitologia do herói como o seu psicológico e a forma como Reeves decide narrar a história do filme causa uma imersão súbita do telespectador na trama. Os monólogos de Bruce Wayne ao longo da exibição contribuem em peso para isso e remetem um clima investigativo muito presente em filmes noir de antigamente – dessa forma, colabora com o tom que o filme deseja passar.

Por mais que tenha três horas de duração, o tempo passa rapidamente e o telespectador se sente preso do início ao fim e, particularmente, eu não reclamaria se o tempo de duração fosse maior.

Reeves já é um diretor conhecido pela sua visão criativa, e aqui não é diferente. Conseguimos ver nitidamente que ele compreendeu todas as nuances e as camadas do Homem-Morcego e trouxe elas para tela de acordo com a sua visão, e funcionou perfeitamente. Robert Pattinson conseguiu se consagrar como a melhor adaptação do herói para as telas do cinema.

Aqui, não vemos muito do Bruce Wayne em tela, mas propositalmente: esse é um filme do Batman e de seu amadurecimento como herói em seus dois primeiros anos, realmente não há espaço para a transição entre ambas as personalidades durante a exibição da trama. Entretanto, quando há, notamos o quanto ambas as personas estão bem adaptadas.

E, já falando no elenco, todo ele está sensacional. Robert Pattinson consegue transmitir toda a personalidade do Batman e de Bruce Wayne em tela e Zoë Kravitz como Selina Kyle transmite toda a energia que a personagem tem nos quadrinhos, além da química entre ambos ser incrível.

Paul Dano entrega um vilão incrível em sua atuação e Andy Serkis, por mais que pudesse ser mais desenvolvido como Alfred, nos entrega um excelente personagem. Jeffrey Wright é um bom Gordon e a química dele com o Batman cresce conforme o filme se desenvolve. Por último, Colin Farrell nos entrega um excelente Cobblepot e a equipe de maquiagem está de parabéns pelo trabalho feito com o vilão.

A fotografia do filme é um show a parte, cada frame parece uma obra de arte com sua paleta de cores característica tanto com a personalidade de Gotham como a do vigilante, e os efeitos especiais são de tirar o fôlego. Em um cenário onde o cinema de super-heróis está saturado de filmes que usam e abusam do CGI, Batman consegue dar uma aula e mostrar que com efeitos práticos bem executados é possível contar uma história de forma visualmente limpa.

Por último, a representação de Gotham neste filme está perfeita e fiel em cada detalhe: aqui, visualmente, vemos uma cidade suja que casa perfeitamente com o cenário político e social que o longa quer mostrar. De certa forma, percebemos que Reeves fez o seu dever de casa e, como fã, interpreto esse filme como uma carta de amor: afinal, nessas três horas de duração, eu vi tudo o que eu queria assistir em um longa que leva o nome do Homem-Morcego.

Talvez a única crítica negativa que eu tenha em relação ao longa é a sua classificação etária. De fato, ela não interfere no peso da trama e nem em como ela se desenvolve. Entretanto, em certas cenas ficam evidentes a amenização da violência por conta da faixa etária, e com isso a sua conclusão acaba se tornando um pouco ridícula – em especial, uma cena presente no terceiro ato do filme. Não é nada tão gritante ao ponto de comprometer a experiência do filme, mas incomoda no momento e poderia ter sido alterada facilmente, assim como as demais foram.

Então, é bom?

Com um grande elenco, uma excelente direção e uma fotografia que casa perfeitamente com a trama, Batman nos entrega um rico material a respeito do herói. Reeves consegue, com maestria, desenvolver uma narrativa que explora ao fundo a psicologia do Homem-Morcego, desenvolvendo-a ao longo das três horas de tela e nos entregando a melhor adaptação do herói já feita até os dias atuais – respeitando sua origem nos quadrinhos e compreendendo o que o personagem representa. No fim das contas, Batman acaba sendo uma carta de amor aos fãs do vigilante.

Nota: 5/5

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Tela Quente

King’s Man: A Origem diverte, mas não cativa

Em 2014, Matthew Vaughn dirigiu Kingsman: Serviço Secreto – o primeiro longa de uma futura franquia que, na época, aparentava ser promissora. Baseado no quadrinho de Mark Millar e de Dave Gibbons, o filme apresentava uma trama simples mas conseguia cativar o telespectador por conta de suas cenas de ação bem executadas, principalmente a consagrada ”cena da igreja”, onde Harry Hart (icônico personagem de Colin Firth) luta contra todos que estavam lá em um incrível plano sequência.

Infelizmente em 2017, sua sequência intitulada de Kingsman: O Círculo Dourado já não apresentava as mesmas qualidades que o primeiro – não só pela sua trama simples como também pelas inúmeras escolhas péssimas que tomaram durante a mesma. Sendo bem sincero, o único lado positivo da sequência é a participação de Elton John e sua cena de ação. O resto é facilmente dispensável.

Elton John em ‘Kingsman: O Círculo Dourado’.

Finalmente agora, em 2022, e após inúmeros adiantamentos por conta de refilmagens ou pelo próprio cenário da pandemia, será lançado aos cinemas no dia 6 deste mês King’s Man: A Origem. Prometendo ser um filme que mostra a origem da agência de espionagem, o longa utiliza como pretexto o cenário histórico da primeira guerra mundial e falha miseravelmente em tentar estabelecer conexões entre ambos através de um roteiro raso, cenas de ação medíocres e elementos que não colaboram durante a execução do filme.

Na trama acompanhamos o Duque de Oxford (Ralph Fiennes), um homem que se envolvia diretamente nas guerras, entretanto, após uma tragédia familiar ocorrer, decide virar pacifista e agir apenas de forma política. Quando a primeira guerra mundial começa a eclodir, o protagonista entra em conflito com seu dilema e, junto com seu filho (Harris Dickinson) e seus assistentes, Polly e Shola (Gemma Arterton e Djimon Hounsou), decide investigar quem é o misterioso vilão que está manipulando as figuras históricas neste cenário da guerra.

Ao utilizar toda a história da primeira guerra mundial como background para construir sua trama, o diretor brinca com certos elementos e tenta encaixar o protagonista e seus coadjuvantes no enredo. Entretanto, o cenário histórico se torna mais interessante e a criação da Kingsman em si acaba sendo esquecida tanto pelo público. Ou seja, o cenário diverte bem mais do que o argumento principal. É uma trama fraca, extremamente mal desenvolvida e esquecível.

Quando escrevi a introdução mencionando os dois primeiros filmes da franquia, foi fácil lembrar de certos elementos deles. Afinal, o primeiro tem o plano sequência da igreja e, o segundo, tem a participação de Elton John que é extremamente cômica e divertida. Entretanto, essa prequel não apresenta nenhum detalhe memorável ou que cative o telespectador – por mais que a trama simples divirta, mesmo que de forma mínima, por se passar em um cenário histórico e utilizar inúmeros elementos políticos no seu desenvolvimento, falha em cativar o telespectador.

The King's Man: Release Date, Cast, And More

A maior decepção, neste caso, e ver que a história tinha potencial de se tornar algo razoavelmente bom e falha por não saber como continuar. Além disso, os personagens são totalmente esquecíveis e até mesmo o vilão é ofuscado por um coadjuvante. Neste caso, Rasputin (Rhys Ifans) aparece de forma extremamente caricata e cômica em poucos minutos de longa e rouba totalmente a cena do vilão principal.

Todo o misticismo criado em torno de Rasputin o transforma numa ameaça real dentro do cenário geopolítico da trama. Enquanto isso, o diretor tenta potencializar a ameaça do vilão principal através de diferentes planos que ocultam seu rosto durante todo o filme, até que sua identidade é revelada no terceiro ato. E isso não altera em nada o decorrer do filme, afinal, já era um plot previsível e este apresenta uma resolução extremamente medíocre. Ou seja, um vilão secundário e extremamente mal aproveitado consegue ser melhor do que o antagonista que, supostamente, deveria ser a grande ameaça do longa.

The King's Man review - has Kingsman prequel been worth the wait?

O título ainda tenta introduzir cenas de ação memoráveis diante do contexto, mas não consegue. Enquanto os anteriores apresentavam boas coreografias de luta e bons efeitos especiais, aqui nota-se que a coreografia perdeu sua qualidade e muitas vezes percebemos o fundo verde e o cgi, de forma tão gritante que estraga um pouco a experiência.

Enfim, o filme não é de todo ruim mas pode ser resumido como um longa de ação genérico que cai no esquecimento assim que você sai do cinema. É extremamente esquecível e desperdiça todo o potencial que tinha em uma trama simples, que não sabe estabelecer o seu objetivo e com personagens que não cativam o telespectador. Por fim, o longa ainda tenta formular uma sequência através de uma cena pós-crédito que, ao meu ver, foi introduzida de forma extremamente forçada.

Então, é bom?

King’s Man: A Origem diverte de forma mínima o telespectador mas não o cativa. O longa sofre com uma história extremamente rasa e previsível de forma que o elenco recheado de atores excelentes seja desperdiçado em um filme repleto de personagens fracos e de falhas técnicas em sua exibição.

Ao menos, nota-se que o trabalho utilizando o cenário histórico do período da primeira guerra mundial tenta trazer uma abordagem diferente com o objetivo de fazer algo interessante – entretanto, falha. Infelizmente, King’s Man: A Origem desperdiça todo o potencial que este filme tinha em ser bom e deixa o futuro da franquia no cinema nebuloso.

Nota: 2.5/5