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Análise | Call Of Duty: Black Ops III – O inimigo agora é outro!

A mudança de paradigmas transformou muito a estrutura do décimo segundo título da franquia Call Of Duty, o que antes apenas favorecia a guerra, agora favorece você! A tecnologia é sua aliada nesse mais novo lançamento da Activision, desenvolvido pela Treyarch.

Black Ops III chegou para levar a franquia a um futuro nunca antes alcançado, em um título que foi fortemente inspirado nos novos moldes dos FPS.

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O jogo segue os acontecimentos de Black Ops II, porém com um salto temporal de 40 anos, estamos em 2065, o governo deixou de confiar em tecnologias autônomas após Raul Menendez conseguir assumir o controle de drones das Forças Especiais Americanas e os fez se voltar contra toda a nação. Assim em vez de focar todos só seus esforços em estudos para novos sistemas autônomos o governo agora investe pesado em melhorias de habilidades para os seus soldados, passando a usar implantes mecânicos acompanhados do novo DNI (Direct Neural Interface), que além de permitir avanços satisfatórios em seus níveis físicos, possibilita que seus portadores interajam com máquinas remotamente. Tudo caminhava para a perfeição até que um grupo de soldados modificados, são enviados a uma missão secreta, onde descobrem um grande esquema de escala global.

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Em Black Ops III não há um protagonista, o jogador deve portanto escolher um Especialista, cada um possui sua característica própria, assim como, sua gama de habilidades. Isso permite que cada jogador tenha uma experiência diferente de gameplay.

As novas habilidades especializadas são as mais valorosas novidades, power-ups temporários, teleporte de curto alcance e lança-granadas, que fornecem amplas oportunidades para que você possa definir um estilo de jogo próprio. Essas perícias são desbloqueadas em uma espécie de árvore de habilidades, facilitando o combate. Isso também gera uma variedade enorme de combinações, criando momentos alegres de vantagens injustas, que oferecem uma breve corrida pelo poder, sem interromper o fluxo do jogo.

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Naturalmente, o multiplayer competitivo é onde Call Of Duty Black Ops III tem a sua mais agradável e expressiva jogabilidade. A maioria dos mapas online captam a liberdade de circulação, incluindo elementos verticais, como outdoors, aberturas estreitas entre edifícios altos, varandas, tudo isso livre para a exploração do jogador durante a partida. A descoberta de locais para o ataque é a melhor parte da diversão, com novas arenas o jogador sente a necessidade de compreender tudo ao seu redor, durante todo o gameplay, esses campos de batalha parecem ser muito maiores do que realmente são, pelo fato da constante mudança de posicionamento e de estratégia.

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A presença de uma história interessante sempre foi um diferencial da franquia Call Of Duty. Tramas sombrias, surpreendentes, que nos faz lembrar de alguns momentos importantes para essa afirmação, como o interrogatório de Maison no primeiro game e de Menendez no segundo. Infelizmente Black Ops III está muito atrás de todos os seus antecessores, em termo de Campanha, mesmo sendo uma continuação de Black Ops II, algumas menções ao passado, apenas para confirmar que se trata de uma sequência não agrada, o conto tem sua trama autônoma que não se liga ao passado remoto onde Raul Menendez brincou e bordou. Este é um conto simples para uma campanha mais simples.

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A maioria das missões são extensas horas de tiro contra ondas de grunhidos, quebradas por viagens para o esconderijo para personalizar a sua “save area”. Onde você pode disponibilizar algumas horinhas de seu gameplay para, personalizar seus equipamentos, criar novas armas, escolher acessórios para a próxima missão, e se isso não bastar, você ainda pode evoluir suas habilidades, além de visitar a área de seu amigo, e ver como ele personalizou seu Especialista, podendo encontrar novas ideias e entendendo como ele procede nas missões, tudo para trazer mais “diversão” na atuação da sua unidade.

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Jogar a campanha sozinho é uma tarefa maçante. Você não sente isso ao jogar com seus amigos, transformar robôs em bolas de fogo e ao fazer combatentes humanos vomitarem seus cafés da manhã com suas habilidades tecno-mágicas. Mas quando você está jogando solo, é uma tarefa árdua. Um sentimento de vazio constante te preenche, com fluxos constantes de jargões militares e grandes explosões. Você sente a repetição definida em como você acerta headshots em um robô após o outro.

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Após uma campanha solo, não muito agradável, o modo Zombies é muito bem-vindo. Diferentemente de sua campanha solo, o Zombies realmente entrou em seu próprio firmamento desta vez. A sua forte ênfase em táticas de sobrevivência de cooperação é uma recordação de Left 4 Dead, com uma pequena diferença, os zumbis vão cortar você muito mais rápido desta vez. Sobreviver a qualquer onda de inimigos exige comunicação entre a equipe, o que torna ainda mais gratificante quando você sai ileso de uma missão com seus amigos. E se você está pensando em jogar este modo de maneira solo, apenas desista. É equivalente ao suicídio.

VEREDITO:

Call Of Duty: Black Ops III é um jogo variado, mas a sua satisfação vai depender muito se você tem amigos para te acompanhar em missões onlines ou offlines. Zombies finalmente entrar em seu próprio caminho, sem se esgueirar nos outros modos de jogo, aqui com um estilo de jogo e design próprio. O multiplayer é a principal atração aqui, e os loadouts altamente personalizáveis e habilidades especializadas se combinam para torná-lo um dos mais variados e agradáveis jogos da série. PONTOS POSITIVOS:

  • Variedade de modos de jogo
  • Multiplayer
  • Novo Sistema de Habilidades
  • Novos Especialistas
  • Gráficos

PONTOS NEGATIVOS:

  • Campanha Solo chata e repetitiva
  • Falta de Protagonista

NOTA FINAL: 8,5

Totalmente em português, Call Of Duty: Black Ops III está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC, PlayStation 3 e Xbox 360.

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Duelo | FIFA 16 vs PES 16 – Façam suas apostas!

Se você é um apaixonado por jogos de esporte, já deve estar cansado de ouvir a célebre frase “FIFA ou PES?”! Bem, o reinado absoluto do PS3 na década passada nos trouxe a ascendência do FIFA, dessa forma ganhando o espaço antes ocupado pelo antecessor do PES no PS2, o Winning Eleven.

No cenário atual, a briga da EA e Konami foi pela disputa pelo mercado brasileiro. As duas empresas se esforçaram, tentando garantir em seus produtos os licenciamentos dos times que disputam o campeonato brasileiro.

Nesse clima a lá “Battlefield x Call Of Duty” fizemos uma análise individual de cada jogo, e em seguida discutimos os cinco principais elementos do futebol virtual, que são a jogabilidade, modos de jogo, realismo, licenças e conteúdo nacional, tudo que podíamos. Então, você está preparado?

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FIFA 16

FIFA 16 chegou ao mercado um pouco depois que o rival PES. Então o plano seria entregar um jogo superior e que atraísse os fãs com suas correções dos problemas da edição anterior. Em FIFA 15, o jogador não conseguia interagir de forma coesa o ataque com a defesa, oferecendo uma partida não muito satisfatória. Então, FIFA 16 foi lançado com o intuito de restaurar as boas experiências perdidas na edição passada.

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O sistema defensivo agora é baseado na agilidade e capacidade de interceptação. Os defensores conseguem realizar mudanças no direcionamento de maneira mais rápida e ágil. E temos um meio campo que funciona de verdade, assim se você tiver um jogador voltado para a defesa em seu meio-campo ele realmente focará na defesa, e não correrá em direção ao gol, deixando um espaço gigantesco para a realização do contra-ataque. Da mesma maneira, se você possuir um jogador mais agressivo ele pode garantir mais pressão sobre o adversário, especialmente se for realizado por jogadores notáveis nessas posições. Mas não se engane. O foco dado ao setor defensivo não impediu que desenvolvedores dessem aos atacantes uma renovação considerável.

Outra novidade em FIFA 16 é que pela primeira vez, atletas femininas são retratadas em um jogo de futebol, onde os fãs poderão jogar com 12 das principais seleções femininas (entre elas, Alemanha e Brasil). A mecânica do jogo feminino reflete as especificidades de cada atleta, um jeito próprio de correr, passar a bola e disputas pela posse da bola. Além disso, relacionados aos homens, elas ocupam menos espaço no campo, assim possuindo mais espaços para jogadas individuais, passes longos e chutes colocados. A presença dessas seleções é um grande avanço, e deixa um desejo para que nas próximas edições esse modo de jogo cresça ainda mais. (Estou falando com você FIFA 17!)

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Deixando de lado o descaso com alguns jogadores, em exclusivo aos brasileiros, FIFA 16 é graficamente fantástico, apresentando uma trilha sonora bem selecionada e estádios detalhadíssimos e muito melhores quando comparado com a edição anterior.

Tiago Leifert surgiu como narrador em FIFA 13, e como toda novidade, dividiu opiniões dos jogadores, mas a EA não dá ponto sem nó, e ao lado de Caio Ribeiro, a linguagem libertina acerta na maior parte. Foram adicionadas, em FIFA 16, novas frases, como discussões sobre a formação das equipes e falas para o futebol feminino.

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Porém um ponto a ser comentado foi a demora na instalação do jogo digital, que possui nada mais nada menos que 17GB, com uma internet de 50MB, levou cerca de 10 horas. O download é feito em partes, primeiramente são 4GB, e permite que joguemos partidas rápidas com os times já apresentados na versão demo. Enquanto isso, os 13GB restantes são instalados, mesmo assim a demora é bem considerável e merece uma atenção.

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Com FIFA 16, a EA Sports trouxe uma das maiores novidades da franquia, o futebol feminino e segue aprimorando a mecânica de jogo, acrescentando novidades que facilitam as interações dentro do campo.
Tecnicamente falando, FIFA 16 é excelente e oferece uma física inquestionável, e muitos modos de jogo, para agradar todos que curtem uma experiência diferenciada. Mas sentimos falta de algo realmente novo, tudo não passa de uma evolução do que já vem tendo sucesso. Mesmo o futebol feminino, novidade muito bem-aceita, parece um pouco incompleto.

PONTOS POSITIVOS

  • Física aprimorada

  • Seleções femininas

  • Conteúdo

  • Ambientação

  • Narração brasileira

PONTOS NEGATIVOS

  • Times brasileiros

  • Complexidade

  • Alguns bugs

  • Poucas inovações

NOTA FINAL: 8

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Pro Evolution Soccer 2016

Tivemos a oportunidade de jogar e analisar o título da Konami antes de seu rival, descobrindo que a empresa trabalhou muito bem para oferece novidades a fim de conquistar mais simpatizantes. Preenchendo as lacunas e as deficiências da edição de 2015, a ponto de concorrer de forma igualitária com seu concorrente.

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A primeira coisa que notamos é a jogabilidade. Elemento vital para gerar a vontade de jogar mais do que uma simples partida. Nesse aspecto, PES 16 evoluiu muito quando comparado a sua versão do ano passado e, apresenta uma ótima fluidez de jogo, mesmo ainda possuindo alguns problemas. O ritmo de jogo mudou, assim torna-se necessário a troca maior de passes e a criação de estratégias, isso refletiu muito no estilo de jogo, que antes era completamente individual, quando você saia correndo com um jogador em direção à área adversária. A Konami ainda aumentou o número de animações, mais especificamente na parte de colisão, e em momentos únicos nos jogos, como passes em que a bola sequer encosta no chão e quando o jogador tenta evitar uma queda no campo molhado. As colisões deixaram as disputas pela bola mais realistas. Os dribles porém não tiveram o mesmo esmero, os controles são complexos e difíceis de executar, parecidos com golpes de jogos de luta. De maneira geral PES 16 ainda é mais fluido do que PES 15, com as respostas dos jogadores mais rápida aos comandos e a maior variedade de situações, podendo tornar o jogo ainda mais espetacular e realista.

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Os goleiros foram os que mais receberam muitas mudanças. Estão muito mais ágeis e evitarão sair do gol em um cruzamento perigoso e poderão, por exemplo, antecipar um atacante que esticou a bola demais. A arbitragem também foi modificada e quem jogou PES 15 vai perceber que os jogos estão sendo apitados de forma mais coesa e equilibrada. A questão da fadiga porém, não foi tão bem trabalhada, Messi durante os 90 minutos possui o mesmo vigor, resistência e velocidade de quando iniciou a partida. Deixando a impressão que em FIFA 15, essa questão foi melhor dirigida, deixando bem evidente as diferenças entre um jogador que jogou a partida inteira e um que iniciou o jogo aos 45”.

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Em relação a expressão e o realismo dos jogadores PES 16, continua seguindo os passos de seus antecessores. Nem todos os jogadores estão licenciados, o que desconfigura certas equipes. Os jogadores das grandes equipes europeias têm expressões faciais estranhas (principalmente na movimentação da boca), os jogadores brasileiros são os menos parecidos, mas alguns também possuem uma semelhança considerável. A qualidade gráfica, deixa um pouco a desejar. E o jogo possui diversos problemas por falta de atenção. Alemanha e Espanha ficaram com seus nomes em inglês “Germany” e “Spain“, o que causa certa confusão quando vamos buscá-las no menu em ordem alfabética. O mais grave problema é empatar em um amistoso com um amigo, em modo local, não temos a opção de prorrogação ou pênaltis, o jogo acaba em empate.

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A narração de PES 16 é algo que já conhecemos, Sílvio Luiz e Mauro Beting nos comentários participam desde PES 2011. No geral, a narração funciona bem. Porém a quantidade de bordões de Silvio Luiz rapidamente se torna cansativa (Se não já se tornou). Cobra o escanteio “lá no meio do pagode”, e o time entrar na “cozinha” ou na “zona do agrião”, repetem até que o jogador entre em exaustão.

VEREDITO

PES continua evoluindo em diversos aspectos, principalmente a jogabilidade que melhorou desde os últimos anos. Dando ênfase em aspectos que envolvem a construção do jogo, táticas, velocidade e dribles. Porém, ainda é necessário observar essas mecânicas e prestar atenção nos mínimos detalhes que fazem toda a diferença. Pro Evolution Soccer 16 é um dos melhores games de PES da história, no ponto para agradar os fãs, e conquistar novos adeptos.

PONTOS POSITIVOS

  • Times brasileiros

  • Jogabilidade aprimorada

  • Respostas dos comandos mais rápidos

  • Modo Rumo ao Estrelato

  • Gráfico melhor finalizado

PONTOS NEGATIVOS

  • Comandos complexos

  • Física de movimentação

  • Atualização e licenciamentos

NOTA FINAL: 7

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Agora vamos iniciar a verdadeira disputa! Está preparado para a verdade?

  • Jogabilidade

É o ponto que mais influencia o gosto do jogador a gostar de determinada série, ou geralmente por já estar acostumado. Porém, além da preferência pessoal há questões mais técnicas, como movimentação e resposta dos jogadores, física, sistemas de disputas e outros fatores incontestáveis.

Em PES 16, a Konami encontrou o ponto da fluidez de jogo, velocidade perfeita. Os jogadores se movimentam bem, porém a Inteligência Artificial volta a ser o vilão maior. Certas jogadas não são correspondidas e os goleiros por muitas vezes cometem erros triviais. O sistema de colisão melhorou evitando que os atletas se “atravessem”, mas faltam disputas mais duras em certos lances. A física ainda está longe de ser boa, mesmo sendo aprimorada. Ela não possui uma interação coesa com as novas animações.

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FIFA 16 tornou o jogo ainda mais fluido, mas basicamente continua com a base do FIFA 15, com o sistema de colisão e a física da bola funcionando perfeitamente. A física está muito bem retratada, disputas mais intensas e os passes que levam em consideração a velocidade do jogador e sua posição no espaço. Além de trazer uma jogabilidade diferenciada com o futebol feminino.

SAI NA FRENTE!

PES 2016 subiu muito de nível, diminuindo a distância do rival, procurando acertar nas mecânicas de jogabilidade, porém a EA apenas aprimorou o que já havia conseguido a anos. E trazendo também a jogabilidade única do futebol feminino que tem seu próprio estilo de jogabilidade e impressiona.

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  • Modos de Jogo

O que mais empolga fora do campo? Quem nunca sonhou em ser um técnico de respeito ou um atacante da sua seleção? É portanto a variedade de modalidades que traz a diversão. Mas como cada série consegue trazer isso ao público?

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PES 16 nos trouxe três modos principais de jogo, além das partidas de amistosos, são eles: Master Liga, Rumo ao Estrelato e MyClub. A Master Liga permite o gerenciamento de um clube inteiro desde preparador físico até os astros que vão defender sua equipe em campo. O Rumo ao Estrelato por sua vez funciona como um modo carreira, onde você controla apenas um jogador e o leva a ascensão no cenário futebolístico. Esses dois modos de jogos já estão presentes em PES a um bom tempo, a novidade vem com o MyClub que surgiu ano passado e voltou em PES 2016. Você administra um clube e compra melhorias com a moeda do jogo. Porém há o fator aleatório quando se trata de contratar jogadores. Você não escolhe um determinado atleta, você escolhe a posição que pretende que tal jogador atue. Um sistema um pouco confuso, assim como o modo de divisões online onde o sistema de pontuação é bastante caótico. Já os modos de campeonatos licenciado, como Champions League e Libertadores agradam por trazerem os times e jogadores reais e o visual do torneio.

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O principal modo de jogo em FIFA 16 é o Ultimate Team, que foi aprimorado com o sistema Draft FUT, uma alternativa para montar sua equipe do zero, com seus pros e contras. O modo carreira tanto atuando como jogador ou técnico, conta agora com transferências mais realistas, treinamentos, torneios, e pré-temporada. E além de manter outros modos que agradaram como Temporadas, Temporadas Co-op e Pro Clubs, a “mini” Copa do Mundo feminina é uma adição considerável.

MAIS UM DELE!!

A série FIFA encontrou com o Ultimate Team, o sucesso, e a implementação do sistema Draft deixa tudo mais interessante, o MyClub de PES ainda não conseguem passar a verossimilidade que queremos. Portanto com seu maior leque de modos de jogo e sua melhor fluidez online, FIFA 16 segue na frente e continua a se distanciar de seu rival.

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  • Gráficos

Nesse quesito analisamos muita coisa que diz respeito ao realismo, desde a verossimilhança entre os jogadores e suas contrapartes reais, até o design do campo e os menus de opções.

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Em PES 16 alguns jogadores, principalmente os que atuam em grandes clubes europeus são bem realistas, muito bem detalhados. Já os jogadores brasileiros, aqueles que seriam o chamariz para o mercado nacional, deixam a desejar, alguns são semelhantes, mas não no mesmo nível dos europeus, outros se quer possuem o mesmo penteado e porte físico. E além de tudo isso, quando as animações puxam para expressões corporais e a movimentação da boca, os jogadores mostram seu lado mais robótico, causando um certo desconforto e estranheza. Dentro de campo vemos um retrocesso, o que deveria ser algo espetacular. Graças a Fox Engine no PlayStation 4, não passa de gráficos da geração anterior. E quando falamos de menu a beleza fica em segundo plano, o jogo nos entrega algo prático e sem muito esmero.

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FIFA 16 nos entrega jogadores de grandes clubes europeus bem parecidos, mas poucos jogadores brasileiros se assemelham aos reais. Para compensar esse deslize, o menu de escalação usa fotos dos jogadores reais. Em termos gráficos dentro de campo, FIFA 16 agrada, mas por trazer aquilo que já havíamos visto na edição anterior. Já os menus continuam belos e apresentam as informações de forma harmônica.

UM FRANGAÇO!

Mesmo trazendo o que já havíamos aprovado nas edições passadas FIFA 16 deixa a desejar no quesito inovação, a Konami por sua vez, trouxe uma qualidade gráfica excepcional, se comparada com as versões anteriores. Mesmo cometendo alguns deslizes como não utilizar todo o potencial da Fox Engine como gostaríamos ou deixando os jogadores em certos momentos muito robóticos. Esse ponto valeu mais a inovação.

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  • Licenças

Quem vai ter os melhores times? As melhores seleções? Os melhores campeonatos? A licença garante o direito de usar o nome, escudo e uniforme dos times, além da aparência e o nome dos jogadores.

PES 16, possui a licença dos grandes campeonatos do mundo, entre eles Libertadores, Champions League, UEFA League, Copa Sulamericana e AFC Champions League. Porém mesmo contando com tudo isso, o número de equipes não é tão alto, mesmo com times dos grandes campeonatos, como o espanhol, italiano, francês e holandês, ficam de fora o campeonato inglês, onde apenas o Manchester United é licenciado, mas os jogadores de todos os times aparecem de forma correta nos clubes genéricos, como os casos mais famosos, North London (Arsenal) e London FC (Chelsea), times referentes a Bundesliga, como Bayern de Munique e Wolfsburg, aparecem em “outros times da Europa”. A lista se completa com os 24 clubes brasileiros e alguns argentinos e chilenos. Quando falamos de seleções nacionais, PES 16 possui 81 seleções, sendo apenas seis licenciados, a Alemanha, Brasil, Espanha, França, Holanda e Itália. Possui 21 estádios, com 11 deles licenciados, entre eles cinco brasileiros.

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O número de licenças é algo que impressiona em FIFA 16. São 33 ligas nacionais, poucos não licenciados, 14 times argentinos, a segunda divisão italiana e três times do campeonato português. Fora isso todos os campeonatos principais estão completos, inclusive trazendo mais que uma divisão. Nas seleções, a masculina conta com 24 licenciados de 48 times no total, além de trazer 12 seleções femininas. E os estádios são 78 no total, com 50 licenciados.

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O TERCEIRO É DELE!

A série da EA mantem a frente do placar. É verdade que muitos campeonatos importam para nós, mas as novidades da Konami, Libertadores e Champions League, não superam todos os times licenciados das ligas mais importantes da atualidade. Mas para compensar, PES 2016 traz um editor, onde você pode incluir os uniformes e símbolos dos clubes e seleções que a empresa não tem o direito de distribuir.

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  • Brasil

Nós sabemos o quão complicado é tentar qualquer coisa no Brasil, e mais especificamente a dificuldade em buscar licenciamentos dos times de futebol pelo fato de não existir uma associação de jogadores e clubes, a EA e Konami disputaram e suaram muito para trazer a maior quantidade de times, jogadores e estádios do nosso país.

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PES 16 trouxe 24 times brasileiros, 20 referentes a Série A, além de Bahia, Botafogo, Criciúma e Vitória que disputam a Série B. Porém, existem muitos jogadores genéricos e o jogo tem as transferências com erros, como por exemplo, sem Sheik ou Guerrero no Flamengo, e sem Gabriel Jesus no Palmeiras, além de Robinho ainda está no Santos. O diferencial é então os estádio brasileiros, Mineirão, Arena Corinthians, Morumbi, Vila Belmiro, Beira-Rio e o Maracanã que segundo a Konami chegará por DLC.

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FIFA 16 possui 16 times da Série A do Campeonato Brasileiro, com seus elencos atualizados, ficando de fora Corinthians e Flamengo por serem exclusivos do PES, além de Sport e Goiás. Não foi criada uma liga para os times brasileiros, eles estão no “resto do mundo”, mas no Ultimate Team existe a Liga do Brasil. Nenhum clube apresenta jogadores genéricos e boa parte dos atletas possui a sua foto no menu de escalação com exceções, como Ronaldinho Gaúcho e Rogério Ceni, que não concordaram em exibir suas imagens. Não há estádios brasileiros em FIFA 16.

DIMINUI A DIFERENÇA!

Apesar de trazer muitos jogadores genéricos, o jogo da Konami trouxe a exclusividade de Corinthians e Flamengo considerado uma grande jogada. Mesmo com uma narração inferior, PES 16 traz muito conteúdos nacionais, estádios brasileiros, os atletas brasileiros, e suas semelhanças com suas contrapartes reais o que mostra o carinho e afeto com o público do Brasil.

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FIFA 16 está disponível nas versões para Microsoft Windows, PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360Xbox One, Android e iOS

Pro Evolution Soccer 16 está disponível nas versões para PCPlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360Xbox One.

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Análise | Assassin’s Creed Syndicate – Rumo a Londres

De forma sutil, a Ubisoft fez o que não havia conseguido desde seu segundo jogo da franquia. A evolução que vemos quando comparamos Unity com Syndicate é quase como a que vimos com Ezio e Altair há cerca de 8 anos, jogabilidade e definições mais bem trabalhadas, além da adição e reparação nos termos técnicos onde o jogo se transforma em algo realmente “novo”.

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Não podemos negar que enquanto pulamos, saltamos, e enfrentamos templários, identificamos elementos que nos rementem a uma fase específica de Assassin’s Creed, a necessidade de conquistar bases para liberar uma área específica, e um inventor meio alucinado que cria e melhora algumas de nossas armas, nós traz a lembrança de algo já visto. Dessa forma a empresa nos apresentou um produto que já havíamos experimentado e aprovado, tudo funcionando perfeitamente. Se em 2014 a Ubisfot não conseguiu marcar sua entrada na nova geração de consoles de forma épica, em 2015 eles conseguiram reviver uma franquia que cada vez mais se tornava monótona e que estava fazendo seus fãs ficarem um tanto quanto decepcionados.

Em Syndicate seguimos a história dos gêmeos Jacob e Evie Frye, filhos de um grande mestre assassino que morreu enquanto tentava libertar o mundo dos templários. Cansados de seguir ordens de seus superiores, que julgavam não os levarem a nenhum resultado satisfatório, partem com destino a uma Londres vitoriana, no ápice da Revolução Industrial, com o objetivo de livrar a cidade dos templários que passaram a comandar vários setores da economia, política e da sociedade. Dessa vez a grande mente por trás de tudo isso é o excêntrico Crawford Starrick, que controla desde a alta cúpula do governo ao mais baixo e asqueroso muquifo.

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Ao decorrer do gameplay a história ramifica-se com emoções e diversões quase opostas. Criticada por não trazer personagens empolgantes, os fãs de Assassin’s Creed podem encontrar personalidades profundas o suficiente para agradar o público. Foi um dos elementos mais importantes para deixar qualquer um apaixonado pelo jogo. Com exceção de partes específicas, como na introdução onde jogamos obrigatoriamente com um e com outro, podemos escolher livremente entre os personagens.

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Enquanto Jacob nos leva com sua personalidade explosiva e um tanto quanto violenta, a conflitos corpo a corpo, e ao submundo de Londres, Evie com sua personalidade mais serena e elegante, age de maneira mais stealth e estratégica, seguindo assim alguns dos princípios básicos da irmandade. Isto coloca-nos diante de duas personalidades distintas e bem trabalhadas, quer seja através de diálogos, através das missões especificas com objetivos secundários, ou até mesmo durante toda a narrativa. Dessa forma criamos laços com determinado personagem, que acaba por influenciar o nosso modo de jogo.

A partir da chegada em Londres podemos começar a percorrer toda a cidade, descobrindo pontos turísticos, lutar pelo controle de bairros, e perseguir e realizar os mais variados assassinatos. Esta sensação de liberdade e controle da experiência incrivelmente gratificante. Não existem restrições na exploração dos locais ou missões, tudo depende da forma como o jogador quer conhecer Londres.

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A Ubisoft realizou um excelente trabalho, principalmente na reconstrução visual da cidade e principalmente na reconstituição da era da Revolução Industrial. Os gráficos em Syndicate estão muito bem finalizados. O brilho e beleza da cidade chega a variar mediante o local, o tempo e hora do dia, seja de noite ou de dia, seja durante uma chuva forte ou um sol escaldante.

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Claro que são encontradas algumas falhas, mas nada que se compare aos bugs encontrados em Unity. Em locais com maior densidade de elementos, ou quando a ação acelera, é visível uma ligeira instabilidade a nível de framerate, são na verdade problemas mínimos se levarmos em conta a escala em que o jogo se encontra, e a performance permanece constante e simplesmente perfeita do início ao fim, sem qualquer problema na fluidez dos gráficos e jogabilidade.

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Syndicate melhorou muita coisa, a ausência de multi-jogador foi um ponto que trouxe uma certa felicidade pois sem essa manobra pra prolongar a vida útil do jogo, a equipe teve que compensar em jogabilidade e na valorização do produto, tendo uma experiência de jogo fluída e coesa.

Trazendo algumas mudanças significativas para Assassin’s Creed, Syndicate nos apresenta como novo equipamento, o arpão, que permiti ao jogador uma movimentação muito mais ágil, diminuindo a necessidade de escalar grandes altitudes, o que gastava muito tempo e paciência, ainda por cima nos permite escapar de situações difíceis, uma aquisição ala Batman Arkham. E a naturalidade de movimentos combinados, como o uso do arpão com a tirolesa e o parkour característico de Assassin’s Creed, faz com que as viagens rápidas não sejam tão importantes como antes.
Outra opção de viajem é pegar uma carruagem “emprestada” e guia-lá pelas ruas de Londres. O controle dos veículos não é nem um pouco notável, mas em não desaponta de forma geral, além de poder ser aprimorado ao decorrer do jogo.

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O sistema de combate e furtividade traz várias novidades. Combos de golpes, contra-ataques e esquivas, finalizações sangrentas, e usar vários tipos de armas, são figurinhas carimbadas durante toda a franquia e não poderia faltar em Syndicate
Conforme o jogo é progredido, você pode adquirir novas armas que são compartilhadas entre os personagens, além de trajes e habilidades próprias de cada um. As habilidades devem ser adquiridas através dos pontos de experiencia, que são distribuídos individualmente entre os protagonistas, já o dinheiro é compartilhado, assim como as habilidades da gangue.

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A Londres vitoriana torna-se desde o início o principal personagem no jogo, além de ser o cenário para os acontecimentos de um dos melhores Assassin`s Creed dos últimos tempos.

Apesar de alguns problemas técnicos já mencionados, algo que se têm como característica nos lançamentos da série, não há duvida em afirmar que Syndicate é o título mais divertido depois de muito tempo, principalmente por conta da jogabilidade e combate mais refinados. Além de corrigir as principais falhas de Unity, Syndicate dá um passo em frente para se distanciar da situação em que Assassin´s Creed se encontrava anteriormente. A Ubisoft esta seguindo na direcção certa, e qualquer fã que respeite a franquia saberá que Syndicate funciona muito bem.

PONTOS POSITIVOS

  • A cidade de Londres

  • Os gêmeos

  • Mecânicas novas

  • Gerenciamento de habilidades

  • Ausência de multi-player

PONTOS NEGATIVOS

  • Bugs e IA

  • Controles imprecisos

  • Jogabilidade de veículos

  • Inimigos repetitivos

 

NOTA FINAL: 9

Assassin’s Creed: Syndicate está disponível nas versões para PlayStation 4, Xbox One e PC. A versão testada foi a de Xbox One.

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Análise | Transformers: Devastation – nostalgia e frenesi

Com uma trama simples e gráficos que remetem as primeiras animações da franquia, Transformers: Devastation chega para trazer o espírito nostálgico que faltava na nova geração de games.

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Para a galera acostumada a assistir aos filmes dirigidos por Michael Bay ou até mesmo as novas animações da franquia, ver esses robôs singelos, datados pelo tempo, sem muito detalhismo, com cores exageradas, deve ser um tanto quanto estranho. Mas a Platinum Games (Bayonetta, Metal Gear Rising) decidiu trazer, pra quem viveu a época pré-Bay, os verdadeiros protagonistas, os verdadeiros Autobots e Decepticons. Porém o jogo não só agrada quanto a nostalgia, ele nos entrega um produto divertido e frenético, características principais de animações, filmes e games dos anos 80 e 90.

A primeira impressão que Transformers: Devastation nos traz é a total inspiração na primeira geração das animações da franquia Transformers, a começar pelos gráficos, que de cara é o que mais chama a atenção no jogo. Nossa primeira reação ao jogar, é a estranheza. Porque? Bem, atualmente quando falamos de jogos, falamos de qualidade gráfica, o detalhismo e realismo que cada vez mais vai substituindo uma boa jogabilidade ou imersão no universo proposto.

Portanto, Transformers: Devastation faz um excelente fan service, prestando homenagem à série original.

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Entretanto, uma coisa que chama a atenção durante todo o gameplay é a cidade. Quanto mais a explorava, mais ela se mostrava menos interessante, por se tratar de cenários parecidos em detalhes ou até mesmo iguais a outros que já havíamos passados. Criando uma cidade sem vida, o que cria um imenso contraste com os transformers, ricos de espírito e animações impressionantes. Se não fosse o fato do jogo indicar o caminho pelo qual se deve seguir, impedindo o jogador de seguir certos caminhos, com certeza muitos se perderiam.

O enredo em si é simples, assim como eram os desenhos, uma trama rasa e de fácil compreensão. Os Decepticons, liderados por Megatron, encontram um artefato cybertroniano capaz de “cyberformar” o planeta Terra, cabe a Optimus Prime e aos Autobots detê-lo e salvar o mundo. Depois de uma introdução, onde você joga alternadamente com os personagens, o jogador fica livre para escolher entre Optimus, Bumblebee e Sideswipe, conforme avançamos na história podemos jogar com Wheeljack e Grimlock.

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Não fiquem esperando jogar por mais que cinco horas com seus robôs preferidos, a campanha é bastante curta, mas nos prende com sua jogabilidade simples, divertida e interativa.

Apesar dos dois games desenvolvidos pela High Moon Studios (War for Cybertrone, Fall of Cybertron), serem muito bons, era incomodo o foco praticamente exclusivo no combate à distância, tornando os jogos verdadeiros shooters, seguindo o modelo de tiro em terceira pessoa. Esquecendo o combate corpo a corpo, que é a marca registrada das franquias de animações e filmes.

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No entanto, as coisas estão mudadas, o jogo se distancia muito de um shooter, até porque sua mecânica de tiro é muito ruim, quando comparado com outros jogos que possuem essa característica de interação, shooter e hack ‘n’ slash .

A Platinum Games sabe onde atuar, e assim como em Bayonetta, Metal Gear Rising e Anarchy Reigns, o que podemos dizer é que a jogabilidade é bastante fluída, utilizando mecânicas já conhecidas pelo público da desenvolvedora, dispomos de dois botões para a realização dos combos, onde entre ataques podemos utilizar o “vehicle attack” um combo alternado com a forma de veículo, e há um botão de esquiva que, usado corretamente, desacelera o tempo deixando os inimigos mais vulneráveis ao ataque (“Witch Timede Bayonetta).

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E dentre tudo isso, o jogo ainda nos surpreende quando notamos que ao jogar, por exemplo, com o Optimus, e logo depois com o Bumblebee, vemos a magia da física  acontecendo, enquanto um é maior, tem a movimentação mais lenta e ataques mais fortes, o outro com sua estatura mais baixa, tem sua movimentação mais rápida, porém em compensação seus ataques não causam o mesmo dano aos inimigos quando comparado ao de seu companheiro.

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Porém essa mesma física que agrada as vezes nos chateia, como por exemplo, em alguns momentos notamos que os personagens ao caminhar, nem se quer tocam o chão, ou então a destruição da cidade, que por se tratar de grandes robôs se digladiando deveria acabar em ruínas, mas o que vemos é quase como o Megazord e seus prédios de papelão.

Alguns sistemas presentes em Devastation, acabam por nos deixar um pouco confusos, por não se encaixarem na mecânica de jogabilidade básica proposta pelo jogo, como é o caso das gears assim como o complexo sistema de tech upgrades, e perks que em nada acrescentam ou diminuem na experiência.

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O jogo se perde em algumas de suas premissas básicas, como nos sistemas de acessórios, os perks e/ou gear, se perdem em sua própria existência. O descaso com o cenário e algumas falhas na física do jogo acabam por deixar um ar de “inacabado”.

Porém, o sofisticado sistema de combate baseado em combos causa uma rápida sensação de prazer, trazidas pelos grandes clássicos do hack ‘n’ slash. Como jogo da nova geração, Transformers: Devastation, fica atrás de muitos jogos lançados anteriormente e de muitos outros que ainda estão por vir. Contudo, sua homenagem a clássica animação dos anos 80 e sua sólida aventura baseada na nostalgia e jogabilidade imersiva, tornam o jogo, para os fãs da franquia, principalmente para os da primeira geração, indispensável.

Pontos Positivos

  • Bom design.

  • Combate

  • Animações de qualidade.

  • Nostalgia

Pontos Negativos

  • Aventura curta.

  • Cenários pobres.

  • Apresentação geral de menus e interface.

  • Variedade de armas sem sentido.

 

NOTA FINAL: 7,5

Transformers Devastation está disponível nas versões PC, Playstation 4,Playstation 3, Xbox One e Xbox 360.

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Análise | Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

Desde sua pós-produção Metal Gear Solid V: The Phantom Pain vem arrancando suspiros e preocupações por parte de seus fãs. Tudo isso por causa de um nome em específico: Kojima, o diretor que trouxe a franquia de maior sucesso para a vida humilde de vários gamers, teve problemas com a distribuidora Konami.

Boatos rolaram, e declarações foram feitas, mas apesar de tudo isso o jogo foi lançado, e o que para alguns é o desfecho da história de Venom Snake, para outros não passa de mais uma parte da conturbada vida desse mercenário. Metal Gear Solid V: The Phantom Pain é o décimo primeiro titulo lançado da série Metal Gear, e o quinto em ordem cronológica. O jogo é a continuação de eventos ocorridos em Metal Gear Solid V: Ground Zeroes, porém sendo anteriores aos eventos do original Metal Gear. Produzido pela Kojima Productions e desenhado, idealizado, co-escrito e co-produzido por Hideo Kojima, foi publicado pela Konami para as plataformas de, PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360 e Xbox One  e para PCs em 1 de Setembro de 2015.

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De maneira espetacular, Metal Gear Solid V: The Phantom Pain segue um caminho diferente de outros jogos da série. Deixando de lado horas e horas de cutscenes, de maneira a intercalar esses momentos com os que tínhamos controle dos personagens, mas nos preenchendo de cenas épicas tal qual a que temos no hospital logo no início do game (já mostradas em vários trailers), The Phantom Pain é pura jogabilidade, possuindo mecânicas introduzidas em Ground Zeroes.

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Claro que há cutscenes, e há muitas delas, porém estão espalhadas no mundo inteiramente aberto e de liberdade absoluta, que acaba tomando o protagonismo para si. Possuindo uma diversidade de caminhos, o jogo nos surpreende ainda mais quando notamos a quantidade de elementos presentes nos cenários, desde soldados, carros, tanques, e helicópteros, a fuzis, rifles, pistolas, granadas, minas; animais como, cachorros, cavalos, ursos, lobos; e outros elementos como cabanas, torres, barracas, e montanhas.

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Graças a esse elemento novo que dispomos no jogo, a linearidade é simplesmente abandonada, deixando a critério do jogador, escolher como prosseguir a trama. Metal Gear Solid V: The Phantom Pain possui dois grandes mapas, um é o Afeganistão, e o outro é a Angola, cheios de vilarejos, bases, livres para exploração furtiva, ou como bem quiserem. As missões principais são facilmente notadas nos mapas, mas o que pode passar despercebido por você no calor da ação, pode esconder recompensas valiosas (recursos, soldados aliados), então preste atenção em locais que não tem tanta “importância”.

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Em relação aos soldados aliados, pode se considerar como uma das mais marcantes adições na franquia. Podemos ter como nosso companheiro de missões duas figuras bem relevantes, uma é a sniper Quiet e a outra é DD, um cachorro bad-ass com tapa-olho, cada um possuindo habilidades distintas que se tornam úteis em determinadas missões, como a habilidade de DD, tornando-o capaz de encontrar inimigos próximos, plantas que podem ser usadas em medicamentos e animais hostis. Quiet é uma sniper, uma franco-atiradora, que pode, em pontos específicos, encontrar alvos, e oferecer cobertura. Tudo isso para nos deixar ainda mais envolvidos na jogabilidade, permitindo a criação de nossas próprias histórias como Big Boss.

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E o jogo fica muito melhor quando durante o gameplay podemos ouvir faixas de músicas encontradas durante o próprio. A seleção inclui músicas como The Man Who Sold the World, de David Bowie (música de entrada), Maneater, de Daryl Hall & John Oates, e Take On Me do A-Há, maravilhosamente durante toda essa experiência, os sons ambientes ficam abafados por conta dos fones nos ouvidos utilizados por Snake. E se isso não bastasse, além de músicas é possível adquirir diálogos, acrescentando em detalhes a mitologia da franquia.

Caso você nunca tenha jogado, lido, ou assistido nada relacionado a franquia Metal Gear, infelizmente você irá se perder, pois o jogo se conecta com as duas “fases” da saga, a história de Big Boss, com a original, de Solid Snake. Mas isso não irá interferir na obra prima de Hideo Kojima, se você considerar o jogo como uma continuação, e a história de um passado cheio de ódio e vingança.

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VEREDITO:

Em Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, Kojima se despede de forma épica. Unindo elementos já apresentados na série, o game se reinventa e muda a todo o momento para agradar o jogador. Nunca antes Metal Gear teve mecânicas e jogabilidade tão bem produzidas, com um mundo no qual nossas habilidades são realmente importantes para que tenhamos sucesso. Sua falta de foco na história não o torna ruim, nem o faz passar perto disso. Mesmo não possuindo um mapa ala Skyrim, com grande ambientação, ou numerosos ícones para eu explorar no mapa, Metal Gear Solid V: The Phantom Pain trouxe um novo conceito de exploração, nos obrigando a planejar, adaptar e improvisar. The Phantom Pain é de longe o título mais ousado e surpreendente a ser lançado pelo estúdio. Sendo não apenas o melhor Metal Gear, como também um dos melhores jogos de furtividade e ação.

Pontos Positivos

  • Jogabilidade
  • Gadgets
  • Ação desenfreada
  • Exploração
  • Furtividade

Pontos Negativos

  • Mundo aberto pouco aproveitado
  • Enredo sem profundidade

NOTA FINAL: 9,0

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Análise | Until Dawn, primeiras impressões

Inicialmente anunciado para o PS3, Until Dawn, utilizaria recursos do PlayStation Move. Um trailer foi exibido durante a Gamescom de 2012, porém o projeto não foi para frente. Felizmente, em 2015, foi desenvolvido pela Supermassive Games e publicado pela Sony Computer Entertainment, Until Dawn entra no mercado entre os grandes títulos da marca, apostando em novas tecnologias que permitem um aproveitamento maior do novo hardware. O game promete colocar os jogadores diante de situações complexas, onde as escolhas determinam o rumo da narrativa e dos personagens controlados.

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Você já se encontrou assistindo à algum filme de terror/suspense pensando em várias perguntas ou exclamações como, por exemplo, “Por que diabos, eles estão indo por esse caminho?”, “Pare, por ai não!” ou até “Esse vai ser o primeiro a morrer!”? Você é fã de filmes como Halloween, Pânico e Eu sei o que vocês fizeram no verão passado?

Bom, se as respostas para as duas perguntas anteriores foram “Sim” ou apenas pra uma delas, ou se você é fã de videogame e adora explorar novas narrativas e jogabilidade, então Until Dawn é o jogo perfeito para você, te colocando em situações típicas de personagens de filmes de terror, e mostrando que, mesmo que o seu instinto de sobrevivência, sua vontade de viver sejam significantes, nem sempre são o suficiente para lhe manter vivo. Para interpretar os personagens do game, foram escalados para os papéis principais um cartel de atores conhecidos dos seriados, filmes e produções cinematográficas, Hayden Panettiere (Heroes e Nashville), Brett Dalton (Blue Bloods e Agents of S.H.I.E.L.D.), Galadriel Stineman (Ben 10: Alien Swarm), Rami Malek (Uma Noite no Museu 1, 2 e 3), , Noah Fleiss (A Ponta de um Crime), Nichole Bloom (Projeto X- Uma Festa Fora de Controle e Teen Wolf), Meaghan Jette Martin (Camp Rock 1 e 2 e 10 Coisas que Eu Odeio em Você), e a participação de Peter Stormare (Anjos da Lei 2) no papel do psicólogo Dr. Hill, que conversa com uma figura misteriosa durante o jogo.

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Sem entregar muito sobre o jogo, e acabar dando spoilers desnecessários, a premissa principal de Until Dawn é a reunião de 8 jovens em um chalé na montanha, onde eles estão juntos para tentar superar um acidente que aconteceu no mesmo local cerca de um ano antes. “Mas, o que poderia dar errado?”, deve ser o que muitos estão se perguntando agora. Bem, o desenrolar dessa história quem decide é você, suas escolhas irão decidir o destino de cada um dos jovens personagens (sim, dos 8 protagonistas), que tanto podem acabar o jogo vivos, como mortos, ou apenas alguns deles.

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Mesmo controlando durante o gameplayos 8 personagens, quem acaba roubando a cena no decorrer do jogo é o incrível “efeito borboleta” que adapta a famosa teoria de um meteorologista, matemático e filósofo estadunidense, Edward Lorenz como principal elemento da trama, onde nossas escolhas farão com que seguimos caminhos diferentes na continuidade da narrativa, ou seja, cada opção poderá abrir caminhos diferenciados e influenciar em futuras ações. Algo parecido como o que acontece em Heavy Rain ou The Walking Dead, uma decisão tomada no instante terá consequências imediatas ou influenciará o que acontecerá no futuro, muitas vezes em proporções inesperadas que podem se mostrar devastadoras.

Mas, claro, não é toda e qualquer decisão que causará um efeito devastador e complexo como esse. Algumas delas, como os Quick Time Events (QTEs) acontecem em vários momentos durante a jornada, principalmente se você optar por escolhas mais fáceis onde os QTEs aparecem como forma de aumentar o nível de dificuldade de progressão na história. Mas o jogo não deixa claro o que muda ou o que não muda, então, você tenta seguir o que acha que é correto para evitar desastres maiores, pois funciona como um save progress pois o jogo não permite que você salve em um ponto de decisão, para depois “ver o que dá” e acabar voltando e mudando sua escolha anterior.

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O jogo tem um gameplay humilde em relação as outras grandes franquias, cerca de 10horas de jogo e escolhas, porém esse tempo pode se estender caso você queira descobrir todas as possíveis ramificações que o jogo lhe propõe. Por acabar assimilando as pequenas decisões, que parecem ser insignificantes de início, o jogo resulta em uma experiência divertida e ao mesmo tempo realista, fazendo sentir o real peso das nossas ações e decisões.

O jogo peca um pouco em questões de gráfico, não que sejam ruins, mas não conseguem acompanhar o bom nível que o jogo nos entrega, ou está disposto a tal. Em certos momentos percebemos alguns movimentos limitados por parte dos personagens, assim como a tentativa falha de recriar expressões faciais. Entretanto se Until Dawn não possui os níveis gráficos que prometeu, ele entrega um jogo de câmeras que deixa muitos filmes de grande orçamento na sola do sapato. Durante o jogo você tem a constante sensação de ser vigiado e perseguido o que causa certo “desconforto”, mas isso não vem gratuitamente, muito pelo contrário, destaques de um excelente estudo de narrativa. E tudo isso seguido de uma trilha sonora excepcional. Além de possuir excelentes dublagens (áudio original), Until Dawn possui localização total para nosso idioma, inclusive dublado em PT-BR, ou seja, você pode mesclar. Sendo possível jogar tanto dublado em inglês e com legendas em português do Brasil, ou com legendas em inglês e dublagem brasileira, agradando geral.
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Until Dawn não possui modo multiplayer, seja online ou off-line, se resumindo apenas à campanha. No entanto, ele possui uma série de colecionáveis que você pode adquirir enquanto realiza a campanha, que proporcionam o esclarecimento dos mistérios do jogo, entre eles totens que revelam o futuro com uma cena rápida. Deixando que o próprio jogador interprete-a e faça por conta própria sua escolha seguinte.

VEREDITO:

Melhor do que era esperado, o jogo possui uma história interessante que merece ser conferida, mas a expectativa pelo final acaba estragando a experiência, e não espere por sustos bem elaborados, mas espere por momentos de desconforto. O gameplay é simples, e a mecânica de jogabilidade é bem fluída e fácil. Intercalando momentos excepcionais e outros nem tanto, o efeito borboleta brilha muito durante as 10 horas de gameplay. É o tipo de game que pede para ser jogado mais de uma vez, para que você volte e faça escolhas diferentes, até mesmo as mais insignificantes. Until Dawn então é um jogo bom, mas pouco aproveitado em seu máximo, sendo que se fosse um jogo de mídia digital, seria muito melhor.

Pontos fortes:

  • Ambientação
  • Trilha sonora
  • Ângulos de câmeras
  • “Efeito Borboleta”
  • Exploração
  • Finais Alternativos
  • Dublagem
  • Jogabilidade

Pontos fracos:

  • Variações bruscas de gráfico
  • Expectativas altas para o final
  • Gameplay curto
  • Sustos mal elaborados

NOTA FINAL: 7,0