Categorias
Anime Cultura Japonesa Entretenimento Mangá

Morre Akira Toriyama, o criador de Dragon Ball, aos 68 anos

Pois é, amigos… Acaba de falecer a referência suprema dos animes e mangás, que furou a bolha do entretenimento e inspirou gerações. Akira Toriyama partiu aos 68 anos. A morte foi provocada por um hematoma subdural, que é quando acontece um acúmulo de sangue entre o cérebro e o crânio. A notícia foi confirmada através do perfil oficial da franquia no X (antigo Twitter).

“Queridos Amigos e Parceiros,

É com profundo pesar que informamos que o criador de mangá Akira Toriyama faleceu em 1º de março devido a uma hematoma subdural aguda. Ele tinha 68 anos de idade.

É com grande pesar que percebemos que ele ainda tinha várias obras em processo de criação, com grande entusiasmo. Além disso, ele teria muitas mais coisas para alcançar. No entanto, ele deixou muitos títulos de mangá e obras de arte para este mundo. Graças ao apoio de tantas pessoas ao redor do mundo, ele pôde continuar suas atividades criativas por mais de 45 anos. Esperamos que o mundo único de criação de Akira Toriyama continue a ser amado por todos por muito tempo.

Informamos esta triste notícia, agradecidos pela sua gentileza durante sua vida.

O serviço funerário foi realizado com sua família e pouquíssimos parentes. Seguindo seus desejos por tranquilidade, respeitosamente informamos que não aceitaremos flores, presentes de condolências, visitas, oferendas e outros. Além disso, pedimos que evitem conduzir entrevistas com sua família.

Planos futuros para um encontro comemorativo não foram decididos, informaremos quando estiver confirmado. Agradecemos profundamente sua compreensão e apoio, como sempre.”

Como dito no comunicado, Akira partiu no dia 1° de Março, mas somente hoje tivemos a confirmação. Seu legado vai perdurar para a eternidade.

Categorias
Anime Cultura Japonesa Entretenimento Games Mangá

Pokémon | McDonald’s lança nova promoção de cards da franquia

Eles estão de volta! O McDonald’s em parceria com a franquia Pokémon começou essa semana uma nova campanha com os monstrinhos mais amados da cultura pop. Desta vez, as marcas se uniram novamente para lançar cards “Batalha Suprema” da geração Scarlet & Violet de Pokémon Trading Card Game, em formato de brinde.

Os pacotes, contendo 4 cards ilustrados cada, virão acompanhados das ofertas do Mc Lanche Feliz de forma aleatória. O kit treinador também contará com uma moeda e uma caixinha, ambos de cartolina, junto com as instruções de como jogar. Ao total, serão 12 combinações de cartas diferentes. Mais informações no site oficial do restaurante.

Pokémon (ポケモン) é uma franquia criada por Satoshi Tajiri em 1995, tendo caído nas graças das crianças pelo mundo ocidental no final dos anos 90. A marca é considerada uma das mais bem-sucedidas da história, batendo de frente com outros gigantes da indústria com seus jogos e uma infinita gama de colecionáveis.

Categorias
Anime Cultura Japonesa Mangá

Morre Kazuki Takahashi, criador de Yu-Gi-Oh!

Foi encontrado morto ontem (6), o mangaká e criador da famosa franquia Yu-Gi-Oh!. Takahashi, de 60 anos, foi encontrado boiando no mar e usando equipamento de mergulho. Ao que tudo indica, foi um acidente. Mais detalhes devem ser revelados em breve pelas autoridades competentes.

Mundialmente conhecido, o jogo de cartas baseado na franquia movimenta um rico mercado de competições e colecionismo.

Yu-Gi-Oh! foi publicado pela primeira vez no Japão em 1996 pela Weekly Shonen Jump. Aqui no Brasil, o Mangá saiu pela Editora JBC, entre os anos de 2006 e 2010. O animê, adaptação do mangá, foi um grande sucesso durante a primeira metade dos anos 2000 e foi exibido nas manhãs pela Rede Globo. Yu-Gi-Oh! 

Categorias
Mangá Quadrinhos

MPEG: Nova editora estreia com dois títulos espanhóis

Uma nova editora está chegando ao mercado brasileiro: É a Editora MPEG, e hoje, tivemos o anúncio de seus primeiros títulos!

Exposta ao mundo pela primeira vez no final de novembro, a editora foi fundada por Gabriel de Vicente, mais conhecido como o responsável pelo perfil Aviso de Oferta, uma página com quase 40 mil seguidores no Twitter e que divulga promoções de mangás e novels.

O objetivo da MPEG é “promover uma maior diversidade de obras em nosso país“, e para isso, prometem ter um foco na publicação de shoujosnovels, mas também pretendem trazer outros gêneros e demografias.

Na noite de hoje (23), a editora promoveu uma live em seu canal no YouTube, discutindo sobre as dificuldades que uma nova editora encontra no mercado, e também fez o anúncio de seus dois primeiros títulos, ambos com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2022! Os dois quadrinhos espanhóis (em estilo mangá) são fruto da parceria da MPEG com a Editora Planeta Cómic.

Confira os títulos:

"Alter Ego", de Ana C. Shanchez (Imagem fornecida pela Editora MPEG)
“Alter Ego”, de Ana C. Shanchez (Imagem fornecida pela Editora MPEG)

Título: “Alter Ego”, de Ana C. Shanchez

Sinopse:

Noel sempre foi apaixonada por sua melhor amiga Elena, mas nunca teve coragem de se declarar. Quando sua amiga começa a sair com um rapaz, o mundo de Noel desaba ao ver suas chances no amor acabar.

Uma noite, em um momento de desespero, Noel confessa seus sentimentos por Elena para uma desconhecida. Numa enorme coincidência, essa desconhecida era, na verdade, uma garota chamada June, a outra melhor amiga de Elena… E rival de Noel no amor! E o pior: Agora June sabe do segredo de Noel. Com a situação toda contra ela, como Noel conseguirá conquistar a garota de seus sonhos? (Tradução livre, segundo a editora espanhola)

"Reflejos del Futuro", de Ana C. Shanchez, Luis Montes, Blanca Mira e Laia López (Imagem fornecida pela Editora MPEG)
“Reflejos del Futuro”, de Ana C. Shanchez, Luis Montes, Blanca Mira e Laia López (Imagem fornecida pela Editora MPEG)

Título: “Reflejos del Futuro” (Título nacional ainda pendente), de Blanca Mira (Roteiro); Ana C. Shanchez, Luis Montes e Laia López (Arte)

Sinopse:

Uma minissérie de ficção científica distópica, em três capítulos, com a participação de diversos ilustradores.

Você pode conferir a gravação da live na íntegra, no YouTube da Editora MPEG. A Editora está presente também nas redes sociais, no Twitter, Facebook e Instagram.

Para ficar por dentro de novas notícias e anúncios da Editora MPEG, e do mundo dos mangás no geral, fique de olho aqui, na Torre de Vigilância!

Categorias
Cultura Japonesa Mangá

Lampião 2, mangá inspirado no famoso cangaceiro, está no Catarse

Está no ar a campanha de financiamento coletivo no Catarse para Lampião 2, o mangá inspirado no famoso cangaceiro que tem em sua equipe criativa Heitor Amatsu e Carlo. Depois do sucesso do primeiro volume, a sua continuação segue os mesmos passos, pois já alcançou e passou da meta de financiamento e ainda tem lenha de campanha para queimar.

Um dos elogios para o mangá Lampião é a nova roupagem ao sertão brasileiro. Uma mistura de mundo dark, magia e recheada de folclore e tradição tupiniquim, a obra dá um gás e apresenta para um novo publico uma das maiores lendas do Brasil.

No volume 2 seguimos Lampião e Juliana em direção a Mossoró. O cangaceiro e sua companheira de viagem estão em busca de suprimentos, pois Lampião sabe que o que o espera não é um caminho simples e desprovido de enfrentamentos. Os dois então se vêem envoltos por um mistério no meio do sertão. Um homem à beira da morte. Uma cidade que nega ajuda. O amor de um pai por sua filha. Lampião volume 2 promete ir ainda mais fundo no folclore e magia deste místico sertão brasileiro!

Lampião 2 terá 120 páginas e lombada quadrada. Para saber mais detalhes da campanha, conhercer as recompensas, valores e apoiar, clique AQUI.

Categorias
Cultura Japonesa Mangá

Editora Pipoca & Nanquim começa a pré-venda do mangá A Espera

A editora Pipoca & Nanquim iniciou a pré-venda de A Espera o seu mais novo mangá. A graphic novel é uma produção de Keum Suk Gendry-Kim, a mesma autora de Grama, que foi muito elogiada no ano passado aqui no Brasil. Agora a autora conta a história envolvendo uma revelação em seu núcleo familiar e que envolve a sua mãe.

A mãe de Keum Suk Gendry-Kim foi separada da irmã durante a Guerra da Coreia. Então ela veio descobrir depois que não se tratava de algo tão incomum entre o povo coreano, cuja vida completamente alterada quanto Sul e Norte se lançaram em um combate armado nos anos 1950.

Jina é uma romancista, filha de Gwija, uma senhora coreana que, aos dezessete anos, foi obrigada a se casar com alguém que não conhecia para escapar do destino cruel de servir às tropas japonesas como “mulher de conforto”, na Segunda Guerra Sino-Japonesa. Apesar do casamento forçado, Gwija encontra a felicidade; mas ela durou pouco. Separada do marido e do filho durante a Guerra da Coreia, ela consegue chegar ao Sul e começar uma nova família, porém, sem jamais se esquecer da antiga.

Anos depois, Jina promete ajudar a mãe a encontrar seus amores de outrora, só que, tendo se passado 70 anos desde a trágica separação, essa espera torna-se cada vez mais aflitiva e desesperançada. Gwija, agora uma idosa de saúde frágil, vê-se cada vez mais distante do sonho de rever seus entes queridos e de fazer as pazes com o passado.

A partir de entrevistas com sua mãe e outras vítimas de separações forçadas, Keum Suk Gendry-Kim concebeu A Espera que assume contornos documentais e pessoais caros à autora e que influenciaram o direcionamento deste quadrinho.

A Espera tem 252 páginas, capa dura e verniz localizado. O mangá está com 30% de desconto no site Amazon Brasil.

 

Categorias
Colunas Cultura Japonesa Mangá Pagode Japonês

Conheça “Chainsaw Man”, o mangá sobre um… adolescente motosserra!

Antes de eu entrar de cabeça no mundo otaku, sempre ouvia (e não entendia) quando me diziam que existem animes e mangás sobre literalmente qualquer assunto, por mais improvável que pareça.

Escrito e ilustrado por Tatsuki Fujimoto (Fire Punch), Chainsaw Man foi publicado no Japão pela Weekly Shōnen Jump entre 2018 e 2020, sendo a sua primeira parte concluída em 98 capítulos. Contando com 4.181.650 cópias vendidas no Japão durante o primeiro semestre de 2021 e ocupando o 5º lugar no pódio de vendas, o jovem motosserra ultrapassou títulos como Boku no Hero, Haikyuu!! e One Piece. Aqui no Brasil, a obra está sendo publicada pela editora Panini.

No mundo de Chainsaw Man, os demônios já fazem parte do dia-a-dia da humanidade. Estes, que são dos mais diversos tipos (tem demônio tomate, demônio katana, demônio pistola, demônio tubarão…), se alimentam dos seres humanos, também podendo possuí-los ou usá-los como desejarem. Por oferecerem tamanho risco para a população, os demônios são caçados, tanto por civis como pelo próprio Governo. Além da caça, o Governo também realiza “contratos” com alguns demônios, oferecendo algo em troca do uso das habilidades do infernal.

Demônio Tomate: o terror das saladas.

Nosso protagonista, Denji, é um jovem de apenas 16 anos que, por dever uma enorme quantia de dinheiro à Yakusa (dívida essa que foi herdada do seu pai), trabalha cortando árvores e caçando demônios, usando os ganhos para tentar abater o valor que deve aos mafiosos. Em razão dessa dívida, o pobre adolescente já vendeu um olho, um rim e até um testículo para arrecadar ainda mais dinheiro, e vive em condições completamente miseráveis.

Denji em frente ao túmulo de seu pai. No carro, o chefe dos Yakusa.

Você deve estar se perguntando: ok, mas onde que a motosserra entra nessa história toda? Tudo começa quando, ainda criança, Denji encontra um demônio com a aparência de um cachorrinho, tendo o diferencial de ter uma motosserra na cabeça. Como o cachorrinho-serra estava quase morrendo, o jovem lhe oferece um pouco de seu sangue, ação que salvaria o pequeno demônio. Contudo, o salvamento não foi de graça: em troca, Denji usaria as serras do cachorro para trabalhar e conseguir ganhar dinheiro. Começa, então, a grande amizade dos dois, sendo o demônio batizado de “Pochita“.

Denji e Pochita.

É em uma noite, porém, que a vida de Denji muda completamente. Chamado pela Yakusa para matar um demônio, o jovem é levado até um prédio abandonado, sendo encurralado em uma armadilha. Os mafiosos, que tinham como objetivo ficarem mais fortes, decidem realizar um contrato com um demônio e entregam Denji à ele. O infernal, que tinha como poder transformar as pessoas em zumbis, manda a sua horda esquartejar o adolescente, que é rapidamente morto e jogado em uma lixeira.

Nesse momento, como única opção de manter seu parceiro vivo, Pochita se une ao corpo de Denji, dando a ele seu coração em troca do jovem lhe mostrar seus sonhos. Com seu corpo totalmente regenerado, Denji agora possui uma pequena corda em seu peito, que, ao ser puxada, lhe dá os poderes do pequeno demônio. Saindo da lixeira cheio de raiva, o jovem puxa a corda, se transforma em motosserra e dizima todos os zumbis em uma cena extremamente violenta. Após o massacre, caçadores de demônios do Governo chegam ao local e encontram Denji, lhe fazendo uma proposta: se o garoto aceitar trabalhar como um caçador para o Governo, será tratado como um humano e recebera comida, abrigo e um salário; se recusar, será considerado como um demônio e, consequentemente, morto. Em uma escolha nem um pouco difícil para o protagonista, este vê no novo “emprego” uma maneira de finalmente ter uma vida descente e não passar mais necessidades.

Denji se transformando em Chainsaw Man.

Agora que Denji virou um caçador de demônios do Governo, somos apresentados a mais personagens importantes do mangá. A primeira que temos contato é Makima, a mulher que encontrou Denji após sua primeira transformação e que lhe fez a proposta de emprego. Logo de cara, vemos que o jovem se apaixona pela moça, tendo em vista que ela é a primeira pessoa que o trata “bem”. Ao longo da história, vemos que Makima esconde grandes segredos e mistérios, nos fazendo duvidar de que lado ela realmente está. Sem se importar muito com os sentimentos de Denji, e mesmo tendo consciência do que o rapaz nutre por ela, a personagem não liga de iludir e dar esperanças amorosas ao adolescente.

Makima.

Como não pode faltar, temos o personagem estilo Sasuke em Chainsaw Man também! Aki Hayakawa é um jovem caçador do governo que trabalha em uma unidade experimental, unidade essa que tem como integrantes pessoas que possuem algum poder derivado de demônios, como Denji. Sua maior motivação para se tornar um caçador foi a trágica morte de sua família, que foi assassinada pelo temido Demônio Pistola (demônio que é de grande importância na trama).

Denji muito animado ao lado de seu colega, Aki.

Uma integrante um tanto quanto “diferenciada” também faz parte da equipe experimental. Sendo uma possessa, ou seja, uma humana que foi possuída por um demônio, Power se torna parceira de Denji nas patrulhas e missões. Com o passar da história, vemos como a relação entre ela e o protagonista vai se desenvolvendo, e como ambos fazem para lidar com as evidentes diferenças.

Power, a humana que foi possuída pelo Demônio do Sangue.

O interessante de Chainsaw Man -além das serras, é claro- é que nosso protagonista não é daqueles personagens clássicos de shonen: Denji literalmente não tem grandes ambições. Em decorrência da sua vida miserável, seu objetivo se torna o que para muitos é apenas o básico do básico. Tendo 3 refeições diárias, um teto sobre sua cabeça, uma cama para dormir e podendo tomar banho todos os dias, o jovem está pra lá de feliz. Além disso, como toda pessoa adolescente, Denji também pensa -e muito- em sexo; sem nunca ter beijado e muito menos ter feito atos além, o jovem sonha em ter uma namorada, e em finalmente poder tocar em seios. Não posso negar que as repetidas piadas em torno do assunto “seios” se tornaram, pelo menos pra mim -uma jovem de 22 anos-, um tanto quanto cansativas. Por outro lado, consigo entender perfeitamente que, para alguém de 16 anos, sexualidade é realmente um tópico que não sai da cabeça, afinal também já tive essa idade.

Mesmo sendo um mangá publicado pela Shonen Jump, Chainsaw Man usa e abusa da violência, tanto gráfica como nos próprios diálogos. A situação de vida do protagonista, por si só, já é algo bem pesado, e a forma como ele inicialmente encara a vida nos mostra um adolescente que já perdeu quase que completamente a ambição e até mesmo a própria dignidade. Conforme a história se desenrola, novos personagens aparecem, novos demônios e muitas, mas muitas lutas. Carregado no senso de humor um tanto quanto ácido, o mangá consegue transitar de forma muito satisfatória entre os gêneros do humor, da ação, do drama e até mesmo do mistério, nos entregando uma obra viciante e que nos prende até o último capítulo.

Recentemente, foi anunciado que a obra ganhará uma adaptação em anime pelo estúdio MAPPA, mesmo estúdio que produziu Jujutsu Kaisen e Attack on Titan: Final Season. Sem uma data de estreia definida, temos pelo menos a data de lançamento do trailer oficial, que será em 27 de junho, no Japão.


Quer ficar por dentro das promoções de quadrinhos e mangás? Então é só clicar AQUI!

Categorias
Cultura Japonesa Mangá

NewPop abre a pré-venda de Patrulha Estelar Yamato

A editora NewPop começou a pré-venda de Patrulha Estelar Yamato, de Leiji Matsumoto, um clássico criado no Japão em 1973 e que foi concebido pelo produtor Yoshinobu Nishizaki, após muitas revisões e principalmente com a entrada de Leiji na produção, veio o sucesso e o reconhecimento.

O ano é 2199, a Terra está sofrendo com as invasões e ataques do Império Gamilas, o que força a humanidade a se refugiar em uma metrópole subterrânea, devido às armas de radiação. Mas a situação está rapidamente se deteriorando e dentro de um ano o planeta inteiro se tornará inabitável.

Em meio a isso, uma mensagem misteriosa vinda dos confins do universo é captada pela base de Marte, contendo o método para a produção do “motor de ondas” e instruções que usassem essa tecnologia de viagem espacial para ir até o planeta Iskandar, onde conseguiriam um dispositivo que eliminaria por completo toda a radiação dos gamilanos. Para essa missão é escolhido um antigo couraçado utilizado na guerra de 250 anos atrás, o Yamato. Assim, o Couraçado Espacial Yamato parte em rumo a uma galáxia distante para trazer à Terra, dentro de um ano, a única e última esperança da humanidade.

A série original deu origem a um mangá chamado Cosmoship Yamato, diversos filmes de animação, spin-offs e um filme live action. No Brasil ela foi exibida pela Rede Record e pela extinta TV Manchete, tudo na década de 80.

Patrulha Estelar Yamato tem formato 15 x 21 cm, 648 páginas e o valor de R$ 96,90. Se a compra for feita na pré-venda, o leitor garante um desconto de 20%.

Categorias
Cultura Japonesa Mangá Marca Página Pagode Japonês

Resenha | Fate/Zero é uma tragédia sem heróis

Lançado no Brasil pela editora NewPOP no longinquo ano de 2015, Fate/Zero é uma série completa em seis volumes, e que pode não ser a coisa mais nova ou mais popular no momento, mas como será reimpressa ainda esse mês, após alguns anos fora de estoque, achei um bom momento para comentar sobre ela. Isso, e o fato de que eu terminei de ler o negócio só semana passada, mas majoritariamente por causa das reimpressões.

Então vamos começar contando o que é Fate/Zero. Se você está aqui, muito provavelmente já ouviu falar da franquia Fate/, certo? Ela está em literalmente todos os lugares, é quase um negócio insuportável. Eu já fiz uma postagem contando como você pode entrar nesse universo (veja AQUI), e só passando o olho por lá, você vai ver que temos bastante coisa. Fate/Zero, embora seja uma prequel (isso é, uma história que se passa antes da história principal) de Fate/Stay Night, e seja melhor aproveitado dessa maneira, pode servir como uma porta para você adentrar esse vasto e sofrido mundo.

Escrito por ninguém menos que Gen Urobuchi – um dos autores japoneses mais conhecidos no nicho, principalmente por sua adoração por tragédias e incapacidade de escrever um final feliz – Fate/Zero é uma obra que deu todas as oportunidades para seu escritor fazer o que faz de melhor: Deixar todas as suas personagens sofrendo em um inferno cheio de desgraças.

Com ilustrações de Takashi Takeuchi, que, infelizmente, não aparecem no miolo dos livros

Como o título sugere, nessa Light Novel, não temos heróis. Temos apenas uma grande tragédia composta por uma infinidade de pequenas tragédias, cada uma com seu toque especial. Mas afinal, o que é um “herói“? O que é preciso para definirmos uma personagem como “herói“? É uma discussão complexa, mas acredito que aqui, nós passamos tão longe do conceito, que uma definição simples pode servir. Podemos dizer que um herói é alguém que faz coisas boas por bons motivos.

Colocando dessa forma, acabamos levantando outro questionamento: Histórias precisam de heróis? Eles são necessários para que uma trama persevere? Por um lado, uma história “sem heróis“, como é Fate/Zero, pode ganhar pontos ao ser – dentro dos limites da suspensão de descrença – um conto realista: Basta olhar para o mundo que você verá que não existem heróis na realidade. Ao menos, não o suficiente. A quantidade de “não-heróis” é astronomicamente maior. Então, as chances de você conseguir um herói ao fazer um pequeno recorte de pessoas é muito pequena. Uma história sem heróis é, em sua essência, um retrato do mundo.

Daí, entra uma questão pessoal, e que só posso falar por mim: Buscamos na ficção aquilo que não encontramos no mundo real, não é? Se eu quisesse uma tragédia, eu não estaria lendo light novels, eu estaria assistindo o jornal. Acaba sendo uma obra que não é para todo mundo, principalmente nessa época onde não tá fácil pra ninguém. Mas, sempre tem quem goste, né. Fica apenas como recado.

A parte interessante do livro, para mim, foi ver os diferentes tipos de personagens que tiveram suas vidas expostas, e como cada um deles poderia ser um candidato ao posto de “herói da história“. Em especial, quatro delas chegaram mais perto disso: Kiritsugu Emiya, Waver Velvet, Saber, e Kariya Matoh. De uma forma surpreendente, temos quatro pessoas absurdamente opostas.

Mas, como foi dito no começo da postagem, o autor da novel, Gen Urobuchi, não é conhecido por dar “felizes para sempre” à suas personagens. Nenhum dos quatro candidatos consegue alcançar essa vaga, todos terminando com um final trágico, o completo oposto do que seria digno de um herói.

Pelo menos ela tem uma motinha super irada

[spoiler]Começamos com o chamado “protagonista” da história: Kiritsugu Emiya. Ele será o primeiro pois, dentre os quatro listados, é o que precisamos mais forçar a barra para tentar justificar a quase classificação como herói. Afinal, Kiritsugu é um anti-herói, um clássico exemplo da famosa máxima erroneamente atribuída à Maquiavel: que “os fins justificam os meios“.
Esse é um esteriótipo de personagem bastante comum na ficção, mas que normalmente é acompanhado por uma outra personagem ou grupo, que está ali com a função de dar uns tapa na cara do “justiceiro” e tentar botar juízo na cabeça dele. Sem explicar que os fins não justificam os meios; e que ficar buscando por um milagre para resolver todos os problemas que você mesmo causou ao tentar resolver outros problemas é, francamente, um estilo de vida estúpido; Urobochi tenta nos convencer de que Kiritsugu deveria, mesmo, ser o herói da história. Claro que isso não cola com ninguém, e ficamos apenas com uma situação desconfortável por cinco volumes e meio, onde precisamos encarar os ideais do “Assassino de Magos” e fingir que estamos levando-o a sério, quando sabemos que personagens desse tipo nunca terão um final feliz.

Seguimos com Waver Velvet. Desde o princípio, ele é construído como uma personagem que tem as bases para ser um herói: Um jovem “comum” que recebe uma quantidade absurda de poderes e, com eles, uma carga igualmente grande de responsabilidades. A partir daí, a única coisa que falta para se alcançar o posto de herói seria coragem. É necessário coragem para dar o passo adiante, que definirá todo o resto do caminho.
Mas Waver não toma esse passo: Ele prefere se acovardar em sua própria mediocridade – aquela que ele tanto lutou para provar falsa – e acaba se contentando com se tornar uma mera sombra sob o manto de um herói, ao invés de se tornar um ele mesmo. Ao escolher passar a vida perseguindo um vulto inalcançável, ele descarta um possível grande futuro para ter um final trágico e sem esperanças.

Continuamos com a Saber. Você pode estar me olhando torto agora, pensando “mas a Saber É uma heroína!“, e eu preciso concordar com você. Sim, é claro que ela é um heroína. Acontece que, em Fate/Zero, ela não recebe o tratamento de uma heroína, muito pelo contrário.
Sendo uma pessoa majoritariamente boa e com boas intenções, o que Saber busca, na novel, é redenção. Quando nega essa redenção à ela, Urobochi está, na prática, dizendo que o “caminho de reinado” dela – que ela se esforçou para mostrar ser correto para os outros reis – é falho.
O fim trágico de Saber em Fate/Zero é, de certa forma, como o ponto mais baixo em um filme de super-herói, onde temos a segunda metade do filme para fazer o protagonista re-assumir seu papel de herói. Podemos usar “O Homem de Aço” como exemplo: Quando o Super Homem se deixa ser algemado e levado, estamos vendo o pior momento do antes chamado “símbolo de esperança“; mas temos todo o resto da história para que ele consiga “se redimir” com aqueles que decepcionou. O problema é que esse não é o fim da história de Saber, mas é o fim da light novel. A “conclusão” da saga de redenção e heroísmo de Saber acontece em Fate/Stay Night, fazendo com que ela termine não como uma heroína, mas sim, como uma casca vazia do que já foi uma heroína.

Não apenas a capa, como todo o sexto volume da obra serve para mostrar esse ponto: que Saber não está aqui para ter um final feliz

E encerramos nossa lista com Kariya Matoh. Possivelmente a personagem que é, ao mesmo tempo, mais parecido e mais diferente ao primeiro da lista, Kiritsugu. Os dois são pessoas com motivações nobres e que costumam fazer coisas estúpidas para alcançar esses objetivos, mas, enquanto Kiritsugu escolhe sacrificar outros em busca de um ganho coletivo, Kariya escolhe sacrificar a si próprio em busca de uma causa individual.
Ele tenta agir de forma heroica, mas mesmo com uma causa justa e lutando para provar que seu ponto de vista é o certo, ele acaba simplesmente jogando sua vida fora, num final trágico e melancólico. Kariya funciona, de certa forma, como um recado de que a linha entre coragem e burrice é tênue, e que o que faz um herói é saber em qual ponto dessa linha se deve parar. Num caso oposto ao de Waver, o problema de Kariya foi ter ido longe demais.[/spoiler]

Voltando agora aos detalhes da edição nacional, é preciso lembrar que Fate/Zero foi publicado pela NewPOP em 2015. Se você acompanha o mercado nacional há algum tempo, sabe o que isso significa: O livro tem uma quantidade maior do que se gostaria de erros de revisão. É um problema que a editora possuía no passado e que vem melhorando bastante, mas que, infelizmente, não é retro-ativo. As obras antigas ficarão, para sempre, com esses erros.
Durante a leitura, encontrei uma infinidade de problemas de revisão, e me vi corrigindo automaticamente algumas digitações incorretas no texto. Porém, nenhuma delas foi grave a ponto de tornar uma frase ilegível, ou de mudar o contexto de alguma cena. Acaba sendo apenas um inconveniente que atrapalha a leitura, mas não a prejudica.

Créditos do volume 6 da obra

No fim, seja para fãs de longa data da franquia ou para novas pessoas querendo ingressar nela, Fate/Zero é uma Light Novel que faz muito bem o seu papel de entregar uma história trágica e extremamente em sintonia com suas antecessoras.

Você pode comprar os volumes disponíveis da Light Novel na Amazon, enquanto se prepara para as reimpressões: Volume 1 | Volume 4 | Volume 5 | Volume 6.

Categorias
Cultura Japonesa Mangá

GYO, de Junji Ito, é publicado no Brasil pela Editora Devir

A editora Devir Brasil está lançando mais uma obra escrita e ilustrada pela lenda Junji Ito, o selo Tsuru, braço editorial de mangá da editora, começou a pré-venda de Gyo. Uma das histórias mais esperadas pelos fãs de Ito.

Gyo, que tem o título completo de Gyo Ugomeku Bukimi (na tradução livre: Peixe Estrbuchando de Medo), é um mangá de horror para o público adulto, onde conta a história e monstros meio máquina, meio peixe, que invadem o Japão, espalhando um fedor medonho e contagioso. Tadashi e sua namorada Kaori tentam sobreviver à invasão dos peixes que andam e, também, descobrir o motivo do ataque. A história se concentra nas situações desesperadoras e nas mudanças físicas e psicológicas dos dois protagonistas da trama.

Em 2007, Gyo foi incluída na Seleção Oficial do Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême. Em 2012, foi lançada uma animação original em vídeo de uma hora de duração baseada nesse mangá, dirigida por Takayuki Hirao.

Em uma entrevista, Junji Ito disse que Gyo foi inspirado no filme Tubarão de Steven Spielberg. “Ele capturou magistralmente a essência do medo na forma de um tubarão devorador de homens. Eu achei que ficaria ainda melhor registrar esse temor num tubarão devorador de homens que circula tanto na terra quanto na água”, disse Ito na ocasião.

Gyo tem formato 17 x 24 cm, 408 páginas e o preço de capa de R$ 78,00. Comprando no link abaixo você consegue um desconto de 15%.