Enquanto outras animações apostam nas mensagens que querem passar ao público jovem e adulto, A Era do Gelo: O Big Bang continua explorando seu lado cômico usado nos quatro filmes da franquia. Isso dá certo, e apesar de ser um prato cheio de diversão, o quinto filme mostra uma narrativa bem desgastada.
Tanto os diretores Galen T. Chu e Mike Thurmeier, e o roteirista Yoni Brenner, decidiram ficar na zona de conforto. Não há muitas inovações na trama. O lema familiar do protagonista mamute Manny está presente de novo desde o regular A Era do Gelo 3. O ‘’ex-alívio cômico’’ Sid continua sendo explorado, mas não tem mais graça, e Diego teve momentos melhores.
A história em si parece muito similar as anteriores. Não há tanta expectativa para os acontecimentos. As cenas mais ‘’dramáticas’’ são completamente desnecessárias, ninguém se comove ou se importa. Tanto para elas, quanto para as cenas de ação, que são bem falhas e novamente, nada inovadoras.
Contudo, há novos personagens, e estes sim conseguem recarregar a trama em certo momentos. Julian, namorado de Amora, filha do Manny, é divertido e se encaixa no contexto. A avó do bicho-preguiça Sid funcionou bem no péssimo A Era do Gelo 4, e continua arrancando boas risadas neste filme. Mas a surpresa realmente é Buck, que foi introduzido no terceiro filme e que volta para este com uma reintrodução espetacular.
Com o roteiro girando todo em volta das ações de Scrat tentando resgatar sua noz, era de se esperar um fim digno para ele, mas nada acontece. O personagem é uma marca da franquia e foi muito bem utilizado nos quatro filmes, neste, nem tanto. Scrat tem boas cenas humoradas, mas não se conecta com o público como antes, sendo bem forçado em algumas horas.
O entretenimento é garantido. A Blue Sky e a Fox poderiam dar um ponto final em A Era do Gelo e encerrarem a franquia com um saldo positivo.