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Crítica | Humans (Piloto)

Humans vem trazendo uma premissa já conhecida pelo público, mas convence em nos mostrar um caminho totalmente diferente do que vimos em produções Hollywoodianas. Um ponto interessante a se notar que esse futuro na série não está assim tão distante para nós no final de 2015. Só dar uma goggleada na intranet que veremos inúmeros casos de invenções robóticas que carregam características humanas e seus criadores (ou podemos chamá-los de pais?) prometem grandes revoluções com seus projetos em quaisquer ramos. Anteontem mesmo eu vi um vídeo de um pequeno robô andando de bicicleta tão bem quanto qualquer humano e ainda dava tchau para as pessoas que estavam passando no local. Agora dá para acreditar que esse futuro está quase na esquina certo? cof cof Skynet is coming cof cof 

O Piloto foi bastante esclarecedor em nos explicar como essa realidade funciona com os Synth. Mas afinal, o que são esses Synth? São androides com tamanha semelhança com os humanos, que caso você esbarre na rua, nem saberia reconhecê-lo como um robô e as pessoas os olham como total sonho de consumo. Quem nunca queria um robô para fazer suas tarefas, enquanto você ficava relaxando? Pois é. O conceito deles é exatamente esse. Três plots são desenvolvidos nesse episódio, onde conhecemos alguns desses seres que seguiram um caminho diferente do habitual. Eles pensam.

Fomos apresentados a uma família (com sotaque maravilhoso, diga-se de passagem) onde a matriarca da mesma se encontra num estado atual de desgaste emocional. Com a intenção de melhorar a situação com a esposa, o marido compra um Synth. Quem achou que ia melhorar, se enganou profundamente. Após a androide ser nomeada como Anita, toda a família percebeu que ela não era comum. Tinha algo diferente nela. Algo bastante humano, mas não só aparência. Em seu interior. Esse plot se liga totalmente ao segundo, pelo fato dela ter feito parte de um grupo com outros androides com a mesma capacidade dela e eram liderados pelo humano Leo. Além disso, tem os flashes que Anita se relembra de vez em quando. Trazendo um certo mistério a trama e sua afeição pela filha caçula do casal ruivo. Longe dali, Leo faz o possível e impossível para descobrir o paradeiro de seus outros amigos, e claro, de sua amada Anita.

O terceiro plot capta o lado emocional de se sentir apegado a um Synth. Com aparência humana, com certeza esse apego não é impossível. O Dr. Milican tem um robô com a validade vencida, porém não consegue trocar por algo novo. Mesmo com insistência de terceiros na troca, ele permanece firme em manter o seu ”filho” protegido e seguro. Em nenhum momento, dá a entender que esse plot possa se interligar com os dois primeiros. Nunca se sabe, né?

Acho que esse pequeno texto deu uma certa ansiedade para conferir o primeiro episódio, assim espero. Lembrando que a série já teve sua segunda temporada confirmada e desde o início deste mês tem sido exibida pela emissora AMC Brasil.

Por Tassio Luan

Biólogo. Explorador do horror cósmico e de universos desconhecidos.