Moana: Um Mar de Aventuras parece querer repetir a fórmula de Frozen: Uma Aventura Congelante em alguns aspectos. O musical conduzido brilhantemente pelos mestres John Musker e Ron Clements traz uma história produzida durante cinco anos, que parece uma animação esquecível e parecida com as outras, mas que necessitou de um trabalho impressionante para ser realizada.
A experiência de assistir o filme na première da Comic Con Experience foi sem igual. O público fervendo dentro do auditório, os diretores apresentando o longa, para depois fazerem uma palestra mostrando toda a produção é uma experiência única, agradável e viciante. Musker e Clements apresentaram seus incontáveis storyboards, seus concept arts e suas pesquisas, que fizeram parte da criação de Moana. A apresentação deixou Moana muito mais enriquecida culturalmente aos olhos dos nerds.
Moana é moldada por uma história de aventura clichê. Quando sua ilha para de prover recursos ao seu povo, Moana descobre que foi a escolhida pelos mares para devolver uma relíquia de extrema importância à uma deusa. Com isso, ela deve se juntar ao semideus Maui para concluir a missão, e salvar o seu povo. Maui é um dos personagens mais estilizados na animação, com um tom infantil, apelando para a ação e a comédia muita das vezes. Já Moana é uma protagonista comum como em várias outras animações infantis, que passa por uma jornada para conhecer a si própria, e se transformar na grande heroína.
Porém, em relação a design criativo e produção, a técnica do filme é impecável. As lendas e a história foram baseadas em um povo na região do Pacífico, que acreditam em deuses e semideuses, além de serem os criadores de algumas das lendas. A película está perfeita, muito colorida e vívida. Os personagens condizem com aquele ambiente mais paradisíaco. Em comparação a Frozen, Moana tem uma boa composição de músicas, mas nenhuma fica viva na mente, sequer é memorável, diferente de Frozen, que conquistou a estatueta do Oscar devido a esse elemento.
Para muitos, Moana: Um Mar de Aventuras pode ser uma simples animação, leve e com personagens secundários funcionais e engraçados. Mas lá no fundo é perceptível que ela traz muito coração e verdade para as telas. Demonstrando a genialidade de John Musker e Ron Clements.