Broly sempre foi um dos personagens mais queridos pelos fãs de Dragon Ball, mesmo não estando inserido no cânone oficial da série. Agora, 25 anos depois, o mais forte dos Saiyajin chega à franquia em um excelente filme, rodeado de porradaria.
A história é simples. Broly e seu pai, Paragas, são despejados para um planeta inabitável após uma crise de ciúmes do Rei Vegeta, ao descobrir que Broly possuía um poder do mesmo nível de seu filho, Vegeta. Durante esse tempo, a raça Saiyajin é eliminada por Freeza e vemos a ida de Goku ao Planeta Terra. E então, somos jogados aos tempos atuais, onde Goku e Vegeta estão treinando, após o término do Torneio do Poder.
Para aqueles, que como eu, não acompanharam Dragon Ball Super, não se preocupem. O filme apenas puxa algumas referências, e mostra alguns personagens, porém não é necessário ter conhecimento do anime. Isso porque, o filme joga alguns flashes e contextualiza os acontecimentos finais do anime. Posso até dizer, que ele necessita mais dos conhecimentos da Saga Z, do que de Super em si.
O filme utiliza os 30 minutos iniciais para montar o background, para os fãs, é um prato cheio. Somos apresentados, canonicamente, ao nome da mãe de Kakaroto, Gine, que já havia sido revelado no mangá Jaco; temos a ascensão de Freeza ao poder e a extinção dos Saiyajin alá Superman. Mas, talvez poderia ter tido uns 5 minutos a menos e dar mais foco a relação abusiva entre Broly e seu pai, Paragas.
As piadas do filme são ótimas, foi basicamente Akira Toriyama voltando as raízes. A dublagem do filme também está fenomenal, como já era de se esperar.
A animação é onde Dragon Ball Super: Broly se consagra. Já esperávamos que o filme teria uma animação mais fluida, por conta da mudança nos designs feitas por Naohiro Shintani, mas o que tivemos, foi algo além disso.
O diretor Tatsuya Nagamine, se aproveitou a liberdade que conquistou e se arriscou. As batalhas são excelentes, você sente cada soco. Há cenas em primeira pessoa e em câmera lenta. Movimentos de câmera que nunca veríamos no anime. O uso de CG, ainda que exagerado em algumas partes, se mostrou necessário. Afinal, o nível de poder se elevou tanto, ao ponto do cenário se tornar computação gráfica e se quebrar. E o uso de cores na reta final, é um show à parte.
O final da luta, no entanto, é um pouco broxante. Muito por conta de uma provável nova série animada de Dragon Ball. É nítido que eles tiveram que se segurar. E para finalizar, há dois momentos de fanservice desnecessários, ambos envolvendo a personagem Cheelai, que simplesmente não faz sentido estarem ali.
Sem medo de se arriscar, Dragon Ball Super: Broly é o maior festival de pancadaria da franquia desde Dragon Ball Z. Expande o lore da série e dá novos ares ao fenômeno mundial que é Dragon Ball.