Após a conclusão do estrondoso Vingadores: Guerra Infinita, o público consumidor de filmes de histórias em quadrinhos já estavam sedentos e curiosos por mais filmes do gênero. Contudo, Homem-Formiga e a Vespa não necessariamente preenche esse vazio por completo, mas, é um ótimo ”aperitivo” para nos dar um gosto do que está por vir no futuro do MCU: Vingadores 4.
Lançado em 2015 com a proposta de ser um longa metragem de super-herói diferenciado dentro do Marvel Cinematic Universe, Homem-Formiga é um dos filmes mais contidos dentro do macrocosmo da casa das ideias, construído a partir de seus dizeres e ações, algo totalmente independente e longínquo do resto dos vigilantes mais famosos do mundo, mesmo contendo diversas menções a outros personagens. O mesmo se repete com Homem-Formiga e a Vespa, mas com uma frequência bem mais amena e menos corrida; onde é possível explorar mais da mitologia dos heróis com uma frequência mais estável e cautelosa.
Scott Lang lida com as consequências de suas escolhas tanto como super-herói quanto como pai. Enquanto tenta reequilibrar sua vida com suas responsabilidades como o Homem-Formiga, ele é confrontado por Hope Van Dyne e Dr. Hank Pym com uma nova missão urgente. Scott deve mais uma vez vestir o uniforme e aprender a lutar ao lado da Vespa, trabalhando em conjunto para descobrir segredos do passado.
Era de se esperar um pouco mais a respeito da parceria entre os dois personagens, porém, a dupla consegue interagir bem entre si, entregando cenas de ações dinâmicas bem claras e concisas, longe de deixar o especator confuso. Tudo é feito a partir de uma visão mais cautelosa e delicada da coisa, entregando assim, o primeiro casal de heróis do MCU.
Na maior parte do longa, a trama se limita apenas no Homem-Formiga (Paul Rudd), deixando a Vespa (Evangeline Lilly) de escanteio em momentos cruciais da história. Entretanto, é muito gratificante que uma heroína da Marvel tenha um destaque de peso em um filme de heróis, quanto a Hope tem em seu ”próprio” longa de guarda compartilhada. Sintetizando, ambos dos personagens fazem um bom trabalho, mesmo que isso acabe sacrificando o potencial de algum deles em alguns momentos chaves.
Diferente de seu antecessor, aqui Paul Rudd atua de maneira menos madura para executar funções mais voltadas para o humor, como por exemplo, interação de Scott com a sua filha Cassie (Abby Ryder Fortson), que mesmo tendo piadas fora do timing entre uma cena e outra, é muito divertido de se presenciar a vida de um herói que ao mesmo tempo é um pai presente.
Já, Evangeline Lilly contracena com a câmera com mais serenidade, apresentando uma visão impotente e robusta de sua personagem. Ponto positivo para a Vespa.
As personalidades secundarias como Henry Pym (Michael Douglas) e Luis (Michael Peña), são as chaves para definir o tom do filme em certas ocasiões. De um lado, temos um senhor frustado que faz o possível e impossível para resgatar a sua esposa Janet (Michelle Pfeiffer) do reino quântico, que acaba moldando dentro de si, uma personalidade deveras ranzinza. Já, na outra face da moeda, é nos apresentado com mais ênfase, o humor genial do melhor amigo de Scott, que sempre achará um jeito de fazer as suas piadas, seja em um momento importuno ou não.
Vivida por Hannah John-Kamen, a Fantasma está longe de ser considerada uma das melhores vilãs do MCU, mas também, está bem distante de ser a pior. Sua motivação faz o total sentido dentro da história, mas infelizmente, não é bem trabalhada, caindo infelizmente no famoso clichê de antagonista. Todavia, a escolha de adicionar uma protagonista mulher e não homem ao filme é uma ótima saída para poder explorar diversos gêneros com mais calma e menos rapidez nessa pequena jornada.
Havia muitas dúvidas sobre uma possível ligação com Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores 4, principalmente se o longa entregaria uma ou mais soluções para o que foi visto no desfecho do terceiro filme dos maiores heróis do mundo. Pode ser que ele estabeleça sim algo que será essencial no futuro, porém, estragaria toda a graça se eu dissesse o que é, afinal de contas, a grandiosidade de ambas das produções estão na experiência de quem está assistindo, e com certeza absoluta eu não quero tirar isso de ninguém.
Finalizando, em hipótese alguma Homem-Formiga e a Vespa é o melhor filme do MCU, entretanto, o mesmo não consegue alcançar o feito de pior da Marvel, pois mesmo com os seus diversos erros, ele cumpre bem o seu objetivo: divertir e entreter toda a família.
Espero que tenham gostado, até a próxima e lembre-se, antes de for vestir o seu traje heroico, verifique se o regulador de tamanho não está quebrado.
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