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Planeta dos Macacos: O Reinado | Quando o modesto se torna o maior e a lição cinematográfica para a própria Disney

Não há o que esconder: O Reinado consolida-se como o melhor filme da nova franquia Planeta dos Macacos, iniciada em 2011 com César, interpretado por Andy Serkis.

Não obstante, o longa-metragem, que chegou ao Disney+ na última sexta-feira (02/08/2024), demonstra à própria Disney que grandes obras cinematográficas não necessariamente emergem de vastas sagas, mas sim de produções relativamente “menores”. Afinal, permanece um mistério o motivo pelo qual a maior produtora do mundo trata seus maiores e mais lucrativos trunfos com desleixo, enquanto suas franquias de menor escala são lapidadas como diamantes.

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Muitas sociedades de macacos cresceram desde que César conduziu seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras. Um líder macaco começa a escravizar outros grupos em busca de tecnologia humana, enquanto um jovem macaco, que testemunhou a captura de seu clã, embarca em uma jornada para encontrar a liberdade, sendo uma jovem humana a chave para essa conquista.

Planeta dos Macacos: O Reinado não apresenta uma narrativa original ou inovadora, utilizando uma fórmula comum frequentemente adotada pelos filmes hollywoodianos. Todavia, a relevância da trama reside em sua execução fluída, que cativa o espectador em uma sequência de emoções intensas.

Assim como nas demais edições de Planeta dos Macacos, O Reinado apela ao emocional com inteligência e consistência, através de diálogos redigidos de forma excepcional. A direção de Wes Ball conduz o universo do filme por meio de ações humanizadas e imaturas, fazendo com que os símios se assemelhem mais aos humanos, e os humanos, mais aos símios.

A crítica social presente, embora mais sutil em comparação com os filmes anteriores, revela-se ainda mais incisiva, evidenciando ao espectador a natureza do ser humano como intrinsecamente má e a nossa disposição para buscar poder, até mesmo escravizando nosso próprio povo.

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Os laços entre os personagens são explorados na medida certa, sem excessos. Dessa forma, os protagonistas interagem de maneira genuína e natural, criando uma relação espontânea e verdadeira que espelha a vida real.

Proximus César destaca-se como um vilão à parte. A forma como é inserido na história revela que Proximus é uma ameaça mesmo sem aparecer diretamente, tornando-se o melhor antagonista da saga. Sua postura, que o faz acreditar ser um discípulo de César, contribui para sua construção como adversário de Noa, conferindo-lhe um propósito que foge às razões convencionais de se tornar maligno.

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Planeta dos Macacos: O Reinado é surpreendente. Simples, mas eficaz, a produção evita ser um entretenimento barato e se estabelece como uma obra cinematográfica que supera expectativas, oferecendo um verdadeiro espectáculo visual e sensorial para o espectador.

NOTA: 5/5

Por Daniel Estorari

With great powers...

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