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Resenha | Juiz Dredd – Ano Um

Em 2012, a editora americana IDW começou a publicar revistas em quadrinhos dos personagens da 2000 AD, como Rogue Trooper, e o próprio Juiz Dredd. Além da revista mensal, no ano de 2013 foi publicada uma mini-série em quatro partes chamada Juiz Dredd – Ano Um, que agora está nas bancas de todo o Brasil, em um encadernado lançado pela Mythos Editora!

Juiz Dredd – Ano Um
Formato 17 x 26 cm
104 páginas
R$ 39,90
Sinopse: “Em uma novíssima aventura dos primeiros dias de Joe Dredd como juiz de Mega-City Um, o escritor MATT SMITH e o ilustrador SIMON COLEBY apresentam O Árduo Caminho da Justiça. Juves estão manifestando dons psíquicos anormais e Dredd é forçado a confiar na Divisão Psi em busca de algumas respostas antes que um tumulto generalizado tome conta da cidade. História completa num encadernado que ilustra com perfeição por que o Juiz Dredd é o maior dos heróis dos quadrinhos britânicos! Brinde especial: um chaveiro espetacular!”

O Ano Um do Juiz Dredd é algo curioso. Produzido nos Estados Unidos, por um time britânico e inserido na cronologia inglesa do personagem, este encadernado serve como um ótimo complemento para quem leu o encadernado Juiz Dredd – Origens. Situado no ano de 2080, um ano após Joe Dredd “se formar” na Academia de Justiça, esta é mais uma história muito boa do personagem.

Misturando diversos fatores como poderes psíquicos, realidades alternativas e muita sanguinolência, o roteirista Matt Smith entrega uma história divida em quatro partes que ilustra muito bem a posição de novato do Juiz Dredd: ele é inexperiente, impulsivo, além de ser incrédulo em diversas coisas. Com o desenrolar da trama, diversas vezes as outras personagens relembram Joe que sua posição ainda é a de um novato.

O desenvolvimento dos capítulos é muito fluido. O encadernado possui um começo, meio e fim muito claros, além de empolgar muito a cada página. Vemos também um desenvolvimento da recém criada Divisão Psi, para Juízes com dons psíquicos, e os personagens coadjuvantes te conquistam. O Juiz Psi Riorden é um personagem excelente!

A arte de Simon Coleby também merece destaque. Uma arte bem sombreada, e pelas suas mãos, Dredd parece ser bem mais novo, realmente. Além disso, Coleby revisita momentos de Rico e Dredd ainda como cadetes, algo que é sempre ótimo de se rever. Algo interessante é uma fala específica de Dredd, envolvendo seu irmão. Nela, o Bom Juiz menciona Rico como alguém que “está se afastando da pessoa que era antigamente“, tomando outros rumos. E para qualquer leitor da Juiz Dredd Megazine, o que ele quis dizer fica bem claro.

No fim das contas, Juiz Dredd – Ano Um é um lançamento certeiro da Mythos. Material de qualidade, cheio de referências direcionadas aos fãs do personagem, e um ótimo ponto de partida para novos leitores. Apesar de ser uma história em quadrinhos americana, passaria como uma HQ inglesa facilmente, com exceção de alguns momentos mais exagerados.

Ah, e vale um comentário extra. O encadernado vem com um brinde espetacular: um chaveiro, o distintivo do Juiz Dredd! Apesar do preço salgado, Ano Um é mais história do Juiz que vale cada centavo investido. E que a Mythos continue investindo no personagem!

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Resenha publicada originalmente no site 2000 AD Brasil.

Por Gabriel Faria

Assistente Editorial, apaixonado por quadrinhos, redator da Torre de Vigilância, criador do blog 2000 AD Brasil e otaku mangazeiro nas horas vagas.