Produzido pelos diretos de Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato, Joe Russo e Anthony Russo, Resgate estreou na Netflix nesta sexta-feira (24/04). O longa de ação é estrelado por Chris Hemsworth e apresenta uma trama bem simples e comum, o que levanta a seguinte questão: será que Resgate é mais um filme clichê do gênero?
Em Resgate, acompanhamos Tyler (Chris Hemsworth), um mercenário que aceita a missão de resgatar o filho de um traficante indiano, que foi sequestrado pelo seu maior rival. No decorrer do longa, há diversas situações e obstáculos e ele vai precisar lidar com eles da melhor maneira possível para garantir a segurança do garoto.
A trama é bem simples e direta ao ponto, sem dar profundidade aos personagens e nem aos dramas pessoais de Tyler – que são brevemente mencionados em flashbacks. Por conta disso, as cenas de ação se tornam o principal atrativo do longa.
O filme é dirigido por Sam Hargrave, dublê e coordenador dos dublês nos últimos dois filmes da franquia Vingadores, logo é de se esperar boas cenas de ação no decorrer do longa. De fato as sequências de ação não decepcionam, as cenas de luta apresentam coreografias excelentes e as cenas de perseguição são de tirar o fôlego – isso tudo apresentando uma boa edição. Durante todo o momento, a câmera segue o personagem de Hemsworth como se fosse em um videogame e sem cortes bruscos, o que faz com que as cenas fiquem bem mais dinâmicas.
Bom, a fotografia do longa cai no clichê do gênero ao apresentar um filtro amarelado com o intuito de representar a localidade que o filme se passa – a capital de Bangadlesh. Geralmente, as produções norte-americanas utilizam esse filtro para lugares nos quais são considerados de ‘terceiro mundo’ e um exemplo disso são as cenas no México em Breaking Bad ou em filmes que se passam na África. A saturação amarela do ambiente incomoda bastante em algumas partes do longa.
Quanto ao elenco, apenas Chris Hemsworth se destaca. Sua atuação é relativamente a mesma feita em todo o filme de ação que o mesmo já estreou: o estereótipo do soldado/mercenário durão que consegue fazer qualquer coisa. O resto do elenco serve apenas para conduzir a trama, sem grandes destaques – até mesmo David Harbour passou batido.
Por fim, e respondendo a pergunta feita na introdução da crítica, Resgate foge um pouco do clichê presente no gênero de Ação ao mostrar cenas de ação dinâminas e bem feitas, sem o uso da ‘câmera tremida’ e sem cortes bruscos. Porém, a fotografia, a situação da trama e o desenvolvimento do protagonista caem no clichê. No geral, é um filme divertido de se assistir pelas cenas de ação, e só.
Nota: 3/5
A difícil missão deste mercenário vira uma transformadora luta pela vida quando ele é enviado a Bangladesh para resgatar o filho sequestrado de um chefão do crime.
Resgate já está disponível na Netflix.