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Review | Assassin’s Creed Odyssey

Se você está cansado de jogos de mundo abeto, definitivamente Assassin’s Creed Odyssey não é um jogo pra você. A Ubisoft realmente não estava brincando quando falou que seu mais novo jogo seria uma verdadeira Odisseia (desculpem o trocadilho). Não só a história inspirada na tragédia grega, mas no vasto mapa e na jornada de destrinchar todos as pequenas lacunas que se encontram no grande mundo aberto.

Em Assassin’s Creed Odyssey, você escolherá entre dois personagens, Alexios e Kassandra. Decidir com qual desses dois assassinos jogar é basicamente sua primeira missão no jogo, além de ter que adaptar-se ao uso do novo modo de exploração. Fazer escolhas, reagir a acontecimentos, tudo isso te fará mergulhar no conteúdo da história principal, e até mesmo nas missões secundárias e eventos que aparecerão durante toda sua gameplay.

Não se preocupe porque os diálogos são padronizados, ou seja, independente de qual personagem você escolha os diálogos serão sempre os mesmos, o que interferirá na história como já mencionado são suas ações. E acredite, este jogo tem mais reviravoltas que uma montanha-russa da Disney, cada escolha pode ter uma consequência, que pode chegar mais longe do que você imagina.

Há uma riqueza nos diálogos, que eu ouso dizer que só vimos igual na trilogia de Ezio. Embora todos os jogos sejam cheios de adrenalina e missões, em Assassin’s Creed Origins, as missões secundárias pareciam um pouco com “preenchedor de espaço”, missões que não acrescentavam em nada na história, mas aqui eles acertaram. Foi uma subida de degraus muito importante para a saga Assassin’s Creed.

O jogo te confunde em relação ao que é a linha de missões principais e missões secundárias, isso por conta de todas as suas missões são entregues com o mesmo peso de consequências. Às vezes é realmente difícil descobrir se você se deparou com uma conquista lateral particularmente longa ou seguiu um arco de história principal.

As grandes peregrinações de uma ilha grega para outra, estão longe de serem monótonas. Você viajará entre paisagens deslumbrantes, desde florestas, até edifícios de mármore branco na costa grega, com golfinhos e baleias coroando as ondas ao lado de seu barco. Por esses motivos, é fácil se apaixonar pela história e por esse par de assassinos.

Nessa beleza de Odyssey, é muito fácil se distrair com cada pequeno detalhe encontrado no mapa durante suas missões. A maneira como você criará sua jornada é uma experiência inteiramente única, o fato de suas escolhas serem tão abundantes, as consequências podem ser drásticas, e o mundo tão vasto, que ao participar de tudo isso você já se sente parte de uma comunidade.

E agora, o combate, precisamos conversar sobre o combate. Origins marcou um grande passo em direção a uma maneira mais RPG de fazer as coisas, nivelar seu personagem, trocar armas para adicionar nuances ao combate, e uma infinidade de outros novos recursos, mas Odyssey leva a décima potência. É resolvido algumas das peculiaridades do sistema de Origins, e outros são simplificados. Há algumas habilidades que foram trazidas e mantidas de Origins, outras melhoradas, e uma infinidade de habilidades novas implantadas, que podem ser niveladas e ativadas. E o que é ainda melhor é que você pode redefinir suas habilidades a qualquer momento por algumas centenas de dracmas, a moeda grega do jogo, ou seja, se as coisas não estão funcionando para você, você pode tentar de novo.

É esse tipo de refinamento que está presente em todo o Odyssey, mas é particularmente óbvio no combate. Falando em melhorias, podemos cravar que o desenvolvimento de Origins e Odyssey funcionou, já foi divulgado que as equipes responsáveis por ambos os jogos trabalharam em paralelo, com a equipe Odyssey aprendendo tudo o que a equipe Origins criou e depois aprimorando-a. E isso não resultou apenas no jogo sendo vendido apenas um ano após o lançamento do Origins, mas também significava que as equipes não estavam apenas jogando o sistema de combate no lixo e começando de novo, ou pensando em melhorias apenas para “rebootar” tudo. Odyssey parece uma evolução em todos os sentidos sobre Origins, mas ele usa como uma base central para se tornar um verdadeiro RPG.

Você precisará manter ajustes e trocar seus itens, porque o combate vai continuar testando você constantemente. Você não só terá que lutar contra espartanos e atenienses, mas também contra caçadores de recompensas, e mercenários que virão atrás de você, se você começar a roubar, saquear ou você sabe, assassinar. O sistema de salvamento é um tanto quando inconsistente, não ajuda muito, há momentos que é necessário um autosave, mas ele não é incorporado no momento, e a depender de seu resultado na missão, você pode perder um bom progresso no game. E por ser um jogo bem detalhado e muito “recheado”, seus tempos de carregamento são muito longos.

Levando em consideração que essas são as únicas coisas que chamaram atenção de forma negativa em toda a gameplay, realmente Assassin’s Creed Odyssey clama por elogios.

VEREDITO:

No final das contas toda sua jornada é sobre escolhas. As pessoas que você decide deixar que sigam suas vidas normais, os relacionamentos com outros personagens, as linhas de história que você segue. É um mundo e uma história extremamente “abertos”, bem feitos, com cenas extremamente bem feitas. Depois de quase 60 horas, ainda tenho muito para ver na Grécia da Odyssey, e é bem gratificante continuar explorando esse mundo. Além de aperfeiçoar tudo o que Origins fez e aprimorar de uma forma que você nunca imaginou Assassin’s Creed Odyssey pode ser muito bem o jogo definitivo da saga.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Carregamentos lentos.
  • Sistema de salvamentos.

PONTOS POSITIVOS:

  • História Envolvente
  • Personagens
  • Aprimoramento de tudo que funcionou, e melhoramento do que não funcionou em Origins.
  • Mundo aberto bem detalhado.

NOTA FINAL: 9,5

Por Luan Oliveira

"Quando eu era jovem, eu tinha liberdade, mas não via isso. Eu tinha tempo, mas não sabia disso. E eu tinha amor, mas eu não sentia isso. Muitas décadas passaram antes que eu entendesse o significado destes três. E agora, no crepúsculo de minha vida, este entendimento passou a contentamento"

- Ezio Auditore