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Review | Kingdom Hearts III

Após quase quatorze anos do lançamento de Kingdom Hearts II, a conclusão da história criada por Tetsuya Nomura enfim viu a luz do dia. É claro, que durante esse tempo, inúmeros jogos dando continuação ao segundo jogo foram lançados e expandiram (e complicaram) a trama.

Kingdom Hearts III segue os eventos de Dream Drop Distance, lançado em 2012 para Nintendo 3DS, onde Sora precisa recuperar seus poderes e enfim derrotar Xehanort, de uma vez por todas.

Assim como os títulos anteriores, temos a presença de mundosbaseados em filmes da Disney, são eles: Hércules, Enrolados, Toy Story, Monstros S.A, Frozen, Operação Big Hero e Piratas dos Caribe, além de uma breve participação do Ursinho Pooh. Apesar de serem divertidos, e ser o grande chamariz do jogo, os mundos não acrescentam tanto na história em si. É claro que os membros da Organização XIII aparecem, e jogam diálogos expositivos a rodo, mas no geral, não soma em nada, e pega grande parte do jogo.

Já na parte do lore em si, o jogo utiliza as primeiras horas para contextualizar os plots que foram deixados em aberto, e que seriam revolvidos no game. Foi uma boa escolha da equipe do jogo. A grande maioria das dúvidas acerca da história foram respondidas. Algumas outras foram deixadas em aberto, para um novo game da franquia. O próprio diretor, Tetsuya Nomura, já havia confirmado, que Kingdom Hearts III não seria o último jogo da série.

A parte final poderia ter sido melhor trabalhada. Há muitas quebras de ritmo no gameplay, por causa da forma que dividiram as batalhas.

Alguns dos personagens secundários poderiam ter sido melhores explorados. Eles acabam ficando lá somente como apoio à Sora, e levando em conta a importância deles na franquia, é uma pena.

Kingdom Hearts sempre foi uma franquia que possuiu visuais estonteantes, seja pelas mudanças de estética, baseadas nos filmes ou seja nas cutscenes, e em Kingdom Hearts III, não foi diferente. As diferentes formas que Sora, Donald e Pateta tomam ao adentrar em algum mundo são ótimas. As cutscenes do jogo são um show a parte de tão bem feitas e lindas. Tudo isso regado pela maravilhosa trilha-sonora, composta mais uma vez por Yoko Shimomura.

O combate de Kingdom Hearts III é fluido, divertido e simples. Simples até demais, apesar de possuir estratégias  e combos diferentes, qualquer pessoa pode terminar o jogo, somente esmagando o botão de ataque. O jogo em si é bastante fácil. Não senti tantas dificuldades, tirando a reta final do jogo, e olha que nem cheguei a fazer grind.

O game também possui alguns minigames, como coletar ingredientes para cozinhar com Remy, de Ratatouille, tirar fotos de Lucky Emblems, símbolos com o formato da cabeça de Mickey, necessários para desbloquear o final secreto do jogo, snowboarding, desafios de batalhas, entre outras coisas.

Kingdom Hearts III é a culminação do universo criado por Tetsuya Nomura, do PlayStation 2 ao Smartphone. E o epílogo confirma que teremos muito mais desse mundo em breve, e não podemos estar mais ansiosos e com medo.

Nota: 8.0

Kingdom Hearts III está disponível para PlayStation 4 e Xbox One.

Agradecimentos à Square Enix pelo envio do código.

Por Pedro Ladino

"Just when I thought I was out...they pull me back in."