Em uma entrevista para o MovieWeb, o cineasta Robert Rodriguez afirmou que ele acredita que uma continuação de Alita: Anjo de Combate irá acontecer no Disney+.
”Bem, a Disney comprou a FOX e agora, eles tem o Disney+, então, é uma conversa que vale a pena. Eu sei que as pessoas adorariam assistir uma sequência, e eu estaria disposto em dirigi-la”.
Anjo de Combate teve um sucesso considerável por parte da crítica especializada, mas foi um enorme triunfo por parte de seus fãs.
Uma ciborgue é descoberta por um cientista. Ela não tem memórias de sua criação, mas possui grande conhecimento de artes marciais. Enquanto busca informações sobre seu passado, trabalha como caçadora de recompensas e descobre um interesse amoroso.
Para futuras informações a respeito de Alita, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.
Jon Landau, produtor executivo de Alita: Anjo de Combate, pediu ajuda dos fãs através do site Cinema Blend, para que uma continuação da adaptação seja produzida.
“O que eu acho que os fãs deveriam fazer é continuar dando suporte à nossa família agora na Disney e deixar eles saberem o quanto é importante ter outro filme da Alita e, com sorte, chegaremos lá um dia. Quando ainda era James Cameron quem ia dirigir, ele já tinha em sua mente mais de duas histórias adicionais onde nós iriamos nos direcionar especificamente.”
Alita: Anjo de Combate foi lançado no início desse ano com Rosa Salazar no papel principal.
Uma ciborgue é descoberta por um cientista. Ela não tem memórias de sua criação, mas possui grande conhecimento de artes marciais. Enquanto busca informações sobre seu passado, trabalha como caçadora de recompensas e descobre um interesse amoroso.
Para futuras informações a respeito de Alita, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.
Criada por Yukito Kishiro e publicada nos anos 90, Gunnm (Battle Angel Alita) não é uma obra cyberpunk tão conhecida para o grande público como Ghost in The Shell ou Akira são. O cineasta James Cameron, vem querendo há um bom tempo, adaptar a história para os cinemas. Entretanto, com o advento de Avatar, um marco para o cinema blockbuster, o projeto foi quase esquecido. Quase. Robert Rodriguez, amigo de longa data de Cameron, se candidatou para dirigir a adaptação e concretizar sua visão. Anos depois, Alita: Anjo de Combate finalmente chega aos cinemas.
No ano de 2564, muito tempo após A Queda, o Doutor Dyson Ido (Christoph Waltz) encontra a cabeça de uma cyborg em meio ao ferro-velho da Cidade de Ferro, desprezado pela elitista cidade voadora Zalem. Logo após, o cientista utiliza o corpo e o nome de sua filha, Alita, para reconstruí-la. Sem noção de quem ela foi, Alita (Rosa Salazar) embarca em uma jornada por auto-descoberta, pontuada por paixões, combates e decepções, como toda aventura com uma pitada de coming of age.
Coming of age é um termo em inglês utilizado para filmes sobre amadurecimento. Um exemplo recente do termo em blockbusters, é Mulher-Maravilha. A personagem começa a projeção com uma visão de mundo preto e branca e a finalização, com uma visão mais cinza, mais ambígua. O roteiro de Cameron trabalha de forma simples e com bastante competência todos os aspectos da jornada da personagem-título. Ela é o centro da narrativa.
Talvez isso explique porque o elo mais fraco da produção resida nos outros personagens, moldados por diálogos expositivos e arcos dramáticos que não se permitem uma dose de aprofundamento. O que é sinceramente uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo em que é compreensível os realizadores terem escolhido esse método de comunicação com o público, os personagens continuam rasos. Contudo, todas as performances funcionam. Ido, Chiren (Jeniffer Connelly), Vector (Mahershala Ali), Hugo (Keean Johnson), Zarpan (Ed Skrein) e o monstruoso Grewishka (Jackie Earle Haley), giram em torno da protagonista e a afetam, de alguma forma, solidificando sua jornada.
Mas a alma de Alita está na impressionante performance de Rosa Salazar, acompanhado da perfeita captura de movimento pela WETA. Enquanto a empresa de efeitos visuais torna a heroína foto realista e convence ao público de que ela existe em meio aos seres de carne, é Salazar quem dá alma à personagem. Entre cada espaço de cada diálogo, lá está o olhar, de vez em quando inocente, ou guerreiro, mas sempre determinado, transmitido por ela. Toda a intensidade humana está ali, seja na tensão, ou na calmaria. Ela é a conexão perfeita com a audiência.
O trabalho inteiro da WETA é digna de aplausos. É um dos trabalhos visuais digitais mais fluídos dos últimos no cinema blockbuster. O que imediatamente faz com que o espectador considere re-assistir ao filme mais algumas vezes apenas para apreciar o trabalho insano do VFX na película.
Assim como a surreal capacidade da WETA em trazer veracidade ao mundo de Anjo de Combate, o diretor Robert Rodriguez sabe como coordenar muito bem todos os elementos, o seu olhar na direção é veloz e ágil para as cenas de ação (Tão brutais quanto as do material-base). Já a trilha sonora composta por Junkie XL não foge do básico, com exceção de algumas faixas, como por exemplo: Motorball, onde entrega toda a adrenalina necessária para a grande corrida no ato final.
Por fim, Alita: Anjo de Combate é um sopro de ar fresco para o blockbuster. É uma narrativa honesta, sem grandes pretensões, mas nada raso que faça residir um vazio em seu coração. É um filme de ação, com uma protagonista de ação. Os diálogos poderiam ser menos expositivos e o filme poderia ter encontrado seu ritmo antes de seus 40 minutos iniciais, mas é um espetáculo visual que carrega tanta humanidade e sinceridade, que será impossível não sair do cinema clamando por mais.