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Análise | Call of Duty: Infinite Warfare

Call of Duty: Infinite Warfare é um shooter desenvolvido pela Infinity Ward e distribuído pela Activision. É o décimo terceiro jogo da franquia Call Of Duty.

O desenvolvimento de Infinite Warfare começou em 2014. Foi o primeiro jogo da franquia que a empresa Infinity Ward fez em um ciclo de criação de três anos.

E com tanto tempo de criação, é difícil para e ver pela primeira vez um Call Of Duty que não se parece com um verdadeiro COD. Bem, é claro que temos várias horas de tiroteio, mas o novo cenário intergaláctico e ângulo narrativo, tornam Infinite Warfare em uma espécie de aceitação dos altos custos e sacrifícios da guerra (com robôs), ao invés da fuzilaria barulhenta e a diversão garantida.

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Este COD é uma verdadeira ficção científica. Sem meias palavras, temos um soldado futurista para combater uma infantaria, que compõe uma trama envolta em disparos de armas de energia, Inteligência Artificial sendo utilizada como recurso de guerra, e uma Terra que colonizou todo o sistema solar com assentamentos e bases na maioria dos principais planetas. O problema é que todos os povos que não pertencem à Terra se agruparam na Settlement Defense Front e, moldados pela dura vida de viver fora de sua realidade, preferiram declarar guerra aos que tornaram suas terras em campo de batalha.

O Settlement Defense Front aparece sendo intitulado como “resistência rebelde”, seu líder porém não se encaixa aos padrões estabelecidos, Kit Harington (Jon Snow \ Game Of Thrones), não está em uma das suas melhores performances, mas impressiona como líder dos “rebeldes” intergaláticos.

Se você já viu Battlestar Galactica, o início do game chega a ser muito familiar, tornando-o um rito de passagem para o que vem logo em seguida. O jogo mostra transições sem emenda, as missões começam e terminam ligando com pontes que ligam uma a outra, criando uma sensação muito mais perfeita para a ação sequenciada. Em vez de níveis com fases previsíveis, que começam tranquilas e ao decorrer do percusso vão dificultando, aqui é a falta de obviedade que da o efeito sobre o fluxo e o ritmo da ação.

Este pode ser considerado o mais aberto, quase não-linear Call of Duty até agora. Como capitão Reyes você preside sobre seu mapa, escolhendo entre objetivos narrativos principais e missões secundárias como bem entender. A boa notícia aqui é que os objetivos secundários valem o seu tempo, assim como os principais, com muitos momentos únicos e surpresas bem alocadas. Ser jogado dentro de uma astronave inimiga e matar militares e oficiais, e perseguições sobre a atmosfera de Júpiter, foram umas das mais incríveis sensações.

O tiroteio de COD, então, ocorre em outros planetas e luas. Através de corredores apertados e, ocasionalmente, entre manobras através dos espaços vazios entre espaçonaves. Em termos de locação este se encontra bem diferente dos antigos campos de batalha planos e sem emoção, além da não necessidade de manter as coisas interessantes e previsíveis, especialmente com a capacidade de escolher suas missões, como bem entender.

Reforçando o shooter, é usado frequentemente um sistema de controle do estilo de FPS dos outros Call Of Duty´s, para criar batalhas muito rápidas, e explosivas no espaço e sobre superfícies do planeta, que podem variar desde explosões simples e despropositadas até batalhas grandiosas com astronaves colossais com poder de fogo capaz de destroçar planetas com facilidade. A combinação destes dois estilos distintos mantém o ímpeto elevado e evita a fadiga.

Além da nova configuração e dinâmica, as caracterizações aqui são notavelmente diferentes. Há uma sensação mais suave à guerra. A batalha não é apresentada como heroica. É mais sobre a sobrevivência. As pessoas morrem por causa das escolhas do capitão Reyes e você pode quase ver essas decisões drenando sua felicidade e autoconfiança ao decorrer de cada missão. A ideia de que há um custo de suas ações é um tema muito presente aqui. Há um personagem que renunciou o seu comando porque ela não gostava da responsabilidade de ordenar as pessoas direto para seu destino final, escolhendo um posto mais baixo em troca de uma noite de sono mais tranquila. Em última análise, o final eleva essas decisões a um patamar muito sombrio, e há uma seção nos créditos que realmente consegue mexer com seus sentimentos, certamente está longe de algo que você esperaria de um grande jogo sobre a guerra e urros ensurdecedores.

A performance dos personagens são agradáveis, subestimados, e aterrado mas com um grande equilíbrio de representatividade. A mão direita de Reyes, é uma mulher e, em geral, a separação entre os sexos aqui não existe. Quase não se nota porque tudo parece tão natural, mas é digno de louvor simplesmente porque ele faz tudo sem esforço. Depois de tantas controvérsias passadas nos anteriores, Call of Duty: Infinite Warfare consegue fazer uma história sobre as pessoas em primeiro lugar, todo o resto em segundo plano.

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Como sempre o multiplayer é robusto e rápido, mantendo uma consistência para o eSports necessária. A ação on-line realmente se sente mais simplificada aqui, usando seis arquétipos de caráter chamado Rigs, construído em torno de uma série de armas especiais. Os mapas são apertados e cada um tem um “ponto de combate”, locais já imaginados e colocados de maneira muito óbvia para que as equipes possam se chocar e iniciar o embate. É quase evidente que este modo será corrigido daqui a algumas semanas, mas é claramente, consistentemente e um acréscimo considerável para a série.

A estrela real no online, no entanto, é Zombies. Situado em um parque temático dos anos 80, ele mistura uma horda frenética de mortos-vivos, e desafios ridículos, além de armas nada realistas. Ele abraça seus estilo disco dos anos de 1980 com entusiasmo, e cria um pouco de risadas em meio ao caos em voz alta, donzelas indefesas, mortos-vivos e palhaços. Sua corrida agitada é combustível para o puro pesadelo. Há uma infinidade de camadas e opções neste modo para desenterrar e explorar, e para mim é o melhor coisa que Call of Duty: Infinite Warfare trouxe.

E, embora nem todo mundo tenha a versão que inclui Modern Warfare Remastered, vale a pena mencionar, porque se você tem, ele acrescenta valor incomensurável para um pacote já bem aperfeiçoado. É uma atualização impressionante tanto para o jogador único quanto para os componentes multiplayer, adicionando uma camada rica de detalhes visuais novos sem comprometer um jogo que tudo mas moldou o gênero como é hoje. Se você nunca jogou, então você está em um mimo, e se você já sabe que você vai gostar de voltar.

VEREDITO:

É claramente um COD voltado para o entretenimento, consistente e emocionante em certos casos, é realmente o mais bonito, visualmente, jogo da série até hoje. Mas recordar todas missões verdadeiramente significantes no enredo é algo que demanda concentração e um certo esforço. Não é completamente uma reinvenção completa para a série, mas Infinite Warfare faz algumas mudanças refrescantes para entregar um shooter confiante e emocionante. É um jogo que você ao jogar, vai querer compartilhar com algum amigo ou conhecido sua experiência.

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Call of Duty: Infinite Warfare foi lançado no dia  4 de novembro de 2016, para PlayStation 4, Xbox One, PC.

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Análise | No Man’s Sky

No Man’s Sky é um jogo de ficção científica com elementos de aventura e sobrevivência, desenvolvido e publicado pelo estúdio independente Hello Games.

No Man’s Sky teve muito hype e expectativa em torno do seu desenvolvimento. Durante anos, os fãs têm especulado sobre o que o jogo é, o que poderia ser e como ele mudaria todas as nossas vidas, tudo isso pelo fato que sua desenvolvedora, a Hello Games, ser uma equipe pequena e como, de maneira incrível, criou um universo com escalas, descobertas e liberdade de exploração fora do comum.

Agora, é claro, além da própria desenvolvedora ser responsável pelo Frankenstein Hype, a Sony também tem um pé nessa expectativa; entretanto quem mais deu auxílio a todo esse hype fomos nós. A cada novo trailer que era lançado, nossas expectativas eram levadas ao extremo, mas foi alguns meses antes do lançamento, que chegamos a uma ideia do que o jogo realmente é, e agora sabemos exatamente o que temos em mão.

No Man’s Sky é um jogo de sobrevivência. Aqui temos a oportunidade de explorar cerca de 18 quintilhões de planetas, lutando para conseguir recursos; lutando contra caçadores de recompensa e piratas no espaço, enquanto vamos descobrindo e nomeando toda a flora e fauna de aparência engraçada.

Em seus primeiros passos, o jogo é tudo o que você esperava e muito mais. Começando no seu primeiro planeta, é preciso procurar minerais e materiais para reparar a sua espaço-nave danificada. Tudo é novo e emocionante, começando pela paisagem vermelha e roxa exuberante, repleta de novas experiências. Depois de ter sua espaço-nave reparada, é hora de explorar a galáxia, o que é de fato incrível, um verdadeiro deslumbre: a primeira vez que você quebra as nuvens e alcança as estrelas, os planetas ao redor esperando para serem visitados, explorados, saqueados… Sua mente se encanta com todas as possibilidades que estão à frente.

Passando algumas horas, você já está adaptando seu traje para lidar com climas mais ásperos de planetas ainda não explorados, descobrindo que Sentinelas não são as melhores coisas do jogo; que quanto mais recursos você adquirir, mais os piratas espaciais vão atacar a sua espaço-nave e que os padrões de jogabilidade começam a aparecer.

Tudo que o jogo tinha construído ate então é deixado de lado quando notamos que a mecânica do núcleo é incrivelmente básico. Entretanto, No Man’s Sky é um jogo de sobrevivência, e o que realmente importa aqui são os inesperados fatores externos que servem para acabar com você.

Dependendo do planeta, o clima pode ser extremamente duro, Sentinelas extremamente agressivos e as criaturas nativas igualmente feroz. Quando você se depara com uma situação como essa, o primeiro passo é pensar em maneiras de desafiar as probabilidades e obter os materiais vitais que você precisa até a ficha cair e você perceber que, com 18 quintilhões de planetas com uma infinidade de buracos a serem explorados, é muito mais fácil dar um “tchau” e ir em busca de um ambiente mais hospitaleiro.

É difícil considerar No Man’s Sky um jogo de sobrevivência extrema, quando não há razão para ‘ficar’ em um planeta nada acolhedor; sempre haverão dezenas de locais em outras galáxias que podem recebê-lo de braços abertos.

Sobre os gráficos, seria difícil analisá-los pela imensidão de possibilidades dentro do jogo, porém isso não acontece. De maneira geral os planetas encantam, mas não podemos deixar de perceber, com o passar do gameplay, a esmagadora familiaridade que muitos deles compartilham, sejam texturas ou padrão terrestres, como formações rochosas. A consequência da geração processual dentro do game é, ironicamente, seu herói e vilão. Enquanto no início é fantástico, com o passar do tempo acabamos caindo na estranha sensação de similaridade. Claro que você terá que explorar muitos planetas antes de obter essa sensação de déjà vu.

Lógico que em um jogo com uma escala tão fenomenal como No Man’s Sky é impossível ter todos os planetas verdadeiramente originais, mas para mim o encanto infelizmente acabou cedo demais.

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No Man´s Sky dificilmente decepciona, e se você for um entusiasta da exploração espacial o jogo será tudo o que você sempre quis. Mas ele também funciona para quem quer apenas aproveitar horas e horas de exploração.

Longe de ter uma narrativa profunda e mecânicas bem elaboradas, esta é uma jornada para o apreciamento e contemplação da solidão.

VEREDITO:

O jogo não se encaixa em parâmetros de comparação pois nunca tivemos jogos nessas condições para comparar. No Man’s Sky é sim um jogo maravilhoso, e você tem a obrigação de jogá-lo.

O jogo é único em seu todo, o seu vasto universo em uma escala sem paralelos para jogos de vídeo-game é uma grande conquista da Hello Games. O sistema de geração procedural é o que torna este jogo diferente, a variedade de planetas oferecida pelo sistema procedural do game atende as necessidades e é ele que vai te dar motivação para continuar a explorar as galáxias.

No Man’s Sky é um belo quadro pintado à mão; para os apreciadores essa será uma experiência marcante, porém, tudo isso serve para esconder um game com conteúdo não tão gratificante, mas que fará você gastar um bom tempo aproveitando tudo que tem direito dentro do jogo.

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No Man’s Sky foi lançado no dia 09 de Agosto de 2016 para PlayStation 4 e dia 12 de agosto para Microsoft Windows, através do serviço Steam.

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Análise | Mighty No. 9

Depois de uma das campanhas mais bem sucedidas realizadas pela Kickstarter. Mighty No. 9 chegou ao mercado como o sucessor espiritual de Mega Man. Desenvolvimento pela Comcept USA em conjunto com Inti Creates, e dirigido por Keiji Inafune. O game é focado em 2D, com uma mistura de 3D, obras de arte e animações. Os jogadores controlam Beck, um robôzinho capaz de correr, saltar, atirar contra os inimigos e absorver habilidades. (Lembram de alguém?)

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Com um propósito tão despretensioso Mighty No. 9 não deveria ser um problema. Um side-scroller modesto, com câmera focada em apenas uma direção, baseado na Unreal Engine 3 que apesar das suas origens humildes no projeto Kickstarter, não necessitaria grandes esforços por parte de Keiji Inafune e a sua equipa no Comcept. Como sucessor espiritual de Mega Man, esperávamos um 60fps constante, um desafio fácil e algo que chegaria perto do estilo original. Porém o que temos é um jogo muito inferior.

Mesmo se você nunca jogou um jogo da franquia Mega Man é imediatamente aparente que a Comcept tentou reproduzi-lo com um nome diferente. O personagem principal Beck é um robô entusiasmado com o novo mundo, que precisa perseguir vilões poderosos, que passaram pelo sistema por causa de um vírus de computador. Derrotá-los permite que Beck além de curá-los de seus circuitos danificados pelo vírus, absorva sua arma principal. Você ainda pode escolher a ordem em que pretende enfrentá-los.

Cada Boss tem uma fraqueza por um determinado tipo de arma, e você derrotá-lo, vai depender do seu aprendizado em padrões e exploração das mecânicas do jogo. O problema é que não há muito espetáculo nas redondas 5 horas de gameplay. Essas batalhas deveriam ser os momentos de destaque do jogo, mas você estará preso em um pequeno espaço, ensaiando padrões e esquivando de disparos. E de modo estranho, principalmente nos primeiros chefes você se sente um pouco desnorteado, pois eles levam a batalhas maçantes e longas, onde uma vez um chefe acaba com todas as suas vidas, você vai precisar passar por todo o nível novamente. Deixando assim as batalhas bem mais arcaicas que nostálgicas.

Visualmente, temos um contraste indesejado desde o início. A iluminação muda constantemente durante todo o gameplay, e temos algo que tenta recriar uma espécie de desenho animado de um sábado de manhã. A introdução de mais cor é sim bem vinda, mas o detalhe ao fundo é muito imperceptível composto por um 2D discreto, com geometria cortada e texturas de baixa resolução. Foi uma das grandes mudanças feita talvez pensando em todas as plataformas que o jogo alcançaria, que incluem além dos consoles de mesa, os portáteis.

VEREDITO:

Frustrante como um jogo e muito pior como uma sucessão de Mega Man, mais válido como uma imitação Mighty No. 9 encara uma dura realidade. É nada mais que um esqueleto dos clássicos Mega Man, com um conceito sólido simples e uma boa trilha sonora. Infelizmente, é afetado pelos problemas visuais, e opções que não funcionam, problemas que não deveria ter passado despercebidos. Que acabam por diminuir toda a experiência que o jogador pretende alcançar.

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Mighty No. 9 está disponível para Wii U, PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One e para os portáteis 3DS, PS Vita.

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Análise | Uncharted 4: A Thief’s End

A franquia iniciada em 2007 com Uncharted: Drake’s Fortune, ganhou seu capítulo final. O quarto titulo e exclusivo do PlayStation 4, produzido pela Naughty Dog e publicado pela Sony Computer Entertainment. Uncharted 4: A Thief’s End ocorre cerca de três anos depois de seu antecessor, e traz o desfecho de uma das principais séries exclusivas de todos os tempos.

O jogo em si é um excelente ato final para as aventuras de Nathan Drake. De forma geral é o jogo mais aguardado para os Sonystas, e fãs da série em geral, o peso carregado pela desenvolvedora desde do anúncio do jogo, passando pelos problemas com a produção e até mesmo na entrega do produto, é imenso, os fãs queriam algo revolucionário, assim como foi a trilogia lançada para PlayStation 3. Poucos são os estúdios capazes de trabalhar sobre pressão direta dos consumidores e realizar um trabalho surpreendente, a Naughty Dog certamente pertence aos “poucos”.

 

De início damos de cara com Nathan Drake, mas este parece diferente, mesmo ainda sendo aquele aventureiro que nos acompanhamos nos jogos anteriores, seus trejeitos e aparência rementem a um ar mais maduro e experiente ao mesmo tempo em que vemos sua angustia de estar onde estar. Drake não está vivendo mais aquelas suas aventuras, sua vida agora se resume a rotina de vida comum junto a Elena, entretanto tudo vira de cabeça para baixo quando Sam, irmão mais velho de Nathan aparece. O motivo? Ele supostamente estava morto!

O motivo fica claro quando somos colocados frente a um pedido de ajuda. Nada mais que encontrar um tesouro pirata misterioso do século 17, que segundo lendas, dizem ter escapado com mais de £ 50 milhões em dinheiro e desapareceu em torno de Madagascar.

De forma geral a Naughty Dog é conhecida principalmente por seus jogos com potenciais gráficos elevadíssimos, de forma a extrair de forma concisa o potencial gráfico dos consoles com selo Sony. E com Uncharted 4 não poderia ser diferente, o jogo usa e abusa desse recurso, nos entregando cenas cinematográficas durante praticamente toda a gameplay. Claro que sofrendo algumas quedas de frame rate, mas nada que atrapalhe a experiência do jogador.

Logo de cara não me surpreendi com os gráficos do game, o jogo começa um pouco lento e sem nada que necessitasse de todo o poder de fogo do PlayStation 4. Entretanto quando mergulhamos de verdade na história, quando estamos diante dos estrondosos cenários exóticos e inexplorados por nós até então, pude ver a verdadeira integração de um trabalho de desenvolvimento com as capacidades gráficas do console.

O jogo quase que se mantêm fixo na casa dos 30 fps, e não há quebra de fluidez durante todo o gameplay. Os efeitos da chuva junto a vegetação, o comportamento da água, as animações dos personagens convergindo com suas interações com os objetos do cenário, assim como a quantidade absurda de detalhes contidos nas cenas tornam a experiência que já era boa, ainda melhor. Possuindo uma combinação primorosa entre as partes técnicas e estéticas o jogo é sem sombra de dúvidas, deslumbrante.

Mas não só de gráficos vivem os jogos da nova geração. Na jogabilidade é onde encontramos a verdadeira identidade de Uncharted 4 sendo o elemento mais importante da série desde seus primórdios.

Temos uma mudança forte aqui, nos jogos anteriores nas partes de combate, nos encontrávamos uma jogabilidade linear, onde era necessário caminhar seguindo etapas pré determinadas, caso quiséssemos progredir. Em Uncharted 4 ainda possuímos esses combates lineares, contudo eles foram colocados em momentos oportunos e conveniente. Fazendo, dessa forma existir níveis onde nos temos maior liberdade de movimento (algo que remete a Assassins Creed) mas nada grande o suficiente para ser denominado “mundo aberto”, mas algo que permite a exploração e inúmeras possibilidades.

Outra mudança válida encontrada no game é a questão do stealth. Nos jogos anteriores nos tínhamos esporadicamente momentos onde era necessário utilizar habilidades de forma sorrateira, aqui temos a liberdade de escolher a maneira como progrediremos no jogo, seja em silêncio sem chamar a atenção dos inimigos derrubando-os um a um, ou descarregando seu pente de balas nos adversários da forma mais bad-ass possível. Entretanto ainda encontramos limitações nessa “liberdade”, como por exemplo, a impossibilidade de avançar na área sem eliminar todos os adversários, seja de forma stealth ou não.

Contamos ainda com o multiplayer. Não é o carro chefe de Uncharted 4, mas é uma boa escolha de divertimento quando terminarem o modo história. Contamos com quatro modos, o conhecido Team Deathmatch, o Plunder (captura de bandeira), Command (captura de zonas) e o Ranked Team Deathmatch, onde temos cerca de oito mapas relacionados as áreas encontradas no modo história. Ainda contamos com a adição das Mysticals, que são poderes sobrenaturais e dos Sidekicks.

Além disso tudo o modo multiplayer também traz a possibilidade de fazermos microtransações utilizando os Uncharted Points, que podem ser adquiridos com dinheiro real, todavia, tudo o que pode ser desbloqueado através dos Uncharted Points pode ser ganho durante a gameplay.

VEREDITO:

Uncharted 4 é uma despedida a Nathan Drake, e como tal, emociona. Porém, não há garantias que este seja o último jogo da franquia. Tanto pelo fato de ser a mais lucrativa, quanto a ambiciosidade de se usar todos os poderes gráficos dos próximos consoles da Sony. 

Apesar de encontrarmos níveis de qualidade excelentesUncharted 4 tem seus defeitos. Em algumas ocasiões notamos atrasos no carregamento de algumas texturas, assim como no frame rate. No entanto considerando o jogo como um conjunto, é algo que não afeta a experiencia do jogador, mas algo que poderia ser evitado, levando em conta o histórico de desenvolvimento. O game funciona e vai agradar a grande massa consumidora. Contudo não causará o mesmo impacto que o primeiro ou o segundo capítulo causaram. Dessa forma, Uncharted 4 irá levá-lo através de uma viajem intensa e cheia de aventuras, onde todos os proprietário de PlayStation 4 tem a obrigação de participar.

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Análise | Dark Souls III

Dark Souls III chega no mercado como uma sequência de uma das séries mais importantes do cenário gamer. Você não pode, simplesmente amá-lo ou odiá-lo, sua relação com os jogos Souls é sempre uma linha tênue entre a sanidade e a loucura.

E é exatamente nesse ponto que o novo game acerta. Desenvolvido pela From Software e co-realizador por Hidetaka Miyazaki criador da série, e distribuído pela Nanco Bandai. O quarto jogo da série Souls, veio para suprir a carência que tivemos com Bloodborne. Não que o jogo seja ruim, longe disso, mas o próprio Miyazaki afirmou em entrevista, que as limitações encontradas no título fizeram com que ele desejasse voltar a Dark Souls. (Obrigado, Bloodborne!)

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Podemos começar falando que Dark Souls III, não só aprendeu muito bem o que ele deve fazer, como faz. Usando seus antecessores como base inspiratória, o jogo traz tudo que já conhecíamos e adorávamos na franquia, conseguindo manter uma identidade própria. Nunca tivemos um uso mais adequado para a frase “Aprenda com seus erros!”.

Desde o início, o game deixa claro que, o que temos em mãos, é um fruto do trabalho árduo dos produtores dedicados aos fãs. Em termos gerais, o jogo é uma reescrita do original, o jogador é mais uma vez um morto-vivo amaldiçoado, que agora ressuscitado tem como objetivo buscar a redenção.

Para isso teremos que os derrotar seres demoníacos em combate, tendo como principal objetivo encontrar os recém-ressuscitados senhores de Cinder. A maior parte da história é contada através de detalhes que vamos encontrando ao longo da gameplay. Exceto por parte da introdução, não temos cutscenes durante as quase 60/70 horas de jogo, ou sequer diálogos longos, nada para explicar de forma metódica o que está acontecendo. Deixando no ar um clima de suspense, característico da série.

Durante o jogo você explorará, castelos gigantescos, rodeados de aldeias, florestas, catedrais, pântanos doentes e catacumbas cheias de esqueleto e cidadelas congeladas. Muitos dos principais locais são visíveis à distância, deixando a experiência de contemplar uma área que você acabou de superar, a partir de um precipício satisfazer de uma maneira que nenhuma recompensa poderia.

Visualmente, este é o jogo mais bonito da saga, o que não é surpreendente considerando que é o primeiro criado de raiz para a nova geração de consoles. Mas mesmo comparando com Bloodborne, exclusivo para PS4 e dos mesmos produtores, Dark Souls III leva vantagem. O jogo parece ter melhor qualidade visual, e a experiência decorre de forma mais fluída do que em Bloodborne. Também ficamos surpreendidos com a quantidade de cor que algumas áreas do mundo mostram. A beleza dos cenários é de tirar a respiração, deixando muitas vezes o jogador distraídos com sua imponência.

O sistema próprio de combate que já conhecemos continua consideravelmente complexo, e incisivo. Assim como nos antecessores ele é constituído mais uma vez em torno dos bloqueios, rolamentos, backstabs, além do poder de dano extra causado por armas de duas mãos. No entanto, a grande novidade é a introdução dos Critical Arts. Estas opções permitem, por exemplo, elevar status da arma, equipar ataques, como o “spin” ou “rush in“. Que podem desferir poderosas estocadas, e quebrar até mesmo a guarda do inimigo. E, na melhor das hipóteses, os golpes também podem ser combinados com ataques especiais.

Além de ter ganho uma ótima melhoria, um dos pontos negativos do jogo aparecem na jogabilidade, ou melhor, durante ela. Considerando o tamanho do jogo e todas as suas propriedades, encontrar um probleminha dentre tantas coisas boas não é surpresa, durante alguns momentos em que lutávamos, podemos observar uma queda significativa no frame-rate do jogo. Nada de extraordinário, mas considerando o valor do jogo no mercado, é de se preocupar.

 

VEREDITO:

Dark Souls III tem muito de familiar e acomodamo-nos facilmente no seu estilo, sendo o típico jogo que atrai sua atenção, que frustra, que faz a gente agonizar, que impressiona e que nos faz raiva. É talvez o melhor título de toda a série Souls, polindo tudo aquilo que havia para ser polido e retirando o desnecessário. Sendo uma remodelação persuasiva do conjunto de recursos, ele acaba introduzindo novas mecânicas de combate, expandindo as opções à disposição, mas também relacionadas com a exploração, combate, e trilha sonora, deixando tudo no ponto.

Em suma Dark Souls III não foge muito daquilo que já foi visto nos títulos anteriores e limitou arestas, polindo assim a experiência do jogador ao mais alto nível.

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Análise | Quantum Break

Quantum Break chega ao mercado com a premissa de mudar a conduta básica de narrativas em jogos eletrônicos.

Desenvolvido pela Remedy Entertainment (Alan Wake; Max Payne), e distribuída pela Microsoft, o game aborda a ficção científica, e consegue conciliar um jogo com uma série episódica em live-action, além de possuir um elenco de fazer inveja.

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A trama do game se inicia quando o protagonista Jack Joyce (Shawn Ashmore), e seu amigo Paul Serene (Aidan Gillen), testemunham um experimento temporal. Em questão de poucos minutos, percebemos que as coisas saíram completamente do controle.

O incidente é gatilho para a trama de Quantum Break e a partir disso o enredo se desenvolve, vemos a relação de Jack e Paul transformando-se em uma inimizade. Jack tendo que escapar do exército particular da empresa Monarch Solutions, ao mesmo tempo em que descobrimos a relação conturbada entre ele e seu irmão William Joyce (Dominic Monaghan), e a descoberta de Jack sobre os seus poderes de manipulação do tempo-espaço.

Quantum Break nos entrega uma narrativa linear, guiada em princípios “reais” de viagem no tempo, e uma mescla necessária de fantasia.

Tendo como característica, ao final de cada ato fazer o jogador escolher como seguir na história, por meio das chamadas Bifurcações, elas trarão impacto na série live-action, na continuidade do game e em certos personagens.

Infelizmente nos decepcionamos quando chegamos ao fim do jogo, temos um desfecho mal aproveitado, tão previsível quanto insuficiente. Mas conseguimos suprir a carência de um final, mais épico, pela atuação excelente por parte dos atores, não só na série live-action, como no quesito captura de movimentos. O que ajuda a passar um pouco de credibilidade aos acontecimentos retratados durante toda a gameplay.

A jogabilidade implementada no game, não é nada mais que um shooter em terceira pessoal, algo como o que Uncharted já havia nos entregado. Mas o que realmente faz a diferença aqui são as habilidades do personagem, o gameplay é divido entre a utilização de armas de fogo, e o poder de cronocinese de Jack.

Seguindo o caminho básico, como por exemplo, utilizar de maneira moderada os seus poderes, você não encontrará perigos realmente desafiadores durante todo o jogo. Os inimigos que você encontrará são facilmente derrotados. Porem em certos momentos, aparecerão alguns tipos diferentes de soldados, alguns com equipamentos que os permitem possuir por alguns instantes os poderes de Jack e outros que acabam por desabilitar o uso da cronocinese. Mesmo assim, se acostumar e entender o modus operandi desses soldados diferenciados não é tarefa difícil.

E além de utilizar os poderes de Jack para acabar com os soldados da Monarch Solutions, você pode gastar um pouquinho mais de tempo de gameplay, realizando puzzles que exigem o uso dos poderes temporais do personagem. Infelizmente, os poderes que controlamos não podem ser usados em qualquer objeto ou lugar que queremos, apenas em ocasiões específicas, pre-definidas pelos desenvolvedores.

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A Remedy apostou tudo na qualidade visual, mas infelizmente o jogo não corre nativamente a 1080p. A resolução falha é perceptível em alguns momentos, mas nada que comprometa sua experiência.

Certamente o ideal seria que fosse mantido uma resolução superior, mas uma maior resolução nem sempre significa gráficos melhores, e Quantum Break é a prova disso. Dando um show em quesitos gráficos, não só pela beleza técnica, encontrada em seus efeitos especiais, mas pela dinâmica de iluminação que torna as paisagens urbanas e industriais do jogo em belos panoramas. Conferindo ao jogo uma atmosfera cinematográfica.

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VEREDITO:

O estúdio soube aproveitar o conceito de viagens no tempo, amarrando uma história envolvente, com personagens que marcam, nem que seja apenas durante a gameplay. Quantum Break é um game para jogadores pacientes que gostam de narrativas bem elaboradas e jogos lineares. Não revoluciona, mas também não decepciona, utilizando de artifícios já estabelecidos para nos entregar um produto com muitas qualidades. Quantum Break é indispensável para quem possui Xbox One, e para os apaixonados por ficção-científica.

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Quantum Break será lançado no 5 de abril, e disponível nas plataformas Xbox One e PC.

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Análise | Far Cry Primal

Atualmente vemos a gradual melhoria na Ubisoft quando o assunto é mundo aberto, a empresa já declarou ter a capacidade de fazer o que nenhuma outra empresa já fez, em relação ao tema. Algumas séries da companhia como Assassin’s Creed, ou Watch Dogs continuam a tentar cativar os jogadores pelo mundo, com as suas propostas guiadas por um livro de regras básico e obrigatório para qualquer título deste gênero dentro da produtora.

Mas com Far Cry, as coisas foram diferentes, nos dois primeiros títulos da franquia, os desenvolvedores pareciam perdidos, não conseguiam encontrar aquilo que eles tanto almejavam. Porém em 2012, o trabalho com Far Cry 3, rendeu muitos prêmios, e recebeu notas acima da média entre os críticos. Em 2014, a série teve regresso, com Far Cry 4, tendo qualidade e resultados, quase que semelhante do antecessor, entretanto o caminho perante a Ubisoft está longe de ser fácil. Pois uma das principais críticas ao 4º capítulo da série foi a sua proposta repetitiva e sua saturação.

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Depois da Ilha no Pacífico e do Tibete, a Ubisoft nos entrega a essência de Far Cry, paisagens exóticas, animais selvagens, personagens loucos, saindo do molde da era moderna e partindo para o cenário pré-histórico, onde o arco e flecha, lanças, e pedras, eram os principais mecanismos de defesa do ser humano. Muito longe do topo da cadeia alimentar, o ser humano tem como obrigação, enfrentar Mamutes, Tigres Dentes de Sabre e outras criaturas para servir de alimentos, e para sua própria sobrevivência.

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O jogo nos leva para uma viajem a Terra de Oros, onde conhecemos o conflito entre as tribos Wenja, Izila e Udam.

Jogamos com Takkar, ele e outros 3 companheiros possuem a difícil missão de chega a Oros para se reencontrarem com sua tribo. Ao chegar, ele percebe a imensidão do que o rodeia, e descobre que sua tribo é ameaçada constantemente por duas tribos rivais, já “nativas” de Oros, os Udam, canibais que governam o norte, e os Izila, adoradores do fogo que governam o sul. Como é de esperar num jogo em mundo aberto, teremos que percorrer Oros para gradualmente eliminar as outras tribos e elevar Takkar e os Wenja à supremacia da região.

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No entanto, nem os Izila ou os Udam estavam preparados para Takkar, um Wenja diferente capaz de realizar o que nenhum outro ser humano até então teve coragem de fazer. É com esta mecânica em particular que conheceremos a nova experiência, a mais marcante neste contexto que Far Cry Primal nos concede.

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Apesar de Oros ser imensa e rica em fauna, flora e locais para explorar, rapidamente sentimos que é tudo tão similar a outros jogos que se não fosse a roupagem pré-histórica, nem perderíamos nosso tempo. Acredito que a Ubisoft poderia ter produzido com um pouco mais de esmero, nesse quesito, a experiência Far Cry não foi traduzida para a pré-história, apenas lançaram a essência da pré-história em Far Cry

Parte desse cansaço que podemos sentir em Far Cry Primal é muito por parte da sensação que estamos perante um título comum, nada mais que um fruto da máquina de desenvolvimento em que se tornou a Ubisoft e a sua estrutura de produção. A quantidade de missões secundárias é tão imensa quanto Oros, e com o passar do tempo perdem todo o tipo de encanto pois são tão repetitivas que nem merece nossa devida atenção. Felizmente as missões não estão ali por acaso, através delas conseguimos mais experiência e recursos para reforçar as armas e habilidades de Takkar.

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Em termos gráficos, o jogo ganha muitos pontos, facilmente iremos parar diante, todo o frenesi do gameplay, pra ver e sentir um pouco de Oros. Sejam pela luz e cor, seja pela qualidade dos personagens principais, sejam pelas texturas dentro de uma caverna, Oros irá surpreender em todos os instantes. Em alguns momentos porém, perceberemos a queda na qualidade gráfica, mas como qualquer outro jogo de mundo aberto, com escalas próximas a essa, nada mais que aceitável.

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O resultado é um jogo espetacular, onde ainda existem lacunas vazias. Falta um vilão claro. Far Cry é o jogo onde você sempre será capaz de fazer a sua própria diversão e, em alguns momentos, ele pode ser um jogo violento e muito bonito. No entanto, esqueceram de dar alma ao jogo. Esse é, talvez, o maior problema de Primal. Com um mundo tão belo, que rapidamente se torna a personalidade principal do jogo, e com tanto para fazer, a história de Primal não consegue emocionar o jogador e o gameplay hora ou outra não convence.

VEREDITO:

Far Cry Primal é essencial caso você seja adepto da jogabilidade e do modus operandi da série. Se quiser um jogo de mundo aberto com uns visuais de arrebentar, façam o favor de conhecer Oros, mas simplesmente não esperem ficar maravilhados.

É esse game, que a Ubisoft terá que analisar minuciosamente, caso queira realmente se destacar no gênero de mundo aberto.

VEREDITO FARCRY

Far Cry Primal está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC. 

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Análise | Gangsta. #7 a #12

Lembra daquele dia em 2001? No comecinho de setembro? Você, criança alegre, que se preparava para ir para o colégio, estava sentado no sofá, com uma bisnaguinha numa mão e um Toddynho na outra, super ansioso para o desfecho da luta de Goku contra Majin Bu e Babidi. Depois de uma semana inteira de gritos, ele finalmente se transformaria pela primeira vez, em Super Sayajin 3. Quando, do nada, o programa é interrompido para comentar sobre alguma coisa de aviões batendo em torres. Foi mais ou menos assim que o anime de Gangsta. terminou sua exibição nas televisões japonesas. Mas já voltamos para comentar sobre isso.

A segunda metade da série continuou nos moldes da primeira. Em cada episódio, uma pequena parte daquele caótico e complexo mundo nos era explicado. Doze ou treze movimentos eram feitos por baixo dos panos (e isso não foi uma piada com prostituição, juro!) mas apenas um ou dois nos eram revelados. Uma característica que o autor Kohske colocou na obra, e a levou de forma esplêndida por todo o caminho, é a de nunca dar informações além do necessário. Ele quer ter o controle total da situação, e por isso sempre precisa ter algo na manga para nos fisgar quando for preciso.

O passado dos Handymen já nos fica mais claro depois de certos episódios. Embora ele ainda esteja com clima de aula de matemática – com mais dúvidas do que respostas – nos foi mostrado exatamente o suficiente para que, ambos os pequenos Nicolas e Wallace caíssem na nossa zona de “ain, tadinho deles!” (Curiosidade literária babaca, um recurso muito semelhante é usado por Jorge Amado, aclamado escritor baiano, no livro “Capitães da Areia”). Nenhuma história consegue seguir se o público não tiver uma conexão com os protagonistas. Mostrar apenas o que era necessário para criar um afeto para com os personagens foi uma jogada de efeitos positivos tanto em curto quanto longo prazo. Agora, ela serve para que tal conexão citada acima exista, e nos faça “torcer pelos mocinhos”. No futuro, poderá vir a servir como uma forma de quebra de paradigma, ao mostrar o outro lado que ele não quis que nós víssemos agora.

Intimamente ligado às vivências de nossos heróis, está a história da própria cidade. Cidade esta que recebe sutilmente, personificação na forma dos próprios moradores. Ela funciona como um organismo vivo, e as pessoas que vivem nela são partes desse sistema complexo. Todos os acontecimentos ali retratados se interligam de forma extremamente orgânica. Um naturalismo (da escola literária) leve no ambiente, que já era mais visível nos Twilights: os seu instinto animalescos, as vezes, sobrepujam o pensamento racional (Como por exemplo, Nic usar doses extremas de Uppers para poder enfrentar seus oponentes; ou Doug aceitar trabalhos que obviamente não deveria, apenas pelo desejo de lutar).

Mas voltando ao assunto citado ironicamente no primeiro parágrafo. Caso não tenha ficado claro: o anime terminou no meio de um arco. Próximo do clímax do desenvolvimento – ou, pelo menos, num ponto alto dele – o show simplesmente acabou. O por quê disso? Um motivo simples: não tinha muito mais o que animar. O mangá, que é lançado mensalmente no Japão (isso quando o autor não está doente demais para escrever), possui apenas seis volumes. Os doze episódios da animação foram suficientes para adaptar quase todo o material original. Só para dar uma ideia, o arco onde o anime termina (do grupo de Hunters com nome feito pelo Google Translate) ainda está acontecendo no mangá.

Talvez a discussão correta a ser levantada é se foi um bom momento para realizar a adaptação. Tivemos esse final meio vascaíno por não haver mais nada pra colocar depois. Mas o ritmo que o anime teve foi razoável o bastante para eu poder dizer que está bom. Talvez se tivéssemos esse arco já concluído, o show tivesse que dar sebo nas canelas pra conseguir terminá-lo de forma digna. É um problema enfrentado por muitas adaptações (e as vezes até obras originais), devido à natureza da programação televisiva japonesa: Suas séries precisam ter, necessariamente, um número múltiplo de 12 (com margem de erro de um para mais ou para menos) episódios para ir ao ar. O seu ritmo precisa acompanhar essa estimativa. Se o diretor decidir ir muito rápido, pode acabar o material original antes do prazo (além de ouvir reclamações no Reddit e 4chan de que o anime está rushado); se ele ir muito devagar, a experiência se tornaria massante e não avançaria a história. Being Director is suffering.

Caso o anime tenha te deixado frustrado, uma notícia talvez boa, talvez ruim, é que, graças ao enorme amadorismo da indústria brasileira, o mangá de Gangsta. será publicado em terras tupiniquins. A JBC comprou os direitos da obra e a veiculará em formato bimestral, a R$ 13,90 cada. Por outro lado… a frustração fica ainda maior quando se leva em conta que o estúdio Manglobe, que animou a série – e nos deixou o que será, possivelmente, o maior cliffhanger da história dos desenhos chineses – declarou falência poucas semanas depois do fim do show. Embora mudanças de estúdio aconteçam entre temporadas de um mesmo anime, elas são raras (porque ninguém gosta de mexer nas fezes alheias), o que diminui drasticamente as chances de uma continuação acontecer, mesmo se as vendas de Blurays forem boas (o que eu garanto: não serão).

Final horrendo ou não, isso não afeta o que foi construído ao longo de treze semanas (pois tivemos um episódio recap entre o nono e o décimo, chamado de 9.5). O show como um todo foi excepcional para quem gosta do gênero; pra quem não é muito chegado em animes mas gosta de filmes políciais hollywoodianos; ou simplesmente pra quem finge ser superior por só assistir seinens 2edgy4me. Pelo menos, aprendemos hoje que nunca se deve encerrar nada pela metad

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Análise | Assassin’s Creed Syndicate – Rumo a Londres

De forma sutil, a Ubisoft fez o que não havia conseguido desde seu segundo jogo da franquia. A evolução que vemos quando comparamos Unity com Syndicate é quase como a que vimos com Ezio e Altair há cerca de 8 anos, jogabilidade e definições mais bem trabalhadas, além da adição e reparação nos termos técnicos onde o jogo se transforma em algo realmente “novo”.

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Não podemos negar que enquanto pulamos, saltamos, e enfrentamos templários, identificamos elementos que nos rementem a uma fase específica de Assassin’s Creed, a necessidade de conquistar bases para liberar uma área específica, e um inventor meio alucinado que cria e melhora algumas de nossas armas, nós traz a lembrança de algo já visto. Dessa forma a empresa nos apresentou um produto que já havíamos experimentado e aprovado, tudo funcionando perfeitamente. Se em 2014 a Ubisfot não conseguiu marcar sua entrada na nova geração de consoles de forma épica, em 2015 eles conseguiram reviver uma franquia que cada vez mais se tornava monótona e que estava fazendo seus fãs ficarem um tanto quanto decepcionados.

Em Syndicate seguimos a história dos gêmeos Jacob e Evie Frye, filhos de um grande mestre assassino que morreu enquanto tentava libertar o mundo dos templários. Cansados de seguir ordens de seus superiores, que julgavam não os levarem a nenhum resultado satisfatório, partem com destino a uma Londres vitoriana, no ápice da Revolução Industrial, com o objetivo de livrar a cidade dos templários que passaram a comandar vários setores da economia, política e da sociedade. Dessa vez a grande mente por trás de tudo isso é o excêntrico Crawford Starrick, que controla desde a alta cúpula do governo ao mais baixo e asqueroso muquifo.

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Ao decorrer do gameplay a história ramifica-se com emoções e diversões quase opostas. Criticada por não trazer personagens empolgantes, os fãs de Assassin’s Creed podem encontrar personalidades profundas o suficiente para agradar o público. Foi um dos elementos mais importantes para deixar qualquer um apaixonado pelo jogo. Com exceção de partes específicas, como na introdução onde jogamos obrigatoriamente com um e com outro, podemos escolher livremente entre os personagens.

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Enquanto Jacob nos leva com sua personalidade explosiva e um tanto quanto violenta, a conflitos corpo a corpo, e ao submundo de Londres, Evie com sua personalidade mais serena e elegante, age de maneira mais stealth e estratégica, seguindo assim alguns dos princípios básicos da irmandade. Isto coloca-nos diante de duas personalidades distintas e bem trabalhadas, quer seja através de diálogos, através das missões especificas com objetivos secundários, ou até mesmo durante toda a narrativa. Dessa forma criamos laços com determinado personagem, que acaba por influenciar o nosso modo de jogo.

A partir da chegada em Londres podemos começar a percorrer toda a cidade, descobrindo pontos turísticos, lutar pelo controle de bairros, e perseguir e realizar os mais variados assassinatos. Esta sensação de liberdade e controle da experiência incrivelmente gratificante. Não existem restrições na exploração dos locais ou missões, tudo depende da forma como o jogador quer conhecer Londres.

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A Ubisoft realizou um excelente trabalho, principalmente na reconstrução visual da cidade e principalmente na reconstituição da era da Revolução Industrial. Os gráficos em Syndicate estão muito bem finalizados. O brilho e beleza da cidade chega a variar mediante o local, o tempo e hora do dia, seja de noite ou de dia, seja durante uma chuva forte ou um sol escaldante.

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Claro que são encontradas algumas falhas, mas nada que se compare aos bugs encontrados em Unity. Em locais com maior densidade de elementos, ou quando a ação acelera, é visível uma ligeira instabilidade a nível de framerate, são na verdade problemas mínimos se levarmos em conta a escala em que o jogo se encontra, e a performance permanece constante e simplesmente perfeita do início ao fim, sem qualquer problema na fluidez dos gráficos e jogabilidade.

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Syndicate melhorou muita coisa, a ausência de multi-jogador foi um ponto que trouxe uma certa felicidade pois sem essa manobra pra prolongar a vida útil do jogo, a equipe teve que compensar em jogabilidade e na valorização do produto, tendo uma experiência de jogo fluída e coesa.

Trazendo algumas mudanças significativas para Assassin’s Creed, Syndicate nos apresenta como novo equipamento, o arpão, que permiti ao jogador uma movimentação muito mais ágil, diminuindo a necessidade de escalar grandes altitudes, o que gastava muito tempo e paciência, ainda por cima nos permite escapar de situações difíceis, uma aquisição ala Batman Arkham. E a naturalidade de movimentos combinados, como o uso do arpão com a tirolesa e o parkour característico de Assassin’s Creed, faz com que as viagens rápidas não sejam tão importantes como antes.
Outra opção de viajem é pegar uma carruagem “emprestada” e guia-lá pelas ruas de Londres. O controle dos veículos não é nem um pouco notável, mas em não desaponta de forma geral, além de poder ser aprimorado ao decorrer do jogo.

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O sistema de combate e furtividade traz várias novidades. Combos de golpes, contra-ataques e esquivas, finalizações sangrentas, e usar vários tipos de armas, são figurinhas carimbadas durante toda a franquia e não poderia faltar em Syndicate
Conforme o jogo é progredido, você pode adquirir novas armas que são compartilhadas entre os personagens, além de trajes e habilidades próprias de cada um. As habilidades devem ser adquiridas através dos pontos de experiencia, que são distribuídos individualmente entre os protagonistas, já o dinheiro é compartilhado, assim como as habilidades da gangue.

VEREDITO

A Londres vitoriana torna-se desde o início o principal personagem no jogo, além de ser o cenário para os acontecimentos de um dos melhores Assassin`s Creed dos últimos tempos.

Apesar de alguns problemas técnicos já mencionados, algo que se têm como característica nos lançamentos da série, não há duvida em afirmar que Syndicate é o título mais divertido depois de muito tempo, principalmente por conta da jogabilidade e combate mais refinados. Além de corrigir as principais falhas de Unity, Syndicate dá um passo em frente para se distanciar da situação em que Assassin´s Creed se encontrava anteriormente. A Ubisoft esta seguindo na direcção certa, e qualquer fã que respeite a franquia saberá que Syndicate funciona muito bem.

PONTOS POSITIVOS

  • A cidade de Londres

  • Os gêmeos

  • Mecânicas novas

  • Gerenciamento de habilidades

  • Ausência de multi-player

PONTOS NEGATIVOS

  • Bugs e IA

  • Controles imprecisos

  • Jogabilidade de veículos

  • Inimigos repetitivos

 

NOTA FINAL: 9

Assassin’s Creed: Syndicate está disponível nas versões para PlayStation 4, Xbox One e PC. A versão testada foi a de Xbox One.

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Análise | Transformers: Devastation – nostalgia e frenesi

Com uma trama simples e gráficos que remetem as primeiras animações da franquia, Transformers: Devastation chega para trazer o espírito nostálgico que faltava na nova geração de games.

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Para a galera acostumada a assistir aos filmes dirigidos por Michael Bay ou até mesmo as novas animações da franquia, ver esses robôs singelos, datados pelo tempo, sem muito detalhismo, com cores exageradas, deve ser um tanto quanto estranho. Mas a Platinum Games (Bayonetta, Metal Gear Rising) decidiu trazer, pra quem viveu a época pré-Bay, os verdadeiros protagonistas, os verdadeiros Autobots e Decepticons. Porém o jogo não só agrada quanto a nostalgia, ele nos entrega um produto divertido e frenético, características principais de animações, filmes e games dos anos 80 e 90.

A primeira impressão que Transformers: Devastation nos traz é a total inspiração na primeira geração das animações da franquia Transformers, a começar pelos gráficos, que de cara é o que mais chama a atenção no jogo. Nossa primeira reação ao jogar, é a estranheza. Porque? Bem, atualmente quando falamos de jogos, falamos de qualidade gráfica, o detalhismo e realismo que cada vez mais vai substituindo uma boa jogabilidade ou imersão no universo proposto.

Portanto, Transformers: Devastation faz um excelente fan service, prestando homenagem à série original.

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Entretanto, uma coisa que chama a atenção durante todo o gameplay é a cidade. Quanto mais a explorava, mais ela se mostrava menos interessante, por se tratar de cenários parecidos em detalhes ou até mesmo iguais a outros que já havíamos passados. Criando uma cidade sem vida, o que cria um imenso contraste com os transformers, ricos de espírito e animações impressionantes. Se não fosse o fato do jogo indicar o caminho pelo qual se deve seguir, impedindo o jogador de seguir certos caminhos, com certeza muitos se perderiam.

O enredo em si é simples, assim como eram os desenhos, uma trama rasa e de fácil compreensão. Os Decepticons, liderados por Megatron, encontram um artefato cybertroniano capaz de “cyberformar” o planeta Terra, cabe a Optimus Prime e aos Autobots detê-lo e salvar o mundo. Depois de uma introdução, onde você joga alternadamente com os personagens, o jogador fica livre para escolher entre Optimus, Bumblebee e Sideswipe, conforme avançamos na história podemos jogar com Wheeljack e Grimlock.

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Não fiquem esperando jogar por mais que cinco horas com seus robôs preferidos, a campanha é bastante curta, mas nos prende com sua jogabilidade simples, divertida e interativa.

Apesar dos dois games desenvolvidos pela High Moon Studios (War for Cybertrone, Fall of Cybertron), serem muito bons, era incomodo o foco praticamente exclusivo no combate à distância, tornando os jogos verdadeiros shooters, seguindo o modelo de tiro em terceira pessoa. Esquecendo o combate corpo a corpo, que é a marca registrada das franquias de animações e filmes.

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No entanto, as coisas estão mudadas, o jogo se distancia muito de um shooter, até porque sua mecânica de tiro é muito ruim, quando comparado com outros jogos que possuem essa característica de interação, shooter e hack ‘n’ slash .

A Platinum Games sabe onde atuar, e assim como em Bayonetta, Metal Gear Rising e Anarchy Reigns, o que podemos dizer é que a jogabilidade é bastante fluída, utilizando mecânicas já conhecidas pelo público da desenvolvedora, dispomos de dois botões para a realização dos combos, onde entre ataques podemos utilizar o “vehicle attack” um combo alternado com a forma de veículo, e há um botão de esquiva que, usado corretamente, desacelera o tempo deixando os inimigos mais vulneráveis ao ataque (“Witch Timede Bayonetta).

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E dentre tudo isso, o jogo ainda nos surpreende quando notamos que ao jogar, por exemplo, com o Optimus, e logo depois com o Bumblebee, vemos a magia da física  acontecendo, enquanto um é maior, tem a movimentação mais lenta e ataques mais fortes, o outro com sua estatura mais baixa, tem sua movimentação mais rápida, porém em compensação seus ataques não causam o mesmo dano aos inimigos quando comparado ao de seu companheiro.

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Porém essa mesma física que agrada as vezes nos chateia, como por exemplo, em alguns momentos notamos que os personagens ao caminhar, nem se quer tocam o chão, ou então a destruição da cidade, que por se tratar de grandes robôs se digladiando deveria acabar em ruínas, mas o que vemos é quase como o Megazord e seus prédios de papelão.

Alguns sistemas presentes em Devastation, acabam por nos deixar um pouco confusos, por não se encaixarem na mecânica de jogabilidade básica proposta pelo jogo, como é o caso das gears assim como o complexo sistema de tech upgrades, e perks que em nada acrescentam ou diminuem na experiência.

VEREDITO

O jogo se perde em algumas de suas premissas básicas, como nos sistemas de acessórios, os perks e/ou gear, se perdem em sua própria existência. O descaso com o cenário e algumas falhas na física do jogo acabam por deixar um ar de “inacabado”.

Porém, o sofisticado sistema de combate baseado em combos causa uma rápida sensação de prazer, trazidas pelos grandes clássicos do hack ‘n’ slash. Como jogo da nova geração, Transformers: Devastation, fica atrás de muitos jogos lançados anteriormente e de muitos outros que ainda estão por vir. Contudo, sua homenagem a clássica animação dos anos 80 e sua sólida aventura baseada na nostalgia e jogabilidade imersiva, tornam o jogo, para os fãs da franquia, principalmente para os da primeira geração, indispensável.

Pontos Positivos

  • Bom design.

  • Combate

  • Animações de qualidade.

  • Nostalgia

Pontos Negativos

  • Aventura curta.

  • Cenários pobres.

  • Apresentação geral de menus e interface.

  • Variedade de armas sem sentido.

 

NOTA FINAL: 7,5

Transformers Devastation está disponível nas versões PC, Playstation 4,Playstation 3, Xbox One e Xbox 360.