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Gideon Falls – A saga chega ao fim

A saga de grande sucesso chega ao fim e ao contrário do que ouvimos falar sobre os quadrinhos autorais de Jeff Lemire, que as histórias são muito similares, sempre com um drama familiar, Gideon Falls é um thriller capaz de arrepiar os cabelos, carregado de suspense e com uma pitada de horror na medida.

Lançada nos Estados Unidos pela Image Comics em 2018 pela dupla já conhecida Jeff Lemire e Andrea Sorrentino ( Arqueiro Verde e O Velho Logan) e o colorista Dave Stewart ( Hellboy e Daytripper) , foi publicada  em terras brasileiras pela Editora Mino, em 6 encadernados muito bem trabalhados.

Iniciamos essa narrativa com a história de Norton Sinclair, um rapaz com sérios problemas psiquiátricos atormentado pela escuridão. Calma! Não é o lado negro da força querendo tentar o nosso jovem “If you only knew the power of the dark side, Norton”. 

Brincadeiras à parte, a princípio não é possível saber o que o atormenta, deixando dúvidas se existe de fato algo a temer ou se tudo não passa de confusões criadas pela cabeça do rapaz. Norton dá muitos sinais de estar confuso e perdido dentro suas manias, como revirar o lixo da cidade em busca de pistas para obter respostas de um quebra cabeças que ele nem ao menos consegue explicar. 

Norton conta apenas com apoio de sua psiquiatra Dra. Xu, que mesmo cética em realação ao sobrenatural, dá o suporte que seu paciente necessita ao notar tamanho sofrimento que esse mistério lhe causa. Mas, o cetismo desta psiquiatra dura apenas até o momento em que ela mesma tem a visão o Celeiro bem diante dos seus olhos.

O segundo núcleo apresentado vive no interior de Gideon Falls, onde há uma pequena comunidade típica dos filmes de terror onde todos se conhecem e muitos possíveis suspeitos se formam. A pequena comunidade é agraciada com a chegada de um novo Padre, Wilfred. Um Padre totalmente fora do padrão, com problemas com alcoolismo e um passado bem obscuro. Sua chegada é precedida por um assassinato e o Padre é o primeiro suspeito desse crime, mas as coisas não seriam tão simples em Gideon Falls, tão pouco esse assassinato seria um crime comum. 

 

A cidade é assolada a gerações por uma lenda urbana, O Celeiro Negro. E suas aparições sempre são precedidas por mortes e terror. Mas, claro que essa lenda parece apenas uma bela oportunidade para se livrar da culpa dos mais hediondos crimes. 

Nada é comum em Gideon Falls, e como para todo boato existe uma possibilidade de fatos reais, um grupo autodenominado de lavradores atuam como a Mistério S.A da cidade atrás de pistas sobre o Celeiro.

O Celeiro Negro é muito mais do que uma aparição fantasmagórica, dentro dele habita um mal que anseia por liberdade e rasteja por entre as realidades, buscando uma forma de sair da prisão da qual se mantém. Esse mal que habita o celeiro é visto como o Homem que sorri na escuridão, uma visão repulsiva que atrai suas vítimas para um caminho sem volta, que tenta as pessoas através de suas fraquezas para tomá -las em busca de um receptáculo perfeito, como um gênio da lâmpada diabólico.

 

Com um roteiro quase cinematográfico, ler esse quadrinho é como ver  as cenas de um filme ou série de TV acontecendo bem diante dos seus olhos. A arte de Andrea Sorrentino colabora em grande parte para causar essa sensação, já que ela conta uma história à parte do roteiro, insinuando detalhes que complementam, como uma dança sincronizada,  essa narrativa.

Lemire faz bom uso da Teoria das realidades paralelas nessa história, explorando realidades alternativas e uma base temporal de dar inveja na série Dark da Netflix e no quadrinho Crise Infinita da DC Comics (Super Recomendo).

A saga gera  altas expectativas no leitor a cada volume e apesar de ter uma narrativa e personagens excepcionais, ela cria mais questionamentos do que os responde. Talvez, na ânsia  de criar um universo fantástico, Lemire tenha se esquecido de amarrar muitas pontas soltas, e o último volume intitulado O fim abre uma brecha para uma possível continuação. Para alguns leitores, esse final ambíguo foi decepcionante, para outros foi a oportunidade de ver um retorno dessa saga.

E por falar em continuação, na CCXP Worlds 2020 Sorrentino confirma a produção da  série de TV inspirada nesse thriller, tendo o diretor James Wan ( de Aquaman ) como o responsável por trazer essa adaptação dos quadrinhos para as telinhas. Será que esse foi o motivo de um final tão aberto? Só nos resta aguardar por mais detalhes.

Então, empolgados para esse show? Leiam Gideon Falls e deixem suas impressões aqui pra gente. 😏

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DC Comics anuncia minissérie Batman: The Imposter que terá artes de Andrea Sorrentino

A DC Comics anunciou a minissérie Batman: The Imposter, que terá três edições e será lançado simultaneamente nos países: Espanha, Alemanha, Brasil, México, Itália, França, Rússia, República Tcheca, Polônia, Japão, Coreia do Sul, Turquia e Argentina. A publicação será pelo selo Black Label.

Com roteiro de Mattson Tomlin e com artes do badalado Andrea Sorrentino, Batman: The Imposter vai apresentar uma versão corajosa e mais dura de Gotham City e que segundo o roteirista quer deixar o Homem-Morcego “mais real possível”.

 

Aqui encontraremos um jovem Bruce Wayne que está combatendo o crime por mais ou menos um ano, e ele vem feito a diferença na cidade. Mas também vem colecionando inimigos poderosos. Além da máfia, dos ricos que querem sugar o povo de Gotham, o Departamento de Polícia corrupto e dos malucos fantasiados, existe um segundo Batman atuando contra o crime. E este outro Batman não tem código moral e ético nenhum.

Batman: The Imposter terá versões digitais e impressa e começa a ser publicada em outubro nos EUA.

Se você quiser acompanhar a versão de Batman: The Imposter original, fique de olho no site Comics and Signatures, primeira loja brasileira 100% online especializada em quadrinhos importados, assinaturas e colecionáveis.

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Gideon Falls | A Trinca de Terror, Mistério e Loucura do Celeiro Negro

Quando eu comecei a ler Gideon Falls – Vol. 1 – O Celeiro Negro, eu meio que já esperava o que estava por vir. O material em minhas mãos pulsava em induzir-me para uma trama de mistérios, terror e suspense. Bem, devo dizer que Gideon Falls tem um bocado dessas coisas, e tem outras coisas emboladas. Coisas boas e coisas ruins. O clima que esperamos na publicação é real. Um mistério meio que sufocante criado pelo roteirista Jeff Lemire, vai ditando uma narrativa que assemelha à filmes de suspense ou então a mais nova onda de séries de TV sombrias com o clássico Além da Imaginação. Existem momentos em que você pensa se vale a pena dá uma pausa, ir para uma outra leitura mais leve, ou então continuar. Principalmente se você ler como eu fiz as duas da madrugada. O suspense de Gideon Falls nem é tão aterrorizante assim, mas toda a sua construção, principalmente nos traços do (genial) Andrea Sorrentino, colaboram com o desenvolver de toda a trama.

A trama de Gideon Falls – Vol. 1 – O Celeiro Negro é contada a partir de duas narrativas. A do jovem Norton, ambientada em uma grande cidade, que tem em sua paranoia o Celeiro Negro, ele vive a revirar lixo atrás de artefatos ou pedaços que possam comprovar que não é louco. Ao mesmo tempo ele tem um acompanhamento psiquiátrico da jovem Dr. Xu, que com o passar da trama se vê envolvida na loucura ou possível realidade de Norton. A outra narrativa é do Padre Wilfred. Que chega na pequena cidade de Gideon Falls para substituir o antigo pároco. Wilfred é um sacerdote que tem em sua bagagem um passado nebuloso e desviado da Igreja Católica, e ficar de frente à comunidade cristã da pequena cidade, esquecida pelo mundo, lhe parece mais um castigo do que uma dádiva.

As duas tramas vão se misturando na medida em que o misterioso imóvel fantasmagórico vai fazendo suas aparições e a influência da lenda vai minando cada vez mais a história. A grande sacada de Lemire é criar a dúvida entre as duas tramas, enquanto uma vai apresentando momentos de insanidade, de conto da carochinha, a outra vai nos convencendo que o Celeiro Negro realmente existe.

Norton

O ponto negativo fica para o excesso de clichês que vão conduzindo a história. A própria dupla de protagonistas são clichês clássicos. Um padre que perdeu a fé. Um homem que não se sabe se é louco ou se está falando a verdade. Ainda temos uma psiquiatra que se envolve com o paciente, um velho que investiga o Celeiro Negro e todos o consideram maluco, uma policial emocionalmente envolvida com o mistério do imóvel fantasmagórico e que ao mesmo tempo não acredita nele e uma trama da igreja por trás disso tudo. Até mesmo um grande plot mais perto do final é meio que óbvio, mas pode parecer brincadeira, ele parece ser óbvio de propósito até. Jeff Lemire abusou de tipos que são comuns em diversas outras histórias para serem os condutores de sua trama, mas confesso que “ponto negativo” é algo meio que forte até pode soar como um baita defeito, mas o roteirista escreve muito bem os personagens, e tenta ao máximo tirar todos eles do lugar comum que geralmente são introduzidos. Essa construção do clichê para algo diferenciado se deve muito ao Sorrentino.

Padre Wilfred

Como dito aqui antes, os traços de Andrea Sorrentino são únicos. Eles ditam até as características emocionais e psíquicas dos personagens, como por exemplo Norton. Que sempre está com uma máscara cirúrgica e nunca aparece o seu rosto. O roteiro de Jeff Lemire é bem contado e desenvolvido graças as técnicas que o desenhista usa. A diagramação e os quadros ajudam nos momentos sufocantes da trama, fazendo elevar a expectativa pela próxima página. E ao mesmo tempo, nos momentos de calmaria fazem nossos olhos relaxarem. Vale ressaltar também o fabuloso trabalho de colorização de Dave Stewart. Conhecido pelas cores em Hellboy, Stewart fez das cores personagens à parte. Existem momentos em que estamos acompanhando um devaneio de Norton vendo a sua insanidade cinzenta bem ameno, ou um momento em que o Padre Wilfred está simplesmente conversando em tons pasteis atrativos para os olhos, e ao virar a página no momento de tensão em que o roteiro demanda, um tom vermelho sangue salta para cima do leitor. A colorização é uma das engrenagens que fazem o roteiro funcionar.

Eu não saberia dizer se a história que Jeff Lemire quis contar em Gideon Falls seria possível sem Andrea Sorrentino e o Dave Stewart, acho que o bolo final sem esses ingredientes ficaria sem sabor. Mas a soma dos três, vão conduzindo o leitor pela a história o segurando até o fim, valendo totalmente o investimento. Alguns leitores podem começar a leitura esperando com algo mais hardcore sendo entregue logo de início. Mas não é assim em Gideon Falls. A trama é toda uma construção, com suspense, ora com viés de terror, ora com viés psicológico.

Gideon Falls – Vol.1 – O Celeiro Negro tem formato 26,6 X 17,2 cm, 160 páginas e capa dura. No Brasil, a publicação está sendo pela editora Mino, que recentemente lançou o Volume dois.

 

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Velho Logan | Fúria Selvagem

Fúria Selvagem é o primeiro arco da revista do Velho Logan após a saga Guerras Secretas. Foi lançado entre as edições 1-4 do título Old Man Logan Vol.2, com roteiro de Jeff Lemire, desenho de Andrea Sorrentino, e colorização de Marcelo Maiolo.

Após a minissérie de quatro edições do Velho Logan que foi lançada durante Guerras Secretas, Logan foi um dos sobreviventes do Mundo Bélico que foi parar no universo principal da Marvel, agora chamado de Universo Prime, e passou a integrar o elenco de personagens principais da editora.

Antes de tudo, explicarei o que foi a saga Guerras Secretas de um modo bem simplista para um entendimento mais completo do texto.

Quando o Multiverso Marvel estava morrendo, surgiu alguém muito poderoso, com poder para salvar fragmentos de diversos universos. E, assim, nasceu o Mundo Bélico, criado de pedaços de diversos universos mortos, e regido por um monarca que foi considerado Deus. Um dos universos que integram esse mundo é o do Velho Logan, criação de Mark Millar e Steve McNiven em um universo alternativo apocalíptico.

Old Man Logan Vol.1 #5
Old Man Logan Vol.1 #5

Não é necessário ter lido nada do que já foi lançado do Velho Logan para entender esse novo título do personagem. Porém, enriquece a experiência já ter lido Guerras Secretas de Jonhathan Hickman e Esad Ribic, a minissérie Velho Logan de Brian Michael Bendis e Andrea Sorrentino, e o arco Velho Logan de Mark Millar e Steve McNiven.

O roteirista Jeff Lemire utiliza estratégias narrativas para situar o leitor com acontecimentos que são importantes para o desenvolvimento da trama, e também insere novas camadas de profundidade dentro do que já foi apresentado. Portanto, acompanhar ou não o que veio anteriormente, fica a cargo do leitor.

Old Man Logan Vol.2 #1
Old Man Logan Vol.2 #1

A narrativa de Lemire já começa com o Velho Logan acordando atordoado em um mundo diferente, que não é dominado por vilões e não está destruído. Logan logo percebe que está no passado, mas não tem certeza se é o seu passado, mas está em um mundo que ainda existe esperança de ser salvo, em um mundo que ele ainda pode salvar sua família. E, então, ele decide começar uma caçada aos principais culpados pela morte de seus entes queridos, a fim de que seu futuro trágico não aconteça.

Como o próprio nome do arco diz, Logan está de volta a sua raiz selvagem. Não mais chamado de Wolverine, nem um X-Men, nem um herói, apenas Logan, um homem com uma fúria selvagem tentando evitar que um futuro trágico aconteça.

Durante as quatro primeiras edições que compõe o arco, Lemire fica alternando a narrativa entre o presente do Universo Prime e o futuro apocalíptico do Velho Logan, levando o leitor a questionar se de fato o futuro do Logan é o futuro do Universo Marvel principal, e não uma realidade alternativa.

A cada edição são apresentados conflitos de um Logan traumatizado e com medo de que seu futuro se concretize. E nesse contexto, algumas figuras importantes do universo do Velho Logan de Mark Millar são inseridas na trama.

Old Man Logan Vol.1 #1
Old Man Logan Vol.1 #1

O arco conclui com Logan enxergando a possibilidade de que o presente em que está vivendo talvez não seja o seu passado, mas uma nova chance. Apesar de ter perdido tudo no futuro, no presente, percebe que os X-Men ainda estão vivos, portanto, ainda há esperança.

Se passar tempo o bastante tentando fugir do passado e mudar o futuro, você começa a esquecer que ainda está vivo neste momento. O passado se foi. E o amanhã pode trazer todo o inferno que eu mais temo. Mas hoje… hoje é muito bom se sentir vivo.” – Velho Logan Vo.2 #4

Old Man Logan Vol.2 #2
Old Man Logan Vol.2 #2

Em relação arte, que ficou a cargo de Andrea Sorrentino e Marcelo Maiolo, a dupla casou perfeitamente com a proposta do título. As ilustrações ao mesmo tempo em que são escuras para combinar com o tom da trama, nos momentos de ação e ~SNIKT~ do Logan, ganham cores vivas com um fundo vermelho, que remete a violência, e deixam as sequências de ação bem visíveis e detalhadas.

A composição dos cenários também é algo a se prestar atenção, pois estão recheados de easter eggs, como a cena que Logan faz uma referência a Cavaleiro das Trevas de Frank Miller.

Old Man Logan Vol.2 #1
Old Man Logan Vol.2 #1

A estreia do Velho Logan no universo principal da Marvel começou muito bem, resgatando alguns elementos que os fãs do carcaju sentiam falta, como a dualidade entre homem e besta, e a sua busca por um lugar no mundo.

Para quem assistiu o filme Logan e gostou,  aqui está uma ótima oportunidade de começar a acompanhar o personagem nos quadrinhos também.

 

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Secret Empire | Veja as capas variantes de Andrea Sorrentino

Secret Empire vai ser o grande evento da Marvel Comics em 2017. Na saga, o Capitão América vai se revelar um agente da HYDRA e vai começar os seus planos para dominação mundial. Como de praxe em qualquer grande evento, Secret Empire vai ganhar diversas capas variantes, e algumas já foram divulgadas pelo aclamado artista Andrea Sorrentino.

Sorrentino era o desenhista na série mensal Old Man Logan, fez as capas intituladas Hydra’s Heroes, mostrando diversos heróis como agentes da HYDRA. Confira na galeria abaixo:

 

A saga é escrita por Nick Spencer e além de Sorrentino, terá artes de Steve McNiven, Leinil Yu e Daniel Acuna. Axel Alonso, editor-chefe da Marvel Comics falou anteriormente sobre Secret Empire:

“Acabamos de sair de Civil War II e Inhumans vs X-Men, dois grandes e sombrios eventos onde tivemos heróis lutando contra heróis, em posições defensáveis de cada lado. O Universo Marvel está dividido. Secret Empire é a chance da união dos heróis voltar e enfrentarem um inimigo comum. Só que esse inimigo comum é ninguém menos do que o Capitão América”.

Saiba mais sobre Secret Empire AQUI. A saga começa a ser publicada em abril nos Estados Unidos.

ronin