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BvS | Afinal, pelo que estavam incriminando Superman?

Superman foi julgado culpado por…? Assistindo Batman vs Superman: A Origem da Justiça muitas pessoas ficaram confusas com alguns detalhes da trama, muito por conta dos cortes secos graças à edição confusa. Enquanto algumas dessas pensaram que o governo estava incriminando Superman por ter matado (a tiros? Sério?) as pessoas da vila africana onde Lois Lane ia realizar uma entrevista, outras simplesmente não entenderam nada da trama principal de induzir um pensamento dúbio acerca de Superman e as motivações de Lex Luthor. [Contém spoilers do filme]

Uma das primeiras cenas do filme mostra Lois Lane chegando na vila chefiada por terroristas para realizar uma entrevista. Seu parceiro e fotógrafo nesta viagem (segundo o diretor Zack Snyder, o fotógrafo é Jimmy Olsen) é exposto pela equipe de mercenários que estava presente ali aparentemente trabalhando para o líder, revelando que na verdade Jimmy trabalhava com a CIA para descobrir a localização do chefe terrorista.

Lois Lane é, então, tomada como refém. Isso faz com que Superman saia de onde estava para salvá-la, mas antes, o grupo de possíveis mercenários liderado por Anatoli (que receberá mais destaque conforme o filme avança) massacra as pessoas da vila a tiros e foge. Superman rompe a barreira do som algumas vezes, desce e salva Lois. Esta cena é a base de toda a trama do filme, incluindo boa parte das manipulações de Lex Luthor.

O arquiteto por trás de toda a trama do filme.
O arquiteto por trás de toda a trama do filme.

A mídia e o governo não culpam Superman por ter matado as pessoas, mas sim por não ter agido antes delas morrerem, se preocupando somente em salvar Lois Lane. A Senadora (interpretada por Holly Hunter) passa o filme todo perguntando a especialistas e membros da mídia se Superman deveria agir como um salvador messiânico de toda a humanidade, ou se preocupar apenas com o que é do interesse dele (como na mente de boa parte das pessoas, aconteceu no vilarejo africano). Superman não é um assassino direto, mas a mídia é levada a pensar que ele simplesmente não quis salvar ninguém no massacre graças a ausência de provas que contestem essas afirmações.

No tiroteio, uma das balas é cravejada no diário de anotações de Lois. Com o desenrolar do filme, descobrimos que a bala é feita de um metal diferente produzido pela LexCorp. Mas qual seria o interesse de Lex Luthor em incriminar o Superman?

A população exige saber quais as motivações do Superman.
A população exige saber quais as motivações do Superman.

O Lex deste universo é mais perturbado que qualquer uma de suas encarnações anteriores. Um garoto que tinha problemas de relação familiar com seu pai, Luthor pretende criar uma arma capaz de destruir Superman, que ele acredita ser uma possível ameaça para toda a humanidade (graças a batalha de Metrópolis contra o General Zod). Esta arma seria feita de kryptonita (da qual ele já tinha acesso a um pequeno fragmento presente na nave kryptoniana abandonada, mesmo fragmento que ele estudou e descobriu que degradava as células dos kryptonianos).

No momento que os exploradores que trabalhavam para Lex encontram uma grande pedra de kryptonita presente em uma ilha do Oceano Índico, o jogo político começa. Lex precisa não só do direito de importar esta pedra para os EUA, como também a licença do governo para que ele estude os efeitos de tal descoberta, utilizando tudo o que restou da batalha de Metrópolis (incluindo o corpo de Zod), e criando uma arma baseando-se nestes estudos.

Encontrada no Oceano Índico, a rocha de kyptonita une Lex Luthor e a paranóia de Bruce Wayne.
Encontrada no Oceano Índico, a rocha de kyptonita une Lex Luthor e a paranóia de Bruce Wayne.

Lex utiliza de chantagem com um possível político corrupto para obter a licença que, um tempo depois, é vetada pela Senadora. Enquanto isso, Bruce Wayne vem investigando o que seria o Português Branco que ele tem ouvido falar e que aparentemente carrega ilegalmente um item capaz de enfraquecer o Homem de Aço. Bruce nutre um ódio pelo Superman graças a destruição de Metrópolis e a morte de milhares de pessoas. Lex se aproveita deste ódio, apoiando um ex-funcionário da Wayne Financial que também odeia o Superman. Este funcionário perdeu suas pernas na queda do prédio das indústrias Wayne, e é utilizado como marionete por Lex para trazer Superman até a corte, com o objetivo de dizer quais seus ideais para com a segurança do planeta. É importante ressaltar que o Lex deste universo já tem conhecimento não só das identidades de ambos os heróis, como possui arquivos sobre estranhos casos dos chamados meta-humanos que vem surgindo há algum tempo.

Para que o plano de Lex funcione, é de suma importância que ele já possua um conhecimento sobre as identidades de ambos os heróis. Sabendo que Superman é o repórter Clark Kent, ele não só aproxima os dois como também envia fotos de um preso (que foi marcado pelo Batman no início do filme) morto, espancado na prisão por ser um possível estuprador ou traficante de mulheres. Clark acredita que os métodos do Batman são muito violentos, enquanto Bruce é manipulado (graças ao ex-funcionário que também foi manipulado por Lex) a crer que o Superman não somente é uma possível ameaça, como deve ser destruído.

"Ele é o Reino de Terror de um homem só."
“Ele é como um Reino de Terror de um homem só.”

Retornemos ao filme. Após a Senadora vetar a licença de Lex e Superman começar a agir como um salvador da humanidade, Bruce (já com um grande ódio nutrido) realiza uma perseguição com o Batmóvel para tentar obter a pedra de kryptonita e é confrontado por Superman, que também já havia recebido as fotos do presidiário que foi espancado até a morte. Os heróis se encontram trajados pela primeira vez, e Lex tira sua kryptonita do porto. Então, chegamos na cena do confronto da Senadora com o Homem de Aço.

Aqui, Lex utiliza a cadeira de rodas que ofereceu ao ex-funcionário para explodir todo o congresso. Havia uma transmissão ao vivo sendo realizada neste momento, e todos os cidadãos (incluindo Bruce) observam Superman sair ileso enquanto todos no capitólio pegam fogo. Isso leva a kryptonita (com a morte da Senadora, muito mais fácil de se manter para estudos) a ser roubada pelo Batman. Superman culpa a si mesmo por não ter conseguido evitar a morte das pessoas no capitólio. Enquanto isso, Lex inicia a terceira parte de seu plano: obter conhecimento acerca de todo o universo. Para isso, ele utiliza as digitais de Zod (que haviam sido cortadas antes) e a nave kryptoniana abandonada para acessar os arquivos acerca de tudo conhecido. Aqui, ele não só obtém o conhecimento de outros planetas (possivelmente um deles sendo Apokolips) como também descobre o projeto secreto de Krypton para criação do Apocalypse. Bruce se prepara para confrontar o Superman (que está isolado e pensativo no ártico) e Lex inicia a criação do monstro como uma precaução. “Se o homem não matar Deus, o Diabo matará“.

Durante a transmissão do capitólio, Bruce não só assiste a destruição como também recebe as mensagens que Lex Luthor preparou com o objetivo de aumentar seu ódio.
Durante a transmissão do capitólio, Bruce não só assiste a destruição como também recebe as mensagens que Lex Luthor preparou com o objetivo de aumentar seu ódio.

Bruce prepara a área do prédio abandonado do Departamento de Polícia de Gotham justamente para confrontar Superman sem botar em risco a vida de civis. Lex observa de longe o Bat Sinal sendo ligado, e Lois é sequestrada por Anatoli para ser utilizada como um método de chamar o Superman (como vimos no começo do filme, ele sempre aparece para salvá-la). Frente a frente com Lex Luthor, Superman descobre que sua mãe está sendo mantida como refém, amordaçada (impossibilitando que ela grite por socorro) e a única maneira de salvá-la é indo confrontar o Batman. Ele então parte para pedir por ajuda do Morcego, mas não é ouvido (o ódio torna homens bons… Cruéis) e acaba sendo derrotado e impedido de ser atravessado pela lança de kryptonita (forjada anteriormente) no último segundo. No final das contas, o homem não matou Deus, e Batman parte para salvar Martha Kent enquanto Superman vai até Lex Luthor para impedi-lo de agir além de todos os problemas que já havia causado.

Isso culmina na criação do Apocalypse, levando à batalha final de Batman, Superman e Mulher-Maravilha (que possui uma trama secundária bem simples no filme) contra Apocalypse, culminando num final trágico que torna Superman um grande messias para a humanidade, o salvador que deu sua vida em troca da segurança do planeta.

O "falso deus" se torna o salvador da humanidade.
O “falso deus” se torna o salvador da humanidade.

Resumindo, sim, Lex Luthor possui uma motivação e Superman estava sendo incriminado por algo que não poderia ter impedido. Lex é um vilão manipulador, que utilizou todos os personagens do filme como suas marionetes para tentar por em prática diversos planos com um único objetivo: inferiorizar e destruir o Superman. A manipulação da mídia, do governo e de todo o resto está relacionada de alguma forma aos planos de Lex, desde a segunda cena do filme (descoberta da kryptonita) e do massacre no vilarejo africano que Superman não pôde impedir. O filme acaba com Lex Luthor preso, Bruce e Diana discutindo sobre o futuro e os possíveis meta-humanos, além da promessa: “Nós podemos fazer melhor. Nós faremos. Nós TEMOS que fazer.

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Saber o que você está assistindo é algo bom

Ou também, “Como sua opinião deve ser afetada pela alheia“.

Japonês é um povo estranho. E por mais que esse post não seja totalmente relacionado a japoneses, eu não sei iniciar textos de outra forma… É assim ou “Venho por meio desta“.

De qualquer maneira, venho por meio desta, descrever um aspecto que deveria ser óbvio para todo fã de alguma coisa (seja lá o que for), mas que percebo, pelas minhas interações amigáveis (e as não-amigáveis também) internet afora, que não é tão óbvio assim: Pessoas tem gostos diferentes, e a indústria faz seus produtos sempre pensando num determinado público-alvo. E que é normal você não gostar de algo que não foi feito pensando em você.

Tipo isso. Você claramente não é o público-alvo disso. Créditos: あれっくす (Pixiv)

Algumas semanas atrás, eu peguei um anime para assistir: Ore, Twintails ni Narimasu. Não vou entrar muito a fundo na série em si, mas vou usá-la como mote da discussão. O nome se traduz para algo próximo de “Então, eu me tornei uma Garota de Chiquinhas“, e como eu costumo dizer, coisas nipônicas sempre são tão idiotas como elas soam. Twintails não é muito diferente.

O rapaz literalmente se transforma numa garota de chiquinhas. Não é uma cilada; não temos desculpas esfarrapadas. O cara é uma garota. E embora isso não seja o que eu queria comentar de verdade, é só um ponto que vale ser ressaltado. Voltando…

A questão é como tal anime trata a tag “humor” no verso de seu Blu-Ray. Eu sou um cara esquisito, e adoro piadas retardadas, humor nonsense e ciente de si mesmo. Quebrar a quarta parede, debochar descaradamente das pessoas que estão assistindo e fazê-las gostar disso. Esse é meu tipo de humor. Eu não conseguia parar de gargalhar enquanto assistia cada episódio.

Porém, uma coisa que não saía de minha cabeça, com o passar das cenas em minha frente, era o pensamento de o quão de nicho era aquilo que eu assistia. Digo, eu sabia que a série seria algo que nem todos gostariam, até mesmo antes de parar para vê-la… Mas eu não imaginava que seria algo assim. Embora tenha sido uma surpresa agradável pra mim, trouxe a tona o pensamento descrito anteriormente.

Mais ou menos assim... Eu acho?
Mais ou menos assim… Eu acho?

O quão boa é a especificação? Pensando em biologia (ou qualquer outra coisa), sabemos que com ela se perde generalidade, mas se ganha eficiência. É melhor ser um perito num único assunto ou ser mediano em todos? Essa discussão também é levantada quando falamos de entretenimento: Ou se faz um show para todos os públicos e que não agrade nenhum deles de forma satisfatória, ou se faz um show que seja excelente para um grupo seleto e todos os outros o vejam com maus olhos. O meio termo existe, mas consegue ser menos eficiente do que qualquer um dos extremos.

A cultura é uma coisa que, mesmo sem estar ‘viva’, consegue seguir os conceitos definidos por Darwin. O que está melhor adaptado sobrevive. É por isso que esses dois pontos tão distantes acabaram se tornando os mais comuns hoje em dia. E, de novo, embora não seja o foco da postagem, merece um pouco de atenção.

Voltando à biologia, lá a especificação é algo bom. Quanto mais focado em algo você é, melhor naquilo você se torna, e maiores são as suas chances de sobreviver naquele ambiente. Se analisarmos a indústria de entretenimento, isso também é verdade. Nunca neguei que ser uma obra de nicho não gera lucros. E inclusive, acredito que gera até mais do que o outro caso. Mas a questão não é a indústria em si, mas sim como o comportamento dela é interpretado pelo público, e como tal público parece ignorar características e propriedades das obras.

Um exemplo bom de se dar aqui na Torre é o meu próprio. Vocês, caros leitores das partes menos obscuras do site, e que não desistiram de ler essa postagem lá no segundo parágrafo, muito provavelmente julgaram o tal anime onde o cara vira uma garota de chiquinhas como algo bizarro, não? E tenho quase certeza de que mudariam de calçada se cruzassem comigo na rua. Mas vocês já pararam pra pensar em como eu vejo vocês? Como eu julgo essas curtidas em fotos do “Deadpool Zueiro” ou esses miseráveis que trouxeram a guerra até nós lutando contra o reino de terror de um homem só?

Está na hora, rapazes.
Está na hora, rapazes.

E é por isso que, antes de dizer que algo é bom ou ruim, você precisa analisar se o que você está vendo foi, de fato, feito para você. Foi até bom eu postergar essa postagem por umas três semanas, pois agora temos um exemplo infame para acrescentar. Vocês sabem muito bem do que estou falando: A tal “crítica especializada” parece ter odiado Batman vs Superman, mas eu ainda estou pra encontrar uma só pessoa de carne e osso (que eu tenha certeza que não é um robô controlado pelos illuminatti programado para digitar postagens em sites) que diga que achou o filme “mais ou menos”.

Apenas uma prova a mais de que saber o que você está assistindo é algo bom. O filme de Batman vs Superman é bom mesmo, afinal? Eu não sei, pois não assisti (e nem vou tão cedo, com o preço que tá o cinema), mas segundo contatos (o Gabriel) ele foi muito bom pra quem é fã da DC. Mas se um dia eu parar pra vê-lo, saberei que o que estou vendo é algo feito para fãs da DC, e relevarei aquelas falas que parecem sem sentido para mim, ou aquelas cenas extremamente prolongadas que não entendo o motivo de ter mais de seis segundos. Afinal, isso não foi feito pra mim. Essas falas e cenas foram feitas para agradar o público-alvo, e não a mim. Para eles, tudo fez o maior sentido do mundo e foi sensacionalmente bem bolado.

Isso só quer dizer uma coisa: Ninguém, além de você, pode dizer se algo é bom ou ruim para você. “Crítica especializada” é algo que beira a idiotice, quando não é tratada como simplesmente uma análise da parte técnica – pois essa sim, possui regras e existe “certo” e “errado” do que se fazer. Embora isso sempre esteja acorrentado a doutrinas pré-estabelecidas. “Resenhas” e “análises” são apenas pontos de vista colocados no papel, e que devem ser levados em conta por você, apenas caso exista identificação com o tal autor. Afinal, você é um ser vivo adulto, andante e pensante, e tem capacidade de discernir quais informações são úteis ou não, certo? Esse post mesmo, pode ser totalmente irrelevante. You gonna carry that weight.

Mas nossa, em pleno ano corrente e temos que fazer postagens pra conscientizar pessoas de como gostos são diferentes e como isso precisa ser respeitado? Pois é, Oliver. Pois é.

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DC Comics | Capas variantes inspiradas em Batman v Superman

Batman v Superman: A Origem da Justiça vai chegar nos cinemas em Março. Aproveitando isso, a DC Comics lançara capas variantes com a temática do filme. As capas ficarão a cargo de vários artistas e abrangerá todas as revistas regulares da editora.

Confiram as variantes lançadas até o momento:

 

O lançamento é em Março nos EUA.

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Batman v Superman | Henry Cavill comenta sobre o seu personagem


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Durante uma entrevista recente ao Cineplex, o ator comentou um pouco sobre sua participação no Universo Cinematográfico da DC, além de abordar o ponto mais comentado entre os fãs sobre o filme-solo do Superman. Veja a transcrição da conversa abaixo.

‘A recepção do meu primeiro filme como Superman, pelo que tenho lido, foi bastante misto. Todo mundo com quem falei gostou do filme, mas não o contrário. Se você encontrar um estranho na rua, não falarão mal na sua cara.”

Um ponto de discórdia entre os espectadores envolve os danos colaterais que Metropolis sofreu durante a batalha entre Superman e o General Zod. Essa questão está sendo abordada de uma maneira bem inteligente nos trailers vistos de Batman v Superman. O que consideram como o catalisador do ódio entre Bruce Wayne para com o Kryptoniano. Curiosamente, Cavill não pensa desta forma.

‘Não há movimento intencional. Não acho que Batman v Superman virá para resolver quaisquer problemas que as pessoas tiveram com Homem de Aço. É só uma continuação dessa história e eles continuarão a desenvolver este mundo, e introduzir novos personagens.”

Depois de dois filmes, o ator gosta de peneirar as camadas de seu personagem.

”Existe bastante coisa que você pode fazer com ele, só depende de como você quer mostrá-lo. Ele terá uma evolução muito interessante nesse filme.”

Batman v Superman tem data prevista de lançamento aqui no Brasil em 24 de março deste ano.