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Quando eu me apaixonei por Joey Ramone?

Quando eu me apaixonei por Joey Ramone? Não sei dizer ao certo. Acho que primeiro não exatamente por ele. Era apenas um guri beirando na idade de 13 ou 14 anos, talvez já estivesse com 15 anos. Talvez. Mas lembro de conhecer algumas coisas dos Ramones, mas não tinha desenvolvido o mantra: “Tudo que você faz escutando Ramones, fica melhor”. Até que um amigo me emprestou uma fita K7 com uma (com o perdão do trocadilho) cassetada de músicas dos Ramones. Ali tudo mudou.

Infelizmente, quando comecei a gostar dos Ramones foi também o mesmo período em que a banda já estava na reta final de sua existência. Nunca tive o prazer divino de ir nos shows dos meus heróis. E confesso que na época eu também não era tão fã como sou atualmente, ou como eu era a 20 anos atrás. Infelizmente. Eu tinha amigos que amavam mais do que eu, que ouviam mais do que eu e sabiam mais sobre a banda do que eu. E quando eu me apaixonei por Joey Ramone já era um tanto tarde demais para ir em shows dos caras. Mas graças ao punk amor sempre é eterno.

Joey em sua casa. Foto de André Barcinski

Em razão de alimentar esse amor, como fazemos com qualquer companheiro(a) que encontramos na vida, busquei saber tudo sobre ele, sobre a banda, integrantes e tudo que aconteceu ao redor. Desde o início da banda na década de 1970 até o “final” na década de 1990. E isso é algo perigoso pois em certo momento pode gerar algum tipo de decepção, quando desnudam os seus heróis. E meio que me senti assim em certos momentos. Em relação a todos os Ramones. Sem exceção. Mas, em uma escala menor com Joey.

Jeffrey Ross Hyman teve uma infância difícil, sofrendo com o bullyng das crianças da escola, com a separação dos pais, com um pai que considerava que ele (e o irmão Mickey Leigh) deveriam ir para uma escola militar, com o fato de ser o “esquisitão” da rua e com os primeiros sintomas do TOC. O menino Joey passou por uns maus bocados. Era a personificação de momentos que muitos passam na vida mas buscam esconder, e não me excluo dessa. Tenho momentos em que sofri muito para ir à escola quando criança por causa do meu peso, eu me fechava por dentro e não demonstrava. Ficava introspectivo e silencioso, juntamente com meus quadrinhos e músicas.

Joey, Mike (seu irmão) e um tio deles.

Joey Ramone é um case de sucesso que faz os olhos de qualquer coach, desses bem charlatão, brilharem. Era o derrotado, que montava banda após banda com baterista, em certo momento foi posto para fora de casa, virou Jeff Starship e tocou na Sniper, uma banda de GLAW ROCK, de onde foi expulso por não ser bonito o suficiente para ser vocalista. Muitas idas e vindas em clínicas psiquiátricas, onde foi atestado como “O paciente essencialmente se enxerga com baixa autoestima, sofrendo grande dor emocional na forma de ansiedade; a personalidade do paciente é consistente com o diagnóstico de esquizofrenia do tipo paranoide”, lutou contra um linfoma de 1994 até 2001 e se tornou lenda amada do rock.

Isso sem falar em tocar em uma banda que vivia em zona de conflito. Muitas vezes graças ao domínio de ferro de Johnny Ramone e seu tradicional mau humor e jeito conservador. Joey ainda teve a decepção de ver a sua namorada, Linda, começar a ter um caso com o guitarrista da sua banda. Aliás ele não viu, depois de muitos comentários foi que tudo explodiu.

Joey, Johnny e Linda.

E perdeu a namorada, foi traído, descobriu a traição e continuou na banda. Uma banda que não explodia no sucesso que todos achavam que ia fazer. Os Ramones só foram ser tornar pilares deuses do rock quase ou já no final da carreira, a maior parte de suas carreiras eram grandiosos no circuito underground. Eles por exemplo, se posicionam hoje em um local como (serei xingado) os Beatles. Os rapazes de Liverpool foram o grande estopim de diversas bandas como o Black Sabbath e os próprios Ramones. E inspiraram milhares de pessoas ao redor do mundo. O efeito Ramones no punk é equivalente a isso. Pois muitas bandas como o Green Day, Ratos de Porão e Racind, por exemplo, citam os caras como grandes mestres.

Os Ramones nunca tiveram um grande disco de sucesso. As vendagens sempre foram baixas. Os motivos nunca foram claros. De repente foi a estratégia que tiveram no inicio, o discursos, as suásticas que usavam para chocar a sociedade judaica, apesar de ter judeus em seus integrantes (Joey era um), as confusões etc e tal.

GABBA GABBA HEY!

Os Ramones, incluindo o próprio Joey, tiveram momentos esdrúxulos que acabaria com o fanatismo de qualquer fã. Johnny tinha uma namorada que ele batia com regularidade, por exemplo. Dee Dee Ramone, além de todas as drogas, ele ainda foi diagnosticado com Distúrbio de Bipolaridade. O próprio Joey era um turbilhão de emoções, e ao mesmo tempo que era uma pessoa mais amável do mundo, era o tremendo escroto irritante. De gritar com quem tivesse que gritar. Sem pudor.

Mas então porque eu me apaixonei por Joey Ramone? E possivelmente você também?

Pode ser toda a mística que envolve os Ramones. O jeito fácil que pega quando você é moleque e pensa: “uma banda inteira que toca em três notas. Eu posso fazer isso também!”, esse tipo de ensinamento é algo que se pode levar para a vida. “Se fulano consegue, porque eu também não consigo” (brilham os olhos dos coachs novamente).

Pode ser pelo fato de Joey teve uma vida complicada desde criança. Muitos de nós temos nossos momentos em que somos ridicularizados, nos sentimos para baixo, mas sabemos que temos os Ramones para afagar e Joey levantar o astral com seu HEY HO!

A placa em homenagem a Joey Ramone, fica na esquina da Bowery com a East Second Street em Nova York e é a placa mais roubada da cidade. O que obrigou a prefeitura instalar a seis metros de altura.

Não sei o motivo na verdade porque me apaixonei por Joey Ramone. Só sei que hoje, 15 de abril, completam 20 anos de sua morte. E sinceramente sinto a falta de como se fosse um amigo. Um amigo que esteve em momentos felizes e tristes da minha vida adolescente e adulta. Mas um amigo que eu nunca vi pessoalmente, que é só eu dar um play em alguma música e sei que ele estará ali para me abraçar novamente.

No livro Eu Dormi com Joey Ramone, escrito por Legs McNeil e Mickey Leigh. Mickey revela a última música que Jeffrey Ross Hyman ouviu no dia em que faleceu, aos 49 anos, após uma batalha de sete anos contra o linfoma no Hospital Presbiteriano de Nova York em 15 de abril de 2001, foi “In Little While” do U2. Confira abaixo a versão legendada em português.

Eu te amo Joey Ramone!

 

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Música

Músicas dos Beatles estão sendo usadas por policiais para derrubar lives de manifestantes nos EUA

Segundo a Vice, o corpo policial de Beverly Hills na Califórnia adotou o método de abraçar a música para frustrar os planos de manifestantes de seguirem com a ideia de mostrar os policiais em lives. Como isso?

Os policiais estão querendo se apoiar nas questões de direitos autorais para evitarem as filmagens realizadas pelas pessoas.

Aqui  vemos um agente tocando Santeria do Sublime para evitar que a live continuasse.

Os Beatles também não escaparam dessa nova tática. O vídeo que pode ser visto aqui  já registra os policiais na rua tocando o hit Yesterday para derrubar a live por causa dos direitos autorais já mencionados acima.

Fonte: Tenho Mais Discos Que Amigos

Os Beatles foi uma banda de rock inglesa formada em 1960 na cidade de Liverpool. Formada por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Considerada a banda mais influente de todos os tempos.

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A confortável viagem na sinestesia de Paul Está Morto

Muito se idealiza sobre o passado. Existe sempre uma aura de sagrado em tempos anteriores pois o distante parece irretocável. Na literatura, Luis de Camões já demonstrava essa questão em Os Lusíadas, onde os portugueses em vias de desembarcar e explorar as Américas no século XVI enfrentavam criaturas que iam além da compreensão humana em mares nunca antes navegados. Na Idade Contemporânea não é necessário ir muito longe para alcançar um período onde o real e fantástico se entrelaçam: a segunda metade da década de 60 do século XX isso era visto tanto na música quanto nas histórias em quadrinhos, pois nem a lama de Woodstock foi capaz de sujar essa época.

Nos quadrinhos, a editora Éric Losfeld trazia ao público europeu cores berrantes e viagens psicodélicas que muito se questiona a respeito da sobriedade de seus autores. Barbarella, Kris Kool, Saga de Xam, Les Aventures de Jodelle e outras histórias estavam na vanguarda da narrativa gráfica em uma onda que até hoje não se desfez. O datado aqui não existe e o tempo nem sequer pode ser considerado relativo: na verdade, ele nem é cogitado. Por isso, todas essas obras continuam futuristas até hoje.

Kris Kool e Saga de Xam marcam o experimentalismo e psicodelia na narrativa gráfica até os os tempos atuais (IMAGENS: 50watts.com e formidablemag.com)

Investigando esse mesmo fenômeno no ramo da música, chegamos logo aos Beatles. Os rapazes, que eram o sonho de qualquer qualquer filha para se casar, deixavam para trás sua marca de bem-comportados. Tal atitude se tornou mais evidente em 28 de agosto de 1964 quando em um quarto de hotel Bob Dylan os apresentou a maconha. O quarteto até tentou disfarçar: lançou logo depois os álbuns Beatles For Sale e Help! que ainda trazia sua marca já conhecida, mas o logotipo do subsequente Rubber Soul, lançado menos de quatro meses depois do álbum anterior, já denotava que algo diferente já pairava não só no ar, mas também nos pulmões e na cabeça da banda mais célebre de Liverpool. Para nossa sorte, o “estrago” feito por essa e outras drogas já estava feito e os melhores álbuns dos Beatles foram lançados a partir daí.

IMAGEM: Comix Zone

Paul Está Morto se passa justamente nesse período: no ano seguinte ao lançamento de Rubber Soul e entre o lançamento dos aclamados álbuns Revolver e o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. As cores das roupas, os experimentos nas gravações em estúdio, as discussões estressantes de uma vida que era dedicada quase que em sua totalidade ao trabalho dos músicos atacaram o hemisfério direito dos autores estreantes no mercado editorial brasileiro Paolo Baron (roteiro) e Ernesto Carbonetti (desenhos) em busca de uma narrativa livre sobre o que pode ter acontecido nos bastidores do que viria ser o ápice dos Beatles, mas que resultou na dissolução da banda cinco anos depois. O hemisfério direito do cérebro, responsável pela criatividade humana responsável por parir Paul Está Morto, é coincidentemente a mesma região mais influenciada pelos efeitos da marijuana, musa do grupo musical a partir de então.

Por isso mesmo, não dá para fugir da psicodelia gráfica em Paul Está Morto: as cores são extremamente vivas e ditam o ritmo da narrativa. As cores marcam a tensão, velocidade e linha temporal a cada quadro em que a história se desenvolve. As cores pulam, esparramam e fogem dos quadros quase espirrando no rosto do leitor, trazendo-o para dentro da história e o colocando como testemunha ocular da turbulenta vida particular que era abafada pelos sorrisos talvez forçados fotos para revistas e jornais, gravações de discos, aparições na TV e qualquer representação de mídia onde era praticamente uma obrigação passar a imagem de que os Beatles era uma banda formada por pessoas perfeitas, mas a verdade era muito diferente.

IMAGEM: Comix Zone

Como já bem denota no título, a HQ mostra a tentativa de abafar a notícia da suposta morte de Paul McCartney e suas irreversíveis consequências. A influência dos Beatles era tão grande a ponto de temer uma onda de suicídios em massa por fãs da banda. Era mais do que necessário que a situação nunca viesse à tona, inclusive buscando um hipotético sósia. O mais interessante dessa visão nas entranhas na história da música é o destaque dado a Geoff Emerick (engenheiro de som), George Martin (produtor) e principalmente Brian Epstein, empresário dos Beatles. Tais personagens costumam cair no esquecimento e seus nomes são apagados como marcas na area da praia, mas não aqui.

IMAGEM: Comix Zone

A edição da Comix Zone faz jus à questão gráfica da HQ. A impressão da Ipsis Gráfica mantém o nível das cores que, caso não fosse bem executado, estragaria a leitura. O papel couchê aqui se torna imprescindível para trazer as cores mais vivas e reluzentes possíveis da arte de Carbonetti, justamente como se via nos projetos gráficos oficiais que envolviam os Beatles de 1966 em diante. Como extras, temos depoimentos e comentários dos autores a respeito de seu roteiro e arte, e como trouxeram sua marca pessoal em uma história já tão conhecida e com personagens mais famosos ainda, ainda mais usando como referência imagens reais dos personagens. É difícil trazer algo novo para uma história que praticamente se tornou um conto do folclore mundial, ainda mais mantendo um ritmo quase musical à leitura.

Até hoje especula-se se Paul de fato é o mesmo ou foi substituído. Diversas teorias da conspiração são discutidas através de supostas mensagens subliminares nas capas de álbuns dos Beatles do Sgt. Peppers até Let it Be, último álbum da banda. No fim das contas, podemos somente imaginar. Nada é comprovado, e não sabemos se isso é o mundo real ou mais uma viagem psicodélica como tantas outras. Para nós, basta apenas se divertir com tudo isso, e a versão apresentada em Paul Está Morto cumpre esse papel.

Paul Está Morto
Paolo Baron (roteiro)
Ernesto Carbonetti (arte)
Thiago Ferreira (tradução)
Audaci Júnior(revisão)
120 páginas
24 x 17 cm
R$59,90
Capa Dura
Comix Zone
Data de publicação: 09/2020

 

 

 

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Paul Está Morto é o Próximo Lançamento da Comix Zone

Paul Está Morto – Quando Os Beatles Perderam Mccartney é o próximo lançamento da editora Comix Zone. A graphic novel trata de um dos boatos/lenda mais emblemático da história do rock mundial: que o Beatle Paul McCartney teria falecido em 1966 e desde então um sósia vem ocupado o lugar dele.

A lenda/boato começou depois que uma rádio noticiou que o Beatle teria sofrido um acidente de carro ao colidir com outro veículo em um cruzamento de trânsito. O boato ganhou tanta força, que Paul McCartney, que estava em férias na Escócia, teve que dar uma entrevista para a revista Life, para desmentir a sua morte. O boato se tornou uma das lendas mais famosas do rock e até hoje tem pessoas que acreditam nele. Diversos livros foram escritos com pistas que “comprovam” a suposta morte. Como por exemplo a capa do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band seria seria na verdade a sepultura de Paul com todas aquelas pessoas olhando para ela.

E é nessa atmosfera de gravação de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. que Paul Está Morto se desenrola. A graphic novel é uma criação dos italianos Paolo Baron e Ernesto Carbonetti. Confira a sinopse abaixo:

“Londres, novembro de 1966. John Lennon não consegue falar. Olha fixamente a foto de um carro em chamas com o corpo de Paul McCartney no interior. Paul não está mais entre nós, e isso significa também o fim dos Beatles. Mas John quer saber a verdade e, com a ajuda de George e Ringo, começa a reexaminar as horas finais da vida de Paul.”

Paul Está Morto – Quando Os Beatles Perderam Mccartney tem formato 16,7 x 24 cm, 120 páginas, capa dura e o valor de R$ 59,90. A edição está em pré-venda na Amazon com desconto de 30%, e o lançamento oficial será em setembro.

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Drake conquista mais um recorde histórico na Billboard Hot 100

O canadense Drake (33) conquistou um novo recorde na principal parada americana, a Billboard Hot 100. Seu novo single “Toosie Slide” foi a maior estreia semanal na lista, ocupando o primeiro lugar, desbancando o hit “Blinding Lights” de seu conterrâneo The Weeknd.  Com isso, Drake se tornou o primeiro artista masculino a ter estreado três músicas (contando com “God’s Plan” e “Nice For What“)  na posição mais alta da principal parada americana, feito antes alcançado somente por Mariah Carey.

Outros grandes recordes quebrados do rapper, foram relacionados ao número de entradas cronológicas e simultâneas neste chart. Drake emplacou 209 músicas na Billboard Hot 100 desde o início de sua carreira até o momento desta publicação, retirando o feito do elenco da série americana Glee que tinha chegado a marca de 207. Além disso, o vencedor de 4 prêmios Grammy, colocou 7 músicas suas simultaneamente no top 10 durante a semana de lançamento de seu último álbum “Scorpion” em 2018, quebrando o recorde que até então era dos Beatles, por terem colocado 5 canções.

 

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A leitura psicodélica, colorida e musical de Beatles – Yellow Submarine

“If you’re listening to this song, you may think the cords are going wrong. But they’re not. We just wrote it like that”

Tudo que os Beatles fizeram, acabou se tornando parte da história musical do mundo. Seja o que eles se interessaram em fazer, seja o que eles não estavam muito interessados em fazer. Nessa segunda opção temos, por incrível que pareça, Yellow Submarine. Concebido como décimo primeiro disco de estúdio da banda, ele foi gravado entre 1967 e 1968 no lendário Estúdio Abbey Road, sendo lançado em 1969. O projeto foi comercializado como banda sonora para o filme de animação do mesmo nome (que chegou aos cinemas em 1968).

Cartaz original do longa animado.

Os Beatles consideraram Yellow Submarine como uma obrigação contratual, o álbum em si possui 13 músicas no total, sendo seis compostas pela banda, incluindo a faixa-título e All You Need Is Love. O restante do álbum são regravações da banda sonora orquestral do filme pelo produtor George Martin. Já o longa animado foi recebido com muito agrado pela crítica. Mesmo com a banda não dando muita importância, eles não dublam seus próprios personagens por exemplo, o filme foi um sucesso de bilheteria justamente por ser uma das bandas mais populares do momento e por ser lançado no meio da cultura pop psicodélica da década de 1960.

E essa psicodelia toda está na graphic novel.

No aniversário de 50 anos de Yellow Submarine, a Titan Comics recrutou Bill Morrison, que tem em seu currículo Mad Magazine e Os Simpsons, para roteirizar e desenhar a adaptação. Morrison seguiu o estilo inigualável do filme e acertou na nota. Falar que a Graphic Novel é um prato cheio para os fãs é chover no molhado. Mas me impressiona como ela é gostosa de ler para quem não é ouvinte da banda. E esse texto, estimado leitor que não gosta de Beatles, é muito para você. Uma pequena curiosidade é que em 1968, também já tinha sido lançada uma adaptação em quadrinhos de Yellow Submarine.

 

“We all live in a yellow submarine… Yellow submarine, yellow submarine”

A trama começa com uma invasão na idílica Pepperland pelos Malvados Azuis, que odeiam música e tudo que o local representa. O recém-nomeado Almirante Fred embarca no Submarino Amarelo atrás de ajuda, recrutando Ringo, John, George e Paul, que voltam com ele para livrar aquela terra do domínio dos autoritários Azuis.

A primeira coisa que tem que se ter em mente para quem não é familiarizado ou simplesmente não curte os Beatles é: Não se prenda à razão. Yellow Submarine não foi feita para pensar muito. Ela é o retrato de uma viagem de ácido em uma kombi cruzando os EUA. Ela não tem momentos surreais. Ela é totalmente surreal. Como algo que só veríamos em histórias do Grant Morrison muito chapado com um baita colorista. A trama tem um norte, ela sabe para onde vai e sabe conduzir o leitor. Mas os devaneios no meio dela são de você se pegar pensando: “mas o que é isso que estou lendo?”

Bill Morrison usou e abusou de cores, nos tamanhos de personagens e nas páginas duplas. Diagramações e quadros exagerados ajudam a compor o estilo psicodélico que a trama exige e urra, às vezes você se pega em uma página dupla lendo uma sequência de diálogos tão ágil que misturada com a colorização te deixa atordoado. Isso sem contar os detalhes em cenários, roupas e personagens. Tudo tão intenso e forte. Mas o grande barato é a satisfação de se ler Yellow Submarine. Pois é uma leitura sem compromisso. Para quem vem de quadrinhos tensos, sejam de heróis ou de outro gênero, que te deixa vibrado ou sonolento no gibi, essa Graphic Novel é um alívio mental e te faz sair da caixinha total.

“All you need is love… All you need is love, love… Love is all you need”

Mas, assustadoramente, Yellow Submarine pode ser um tema atual. Onde vemos os Malvados Azuis que quer dominar a todos de sua maneira, usando de sua ignorância e afogando a cultura musical que dá alegria e vida ao povo de Pepperland. É fácil enxergar o genocídio da felicidade cometido pelos Azuis em alguns governantes atuais… mas, sinceramente… esse não é o papel dessa Graphic Novel. Ela só tem uma missão: te fazer desligar do mundo e curtir somente o barato e bom da vida. Nem que seja somente durante as suas 128 páginas.

Como de praxe, a edição da Darkside Books ficou formidável. Uma graphic novel bem bonita, com cores bem vibrantes que se destacam onde você estiver e que fazem bem aos olhos. Mais um excelente trabalho da editora.

Beatles – Yellow Submarine tem formato 29,4 x 19,4 cm, capa dura e contém extras como esboços originais.

 

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Beatles | Graphic novel Yellow Submarine será lançada pela DarkSide

A editora DarkSide anunciou que irá lançar no Brasil a graphic novel The Beatles: Yellow Submarine, em comemoração aos 50 anos da clássica animação da icônica banda inglesa. Publicada em agosto deste ano, a trama da animação de 1968, foi adaptada por Bill Morrison, um dos desenhistas dos Simpsons. A graphic novel tem 112 páginas e terá capa dura.

 

Com roteiro de Lee Minoff e dirigido por George Dunning, o filme foi lançado em 1968, e conta a história de Pepperland, um paraíso debaixo d’água onde as músicas do álbum Sgt. Peppers tomam conta de todo o ambiente, mas que sofre com a ameaça dos Malvados Azuis. Para evitar que o lugar seja destruído, o marinheiro Fred começa uma jornada em seu submarino para encontrar os garotos da banda britânica para ajudá-lo.

Entretanto, a DarkSide ainda não revelou uma data especifica para o lançamento de The Beatles: Yellow Submarine.  Mas a previsão é que seja lançada ainda este ano. Fique ligado na Torre de Vigilância para futuros detalhes.

 

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Gary Clark Jr. apresenta música do trailer da Liga da Justiça na TV

Durante o programa Late Night with Seth Meyers, o músico Gary Clark Jr. apresentou seu cover de Come Together, dos Beatles, que foi utilizado no trailer do filme Liga da Justiça.

http://www.youtube.com/watch?v=MqLvFNUMC6Q

Com Ben Affleck, Gal Gadot, Ezra Miller, Jason Momoa e Ray Fisher, Liga da Justiça chega aos cinemas no dia 16 de novembro.

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O que acontece se misturar Star Wars com os Beatles?

Imagina contar a história de Star Wars – Uma Nova Esperança com paródias das músicas do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band dos Beatles? Pois bem, essa foi a genial ideia da dupla de músicos Dan Amrich e Jude Kelley do canal Palette-Swap Ninja.

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O resultado é o álbum Princess Leia’s Stolen Death Star Plans, que ao longo de treze músicas reconta a trama do filme. Tudo baseado nas faixas do icônico álbum. A dupla trabalhava no projeto desde 2015, quando começaram a recriar as letras e produzir as músicas.

“Ficamos surpresos quando descobrimos que tudo se encaixava, nós dois crescemos obcecados por Star Wars e ouvindo os Beatles” disse Jude Kelley. “Todo o projeto vem de um lugar de admiração e respeito, então precisamos de tempo para fazer justiça.”

Princess Leia’s Stolen Death Star Plans está disponível para download no site oficial do Palette Swap-Ninja, é só clicar AQUI. O lançamento acontece em um ano especial para as duas obras, no dia 26 de maio é comemorado os 40 anos de Uma Nova Esperança, e em junho Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band completa 50 anos.

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Beatles | Sgt Peppers vai ganhar edição comemorativa de 50 anos

No dia 1º de junho, um dos discos mais famoso da história da música, Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band vai completar 50 anos. O emblemático álbum dos Beatles vai ganhar diversas homenagens, e Paul McCartney anunciou  que vai lançar uma edição comemorativa com remixes, demos, versões alternativas, um livro de 144 páginas, o documentário Making of Sgt Peppers (1992) em versão remasterizada entre outros brindes.

Ou seja, será o presente de natal antecipado para os Beatles maníacos.

Para muitos o disco é o ápice da criatividade dos Beatles, com a mistura de rock, pop e as pitadas psicodélicas. Os clássicos “Strawberry Fields Forever”, “Penny Lane”, “Lucy in the Sky with Diamonds” fazem parte da sua tracklist. O disco também é famoso por causa da icônica capa, onde a banda está junto com personalidades históricas políticas ou da cultura.

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A edição deluxe de Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band será composta por 4 CD’s, DVD mais Blu-ray. Também serão comercializadas versões básicas comemorativas. Você pode garantir a sua, pois a pré-venda do projeto já começou. É só clicar AQUI.