“E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do CELESTIAL.”
I Coríntios 15:49
Dificilmente há quem nunca leu ou ouviu o adjetivo celestial. Sua conotação divina intriga até os mais céticos, pois nada é mais desafiador que o desconhecido. Causas, motivos e razões são embaralhadas tal qual um quebra-cabeça com um sem número de peças a ser montado em que muitos desses fragmentos ainda podem ser componentes falsos. E, exatamente em tantas perspectivas dúbias, o quadrinista italiano Manuele Fior se debruça em seu novo título lançado no Brasil.
Aqui, a trama gira em torno de Pierrô e Dora, dois jovens inconformados com o que o destino reservou às suas vidas por habitarem Celestia, ilha de pedra construída há mais de um milênio e usada como refúgio após o nível do mar subir a ponto de invadir expressiva parte da terra firme que até então cobria o planeta. Ambos os personagens são telepatas e possuem seus demônios pessoais: enquanto Pierrô reluta em aceitar a convivência com Doutor Vivaldi, mentor de outros jovens de mesmo dom e seu pai, Dora encontra obstáculos para desenvolver suas habilidades e por isso acaba por vezes, ao vasculhar a mente de outras pessoas, trazendo visões às quais os pesquisados não tinham o menor interesse em revisitar, desenterrando o passado sombrio destes indivíduos, inclusive de Pierrô.
Em busca de respostas para seus problemas, os dois fogem da ilha em busca do mundo exterior. Lá fora, encontram uma humanidade comandada por crianças anônimas, como num processo ainda em fase embrionária de reconstrução. Apesar da estrutura ainda rudimentar, ainda não há perspectiva e tampouco prazo para a conclusão de seu projeto: assim como até hoje cientistas buscam explicações a respeito de fases do processo de início da vida, não há como ainda ter certeza do que se passa nessa etapa ou de quanto tempo será sua duração. Com explicações vagas e pouco elucidativas, Pierrô e Dora retornam à sua terra natal procurando o que pode ser o esclarecimento de suas funções, mas a resposta demonstra-se mais difícil de ser encontrada do que controlar a habilidade de telepatia com a qual já estão acostumados.
Portanto, Celestia não é uma obra de única interpretação. Seu início e fim são como assistir a um longa-metragem já passada sua cena de abertura e interromper a sessão antes de chegar ao encerramento. A grosso modo, é justamente isso que ocorre em grande parte da vida, pois dificilmente é planejado com exatidão como esta terá seu desfecho. Os habitantes da ilha de pedra, perdidos no que é concernente a seu futuro, afogam-se em si mesmos e seus caminhos nebulosos, que provocam o leitor a tentar desvendar o que de fato têm a ver as atitudes de cada um dos personagens e como cada uma se conecta.
Em sua terceira obra publicada no mercado nacional, esta é a narrativa gráfica mais longa de Fior. Entretanto, sua leitura é rápida, muito pela ausência de textos longos e uma arte limpa de cores claras que em algumas passagens ironicamente parecem remeter a um paraíso na terra que na verdade foi devastada e agora agoniza.
O já citado estilo de Fior não tem grandes diferenças se comparada aos seus outros dois trabalhos publicados por aqui: tanto A Entrevista (Mino, 2018) quanto Cinco Mil Quilômetros Por Segundo (Devir, 2018) possuem a mesma diretriz ao marcar o papel com seu texto e imagens e seu jogo de cores que em várias passagens lembram Lorenzo Mattotti e reforçam uma maestria sinestésica já vista antes em Cinco Mil… e que de forma alguma pode ser considerado um erro ao se repetir em Celestia, cuja bela arte deve ser vista como a sequência na afirmação de um traço autoral, e não redundância.
A edição da Pipoca & Nanquim é primorosa e acerta na escolha de publicar a versão integral, como saiu recentemente na Itália. O capricho no corte de página pintado em azul lembra a Bíblia Sagrada onde, segundo o Dicionário Bíblico Online, sua palavra derivada celestial é citada ao menos 15 vezes e distribuída em diversos capítulos.
A questão de fé e esperança por dias melhores baseados em sua força embebeda os habitantes de Celestia, elevando suas expectativas assim como o nível do mar que destruiu o mundo com o qual estavam acostumados a viver. No fim das contas, independentemente de sua crença ou descrença, é isso o que move cada um de nós, deixando essa máxima bem acima do campo ficcional.
Celestia Manuele Fior (roteiro e arte)
Michele A. Varturi (tradução)
Audaci Júnior (revisão)
Pipoca e Nanquim
Capa dura
276 páginas
22 x 28 cm
R$99,90
Data de publicação: 02/2022
Em setembro de 2013, depois de um protocolar período de testes no início do mesmo ano envolvendo as quatro primeiras edições, a Editora Salvat Ltda. chegava de vez ao mercado brasileiro de HQs com A Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel. Apesar da estreia nesse tipo de colecionismo, a editora fundada em Barcelona, Espanha no ano de 1869 já era atuante há tempos não só em território nacional, mas também em Portugal e diversos países da América do Sul, sendo no Brasil em atividade desde 2001.
Algo antes esporádico nas bancas brasileiras, a coleção popularmente chamada de Marvel Capa Pretamudou o perfil do colecionador brasileiro. Antes reservado quase que exclusivamente à livrarias e lojas especializadas, encadernados em capa dura começaram a abastecer os pontos de venda onde comumente se encontrava quase que apenas edições mensais e encadernados em capa cartonada. Estes últimos, voltados para linhas mais adultas ou coleções menores.
As mensais perderam força gradualmente e hoje uma parcela substanciosa dos leitores prefere encadernados aos mixes que costumávamos encontrar nas bancas desde os anos 40 com a Editora Brasil América Ltda. (Ebal). A troca de preferência também influenciou outras editoras e livrarias, que começaram a investir mais nessa forma de publicação e, coincidentemente ou não, fazendo a gigante Amazon ganhar força no país.
Nas bancas, outras editoras também aproveitaram. Eaglemoss e Planeta deAgostini, apostando na mesma forma de publicação e venda. Até a própria Panini, que começou a encadernar um maior número de seus títulos já lançados anteriormente nas revistas mensais e até publicando inéditos diretamente em encadernados de banca. Estes de capa dura e cartonada.
Essa mudança de preferência fez seus colecionadores inclusive ganharem dos leitores mais conservadores a pejorativa denominação “colecionador de lombada” por: Preferirem o acabamento de luxo ao mais popular; Comprarem todos os volumes de uma coleção independente de suas histórias contidas, para formar a ilustração proposta com a coleção completa e, em outros casos, comprarem as edições apenas para as ter enfeitando sua estante, não importando seu conteúdo.
As características não necessariamente se aplicam em conjunto aos seus leitores, tampouco significa que afeta grande parte dos mesmos, apesar de exemplos serem vistos com o desenvolvimento destas coleções por aqui. Mesmo com a grande popularidade, a editora não divulga a tiragem nem o número de vendas de suas coleções, seja em pontos físicos ou assinaturas, por considerar estes números sensíveis de serem revelados devido à forte concorrência do mercado.
Mas em 20 de março de 2019 um comunicado pegou de surpresa seus colecionadores. Após vários problemas com sua distribuição, a Salvat encerrava três de quatro das suas coleções de banca: A Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel, Os Mais Poderosos Heróis da Marvel e A Coleção Definitiva Homem-Aranha. Após várias tentativas de contato com a editora, cujo departamento de marketing tem base apenas na Espanha, conseguimos por e-mail a exclusiva entrevista à seguir, visando esclarecer os turbulentos últimos meses vividos pela Salvat e seus leitores no Brasil não só nas HQs, mas em várias de suas coleções:
O motivo do encerramento prematuro das coleções da Marvel tem a ver com o número de vendas?
O encerramento das coleções de Marvel tem vários motivos, e todos estão relacionados, tendo como consequência afetação nas vendas. A Editora Salvat distribui seus produtos a través da Total Publicações, empresa do Grupo Abril. Grupo o qual entrou em Recuperação Judicial no mês de agosto, motivo pelo qual estivemos mais de seis meses fora do mercado. Este motivo foi culminante.
Coincidentemente as três coleções encerradas são da Marvel. Tem a ver com o licenciamento da editora e sublicenciamento no Brasil pela Panini?
Na verdade, o encerramento não é só com as coleções da Marvel.
Esse encerramento também acontecerá com outras coleções que não envolve quadrinhos? One Piece, Turma da Mônica, Os Mitos da Ferrari…
Como dito anteriormente, afeta a coleções de banca, One Piece também. Turma da MÔNICA (sic) não porquê a coleção já estava encerrando. Mitos do Ferrari é produto da loja online, e este canal é considerado a parte.
Por que tantos títulos foram lançados simultaneamente? Levando em conta as quatro coleções de HQs, o gasto era de quase 400 reais mensais, próximo do valor de meio salário mínimo no Brasil.
O Modelo de negócio de venda de colecionável em todos os países é o mesmo, para Salvat e para a concorrência. Os wHQ’s estão num momento de crescimento, e a MARVEL foi uma oportunidade de mercado para a Salvat, que tratamos de aproveitar. Mas podem ver que em qualquer mercado o funcionamento é o mesmo (ver https://www.salvat.com/comics-y-libros).
Não foi possível trocar de distribuidora ou vender em lojas como Saraiva e Amazon, além da loja online da Salvat?
A única Distribuidora para o canal de bancas que existia no Brasil era a Total Publicações do Grupo Abril. Infelizmente, não tivemos oportunidade de trocar de Distribuidora. Os produtos da Editora Salvat como falado anteriormente, muitos deles, são produtos licenciados, mas licenciados só para o nosso canal de venda que são as bancas e nossa loja online. Isso não nos permite distribuir em outros canais como livrarias, para não entrar em conflito com nossos licenciantes.
Não é possível continuar com o serviço dessas coleções somente para assinantes?
A Editora Salvat avaliou todas as possibilidades para tentar minimizar os problemas ocasionados aos consumidores, mas não é viável a continuidade só para assinantes.
Existem coleções vendidas exclusivamente pelo site da Salvat. Não poderia ser feito o mesmo com as HQs?
Não é possível fazer o mesmo. Algumas das coleções exclusivas da loja são stocks (sic) de outros países, geralmente carros, motos, miniaturas.
A Coleção Tex Gold não foi encerrada, porém sofre o mesmo risco? Uma vez que também é distribuída em banca.
O caso de cada coleção foi analisado individualmente e Tex Gold não foi afetada pela decisão de encerramento.
A Espada Selvagem de Conan teve seu lançamento anunciado e serviço de assinatura vendido, porém desativado. Essa coleção tem chances de ser lançada ou foi cancelada em definitivo? Os direitos de publicação do personagem voltarem para a Marvel influencia isso?
A coleção Espada Selvagem de Conan (sic) foi apresentada na CCXP de 2017 com pré-venda para assinaturas, foi cancelada e os assinantes recuperaram o valor da coleção. Atualmente o projeto está parado e se for possível reativa-lo, informaremos aos leitores no momento oportuno.
A lombada sempre foi um chamariz das coleções da Salvat. Esta só pode ser montada com a coleção completa. Como agora pensam em atuar com o leitor que se sente frustrado por ter sua coleção incompleta?
Como falado, vamos esperar para que a situação da Recuperação judicial do Grupo Abril finalize da melhor forma possível para Editora Salvat que está investindo no Brasil desde 2001. Quando esta situação fora (sic) resolvida, analisaremos todos os cenários possíveis.
Esse encerramento ocorre só no Brasil? Ou outros países da América do Sul e Europa aconteceu o mesmo?
Só aconteceu no Brasil, principalmente pela situação do que (sic) o Grupo Abril entrou em Recuperação Judicial.
A Salvat ainda pensa em investir em HQs no Brasil mesmo depois desses encerramentos?
Desde a Editora estamos tentando solucionar todos os problemas atuais. O futuro em quanto a títulos lançados está um pouco incerto ainda, mas sabemos que os HQ’s são tendência em alça e nós gostamos trabalhar com este tipo de produto. Confiamos em poder lançar novos títulos e contar com todo o pessoal que gosta deles, no futuro!
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Por meio de sua página no Facebook, tentamos contato com a Total Publicações. Apesar do inicial atendimento via troca de mensagens, a distribuidora repentinamente deixou de responder nossas solicitações à partir do momento em que foi informado o motivo de nosso contato. Mesmo com a falta de atendimento subsequente, a página em rede social da distribuidora continuou funcionando normalmente e nossas mensagens continuavam sendo visualizadas, apesar de não serem mais respondidas.
Após as respostas serem enviadas, questionamos mais uma vez a Salvat por sua resposta referente à coleção Tex Gold, pois difere da notícia publicada recentemente no Tex Willer Blog que afirma o cancelamento da coleção antes do esperado, se encerrando no número 40. Assim que recebermos um parecer, o artigo será atualizado.
ATUALIZAÇÃO: Via rede social, responsáveis pela atualização da página Coleção Tex – Salvat nos afirmaram que “Nós não temos nenhuma informação oficial sobre um cancelamento ou pausas na coleção. O que ocorreu na verdade foi o cancelamento de alguns pacotes de assinaturas (com o pagamento mês a mês), devido a algumas questões operacionais.” Apesar da resposta, a editora costuma avisar suas decisões em cima da hora. Por isso ainda é melhor ter cautela.
Em comunicado divulgado no Facebook, a editora Salvat, responsável pela publicação de diversos títulos em capa dura em bancas no Brasil desde 2013, anunciou a descontinuação de várias de suas coleções, incluindo A Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel e Os Herois Mais Poderosos da Marvel, conhecidas popularmente como Capa Preta e Capa Vermelha, em respectivo. Como justificativa, a editora alega problemas de logística e distribuição ocorridos desde 2018, quando paralisações na distribuição do material foram frequentes.
Assim, as coleções de Capa Preta e do Homem-Aranha se encerrarão abaixo do previsto pela Salvat no Brasil. A primeira terá 135 exemplares, abaixo dos 150 propostos e a segunda terá 40, longe dos 60 planejados.
Como já se discutia em grupos de redes sociais, a coleção Os Herois Mais Poderosos da Marvel tinha forte indício de ser de fato encerrada no número previamente previsto como meta pela editora no Brasil, uma vez que recentemente alcançou o número 100 e não havia nele comunicado de prosseguimento da coleção. Apesar disso, no Reino Unido a coleção foi mais extensa, sendo oficialmente encerrada no número 130 em 12 de dezembro de 2018.
Já AColeção Oficial de Graphic Novels Marvel tem um total de 200 exemplares programados em seu país de origem até agosto de 2019. A longevidade da coleção tem gerado má repercussão inclusive por lá, onde há tempos pedem pelo encerramento da mesma.
Sobre a coleção Tex,ALendadoFaroeste, nadafoicomentado sobre seu encerramento, porém sua periodicidade passa a ser semanal à partir da edição 33. A informação veio em outra postagem da editora em rede social:
A coleção de Tex é prevista para ter 60 exemplares ao todo.
Nada também foi dito sobre AEspadaSelvagemdeConan, essa sequer sendo lançada oficialmente até o momento.
A Espada Selvagem de Conan, uma das coleções de HQs mais aguardadas de 2018, será lançada oficialmente somente no segundo semestre de 2018 pela Salvat. Sem maiores detalhes, a notícia foi divulgada nas redes sociais pela própria editora com o seguinte comunicado oficial:
A assinatura da coleção no Brasil começou em formato de pré-venda ainda em 2017, oferecido inclusive no estande da editora durante a Comic Con Experience. Atualmente, o serviço de assinatura encontra-se desativado. A mesma coleção também está em processo de pré-venda pela Editora Hachette, proprietária da Salvat, na Itália, Alemanha e França que, além da coleção, oferecem brindes aos seus assinantes:
The Savage Sword of Conan foi uma publicação da Marvel Comics e Curtis Magazines entre 1974 e 1995 e por muitos anos circulou simultaneamente com a mensal Conan The Barbarian. Diferente do segundo título, The Savage Sword of Conan tinha formato magazine e histórias em preto e branco. Seu conteúdo mais adulto fez a Marvel optar por esse formato para não ser barrada pelo Comics Authority Code, selo de aprovação que inspecionava os quadrinhos estadunidenses. Por seu formato maior e ausência de cores, TSSoC não era enquadrada na configuração de “gibi” e assim circular em seu país de origem sem restrições. Caso similar aconteceu com as históricas Mad, Creepy e Eerie, todas no mesmo formato. No Brasil, TSSoC teve duas encarnações: Entre 1984 e 2001 pela editora Abril e entre 2002 e 2010 e pela Mythos.
A coleção brasileira de A Espada Selvagem de Conan tem previsão de ao todo ter 75 volumes em capa dura e mais informações podem ser consultadas aqui mesmo na Torre através deste link.
Leitores já se mobilizam pelas redes socias com campanhas de boicote à editora, ao mesmo tempo que outros aproveitam promoções de grandes sites de varejo, que colocam descontos de até 40% em produtos recém lançados.
Em resposta à algumas dúvidas, a editora soltou uma nota oficial à imprensa, mas perguntas ainda ficaram no ar. Agora, em entrevista exclusiva à Torre de Vigilância a Panini Brasil, através de sua assessoria de imprensa, busca esclarecer as principais questões que surgem no mercado.
Como funciona a distribuição às grandes redes de varejo (Amazon, saraiva…) e para comic shops que vendem os mesmos produtos? Por que as lojas grandes oferecem ao consumidor descontos maiores em relação ao preço de capa do que lojas menores, como Itiban, Comix, Gibiteria…?
A Panini vende os produtos para as redes de varejo sempre da mesma maneira, isso é, a Panini não beneficia nenhuma rede em especifico. Entendemos que dessa maneira não interferimos nas estratégias dessas empresas. A política de descontos das livrarias não tem qualquer ligação com a Panini. O preço de capa sugerido aos varejistas, sendo online ou não, são iguais. Cada varejista utiliza a estratégia de desconto que melhor lhe convém.
O aumento do preço tem a ver com a política de altos descontos da Amazon, que costuma aplicar descontos de 30% a 50% do preço de capa pouco tempo depois de seu lançamento, assim fazendo seu preço ser similar ao praticado meses atrás pela Panini? Exemplo: A Noite das Trevas hoje está custando 48 reais, já com o desconto aplicado sobre o preço de capa de 72 reais. 48 reais era o valor de capa similar (com margem para maior ou menor valor dependendo do produto) meses atrás em edições da Panini nesse formato e número de páginas. Tal prática faz os leitores hoje dificilmente pagar o preço de capa do material destinado à livraria.
O aumento não tem qualquer ligação com os descontos praticados por qualquer loja, online ou off, do varejo. O preço de capa sugerido aos varejistas, sendo online ou não, são iguais. Como respondido anteriormente, enfatizamos que cada varejista utiliza a estratégia de desconto que melhor lhe convém.
Esse aumento fez algumas edições serem mais caras que sua versão importada. Exemplo: Escalpo Volume 1 está custando 94,02 reais mesmo com desconto aplicado sobre o preço de capa de 120 reais; A versão Importada, Scalped Deluxe Edition book One está saindo por 82,44 reais no mesmo site (Amazon Brasil). Sendo que as duas edições são em capa dura, o valor da Panini está acima do valor internacional, algo que foi informado no comunicado que está abaixo. Por quê?
Apesar do realinhamento de preços que tivemos que fazer para manter, em muitas oportunidades, aproveitamos para melhorar a qualidade editorial e gráfica de nossos produtos.
Dessa forma evidenciamos que o preço praticado no mercado nacional, está quando não abaixo, em linha do mercado americano, quando convertido para a moeda Real, mas com qualidade gráfica equivalente.
Diferenças de preço como o caso do título “Escalpo”, se deve a variações como tiragem, negociação com a licença para um título especifico ou mesmo obrigatoriedades contratuais.
As edições antes eram impressas na China para baratear os custos de produção. Esta tática ainda é aplicada?
Com a constante flutuação da moeda e o aumento de preço das commodities,as impressões no exterior tem se tornado menor e menos atrativas para a empresa, do ponto de vista do planejamento de custos a longo prazo.
Estão cientes do projeto de lei 49/2015 que, caso aprovada, visa impedir descontos acima de 10% sobre o preço de capa nos primeiros 12 meses após seu lançamento? De acordo com o projeto, acabaria com a ação predatória das grandes redes sobre lojas menores. O que acham sobre o assunto e Em outros países que a Panini atua essa lei já existe. Essa lei faria o valor do preço de capa abaixar?
Essa lei, se aprovada, não afetaria a precificação da Panini, uma vez que não usamos como base os possíveis descontos do varejo para a formulação dos preços.
Tal situação do mercado editorial de quadrinhos será assunto de outra matéria, a ser publicada aqui na Torre em breve. Aguardem!
Há alguns meses a Editora Alephanunciou o relançamento dos livros da série Duna, de Frank Herbert, em edições de luxo encadernadas em capa dura. Tendo republicado Duna e Messias deDuna, chegou a hora do relançamento do livro Filhos de Duna, que já encontra-se em pré-venda. Confira informações abaixo.
Nove anos após os acontecimentos de Messias de Duna, o Imperium finalmente superou sua crise política e se estabilizou. Mas Arrakis não está seguro. Antigos inimigos e velhas ameaças retornam, deixando o planeta à mercê de traições e revoltas enquanto o governo regencial aguarda seus poderosos herdeiros por direito. Em meio a um embate geracional de nível planetário e à maior crise política já vista, surge a misteriosa figura do Pregador, com a promessa de resgatar as tradições de Duna.
Filhos de Duna fecha com brilhantismo o arco de história iniciado no épico Duna e em sua sequência, Messias de Duna, retomando temas políticos e existenciais, com a já conhecida maestria de Frank Herbert.
Duna é uma longa série de livros e seu autor original, Frank Herbert, escreveu os seis primeiros. Seu filho, Brian Herbert, deu continuidade ao universo e publicou outros livros e pequenos contos até 2006. A saga já ganhou adaptações para os quadrinhos, com uma nova adaptação anunciada recentemente, e também foi adaptada para os cinemas e videogames. A série é vencedora dos prêmios Hugo e Nebula.