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Antes de New Justice: A Liga da Justiça por Christopher Priest

Depois de inúmeras ameaças intergalácticas e viagens temporais, a Liga da Justiça precisa lidar com a opinião pública. Essa é a premissa da pequena passagem do roteirista Christopher Priest pelo título. Em 10 edições, o roteirista revoluciona as Lendas. Questiona os seus métodos como vigilantes, dá destaque merecido a alguns personagens e expõe a vulnerabilidade de cada membro. Esqueça as tramas sobre controles mentais, as discussões entre os heróis são críveis e coerentes. O roteiro não os descaracteriza para chegar até lá, ele os desafia.

O Batman ainda é o Maior Detetive do Mundo, mas é um homem cansado. Quais são as consequências de liderar duas Ligas da Justiça e lidar com três ameaças simultaneamente? O que isso pode acarretar? São exatamente esses questionamentos propostos pelo roteiro e servem como gatilho para o desenrolar. Um pequeno erro de cálculo no plano do Morcego leva as pessoas a ficarem contra a Liga da Justiça e leva a equipe a questionar os seus métodos.

Clark tentando trazer um pouco de otimismo para Bruce

Afinal, a Liga é um grupo de benfeitores ou, uma organização acima da lei e da política? A forma como Priest lida com a Mulher-Maravilha é outro ponto a se destacar em seu roteiro. Afinal, sua missão original entra em conflito com a ideologia do grupo. Sua espada é responsável pelo incidente. Há tempos, a Mulher-Maravilha não era tão bem representada em uma revista das Lendas.

Quanto ao Superman, o roteiro o trata como um apaziguador, um estabelecedor de limites. Ele não se vê acima de todos, mas sim como um homem comum. Discorda da ideia de interferir em assuntos políticos apenas para que a tensão não aumente, tenta manter tudo sob o controle. Os outros membros da equipe também são explorados, mas o grande destaque vai para o Cyborg. Considerado o sétimo membro da Liga desde 2011, Victor Stone nunca tinha sido tão bem tratado pelos roteiristas como nesse run. Priest não apenas explora as delimitações entre humanidade e sua ausência, mas também faz comentários sutis sobre racismo e revindica a relevância do personagem dentro do grupo. Talvez seja o homem certo para escrever a revista do ex-membro dos Jovens Titãs.

Cyborg questionando sua posição

Há inúmeros comentários metalinguísticos aqui. O principal, é feito através da personificação do antagonista: O Fã. Escolher um admirador como antagonista é um tanto quanto controverso, certo? Ele representa o lado extremista dos entusiastas da equipe, não admitindo mudanças, seja a presença de mais Lanternas ou, uma Liga com uma formação diferente. Enfim, ele é o leitor de quadrinho chato o qual não lê nada da editora há anos. É um problema para os heróis à medida que ele ataca a opinião pública, os defendendo.

O outro comentário metalinguístico, ainda em relação a mudanças, é a inclusão da LJA no segundo arco do run. Na edição 40, as duas equipes se encontram presas na Torre de Vigilância, a qual está prestes a cair em solo terrestre. Priest habilmente une os personagens e coloca importantes questões em cheque nesse jogo de sobrevivência: A relevância dos personagens para o universo. Afinal, se você pudesse escolher apenas uma Liga para viver, com certeza seria a clássica. Posso estar enganado também, talvez você prefira a equipe “humana” criada pelo Batman.

Quem deve viver? Quem deve morrer?

A conclusão é pautada por um personagem o qual o roteirista conhece bem: O Exterminador. Se você ainda não leu Slade Wilson nas mãos desse homem, faça um favor a si mesmo e leia. O maior mercenário da DC está ali para expôr a provável hipocrisia em torno dos ideais da Liga da Justiça. Afinal, se o é um problema tão grande, por que a equipe não o resolve. Slade é o gatilho para o final, o qual resulta na criação de uma nova Liga da Justiça. Mais clássica, mais heroica e menos conflituosa (ou talvez não). Em 10 edições, tivemos uma das melhores fases da equipe em um bom tempo.

Entretanto, a DC parece estar tentando dar um foco maior no título. Scott Snyder, Jorge Jiménez e Jim Cheung assumirão o novo volume da revista e prometem trazer elementos clássicos de volta. Assim como, teremos 2 duas novas formações: Odisseia e Sombria. Torçamos para que esta seja uma nova e brilhante era para a equipe a qual precisava de sangue novo. Mas também torçamos para que os fãs não esqueçam dessa curta porém memorável fase.

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Christopher Priest é o novo roteirista da Liga da Justiça do Renascimento

Conforme noticiado aqui, Bryan Hitch estará deixando os roteiros da revista da Liga da Justiça na edição 31 e desenhará Hawkman: Found, um one-shot da saga Dark Nights: Metal. Mas quem será o próximo roteirista da maior equipe de heróis de todos os tempos? As solicitações das edições de dezembro revelaram que Christopher Priest assumirá os roteiros do quadrinho a partir da edição 34. Confira a capa da edição:

Capa de Pete Woods

“Liga da Justiça #34

LOST primeira parte. Quando a Liga da Justiça enfrenta três ameaças ao mesmo tempo, um Batman privado de sono comete um erro que causa uma impensável – e potencialmente imperdoável – tragédia. O lendário roteirista nominado ao Eisner Christopher Priest se une ao artista Pete Woods para uma história da Liga da Justiça como você nunca viu antes.”

“Liga da Justiça #35

LOST segunda parte. Ainda afetados pelos eventos da edição anterior, a Liga da Justiça tenta recuperar o equilíbrio quando uma infestação alienígena ameaça a Terra. Mas nada pode prepará-los para um ataque perto de casa, um que revelará verdades devastadoras sobre a própria Liga.”

Priest disse que fará com a Liga algo semelhante com o que foi feito em sua fase pelo Exterminador. Ele também disse que a sua ideia para a equipe é fazer um drama em local de trabalho, mas isso não significa que a Liga não terá os seus momentos mais otimistas. Ele prometeu Aquaman dirigindo um ônibus, diversas ameaças globais, vilões como o Exterminador e exércitos alienígenas. O maior desafio dos super-heróis será definir seu lugar nesta nova e cada vez mais cínica era.

 

O Renascimento já está sendo publicado no Brasil pela editora Panini. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.

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Christopher Priest retorna à Marvel para minissérie dos Inumanos

Christopher Priest é uma figura já conhecida dos fãs mais antigos de histórias em quadrinhos. Ele já roteirizou diversos quadrinhos para a Marvel e DC. Entre seus trabalhos, as fases mais notáveis do escritor são nos título Poderoso e Punho de Ferro e Pantera Negra Vol.3. Atualmente, Priest é roteirista do Exterminador do DC Rebirth.

A Marvel anunciou um minissérie especial do Inumanos intitulada de Inhumans: Once and Future Kings. Serão cinco edições, com roteiro de Christopher Priest e arte de Phil Noto (Poe Dameron e Viúva Negra).

A mini trará uma história dos primeiros dias de Raio Negro e sua família. Com uma voz que poderia destruir montanhas com um sussurro, Raio Negro teve uma infância solitária a fim de disciplinar sua voz. Quando sai do isolamento, ele se encaminha para reivindicar o trono e alterar para sempre o destino de seu povo. Junto a isso, ainda há o romance com Medusa, a futura rainha de Attilan, o exílio do atual Rei, The Unspoken, e a rivalidade com seu irmão Maximus … condenado à loucura.

Imagem promocional com a arte de Phil Noto
Imagem promocional com a arte de Phil Noto

Inhumans: Once and Future Kings de Christopher Priest e Phil Noto estreia em Agosto nos EUA, um mês antes da estreia da série de TV dos Inumanos. No final de cada edição da mini serão lançadas backup story de duas páginas com roteiro Ryan North (The Unbeatable Squirrel Girl) e sem desenhista definido ainda.