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Revelados novos detalhes do episódio 1000 de One Piece

Em release de imprensa, através da Agência Masamune, a Crunchyroll, plataforma de streaming de animês, revelou novas informações sobre o histórico episódio de número 1.000 de One Piece, que estreia daqui apenas dois dias.

Como já noticiamos anteriormente, o miléssimo episódio da série baseada no mangá de Eiichiro Oda será transmitido com exclusividade pela Crunchyroll, que é a única plataforma do Brasil que possui todos os (até agora) 999 episódios disponíveis e com legendas em português, e os novos episódios são liberados todos os domingos.

Na manhã de hoje (18), a plataforma de streaming revelou o título, a sinopse, e uma prévia em vídeo da aventura de número mil dos Chapéus de Palha. Confira abaixo:

[spoiler]

Episódio 1.000: Força Extraordinária! Os Chapéus de Palha Reunidos!

“Luffy busca vingança e segue para o campo de batalha onde Kaido o espera em meio às centelhas esvoaçantes! Transformando adversidade em oportunidade, os Chapéus de Palha superam diversos poderosos inimigos! Superando a maré da guerra, a Nova Geração de Piratas pavimentará o caminho para o futuro de Wano!”

[/spoiler]

Arte Promocional de "One Piece"
Arte Promocional do episódio 1.000 (ⓒ Eiichiro Oda / Shueisha, Toei Animation)

[INFORMAÇÕES GERAIS – One Piece Episódio 1.000]

Plataforma exclusiva: Crunchyroll
Data: 20 de Novembro
Horário: 23h, horário de Brasília (exibição simultânea com o Japão)
One Piece – Acervo completo: https://www.crunchyroll.com/pt-br/one-piece

O comunicado apresenta a série: “Criado pelo lendário mangaká Eiichiro Oda em 1997 e desenvolvido como animê pela Toei Animation, One Piece acaba de completar 22 anos de exibição ininterrupta, tendo estreado seu primeiro episódio em 20 de outubro de 1999 no Japão. De lá para cá, muitas sagas e aventuras se passaram conquistando uma legião de fãs, criando momentos emocionantes e gerando memórias sem igual.

A Crunchyroll oferece um teste grátis para novos usuários, e você pode aproveitá-lo para ficar em dia com o animê, ou para ser um dos primeiros a assistir o episódio 1.000! O comunicado ainda destaca o uso das hashtags nas redes sociais: #OnePiece1000 #Crunchyroll #SoNaCrunchyroll.

Para mais informações sobre One Piece, outros animês, e o mundo nerd no geral, fique de olho aqui, na Torre de Vigilância!

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Crunchyroll de cara nova: “Crunchyroll Beta” já está disponível

Em release de imprensa, a Crunchyroll, plataforma de streaming de animês, anunciou hoje (16) a liberação da Crunchyroll Beta, sua nova experiência opcional para usuários da plataforma web.

A Crunchyroll Beta já tinha sido liberada para testes, para um seleto grupo de assinantes nos Estados Unidos, no início do ano. A partir de hoje, a nova versão do site estará disponível para usuários selecionados do mundo todo. Dentre as novidades, a empresa destaca o novo design, novas ferramentas de personalização da experiência e melhores recomendações de conteúdo.

Ainda, foi disponibilizada uma lista com maiores detalhes dos conteúdos e melhorias que a Crunchyroll Beta apresenta:

  • Interface Reformulada: A Crunchyroll Beta oferece uma nova interface de usuário na página principal da Crunchyroll, incluindo recomendações personalizadas e integração fluida com listas de conteúdo e páginas de séries.
  • Customização: Usuários da Crunchyroll podem adicionar um toque pessoal à sua experiência, customizando seu perfil com avatares e banners escolhidos a dedo, vindos de séries como JUJUTSU KAISEN, Tokyo Revengers, Dr. STONE, Bananya e muito mais.
  • Navegação Aprimorada: Fãs podem acessar o conteúdo que querem com muito mais facilidade, buscando por conteúdos dublados, gêneros específicos, simulcasts da temporada e séries populares, através da funcionalidade reformulada de busca e filtragem. Além da nova barra de busca, a Crunchyroll agora também oferece coleções de recomendações, curadas pelos experts de anime da Crunchyroll em cada região.
  • Crunchylistas: Esta nova funcionalidade permite que fãs criem coleções de suas séries favoritas, adicionando séries e/ou episódios do acervo de centenas de animes da Crunchyroll e organizando na ordem que melhor desejar.

Não foi disponibilizado um calendário das etapas de liberação da nova experiência para todos os usuários, mas o release informou que, no início, a opção estará disponível para 10% dos usuários (tanto Premium quanto gratuitos), e que nas semanas seguintes, o Beta será liberado para todos os usuários ao redor do mundo. Quem já tiver acesso poderá testar o novo visual e melhorias através do botão no cabeçalho ou através do diálogo pop-up presente no site.

Captura de tela da página inicial da Crunchyroll, destacando as formas de acesso à Crunchyroll Beta
O acesso pode ser feito pelo botão no cabeçalho, ou pelo pop-up (Imagem fornecida pela Crunchyroll)

Fãs poderão escolher entre a experiência “clássica” e a experiência Beta, e poderão deixar seu feedback no botão de “Deixar Feedback” disponível no menu principal.

Tivemos a oportunidade de testar a Crunchyroll Beta com antecedência, e mostraremos os destaques da nova experiência para vocês:

Um visual mais moderno

Logo na página inicial, podemos ver a nova direção estética que o site adotou: Uma experiência mais flat, dando mais destaque para as retas e optando por uma coluna única de conteúdo. Enquanto o layout “clássico” da plataforma não é ruim, ele possui uma atmosfera ultrapassada, que remete ao webdesign do começo da década de 2010. Até mesmo a escolha da paleta de cores reflete melhor a filosofia atual, ao trocar o fundo branco por um tema escuro – que também permite trazer o característico laranja com maior naturalidade.

Captura de tela da página inicial da Crunchyroll Beta
As grandes margens podem incomodar, mas são usuais nos sites de hoje em dia.

Também houveram mudanças nas informações disponíveis na página inicial. Uma nova adição que, para mim, foi muito bem-vinda, é a presença de uma seção “Continue Assistindo“: Presente na grande parte das plataformas de streaming, ela mostra os últimos shows e episódios que você viu, indicando qual é o próximo disponível, e com uma marcação diferente para quando o lançamento semanal ainda não chegou.

Assim como a Netflix – que parece ter sido a referência para o novo designa página inicial te bombardeia com recomendações, distribuídas em categorias que até fazem sentido, mas que eu não necessariamente me interesso por. E essas recomendações acabam ocupando a maior parte do espaço útil, me forçando a dar scroll na página por um período maior do que eu costumava, até chegar na seção de novos lançamentos.

Captura de tela da página inicial da Crunchyroll Beta
Vamos expor o redator na postagem, mostrando o que ele tem assistido e o que está na sua lista? Vamos…

Novas categorias e ferramentas de busca

Não é segredo para ninguém que eu sou um grande fã de animês dublados (como já comentei em diversas outras postagens), e uma funcionalidade que eu sempre desejei que existisse era um filtro para buscar obras dubladas na plataforma. A tecnologia é maravilhosa, e por isso, finalmente tenho o que eu sempre desejei. Ao buscar por animês, seja pela lista de popularidade ou pelos lançamentos recentes, você poderá pedir para o sistema te mostrar apenas obras que tenham opção dublada!

Captura de tela da página de busca da Crunchyroll Beta
Contudo, por se tratar de uma versão de testes, nem tudo é perfeito…

Alguns problemas com o filtro, porém: Primeiro de tudo, ele não pode ser usado na barra de busca. Se procurar por um nome ou palavra específica, os resultados te mostrarão shows com aquela palavra no título do show ou de algum dos episódios, mas não há opção para filtrar esses resultados por dublagem.

O outro problema, você já deve ter notado ao olhar as imagens, se acompanha o mundo da dublagem brasileira: O site não diferencia o idioma da dublagem na hora de te mostrar os resultados. Isso significa que shows que possuem versão dublada apenas em inglês ainda aparecerão para você. “My Next Life as a Villainess” ou “Sword Art Online: Alicization” não estão disponíveis com vozes no nosso idioma, mas podem ser assistidos com falas em inglês. Foi um dos primeiros feedbacks que eu enviei para eles, e espero que seja resolvido.

Captura de tela da página de busca da Crunchyroll Beta
E já que você chegou até aqui, não custa tentar né: Assista Precure, temos uma sereia engraçada (E Aquatope também)

A nova barra de busca possui um visual mais moderno, que sofre do mesmo problema da página inicial: a poluição de conteúdos, oriunda da Netflixzação do design. Ela é mais bonitinha? Confesso que é, de fato. Mas acaba sendo mais confusa do que precisava. A busca por títulos de episódio é algo que me parece tão de nicho, que não acredito que compensa a bagunça que causa no dia-a-dia.

Assistir animês está surpreendentemente… a mesma coisa?

Já conhecem o ditado, não é? “Não se mexe em time que tá ganhando“. O player da Crunchyroll é um dos melhores do mercado de streaming atual, e eu cheguei a ficar receoso ao receber a notícia da Crunchyroll Beta, por medo de terem trocado o player. Felizmente, mantiveram tudo mais ou menos no mesmo lugar, e a experiência não mudou muito.

Lidar com o fundo preto nas bordas ao invés do branco demorou um tempinho, mas não foi nenhum desafio (apesar de eu querer um tema claro pro site para ajudar com minha vista cansada). A retirada das thumbnails dos episódios anteriores, porém, foi algo que eu senti falta. Sou uma pessoa muito esquecida, então, conferir rapidamente o que o episódio anterior fez enquanto a abertura toca era algo que eu fazia com frequência.

Captura de tela da página de vídeo da Crunchyroll Beta
Carambolas, seria esta uma referência às loucas aventuras de José Joãoestrela?

Para quem costuma assistir aos episódios em tela cheia, nada muda. Já para quem cresceu assistindo animê em modo janela, e já está velho demais para se acostumar com algo novo, uma das gambiarras mais famosas da plataforma ficou um pouco mais difícil de se usar: Alterar o zoom da página no seu navegador para ajustar o tamanho do player era algo que eu utilizei por anos. Acho que nem lembro quando foi a última vez que acessei a Crunchyroll sem ela estar em 150% de zoom.

Na nova página de episódios, o player ocupa todo o espaço da página, incluindo as bordas. Isso quer dizer que, para aumentar o player, é necessário aumentar as bordas, e isso só é feito diminuindo o zoom da página. Por conta disso, para continuar assistindo animê com o vídeo do tamanho que estou acostumado, precisei diminuir o site inteiro para 50%… O que, vocês devem imaginar, é completamente inviável para alguém com óculos tão pesados quanto os meus. O jeito vai ser ajustar o tamanho toda vez…

Uma personalização sutíl

Como foi comentado no release de imprensa, uma das novidades é a possibilidade de escolher avatares e banners para seu perfil. É uma opção deveras… curiosa de se implementar. Os avatares são vistos em comentários e resenhas, coisas que você provavelmente vai acabar esbarrando enquanto navega pelo site (você querendo lê-los ou não), então esse toque mais pessoal é interessante para quem consome essa parte do conteúdo.

Mas os banners de perfil realmente me fizeram questionar a sua existência. Claro que cada pessoa tem uma experiência diferente, e estou falando apenas por mim, mas… Quando foi a última vez que você acessou o perfil de usuário de alguém na Crunchyroll? Eu nunca acessei nem o meu próprio! Quando vi a notícia sobre “personalização de banners“, achei que você poderia escolher a imagem da página inicial do site, mas não é o caso. Afinal, a versão Beta nem possui um banner na página inicial!

Colagem feita com capturas de tela da seleção de avatar e de imagem de cabeçalho
Com 111 opções de avatares, e 37 opções de banners, até que a variedade é boa.

Uma experiência “Beta”

É claro que minha próxima fala é óbvia, mas precisa ser dita: A Crunchyroll Beta ainda é um ambiente de testes. O site não está completo, com praticamente qualquer outro pedaço que não foi citado (como a área de mangás ou de notícias) te levando para a versão clássica; Alguns textos e imagens de divulgação não estão totalmente traduzidas para o português; Ferramentas novas podem ser melhor desenvolvidas… Mas o período de testes existe justamente para isso. O feedback serve para ter sua voz ouvida, buscando melhorar a sua experiência com a nova versão. Todos os comentários que fiz aqui, já foram enviados pelos meios corretos, pois, apesar de redator, também sou gente e também quero um produto melhor para consumir.

Agradecemos novamente à Crunchyroll pela oportunidade de testar a versão Beta com antecedência.

Sobre a Crunchyroll:

A Crunchyroll está disponível em mais de 200 países e territórios, com séries transmitidas simultaneamente e legendadas em oito línguas diferentes. Fãs podem assistir anime de graça, com anúncios, ou assinar um dos planos de assinatura disponíveis para assistir animes sem anúncios, com acesso total a simulcasts no dia do lançamento, assistir conteúdo offline e muito mais.

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Crunchyroll celebra episódio 1000 de One Piece com exibição exclusiva

Em release de imprensa, através da Agência Masamune no instagram, a Crunchyroll, plataforma de streaming de animês, destacou a exibição do histórico milésimo episódio de “One Piece“.

O comunicado apresenta a série: “Criado pelo lendário mangaká Eiichiro Oda em 1997 e desenvolvido como animê pela Toei Animation, One Piece acaba de completar 22 anos de exibição ininterrupta, tendo estreado seu primeiro episódio em 20 de outubro de 1999 no Japão. De lá para cá, muitas sagas e aventuras se passaram conquistando uma legião de fãs, criando momentos emocionantes e gerando memórias sem igual.

A Crunchyroll é a única plataforma do Brasil que possui todos os (até agora) 998 episódios disponíveis e com legendas em português, e os novos episódios são liberados todos os domingos. A exibição do milésimo episódio seguirá a programação da plataforma, e os detalhes seguem:

Key-art de One Piece
ⓒ Eiichiro Oda / Shueisha, Toei Animation

[INFORMAÇÕES GERAIS – One Piece Episódio 1.000]

Plataforma exclusiva: Crunchyroll
Data: 20 de Novembro
Horário: 23h, horário de Brasília (exibição simultânea com o Japão)
One Piece – Acervo completo: https://www.crunchyroll.com/pt-br/one-piece

Preparando o público para esse marco histórico, a Crunchyroll liberou uma sinopse do conflito que será central para o episódio 1.000, e também uma playlist no Youtube, destacando os momentos-chave que nos levaram até aqui. Veja:

[spoiler]No palco do milésimo episódio, a batalha entre os Chapéus de Palha e as forças opressoras do Imperador Kaido esquentam numa guerra sem igual e o destino do país de Wano estará em jogo. A apenas 3 episódios do tão aguardado episódio 1.000,  Luffy e os Chapéus de Palha, juntos de Law, Kid, Jinbe e até Yamato estarão prontos para lidar com as forças colossais de Kaido?

[/spoiler]

A Crunchyroll oferece um teste grátis para novos usuários, e você pode aproveitá-lo para ficar em dia com o animê, ou para ser um dos primeiros a assistir o episódio 1.000! O comunicado ainda destaca o uso das hashtags nas redes sociais: #OnePiece1000 #Crunchyroll #SoNaCrunchyroll.

Para mais informações sobre One Piece, outros animês, e o mundo nerd no geral, fique de olho aqui, na Torre de Vigilância!

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Crunchyroll fará evento digital com artistas nacionais e maratona de animê

Em um release para a imprensa e em suas redes sociais, a Crunchyroll, plataforma de streaming de animê, anunciou hoje (04) que realizará um evento virtual no Twitch, entre os dias 08 e 12 de novembro. Segundo a Crunchyroll Brasil, será um evento “celebrando a cena nacional de artistas e a comunidade de fãs de anime”.

Na programação, teremos a participação de cinco artistas brasileiros, que darão vida ao novo design brasileiro da Crunchyroll-Hime, mascote do site. Além disso, fãs brasileiros e portugueses terão a oportunidade de maratonar a versão dublada de “The Ancient Magus’ Bride“, animê de 2017, para poderem se preparar para o lançamento “The Ancient Magus’ Bride -The Boy from the West and the Knight of Blue Storm-“, a nova série de OVAs que está com lançamento planejado para dezembro deste ano.

Confira a programação completa do evento, e mais informações sobre os artistas convidados e sobre o animê:

  • Local: Twitch da Crunchyroll Brasil ( twitch.tv/crunchyroll_pt )
  • 08/novembro (segunda), às 19:00:
    • Live drawing com Silva João
    • Exibição dos OVAs 01-03 de The Ancient Magus’ Bride: Those Awaiting a Star
    • Exibição dos episódios 01-02 de The Ancient Magus’ Bride
  • 09/novembro (terça), às 19:00:
    • Live drawing com Gabi Tozati
    • Exibição dos episódios 03-07 de The Ancient Magus’ Bride
  • 10/novembro (quarta), às 19:00:
    • Live drawing com Natália Prata
    • Exibição dos episódios 08-12 de The Ancient Magus’ Bride
  • 11/novembro (quinta), às 19:00:
    • Live drawing com Leonardo Cesar
    • Exibição dos episódios 13-17 de The Ancient Magus’ Bride
  • 12/novembro (sexta), às 19:00:
    • Live drawing com Monge Han
    • Exibição dos episódios 18-24 de The Ancient Magus’ Bride
Imagem mostrando a foto do artista "Silva João", fornecida pela Crunchyroll
Silva João estará no primeiro dia de lives. (Imagem fornecida pela Crunchyroll)

Silva João é um quadrinista, ilustrador e roteirista de São Paulo. É mais conhecido pela sua webcomic HQ de Briga e suas tirinhas. Fã de Mob Psycho 100 (informação importante).

Redes sociais: Twitter (@silvazuao) | Instagram (@silvazuao)

Imagem com a foto de Gabi Tozati, fornecida pela Crunchyroll
Gabi Tozati estará no segundo dia de lives. (Imagem fornecida pela Crunchyroll)

Gabi Tozati é uma ilustradora freelancer do interior de São Paulo, formada em Design Gráfico e pós graduada em Animação 2D. Seu foco de trabalho é em ilustração editorial infantil/infanto-juvenil e design de personagens, prestando serviços para empresas como Storytime Magazine, Programa Pleno, Editora Moderna e possuindo parcerias com plataformas como Faber Castell e Crehana.

Redes sociais: Twitter (@gabitozati) | Instagram (@gabitozatiart)

Imagem com foto de Natália Prata, fornecida pela Crunchyroll
Natália Prata estará no terceiro dia de lives. (Imagem fornecida pela Crunchyroll)

Natália Prata é uma ilustradora freelancer cearense, Arquiteta e Urbanista de formação que largou a profissão e foi se aventurar nesse mundo de ilustrações. Seu foco principal é ilustração infantil, além de cuidar de uma loja onde faz seus próprios produtos.

Redes sociais: Twitter (@nyatche) | Instagram (@nyatche)

Imagem com foto de Leonardo Cesar, fornecida pela Crunchyroll
Leonardo Cesar estará no quarto dia de lives. (Imagem fornecida pela Crunchyroll)

Leonardo Cesar é um artista afrodescendente e bissexual do Rio de Janeiro. Já trabalhou em alguns desenhos animados como ilustrador e animador para a Netflix, Cartoon Network e Discovery Kids. Em seus trabalhos autorais sempre tenta levar representatividade latina, negra e LGBTQIA+.

Redes sociais: Twitter (@leocesaturn) | Instagram (@leocesaturn)

Imagem com foto estilizada de Monge Han, fornecida pela Crunchyroll
Monge Han estará no quinto dia de lives. (Imagem fornecida pela Crunchyroll)

Monge Han é o nome artístico de Eric Han Schneider, asiático-brasileiro descendente de coreanos. Busca em seu trabalho autoral o desenvolvimento de sua linguagem na arte e no desenho, para que seu trabalho seja sempre um reflexo de seu interior e, sendo assim, um veículo para entender-se melhor como artista e pessoa racializada. Seus trabalhos permeiam narrativas autobiográficas, histórias ficcionais influenciadas por quadrinhos leste-asiáticos e tirinhas existenciais e humorísticas. Já trabalhou com empresas como Doritos, Universal Music, Editora Rocco e Sony Music (e agora Crunchyroll 💛).

Redes sociais: Twitter (@MongeHan) | Instagram (@mongehan)

Imagem de capa do animê "The Ancient Magus' Bride", fornecida pela Crunchyroll
“The Ancient Magus’ Bride” terá episódios dublados exibidos todos os dias do evento, após a participação dos artistas (Reprodução: Crunchyroll)

Criada pela mangaká Koré Yamazaki e adaptada para anime em 2017 pelo WIT Studio, The Ancient Magus’ Bride combina a magia do folclore celta e britânico com ação, romance e drama. A versão brasileira foi dublada pelo estúdio Som de Vera Cruz e contou com a direção de Leonardo Santhos. A sinopse, fornecida pela Crunchyroll, segue:

Abandonada por sua família e vendida para um traficante de escravos, Chise Hatori (voz de Raquel Masuet) é comprada por um estranho indivíduo envolto em mistério, que esconde seu rosto por trás de uma caveira de animal. Elias (voz de Guilherme Briggs) é um antigo mago que identifica em Chise um poder incomum, e decide comprá-la para libertá-la da escravidão… e para fazer dela sua noiva.

Imagem fornecida pela Crunchyroll com ilustração do novo OVA de "The Ancient Magus' Bride"
O novo OVA da obra estará disponível na plataforma de streaming em Dezembro (Reprodução: Crunchyroll)

Em dezembro de 2021, The Ancient Magus’ Bride -The Boy from the West and the Knight of Blue Storm-, uma nova história no universo de The Ancient Magus’ Bride chega com exclusividade à Crunchyroll junto com o lançamento global, com áudio original em japonês e legendas em português. Confira o trailer:

Para mais informações sobre a Crunchyroll, o mundo dos animês e da cultura nerd, fique ligado na Torre de Vigilância.

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“Fena: Pirate Princess” é uma bela e confusa mistura

A discussão de “piratas vs ninjas” é uma das mais antigas da internet, e já causou horas e horas de acalorados argumentos. Se me perguntarem, acredito que demorou até demais para termos um animê inteiro dedicado a responder esse questionamento.

Fruto de uma parceria entre a Crunchyroll e o Adult Swim, “Fena: Pirate Princess” é um animê original que estreou em Agosto na plataforma de streaming, e foi concluído recentemente com 12 episódios. Animado pelo estúdio Production I.G. e dirigido por Kazuto Nakazawa, o show foi inspirado por mangás shoujo” e possuía como objetivo “ser uma história de fantasia e romance, que não se preocupa em ser historicamente realista.

A sinopse e trailer do show, como apresentados pela Crunchyroll, seguem:

Fena Houtman se lembra pouco da sua infância. Orfã e criada como serva em um bordel, sua vida muda quando ela foge para uma ilha de piratas onde descobre a verdade por trás da sua família. Fena sendo a única capaz de desbloquear os segredos da sua família, e com um grupo formidável de piratas na sua cola, ela precisa assumir seu lugar como capitã de sua tripulação de Samurai para uma aventura em alto mar!

Falar de “Fena” é falar de visuais deslumbrantes, e qualquer comentário que diga menos que “espetacular” seria uma mentira. Do início ao fim, fomos presenteados com cenários desenhados a mão, baseados em diversas localidades históricas ao redor do mundo, trazendo uma imersão no tema de “aventura na era das navegações” de fazer inveja para muitos shows populares.

E não só os visuais, mas todas as partes artísticas do animê se mostraram como de alto nível e com uma consistência inacreditável: O design de personagens que deu um charme único para cada uma delas; a trilha e efeitos sonoros que se complementam perfeitamente com os visuais; a escolha e interpretação das vozes, que contou com um elenco de dubladores AAA; a coreografia das cenas de ação, que embora poucas, foram extremamente marcantes… O show se destaca positivamente como sendo um espetáculo técnico.

Visual da cidade de "Shangri-lá", em imagem utilizada na produção de "Fena: Pirate Princess"
“Shangri-lá”, apenas a primeira de muitas paisagens maravilhosas da série (Imagem cedida pela Crunchyroll)

Os problemas começam, porém, quando olhamos para o enredo. “Fena” parece ser uma obra com crise de identidade, que não consegue escolher o que quer ser ou qual rumo deseja tomar, e acaba ficando sem tempo para concluir sua trama quando finalmente se decide (se é que dá pra falar que uma decisão foi tomada).

No início, somos apresentados a um mundo incrível, com personagens de personalidade forte e com toda a parte artística supracitada como base. Terminei o primeiro episódio completamente boquiaberto, pronto para explorar os mares nessa história que parecia estar se moldando para ser uma jornada de auto-realização e de entendimento pessoal. Minha empolgação estava tão pra cima quanto o narizinho da Fena.

Captura de tela do episódio 8 de "Fena: Pirate Princess", mostrando Fena
Narizinho da Fena. É isso, essa é a legenda. (Reprodução: Crunchyroll)

Com o passar dos episódios, mais e mais elementos foram sendo adicionados, sem dar a chance para os anteriores se concretizarem ou serem explicados. Em pouco tempo, a trama já estava completamente perdida, com tantas coisas empilhadas que nenhuma delas conseguiu ser coerente. Acabamos com um monstro de Frankenstein, que juntou retalhos de diversos gêneros e bebeu de diversas fontes, mas não pensou na ética ou na consequência de seus atos. Eles estavam tão preocupados em saber se conseguiam, que não pararam pra pensar se deveriam.

Piadas à parte, a impressão que fica é que de duas, uma: Ou a produção foi muito ambiciosa, e precisava de pelo menos 24 episódios para explorar todos os pontos da salada de frutas que eles fizeram; ou a produção foi muito ingênua, e acreditou que conseguiria fazer sentido das ligações sem pé nem cabeça que inventaram com apenas 12 episódios. Um exemplo claro dessa linha de raciocínio são os próprios samurais que compõem a tripulação. Eles tiveram participações desiguais ao longo da série, e não sei dizer se os menos favorecidos seriam aprofundados se tivéssemos tempo para isso, ou se estavam lá apenas por estar desde o início.

Existe uma linha tênue entre o conceito de “ser misterioso e deixar as coisas no ar puramente pela estética do desconhecido“, e “não fazer absolutamente nenhum sentido“. E, embora consiga ficar no lado certo em alguns momentos, o animê acaba não apenas passando pro outro lado dessa linha em múltiplas ocasiões, como decide correr uma maratona além dela em sua conclusão.

Captura de tela do episódio 7 de "Fena: Pirate Princess", mostrando Fena e uma explosão ao fundo
Representação visual de como foi acompanhar a história do animê (Reprodução: Crunchyroll)

“Fena” não precisava ir tão longe, até porque ninguém estava esperando que fosse. O show precisava escolher se seria uma aventura mais pé-no-chão, focada em descobrir a história e o passado da protagonista, e como ela lidaria com essas descobertas… Ou se seria uma aventura fantástica, onde as personagens fossem apenas os veículos para nos mostrar a magia, que seria o verdadeiro ponto central. São duas visões completamente opostas, e justamente por isso, não funcionam quando unidas. E, pra mim, esse é o maior defeito do animê.

Com um embaraçado de temas, e pouco tempo para desembaraçá-los, “Fena: Pirate Princess” se perde em si mesmo e se torna uma mera experiência visual. Mas que os visuais são lindos, isso não dá pra negar. É um animê que entretê, mas que não possui substância, e por isso, minha nota pessoal e intransferível para ele é 2,5/5,0. Levemente decepcionado com a jornada que nunca me foi prometida, mas que eu achei que iria receber.

O animê está disponível na Crunchyroll, completo em doze episódios, e com legendas em português.

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Blade Runner: Black Lotus e a Expansão do Universo de Philip K. Dick

Em 1968, Philip K. Dick publicou uma das obras mais relevantes para o gênero da ficção-científica: ‘Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?’. E, na trama original, acompanhamos Rick Deckard, um caçador de recompensas que vive em uma São Francisco decadente em um futuro distópico onde aconteceu uma guerra nuclear e diversas colônias planetárias foram criadas. Quem permaneceu na Terra, vive em um lugar coberto por poeira radioativa onde as espécies de plantas e animais foram aniquiladas após o evento.

Neste cenário, todos almejam melhorar de vida e com Deckard não seria diferente: sua meta é substituir a sua ovelha elétrica por uma de verdade. Para isso, o protagonista aceita um novo trabalho cuja a missão é caçar androides que fugiram e encerrar suas atividades.

O interessante é observar que, neste livro, Philip K. Dick cria toda essa ambientação futurista tão imersiva e detalhista, que serve como base até hoje para diversos jogos, filmes e RPGs de mesa apenas com o intuito de abordar diversas questões sobre o que é ser humano, o poder da tecnologia sobre a massa e sobre toda a natureza da vida que envolve a gente – além de, é claro, apresentar uma excelente trama cuja a leitura é fundamental até os dias atuais.

Blade Runner": as previsões do filme para 2019 que não são realidade - Revista Galileu | Cultura

E mesmo que o autor já tivesse apresentado este vasto universo junto com uma história sensacional, Ridley Scott foi além e, em 1982, trouxe para os cinemas sua adaptação estrelada por Harrison Ford. Blade Runner: O Caçador de Androides consolidou de forma definitiva todo o universo apresentado no livro e, na minha opinião, melhorou a trama original mantendo as mesmas reflexões que o autor pretendia.

Mesmo marcado por polêmicas e opiniões divididas na época de seu lançamento, a adaptação foi a principal responsável por definir este universo e gerar as posteriores expansões do mesmo. Tanto que, logo após este, tivemos uma incrível sequência dirigida por Denis Villeneuve e outras mídias situadas no mesmo universo.

Blade Runner 2049 misses rise of creative artificial intelligence

Uma das expansões desde universo sensacional mais recentes que vêm sendo lançada é uma série de quadrinhos intitulada Blade Runner 2019. Lançada aqui no Brasil pela editora Excelsior desde o ano passado e em capa dura, a trama desta se passa no mesmo ano que o filme dirigido por Ridley Scott e é considerada também uma sequência direta do mesmo.

Neste título acompanhamos Ash: uma policial que, assim como Deckard, também vive caçando androides. Um dia, a mesma recebe como missão encontrar a esposa e a filha de um bilionário em Los Angeles cujo os únicos suspeitos do desaparecimento são replicantes. Estes quadrinhos do universo de Blade Runner ainda se apresentam em dois volumes aqui no Brasil. Esta expansão é extremamente bem-vinda pois, por mais que pareça a mesma coisa que os filmes, toma outro rumo e explora bem mais a natureza de um replicante do que as outras mídias – dessa forma, caso seja fã deste universo, é uma boa sugestão para expandir sua relação com o mesmo.

Blade Runner 2019: Off-World' Goes to Colonies – The Hollywood Reporter

Por fim, a mais nova expansão do universo criado por Philip K. Dick chegará na Crunchyroll no dia 13 de Novembro com seus dois primeiros episódios disponíveis. Blade Runner: Black Lotus é a mais nova animação da Adult Swim e trás uma trama totalmente original e envolvente.

Na história, acompanhamos uma mulher chamada Elle no ano de 2023 em Los Angeles, onde a mesma acorda sem memórias, com habilidades desconhecidas e com uma tatuagem misteriosa. Além disso ela também apresenta um drive com arquivos criptografados, e seu objetivo é descobrir o que aconteceu e qual é a sua história dentro deste universo.

Começando pela trama, temos uma personagem cativante que consegue envolver o telespectador em sua própria história e pelo mistério de sua identidade logo nos primeiros minutos de tela. Junto a isso, há também uma excelente animação gráfica composta por uma fotografia que promove não só a imersão de quem assiste como também mostra toda a sujeira presente em Los Angeles naquele ano.

Em apenas dois episódios disponibilizados para a nossa redação, já foi possível observar todo o potencial que essa série tem de expandir com maestria todo o universo de Blade Runner.

Nestes dois primeiros episódios, basicamente observamos Elle se encontrando em Los Angeles e procurando resposta acerca de seu passado e de como foi parar ali – com bastante cenas de ação e efeitos visuais que deixam qualquer um apaixonado.

De certa forma, a história presente desta animação se torna promissora pelo simples de fato de não ter como protagonista (aparentemente, visto que é cedo para afirmar isso) uma caçadora de recompensas. Afinal, em todas as mídias citadas acima o protagonista era um, o que faz com que o universo seja observado em apenas um ponto de vista.

Por fim, Blade Runner: Black Lotus se apresenta como uma excelente adição na cronologia da franquia e apresenta um grande potencial para ser desenvolvido em seus treze episódios, que serão lançados com exclusividade na Crunchyroll.

 

Blade Runner: Black Lotus, uma produção original da Crunchyroll e do Adult Swim, estreia no dia 13 de novembro na Crunchyroll.

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TONIKAWA: “Fofura” e “Vergonha alheia”, faces de uma mesma moeda

O satélite natural do nosso planeta empresta seu nome para diversos ditados populares. Um deles, “Nascer virado para a Lua“, significa que a pessoa é bastante sortuda; Já outro, “Viver no mundo da Lua“, quer dizer que o indivíduo é muito distraído ou avoado. São ditados intrinsecamente brasileiros, mas que acabaram calhando de combinar perfeitamente com o protagonista desta história japonesa que também se baseia nesse corpo celeste.

Inicialmente um mangá, “Tonikaku Kawaii” (abreviado para “Tonikawa“) está em publicação desde 2018, com autoria de Kenjiro Hata (que também escreveu Hayate no Gotoku!/Hayate The Combat Butler). Em outubro de 2020, recebeu uma adaptação em animê, animado pelo estúdio Seven Arcs, e dirigido por Hiroshi Ikehata.

A Crunchyroll fez a transmissão simultânea do show, além de disponibilizar uma versão dublada em português (que vou comentar em maiores detalhes daqui a pouco). A sinopse e trailer do animê, disponibilizada pelo próprio serviço de streaming:

Após um encontro com a misteriosa Tsukasa, Nasa Yuzaki se apaixona à primeira vista. Nasa decide se declarar pra garota, mas ela responde: “Só vou sair com você se a gente se casar.” Assim começa a vida  cativante e amorosa destes dois recém-casados!

Tonikawa é um animê, acima de tudo, fofo. E quando digo fofo, quero dizer aquele tipo de história doce de doer o dente. Passamos boa parte do show com trocas tímidas de amor entre os dois protagonistas, Nasa e Tsukasa. A sensação de que eles realmente gostam um do outro é nítida a todo o momento, e soa genuína o bastante para não parecer forçada, mesmo quando acontece numa intensidade muito maior do que se julgaria “normal“.

Não conseguia não me divertir quando Nasa apontava para Tsukasa e, com um largo sorriso no rosto, dizia de boca cheia: “a minha esposa é linda“. Da mesma forma, todas as reações de Tsukasa para com a simples existência do Nasa, também trazia a quintessência de uma série piegas. Uma overdose de fofura.

Por outro lado… Sempre acompanhado de coisas fofas, vem também a vergonha alheia. É um sentimento bem fácil de entender, mas difícil de colocar em palavras. Cada declaração ousada do marido se torna um constrangimento para o espectador; Muitas vezes, até mesmo a esposa acaba ficando embaraçada com toda a situação, e a vergonha que ela sente acaba passando da fofura pra se tornar simplesmente… vergonhoso. Constantemente, a série se apoia em insinuações sexuais que abrangem desde pequenas piadinhas que te arrancam um riso, até pensamentos que te fazem questionar a moralidade das personagens e até mesmo a sua, por estar assistindo isso.

Captura de tela do episódio 7 de TONIKAWA: Over The Moon For You, mostrando Tsukasa e Nasa
Quando o amor por sua esposa é tanto que você manifesta SFXs na vida real (Reprodução: Crunchyroll)

Exageros à parte, a carga de conteúdo fofo e vergonhoso existe num equilíbrio quase perfeito, e é isso que faz com que o animê seja tão bem encaixado. Eles se intercalam com uma maestria, que não permite que nenhum fique tempo demais na tela. Cada cena existe num contexto onde faz sentido ela existir, e dura apenas o suficiente para ter o efeito desejado, sem sobrecarregar a pessoa assistindo. Na maioria das vezes, é claro. Vez ou outra, alguma coisa passa, o que me deixou um pouco desconfortável quando aconteceu. Mas foi raro o bastante para não afetar a experiência como um todo.

Então, você soma a essa equação um timing humorístico acima da média, que não tenta te fazer rir o tempo todo, pois sabe que quando precisar, vai conseguir entregar uma boa piada. Acabamos por ter uma comédia-romântica que se preocupa muito mais no balanço entre seus aspectos românticos, e a comédia surge naturalmente como resultado disso.

O show pode ser meio vago, com grandes buracos de roteiro que estão lá propositalmente… Mas todo o resto se complementa de uma forma tão excepcional, que acabam servindo de pontes para atravessar esses abismos, fazendo com que no final do episódio, você nem se lembre das perguntas que tinha.

Captura de tela do episódio 9 de TONIKAWA: Over The Moon For You, mostrando Tsukasa de costas
A Tsukasa de costas ser super parecida com um Among Us é uma das “referências” que provavelmente aconteceram por acaso… (Reprodução: Crunchyroll)

Outro ponto que gostaria de comentar é sobre a bagagem midiática que Tonikawa possui. O autor fez questão de inserir uma quantidade exorbitante de referências, salpicadas ao longo de toda a série. É o tipo de conteúdo que, caso você tenha o contexto necessário para entender, acaba adicionando ao humor, pois muitas vezes, são referências que soam naturais de serem feitas (como, por exemplo, comparar Nasa com Tony Stark), dando ainda mais autenticidade ao dia-a-dia do elenco.

Já algumas outras, existem como uma homenagem aos referenciados, sendo usadas como meros recursos visuais para uma narrativa dentro da história (é o caso do uso das silhuetas de personagens de “Danganronpa”, por exemplo). Nos dois usos de referências, porém, elas existem apenas como um extra, um conteúdo bônus para quem foi capaz de reconhecê-las, e não o centro da atenção ou da piada.

Levemente relacionado com o ponto anterior, é o enorme contexto cultural que o animê exige. Ele é uma história japonesa, que se passa no Japão, e nem a obra original, nem a dublagem, tentam “localizá-la” para um público internacional. Não quero (e nem devo!) entrar no mérito de se isso é uma coisa boa ou ruim, mas é claramente algo que precisa ser comentado.

O show fala de franquias de lojas japonesas; de bairros famosos de Tóquio; sobre pontos turísticos e históricos de todo o país; de costumes e tradições culturais pouco conhecidas no ocidente; e nenhuma dessas coisas são explicadas para você. A maioria delas é entendível dentro do contexto da cena, e muitas delas são coisas que se você for um fã de animê de longa data, já deve ter ouvido ou se acostumado ao longo dos anos. Mas fica claro que a intenção é ser uma história para quem já tem uma bagagem anterior, fazendo com que não seja uma boa escolha para “iniciantes”.

Captura de tela do episódio 7 de TONIKAWA: Over The Moon For You, mostrando Tsukasa
Para não dizer que o animê é só coisas doces, toma: Tsukasa chupando limão (Reprodução: Crunchyroll)

Finalmente falando da dublagem: A versão brasileira foi feita no estúdio Som de Vera Cruz (também responsável por Re:ZERO; Tokyo Revengers; entre outros), e contou com a direção de Leonardo Santhos (diretor das dublagens de Re:ZERO e Konosuba).

No elenco, queria destacar as duas personagens principais, que tiveram uma performance muito acima da média. Eu fiquei genuinamente surpreso com o quão bem a voz da Isabella Simi encaixou com a Tsukasa. Ela conseguiu trazer todas as nuances que a complexidade da personagem exigia, com uma interpretação que não perde em nada para a contraparte japonesa (voz de Akari Kito); Já para Nasa, a voz de Pedro Alcântara me soou um pouco estranha a princípio, principalmente por conta do original (voz de Junya Enoki) ter um tom tão mais grave que a da versão brasileira. Mas imediatamente após ouvir o primeiro solilóquio do rapaz, fui convencido de que o Pedro era o dublador perfeito para ele. 

Outros nomes no elenco de vozes foram Jeane Marie, Jéssica Marina, Vitória Crispim, Gabriela Medeiros, Lhays Macêdo, Milton Parisi e Tonia Mesquisa.

De forma geral, tanto a escolha de vozes como a interpretação dos dubladores foi excelente, e não estou exagerando quando digo que é, na minha opinião, o melhor animê dublado que eu assisti. Confesso que ainda tem muita coisa dessa “nova leva” de dublagens que eu preciso conferir, mas a qualidade de Tonikawa está assegurada.

Claro que o trabalho não foi perfeito (nada é!), e para não parecer que estou apenas elogiando cegamente, tenho uma reclamação: Todos os nomes e termos japoneses do animê foram estranhamente pronunciados, como se os dubladores estivessem se forçando a falar com um certo estrangeirismo. Cada vez que alguém falava “Chitose” (nome de uma das personagens), eu precisava checar para ver se entendi o que tinha sido dito. E lembram das diversas referências à cultura japonesa que eu comentei acima? Todas elas foram mantidas com seus nomes japoneses, e todos eles foram pronunciados de uma forma estranha. Uma gota de crítica num oceano de elogios.

Captura de tela do episódio 5 de TONIKAWA: Over The Moon For You, mostrando Nasa e Tsukasa
Todo casal é formado por uma pessoa que acredita que Sharknado é a melhor franquia que existe, e uma pessoa que está errada. (Reprodução: Crunchyroll)

Tonikawa funciona. Funciona pois escolheu um nicho e se aperfeiçoou nele, dando uma experiência ideal para qualquer um que esteja no clima que ele oferece. “Fofura” e “Vergonha alheia” são dois lados de uma mesma moeda, mas nesse cara-ou-coroa, o animê conseguiu um raro empate. Com muito mais qualidades do que problemas, e problemas que podem ser relevados (se você entender que eles existem para serem resolvidos num futuro que ainda não foi adaptado do mangá), o show se mostra como uma experiência gentil e alegre que passa voando por você. A nota do redator é de 4/5, junto com uma recomendação de assistir a versão dublada.

TONIKAWA: Over The Moon For You está disponível na Crunchyroll, completo em 13 episódios, com opções de áudio em português e japonês (e legendas em português para o segundo caso).

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Blade Runner: Black Lotus irá estrear em Novembro de 2021, assista o novo trailer

A Crunchyroll junto do Adult Swim anunciaram durante um painel da New York Comic Con, que o anime Blade Runner: Black Lotus estreará em 14 de Novembro de 2021, às 1:00 hora da manhã no horário de Brasília. 

O anime estará disponível com dois capítulos, sendo os outros episódios disponibilizados na plataforma semanalmente. 

Los Angeles, 2032. Uma jovem acorda sem memórias, e de posse de habilidades mortíferas. Suas únicas pistas para o seu passado são um dispositivo de dados encriptado e uma tatuagem de uma lótus negra. Para desvendar o mistério, ela precisa caçar os responsáveis por seu passado brutal e sangrento e descobrir a verdade sobre sua identidade perdida.

Para futuras informações a respeito de Blade Runner: Black Lotus, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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O problema de se prolongar demais em Hamefura X

Uma das citações mais famosas da ficção é aquela que você provavelmente já ouviu em vários contextos: “Ou você morre herói, ou vive o bastante para ver você mesmo virar vilão“. É comum, no mundo do entretenimento, a criação de histórias longas, e, enquanto algumas delas não duram tanto quanto gostaríamos (ou quanto era necessário…), o caso oposto também é recorrente: histórias que se estendem muito mais do que precisavam.

Diversas franquias estão presentes há anos, até décadas, e continuam gerando novos conteúdos. Mas chega um momento em que até mesmo o mais aficionado fã vai encarar o seu novo filme (ou quadrinho, livro, temporada, álbum…) e pensar “Putz, esse aí já foi pura ganância“.

Vários exemplos podem ter passado pela sua cabeça (e eu até prefiro não citar nenhum para não causar uma polêmica, mas cada um sabe, lá no fundo, do que estamos falando), só que eu queria dar um exemplo que você provavelmente não conhece, e um exemplo que talvez não seja tão radical quanto esse começo fez soar, mas que precisa ser dito antes que chegue nos patamares acima.

Captura de tela do episódio 1 de "Hamefura X", mostrando Catarina, com a legenda "Por que as coisas acabaram assim?!"
A pergunta que muitas fãs fazem… (Reprodução: Crunchyroll)

Ano passado, eu comentei sobre “My Next Life as a Villainess: All Routes Leads to Doom!” (abreviado para “Hamefura”, por seu nome japonês), um animê isekai que me divertiu horrores com sua premissa absurda e execução impecável.

A primeira temporada teve uma história com início, meio e fim. Seu clímax foi interessante e me deixou intrigado pela sua resolução, e o que foi entregue conseguiu encaixar perfeitamente todas as peças, numa conclusão satisfatória e eloquente. Acompanhar a vida da Catarina, desde sua infância, até o momento de sua “programada” morte, era um conceito interessante: Cada evento tinha importância, nos fazia pensar em como isso alteraria o futuro que já estava escrito. Até que ponto as mudanças que ela causou a ajudariam? A parte “séria” da história funcionava por causa dos conhecimentos prévios que ela tinha.

Por outro lado, o humor funcionava em cima da incapacidade da Catarina de entender qualquer coisa ao seu redor, que não fosse tentar sobreviver. Ela é abobada e sem nexo parcialmente por sua inexperiência, mas principalmente por realmente não estar dando bola para qualquer coisa que não seja evitar sua própria morte. A própria ideia de ter todas aquelas pessoas gostando e se interessando por ela era absurda, afinal, elas seriam as responsáveis por seus “fins de destruição”.

Captura de tela do episódio 1 de "Hamefura X", mostrando Catarina, e com a legenda "Escapei!"
Mas convenhamos, é a junção da história e da bobeira da Catarina que me fez gostar da primeira temporada (Reprodução: Crunchyroll)

Então, chegamos na segunda temporada, que estreou em julho deste ano (e está na Crunchyroll)… O anime tenta se manter o mesmo, e fez isso com bastante maestria. O problema é que o clima não é mais o mesmo. As coisas não funcionam mais tão bem na atmosfera que foi criada num mundo de Hamefura pós-primeira-temporada.

A história de “Fortune Lover“, o jogo que Catarina conhecia, já terminou. Os conhecimentos prévios dela se esgotaram. A partir desse ponto, a trama se torna um mistério comum. Ele perdeu parte do charme, pois não temos mais uma “base” para comparar e perceber o quanto as coisas mudaram.

Para piorar, a ambientação acaba impondo um limite de quantas coisas diferentes você pode fazer para gerar tensão. Quando você me conta que, pela terceira vez, alguém foi sequestrado por um usuário de magia negra… Eu não vou ficar preocupado, eu vou é revirar os olhos.

Captura de tela do episódio 3 de "Hamefura X", mostrando Catarina, e com legenda "Não posso dizer que estava tão confortável que até esqueci que fui raptada."
Admiro a coragem de fazer um meta-humor com isso, mas poxa vida… (Reprodução: Crunchyroll)

Essas são apenas algumas das coisas que eu pensava enquanto assistia aos novos episódios. O questionamento geral sempre era: “Precisava de mais?“. Mesmo a segunda temporada tendo sido até que divertida, trabalhando em cima dos pontos fortes da série, e explorando seu rico elenco (além das excelentes adições), ela não chegou nem perto da genialidade da primeira.

A impressão que eu tive é que o primeiro episódio deveria ter sido um “especial“, um extra para a primeira temporada. Um clássico “agora que nossas crianças salvaram o mundo, vamos deixá-las se divertir um pouco!“, e então, encerrar por ali. A criação de uma nova narrativa não só pareceu forçada, ela era totalmente desnecessária.

No geral, Hamefura X foi uma existência que não precisava existir, mas já que existiu, pelo menos se esforçou para dar o seu melhor. E, enquanto o seu melhor não é tão bom quanto o seu antecessor, ainda é melhor do que muita coisa que se encontra por aí. A história ainda não se tornou vilã, mas está tentando perigosamente viver por tempo demais. Para a segunda temporada, a nota do redator é 3,0/5,0.

Hamefura X (e também sua primeira temporada) está disponível na plataforma de streaming Crunchyroll, completo em 12 episódios (24 com as duas temporadas), e com legendas em português.

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Demon Slayer: “Mugen Train” e “Entertainment District” estreiam na Crunchyroll este ano

O sucesso mundial “Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba“, mangá de Koyoharu Gotouge e adaptado para animê em 2019 pelo estúdio ufotable, vai receber novos episódios em 2021!

Em release para a imprensa, a Crunchyroll, plataforma de streaming especializada em animê, anunciou que dois novos arcos, “Mugen Train” e “Entertainment District”, chegarão à plataforma ainda este ano. Confira os detalhes:

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba Mugen Train Arc

Data de estreia no Japão: 10 de outubro (domingo), às 23:15 JST (11:15 no horário de Brasília).

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba Mugen Train Arc é uma reedição em 6 episódios do filme com nova trilha sonora, além de um inédito episódio 1 de duração estendida, onde Kyojuro Rengoku embarcará numa nova missão a caminho do Mugen Train.

LiSA retornará para cantar o tema de abertura “Akeboshi” e o tema de encerramento “Shirogane“.

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba Entertainment District Arc

Data de estreia no Japão: 5 de dezembro, às 23:15 JST (11:15 no horário de Brasília).

Em Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba Entertainment District Arc, Tanjiro e seus colegas embarcam numa nova missão no Distrito Yoshiwara, onde eles enfrentarão a demônio Daki, interpretada por Miyuki Sawashiro. A série estreará logo após a conclusão do arco Mugen Train, com um episódio especial de uma hora.

A cantora Aimer interpretará os temas de abertura “Zankyosanka” e encerramento “Asa ga kuru“.

A plataforma já conta com a primeira temporada, completa em 26 episódios. No Brasil, o mangá é publicado pela Editora Panini.

Novas informações, como a disponibilidade e datas de estréia na plataforma, poderão ser reveladas no futuro. Para ficar por dentro das novidades, fique de olho na Torre de Vigilância!