Criação de Jeff Lemire e Dean Ormston, Black Hammer conquistou o público e a crítica ao unir elementos de grandes clássicos dos quadrinhos, tramas únicas e personagens complexos. Sucesso inquestionável no exterior e no Brasil (onde a editora Intrínseca vem publicando em encadernados), agora a intensa jornada se encaminha para o desfecho, quando finalmente vamos descobrir o que aconteceu com os maiores heróis de Spiral City.
Ao vencerem o poderoso e maligno Antideus, os maiores heróis de Spiral City desapareceram sem deixar vestígios. Todos acreditam que eles estão mortos, mas há dez anos vivem isolados em uma pacata fazenda, relegados ao esquecimento e à melancolia de dias sem glória. Obrigados a disfarçar seus poderes, sua natureza e suas origens aos olhos dos habitantes locais, eles personificam uma típica família disfuncional, tentando criar para si uma vida comum, mas que ainda é atormentada pelos mistérios que envolvem sua chegada e sua permanência na cidade.
No último volume da aclamada série Black Hammer, revelações colocam o equilíbrio do universo em risco. Neste quarto e último volume, mais segredos vêm à tona, e quando a verdade sobre o que aconteceu naquela batalha fatídica é revelada, o mundo dos ex-heróis muda completamente outra vez. Com o equilíbrio do universo sob ameaça, eles serão obrigados a decidir se o preço que pagaram para salvar Spiral City valeu a pena.
A série da Dark Horse teve até mesmo um crossover com os personagens da DC Comics anunciado e publicado em 2019. No exterior há diversos spin-offs, derivados diretamente da série principal. Além de Black Hammer, a Intrínseca também publica outra série de Jeff Lemire. Trata-se de Descender, coleção iniciada recentemente no Brasil e pertencente a editora Image Comics nos EUA.
Black Hammer: Era da Destruição – Parte 2 possui 192 páginas encadernadas em capa cartão e formato 26 x 17 cm. O preço sugerido é R$ 44,90. Reserva sua edição na pré-venda clicando aqui.
A colaboração de Jeff Lemire e Mike Deodato chega em breve às livrarias do Brasil. Berserker Unbound, publicado originalmente pela Dark Horse Comics, está em pré-venda pela Editora Mino. Confira detalhes abaixo!
Um implacável guerreiro de um mundo de espadas e magia se vê lançado, através de um buraco de minhoca, a uma metrópole dos dias modernos, onde precisa proteger todos ao seu redor de um maligno feiticeiro determinado a mandá-lo para o inferno. Das mãos da equipe criativa vencedora do prêmio Eisner formada por Jeff Lemire, Mike Deodato Jr. e Frank Martin, chega esta nova série de fantasia bárbara urbana!
Lemire e Deodato trabalharam juntos na série Thanos para a Marvel Comics há alguns anos. Ainda pela Dark Horse Comics, Lemire vem publicando sua série Black Hammer, grande sucesso aclamado por crítica e público consumidor, se tornando um dos títulos mais vendidos até mesmo no Brasil, onde é lançado pela Editora Intrínseca.
O catálogo da Dark Horse pela Editora Mino inclui diversas obras e autores consagrados, como The Shaolin Cowboy de Geof Darrow, Espírito dos Mortos e Ragemoor de Richard Corben. A Mino também é casa editorial de Jeff Lemire tendo diversas de suas obras publicadas, como Apanhadores de Sapos, Condado de Essex, O Soldador Subaquático e Gideon Falls.
De Mike Deodato, a editora nacional publicou Quadros, seu primeiro quadrinho autoral que compila 14 histórias que falam de temas variados ao longo de suas 80 páginas.
O décimo primeiro volume da coleção Hellboy Edição Histórica já está em pré-venda pela Mythos Editora, republicando histórias famosas do personagem e trazendo algumas aventuras inéditas. Confira detalhes abaixo!
Quando ainda era o principal agente do Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal, Hellboy investigou e combateu de tudo: monstros, mortos-vivos, cultos pagãos, extraterrestres, casarões carnívoros… e, o mais incrível, chegou até mesmo a enfrentar seu ídolo de infância, o herói Lagosta Johnson, em um ringue de luta livre mexicana! São aventuras fantásticas como essas que você encontra neste volume de Hellboy Edição Histórica. Para ajudar a contá-las, o multipremiado Mike Mignola convidou alguns dos maiores artistas do ramo: Richard Corben (Hellboy: O Vigarista), Scott Hampton (Os Livros da Magia) e Kevin Nowlan (Superman versus Aliens). Como se três mestres não fossem atração suficiente, o próprio Mignola também volta a desenhar sua maior criação, em uma aventura curta produzida para o jornal USA Today.
Além de reapresentar conteúdo originalmente publicado em Hellboy: A Noiva do Demônio (2012), esta supercoletânea ainda inclui histórias inéditas ilustradas por megatalentos como Duncan Fegredo (A Morte de Hellboy), Ben Stenbeck (Hellboy e o B.P.D.P.: 1953), o argentino Sebastián Fiumara (Os Julgamentos de Loki) e Mike Norton (Arqueiro Verde e Canário Negro), que assina o divertidíssimo telecatch entre Hellboy e Lagosta Johnson! Com roteiros brilhantes, arte sensacional, aventuras completas e cronologicamente independentes, esta é uma edição empolgante para antigos fãs e um ótimo ponto de partida para novos leitores.
Em 2017 e 2018 os volumes 7, 8 e 9 da Edição Histórica, Paragens Exóticas e A Feiticeira Troll e Krampusnacht deram continuidade à coleção que por anos possuiu apenas 6 volumes. Em 2019 foi lançado o volume 10, O Vigarista e outras histórias. A ideia da editora Mythos é compilar nesta série todas as aventuras terrenas de Hellboy, prévias ao arco composto por Caçada Selvagem, Clamor das Trevas e Tormenta e Fúria, culminando em sua morte.
A fantástica série Lady Killer da quadrinista Joëlle Jones chega ao seu segundo volume encadernado lançado no Brasil pela editora DarkSide. Confira detalhes abaixo!
Josie Schuller é uma esposa dedicada, uma mãe amorosa e… uma assassina de aluguel. Capaz de equilibrar os deveres de uma típica dona de casa norte-americana dos anos 1960 com vários assassinatos a sangue-frio, ninguém desconfia que ela leva uma vida dupla.
Após as perseguições e imprevistos do primeiro volume, Josie decide se mudar com a família para Cocoa Beach, na Flórida, onde as coisas continuam mais ou menos como era antes: Josie vende Tupperware, cuida da família e vai colecionando alguns cadáveres pelo caminho. A única diferença é que, agora, ela está trabalhando sozinha. Fazer vítimas continua fácil, o problema é cuidar da bagunça depois. Então, quando uma figura do seu passado aparece com uma proposta de parceria, Josie não consegue recusar. Mas há muito mais em jogo do que uma cena do crime sangrenta para limpar…
Neste volume, que também é o último, começamos a descortinar o passado de Josie e a entender suas motivações. A relação com sua sogra, que já não era das melhores, ganha novos atritos. Revelações chocantes vêm à tona, e, enquanto isso, o marido de Josie continua sem desconfiar de nada…
Publicado nos EUA pela Dark Horse Comics, o segundo arco de Lady Killer chegou às lojas norte-americanas em 2017. Joëlle Jones (Batman, Mulher-Gato) assina roteiro e arte, e as cores são de Michelle Madsen. Em 2019, Jones foi uma das convidadas internacionais da CCXP e esteve no Brasil durante os quatro dias de evento.
A graphic novel é mais uma adição ao selo DarkSide® Graphic Novel, que já trouxe títulos como Meu Amigo Dahmer, Creepshow, Aurora nas Sombras e Floresta dos Medos.
Lady Killer: Graphic Novel Vol. 2 possui 144 páginas encadernadas em capa dura, com soft touch e uma luva protetora. O formato adotado é o americano (26 x 17 cm). O preço sugerido é R$ 59,90. Clique aqui para garantir sua edição na pré-venda matadora!
Stranger Things, uma das séries de maior sucesso da Netflix, chegará ao Brasil adaptada para a nona arte em lançamento da Panini Comics. Confira detalhes abaixo!
O Mundo Invertido, um lugar vislumbrado apenas em visões e pesadelos… Will Byers certamente não sabe o nome da dimensão sombria na qual se encontra, mas sabe que está sem os amigos e muito, muito longe da segurança. Um estranho e barulhento monstro o espreita a partir cada sombra e fragmentos de vozes conhecidas chegam a seus ouvidos desde o outro lado. Para sobreviver, Will se agarra às lições que aprendeu com os amigos enquanto sonha em voltar para sua casa e família algum dia.
Este é o primeiro volume de uma coleção lançada nos EUA pela Dark Horse Comics e apresenta um arco em quatro partes situado no decorrer da primeira temporada da série de TV. Possui roteiro de Jody Houser e arte de Stefano Martino.
Em novembro de 2019 a editora também compilou um segundo arco de histórias em um volume encadernado intitulado “SIX“. Uma terceira minissérie está em publicação neste momento no mercado norte-americano. Há também um encadernado intitulado “Zombie Boys” que dá continuidade aos eventos da primeira temporada.
Stranger Things estreou em julho de 2016 e fez grande sucesso por conta da temática anos 80 com horror e RPG, onde a trama se sustenta com o auxílio de um elenco juvenil cativante. Em julho de 2019 a terceira temporada da série foi lançada através do serviço de streaming Netflix.
Indicada ao prêmio Eisner por seu trabalho em Lady Killer e muitos outros, a quadrinista Joëlle Jones será publicada no Brasil pela DarkSide Books, que traz o primeiro volume da série criada por Jones e Jamie S. Rich. Confira detalhes abaixo!
Josie Schuller é uma esposa dedicada, uma mãe amorosa e… uma assassina de aluguel. Ela é capaz de equilibrar os deveres de uma típica dona de casa norte-americana dos anos 1960 com uma porção de assassinatos a sangue-frio, até que um pequeno deslize faz com que seu chefe ameace aposentá-la de vez. Com texto afiado de Joëlle Jones em parceria com Jamie Rich, e ilustrações matadoras da própria Jones (trocadilhos 100% intencionais), Lady Killer: Graphic Novel é o mais novo lançamento da DarkSide Graphic Novel, e perfeito para quem caiu de amores por Lady Killers: Assassinas em Série, o livro assombrosamente espetacular de Tori Telfer, com perfis de mulheres reais que cruzaram a linha.
O quadrinho nos apresenta a uma heroína independente e corajosa que vive em um dos momentos mais transformadores da história norte-americana: a segunda onda do feminismo, um período de atividade em prol dos direitos das mulheres que começou nos Estados Unidos e se espalhou por diversos outros países ― e que fomentou discussões importantíssimas como a conscientização do uso de métodos anticoncepcionais, e o combate à violência física e ao assédio sexual tanto no lar quanto no ambiente de trabalho.
Lady Killer mescla ação, morbidez, sangue e humor, e seus diálogos ironizam muito do que se pensava sobre as mulheres na época, dentro e fora de casa. A arte de Jones é carregada de cores vibrantes e traços fortes.
A publicação de Lady Killer nos EUA se dá pela Dark Horse Comics, tendo sido iniciada em 2015 e indicada ao prêmio Eisner no ano seguinte.
Já está em pré-venda o terceiro volume da coleção Hellboy e o B.P.D.P., da Mythos Editora. No terceiro ano em sequência, o investigador demoníaco irá atrás de novas aventuras. Confira detalhes abaixo!
Em 1954, Hellboy começa a percorrer o mundo para investigar e debelar possíveis ameaças sobrenaturais. Ele não é mais um novato no Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal, mas ainda está muito longe de ser o que se julga: um perito que já viu e já fez de tudo. É com essa mentalidade juvenil que o impetuoso agente assume missões individuais “fáceis” como enfrentar um macaco fantasma ou um espelho assombrado.
Porém, quando as ocorrências são realmente estarrecedoras, Hellboy se junta ao esquadrão do B.P.D.P. para desbravar desde os rigores glaciais do círculo polar ártico, onde cientistas juram estar sendo caçados pelo abominável homem das neves; até os mistérios ancestrais da China, onde um vaso milenar pode ser foco de manifestações demoníacas.
No terceiro volume de Hellboy e o B.P.D.P. será apresentada a minissérie 1954 e O Espelho, uma aventura originalmente distribuída no dia do quadrinho gratuito dos Estados Unidos.
Este encadernado conta com roteiros de Mike Mignola e Chris Roberson (o criador de iZombie, série da Vertigo que fez grande sucesso nos quadrinhos, com arte de Mike Allred, e na TV), e reúne mais um leque de grandes artistas: Mike Huddleston, Stephen Green, Patric Reynolds, Brian Churilla e o lendário mestre Richard Corben.
Nascido em abril de 1977, Gerard Arthur Way, mais conhecido apenas como Gerard Way, é hoje um dos nomes mais curiosos da indústria norte-americana de quadrinhos mainstream. Ex-vocalista da banda My Chemical Romance, Way possui um longo histórico de contato com HQs, tendo crescido no meio e sendo inspirado pelas histórias que impactaram sua vida para a escrita de suas músicas.
Alérgico a gatos e com pavor de agulhas, quem conhece Gerard Way pelo seu sucesso com a banda de rock My Chemical Romance, em atividade de 2001 a 2013, pode não imaginar a jornada do cantor até o estrelato. Antes da carreira profissional Way esteve em contato com a música desde muito cedo, na época da escola. Em paralelo com a experiência musical, durante a adolescência trabalhou em uma comic shop e até mesmo participou do Sally Jessy Raphael Show, um talk show onde o assunto abordado na ocasião foi a perspectiva de publicidade dada pelos quadrinhos aos crimes do serial killerJeffrey Dahmer.
Seu contato com quadrinhos não-tão-mainstream se deu com a ajuda de um amigo chamado Scott. Nessa época seu encontro com tais obras foi especialmente marcado por séries diferentes do habitual como Flaming Carrot (da Renegade Press e Dark Horse Comics) e Patrulha do Destino (da DC Comics, na época escrita por Grant Morrison), entre algumas outras, sendo que esta segunda teve destaque especial em sua vida.
Sua primeira tentativa de entrar para o mundo das HQs foi com a série On Raven’s Wings, publicada pela Bonyard Press e cancelada após duas edições por conta da saída do artista do título. Way tinha apenas 16 anos neste momento.
Durante o período em que trabalhou na comic shop um evento terrível se desenrolou, quando houve um assalto e uma arma esteve apontada para sua cabeça enquanto o assaltante o pressionava contra o chão. Esta experiência trágica (e possivelmente traumática) foi marcante no futuro para a criação de parte de suas músicas e sua banda, além de colaborar com sua obsessão por assuntos relacionados a morte, algo existente desde muito cedo e que sempre ditou o tom de My Chemical Romance.
Com foco em seguir carreira no mundo dos quadrinhos, Gerard entrou para a School of Visual Arts de Nova York e graduou-se em 1999.
Influenciado por bandas como Iron Maiden, Queen, The Smiths e The Misfits, Gerard queria ser guitarrista. Sua avó, homenageada na música Helena, foi a primeira a incentivar sua carreira musical dando-lhe uma guitarra quando tinha oito anos. Ao desistir da ideia (depois de experiências ruins), manteve por um tempo o foco na carreira artística até, após os acontecimentos do atentado do 11 de setembro, escrever uma música que viria a se tornar o primeiro single de MCR, Skylines and Turnstiles.
O atentado mudou sua linha de pensamento e a vontade de fazer a diferença cresceu aos poucos. My Chemical Romance teve início em 2001 e no ano o seguinte o grupo lançou seu primeiro álbum. A composição da banda ficou marcada como: Gerard Way no vocal, Ray Toro e Frank Iero como guitarristas, Mikey Way (irmão de Gerard) no baixo, e o baterista Bob Bryar, com participação do tecladista James Dewees.
Three Cheers for Sweet Revenge, lançado em 2004, foi o primeiro sucesso comercial da banda (apesar de ser o segundo álbum da mesma), que desde então deslanchou completamente atingindo o ápice com The Black Parade (2006), seu álbum mais famoso e aclamado. Suas composições tornaram-se famosas por, além da temática e clipes que conversavam com muitos dos que viriam a se tornar fãs, contarem histórias completas através de letra e vídeo.
Durante seus mais de doze anos de vida, My Chemical Romance teve certa influência nos quadrinhos e também herdou algumas características das preferências dos irmãos Way. O singleDesolation Row, cover de uma música de Bob Dylan, foi lançado em 2009 e criado para estar presente nos créditos finais da adaptação cinematográfica de Watchmen, lançada no mesmo ano, dirigida por Zack Snyder e levando às telas a obra máxima de Alan Moore e Dave Gibbons.
A banda e os trabalhos artísticos ajudaram Gerard a lidar com depressão, alcoolismo e uso de drogas. As músicas que compuseram o álbum The Black Parade chegaram a impactar o famoso autor norte-americano Grant Morrison (ele mesmo, da Patrulha do Destino), ícone da juventude de Way que posteriormente viria a se tornar seu grande amigo.
Morrison esteve em alguns clipes de My Chemical Romance, sendo um deles SING, onde viveu um ciborgue que protege os interesses de sua empresa. Em Na Na Na (Na Na Na Na Na Na Na Na Na), Morrison deu vida a um líder de uma banda inimiga de mascarados. Em seu livro Superdeuses, Grant tece diversos elogios às músicas do MCR e as classifica como essenciais de um determinado período artístico moderno/punk/emo.
My Chemical Romance foi oficialmente encerrada em 2013, mas durante sua carreira musical em grupo Gerard começou a produzir o que veio a se tornar sua série de maior sucesso: The Umbrella Academy, uma família disfuncional de super-heróis.
Em 2007 o autor começou a escrever Umbrella Academy e desenhou a versão original, que posteriormente foi redesenhada pelo artista brasileiro Gabriel Bá; o primeiro arco ganhou uma compilação pela Dark Horse Comics no encadernado Suíte do Apocalipse, trazido ao Brasil pela editora Devir.
Ganhadora do prêmio Eisner de 2008, UA herdou muito de quadrinhos como Hellboy e da já mencionada Patrulha do Destino, inserindo uma perspectiva musical que pareceu ser uma associação óbvia vindo de quem escreve esta série. Dallas, o segundo arco, foi lançado ainda em 2008 e somente após dez anos o terceiro, Hotel Oblivion, chegou às comic shops norte-americanas.
O segundo encadernado também foi lançado no Brasil, e Gerard até mesmo veio à CCXP em 2015 para painéis e sessões de autógrafos. Em 2019 a série live-action produzida pela Netflix estreou e tornou-se um grande sucesso do serviço de streaming, criando novos fãs em todo o mundo.
Way, entretanto, não se limitou a produzir Umbrella Academy. The True Lives of the Fabulous Killjoys, lançada em 2013, foi uma série co-escrita por Gerard e seu parceiro e ídolo Shaun Simon, com arte de Becky Cloonan. A minissérie, publicada nos EUA pela editora Dark Horse, serve como sequência ao álbum Danger Days do MCR e possui muita influência de Os Invisíveis, outra série original de Grant Morrison. Nesta época também fez alguns trabalhos para a TV, como a direção de episódios para The Aquabats! Super Show! do canal The Hub.
Em 2014 sua estreia na Marvel Comics se deu com a série Edge of Spider-Verse, que trouxe alguns universos alternativos do Homem-Aranha aos quadrinhos. Sua história criou a personagem Peni Parker, uma garota nipo-americana que pilota uma armadura bio-mecânica chamada SP//dr.
Peni Parker foi destaque no filme animado vencedor do Oscar, Homem-Aranha no Aranhaverso, lançado em 2018 e dirigido por Phil Lord e Christopher Miller, mentes criativas por trás de Uma Aventura Lego.
Apesar das criações constantes para o universo dos quadrinhos, após o fim do My Chemical Romance Gerard iniciou sua carreira solo em 2014 assinando um contrato com a Warner Bros. Records. Algumas de suas músicas deste período estiveram na série de TV de Umbrella Academy, tanto nos trailers quanto nos episódios propriamente ditos.
Uma de suas ideias para o nome de um novo álbumsolo foi Young Animal. Apesar de sonoro, este nome não chegou a estar presente em sua vida musical e tornou-se um selo de quadrinhos da DC Comics chefiado por Gerard como consultor criativo e marcando o que viria a ser sua publicação “mais esperada” nas palavras do próprio: sua versão da Patrulha do Destino.
DC’s Young Animal teve início em 2016 com foco em relançar alguns personagens esquecidos da DC Comics visando atingir novos públicos. Com proposta similar ao que foi feito com a Vertigo, as séries apresentadas neste selo focam no experimental e na liberdade criativa dada aos roteiristas e artistas, que publicam de acordo com seus ritmos. A diferença é que além dos editores, Gerard é o curador das obras lançadas por aqui.
A primeira encarnação de Young Animal chegou às comic shops com Patrulha do Destino (de Gerard Way e Nick Derington), Shade the Changing Girl (de Cecil Castellucci e Marley Zarcone), Cave Carson has a Cybernetic Eye (de Jon Rivera, Gerard Way e Michael Avon Oeming) e Madre Pânico (de Jody Houser e Tommy Lee Edwards). Esta última série é baseada em uma ideia inicial de Way, ambientada na cidade de Gotham. A seleção das equipes criativas foi feita de acordo com as características de cada série, com mulheres chefiando revistas como Shade the Changing Girl, por exemplo.
Atualmente Young Animal já possui outros títulos e os mencionados acima seguem sendo publicados sem periodicidade definida. Sua própria versão da Patrulha do Destino, como contado em entrevistas, sofreu algumas alterações ao longo dos anos e passou de uma obra mais séria e densa a algo mais descompromissado, porém com ideias verdadeiramente criativas que falam sobre assuntos muito humanos.
Em entrevista dada ao Fatman on Batman, de Kevin Smith, Gerard mencionou que no ponto atual de sua carreira não existem itens em sua “Lista de Desejos” e basicamente todos seus maiores sonhos de infância e juventude já se concretizaram, especialmente com o sucesso de sua Patrulha. Em uma das edições da revista, a comic shop em que trabalhou quando adolescente aparece na história, e esta foi sua homenagem prestada ao passado.
Nas redes sociais, com destaque para o Instagram, o autor divulga as obras do Young Animal e as comenta, uma por vez. Sua jornada de fã até se tornar um profissional da área é verdadeiramente inspiradora. Hoje, muitos ícones do passado já trabalharam em suas obras ou estiveram em contato próximo. Alguns nomes são Brian Bolland, que desenhou uma das capas variantes de Patrulha do Destino, e Frank Miller, com quem teve a oportunidade de jantar em reuniões da DC Comics.
O terceiro arco de histórias de sua Patrulha começará em julho nos Estados Unidos. No Brasil, as obras do selo Young Animal estão sendo publicadas pela editora Panini em encadernados com acabamento luxuoso em capa dura, e são encontrados atualmente em algumas bancas, lojas especializadas e livrarias.
Um dos sucessos da editora norte-americana Dark Horse Comics, trazido ao Brasil pela Intrínseca, Black Hammer do cultuado Jeff Lemire está ganhando mais um volume nacional. Confira detalhes abaixo!
O terceiro volume reúne os cinco primeiros fascículos de Era da Destruição. Nesta primeira parte, grandes segredos começam a ser revelados quando os ex-heróis recebem uma visita inesperada que tanto pode lhes mostrar o caminho para casa, como ser um prenúncio do caos e da destruição que estão por vir.
Ao vencerem o poderoso e maligno Antideus, os maiores heróis de Spiral City desapareceram sem deixar vestígios. Todos acreditam que eles estão mortos, mas há dez anos vivem isolados em uma pacata fazenda, relegados ao esquecimento e à melancolia de dias sem glória. Obrigados a disfarçar seus poderes, sua natureza e suas origens aos olhos dos habitantes locais, eles personificam uma típica família disfuncional, tentando criar para si uma vida comum, mas que ainda é atormentada pelos mistérios que envolvem sua chegada e sua permanência na cidade.
Criada por Jeff Lemire e Dean Ormston, a série Black Hammer é uma história arrebatadora sobre memória, família, o peso do passado e o medo do futuro. Ao unir elementos de grandes clássicos dos quadrinhos, tramas únicas e personagens complexos, Black Hammer se tornou uma das HQs mais bem-sucedidas dos últimos tempos. Vencedora do prestigiado Eisner Awards, a história dos cinco heróis decadentes que se veem presos em uma cidade fora dos limites do tempo — e de suas tentativas de escapar desse purgatório — conquistou muitos fãs no Brasil e no mundo.
Black Hammer: Era da Destruição – Parte 1 possui 136 páginas encadernadas em capa cartão e formato 26 x 17 cm. O preço sugerido é R$ 44,90. Reserva sua edição na pré-venda clicando aqui.
O novo filme do Hellboy, criação máxima do quadrinista Mike Mignola, chegará em breve aos cinemas, onze anos após a última adaptação cinematográfica do Garoto do Inferno, situada em universo que possui tom de “contos de fadas” pelas mãos do diretor Guillermo del Toro. Quais serão as expectativas com relação ao novo filme, denominado como um remake do personagem?
A nova película é dirigida por Neil Marshall com roteiro de Andrew Cosby. David Harbour assume o papel do protagonista, substituindo Ron Perlman, e o elenco também conta com Milla Jovovich (no papel de Nimue), Ian McShane (Trevor Bruttenholm), Sasha Lane (Alice Monaghan), Daniel Dae Kim (Ben Daimio) e Thomas Haden Church (Lagosta Johnson). E com tantos personagens, com base no que foi apresentado até o momento em dois trailers, quais serão as principais semelhanças com os quadrinhos?
Abaixo, listaremos alguns pontos que remetem diretamente aos gibis do Hellboy, publicados nos EUA pela Dark Horse Comics e trazidos ao Brasil pela Mythos Editora. Vale lembrar que a semelhança pode ser puramente visual ou situacional, entretanto, todas podem vir a deixar um fã do personagem cada vez mais feliz. Também é importante ressaltar que o texto abaixo pode conter spoilers.
O filme deverá reapresentar a origem do HB. Trazido à Terra pelas mãos de um grupo de cientistas nazistas liderados por Rasputin, o experimento trouxe o Garoto a este plano por engano. Nos quadrinhos, Hellboy foi invocado pelo Mago Louco, porém surgiu próximo às tropas americanas. O filme, com base no que foi apresentado nos trailers, retomará este momento tão icônico da saga do personagem, mostrada em detalhes no arco Sementes da Destruição e retomada por Astaroth em Hellboy no Inferno.
Trevor Bruttenholm
Pai adotivo de Hellboy, Trevor é o cientista responsável por acolher o recém-invocado Hellboy após o experimento de Rasputin. Um pai amável, Bruttenholm é responsável pela boa índole humana presente na personalidade do garoto. No filme, será vivido por Ian McShane, e a relação do herói com seu pai será levemente conturbada. Trevor aparenta ser bem mais áspero no longa em comparação com sua persona nos quadrinhos. O filme será uma adaptação dos arcos O Clamor das Trevas, Caçada Selvagem e Tormenta e Fúria. Neste momento da cronologia do Hellboy nos quadrinhos, Trevor já está morto há bastante tempo, e esta será uma das mudanças do filme.
B.P.D.P
O Bureau de Pesquisa e Defesa Paranormal (B.P.D.P.) é a organização para qual Hellboy prestou serviços durante muito tempo de sua vida. Fundada na década de 40 por Trevor Bruttenholm, a organização atua no combate e na pesquisa de fenômenos estranhos. A importância do B.P.D.P. para a mitologia de Hellboy é sem precedentes, e a organização privada é tão famosa que possui histórias em quadrinhos próprias. HB decidiu demitir-se do B.P.D.P. após os eventos da história O Verme Vencedor, passando por um momento de viagens pela África logo em seguida. Diversos agentes do Bureau conquistaram os fãs, destacando-se Abe Sapien, Liz Sherman, Roger e Johann Krauss, boa parte deles presentes nos dois primeiros filmes do personagem. O que nos leva aos próximos assuntos:
Ben Daimio e Alice Monaghan
No filme, Sasha Lane e Daniel Dae Kim viverão os personagens Alice Monaghan e Ben Daimio, respectivamente. Ao que tudo indica, ambos serão agentes do B.P.D.P. que ajudarão Hellboy nesta aventura. Nos quadrinhos, Alice foi salva quando bebê, após ter sido sequestrada por fadas. Apesar disso, Alice continuou a conviver com as criaturas mágicas enquanto crescia, e isso afetou sua vida de forma que ela quase não envelheceu mesmo após 50 anos. As ações de Hellboy envolvidas no resgate de Alice na história O Corpo vieram a afetar o futuro de forma grandiosa na trilogia Clamor das Trevas, Caçada Selvagem e Tormenta e Fúria. Alice é também interesse amoroso do herói nos quadrinhos, e no filme ela será uma agente do B.P.D.P. que ganhou alguns poderes mágicos após o sequestro.
Ben Daimio é outro agente do Bureau. Considerado morto pela Marinha dos Estados Unidos, Daimio sofre de uma maldição que o transforma em uma criatura similar a um jaguar. O incidente que deixou a cicatriz em seu rosto (durante uma missão na Bolívia) também o matou, mas após três dias, quando levado para a autópsia, Ben retornou ao plano consciente após ter tido visões de um espírito de jaguar que disse que sua nova vida havia começado. Nos quadrinhos, o personagem já está morto – desta vez, definitivamente.
Os vilões
O filme contará com uma verdadeira galeria de criaturas e inimigos do Hellboy. Os personagens listados abaixo marcaram presença em diversas histórias e arcos do herói nos quadrinhos, destacando-se: Hellboy no México, Clamor das Trevas, Caçada Selvagem, Tormenta e Fúria, O Corpo e O Despertar do Demônio.
Caçada Selvagem
Caçada Selvagem é um dos principais arcos do Hellboy. Nele, o herói se envolve com os chamados Caçadores Indômitos para participar de uma busca e extermínio de gigantes que retornaram às terras inglesas. É revelado que até mesmo Trevor Bruttenholm fez parte do grupo, e o chefe do pelotão utiliza o elmo de veado representando Herne, o deus das caçadas. Visando impedir que Hellboy ocupasse o trono da Inglaterra (por ser descendendo direto do Rei Arthur), o grupo trai o herói, tentando assassiná-lo.
Tanto nos quadrinhos como no filme, a convocação de Hellboy vem por parte do Clube Osíris, que possui história ligada a Irmandade Heliópica de Rá.
Gigantes
Após os eventos descritos acima, Hellboy se depara com gigantes reais. Ao lutar contra eles, o herói é tomado por uma fúria interminável, que o faz cometer um massacre e desmembrar os monstros com uma espada. Possesso, Hellboy começa a liberar seu lado “destruidor de mundos”, o chamado Anung Un Rama, após entrar em êxtase causada pelo derramamento de sangue. Entretanto, ele consegue retomar os sentidos. O evento acaba por marcá-lo profundamente.
Gruagach/Grom
Tendo estreado pela primeira vez na história O Corpo, e sendo uma figura diretamente ligada às origens de Alice Monaghan, Gruagach é peça central de parte da mitologia do universo de Hellboy. Um antigo guerreiro capaz de se metamorfosear em outras criaturas, após cair em desgraça gerada por engano ao se apaixonar, Gruagach foi o bebê que substituiu Alice quando ela foi raptada. Descoberto por Hellboy, que o tratou de forma cruel, o monstrinho se fundiu ao monstro Grom e assumiu a forma pela qual ficou reconhecido nos quadrinhos e estará presente no filme (um suídeo ambulante). Gruagach foi responsável pelos eventos que desencadearam a morte de Hellboy (na trilogia já citada neste post, de Clamor das Trevas à Tormenta e Fúria), tendo invocado Nimue.
Nimue
A principal antagonista do filme, Nimue (Milla Jovovich) desempenha papel importantíssimo na mitologia dos quadrinhos. A Rainha de Sangue, invocada por Gruagach e outras criaturas, foi a maior bruxa que existiu na Inglaterra. Nimue está ligada diretamente às Lendas Arthurianas, que desempenham papel crucial no passado de Hellboy. Tornou-se insana após perder o controle sob influência dos Ogdru Jahad, a entidade cósmica que é a vilania suprema dos quadrinhos. A feiticeira foi invocada (esta estava presa em um caixote, tendo sido desmembrada) após Hellboy banir Hecate, a antiga líder das bruxas, da existência. Nimue serviu de receptáculo para os Ogdru Jahad, e ao final do arco Tormenta e Fúria, arrancou o coração de Hellboy, matando-o.
Baba Yaga
Outra figura central da mitologia de Hellboy, Baba Yaga é uma bruxa do folclore russo, que vive dentro de uma casa com pernas de galinha. Na história que leva seu nome, Hellboy encontrou Baba Yaga (que estava sequestrando crianças) e foi o responsável por atirar em seu olho esquerdo, tornando-a caolha. Ela retornou posteriormente no arco O Despertar do Demônio, e teve papel de destaque na história O Clamor das Trevas. Entretanto, sua presença sempre esteve ligada a algumas histórias, seja em menção ou epílogos. A personagem é, talvez, a bruxa mais conhecida pelos fãs do personagem, se destacando no universo do HB.
Hellboy no México
Uma das cenas do trailer destaca Camazotz, um lutador com aspecto de morcego que Hellboy enfrentou enquanto esteve no México em 1956. Nesta aventura, Hellboy se envolve com luchadores em uma história completamente descompromissada, cheia de bebedeiras, cenas sem noção e a espetacular arte de Richard Corben. A luta com Camazotz é o momento-chave da história, que fez tanto sucesso (e foi tão bem-quista pelos autores), que posteriormente Mike Mignola e Corben inseriram HB novamente numa aventura mexicana. Camazotz é revelado como um dos irmãos luchadores (o mais novo) que havia desaparecido, e acabou morrendo pelas mãos do vermelhão – após este ter descoberto a forma monstruosa de Camazotz -, retornando então à forma humana.
Excalibur
Os trailers apresentados ao público até então também trazem outros elementos dos quadrinhos, tal qual a espada Excalibur (sim!) e Hellboy como destruidor do mundo após assumir sua sina demoníaca. Nas HQs, a espada Excalibur está ligada a todo o passado da mãe humana de Hellboy, a bruxa Sarah Hughes, descendente do Rei Arthur por parte de Mordred, o filho bastardo de Arthur com Morgana Le Fay. No arco Caçada Selvagem, toda a linhagem histórica da família humana de Hellboy é peça central da trama, e a decisão de assumir o posto de rei paira sobre a cabeça do herói durante um bom tempo. Como rei, Hellboy poderia liderar o exército de Arthur contra as forças do mal de Nimue.
E as inspirações para o filme não aparentam ser somente essas! A equipe criativa por trás do novo longa foi fundo nas pesquisas para montar um roteiro que una diversos pontos-chave da mitologia do Garoto do Inferno, podendo ter mais surpresas na manga esperando para o dia da estreia, que está marcada no Brasil para 16 de maio de 2019. O herói da infância de Hellboy, Lagosta Johnson (vivido por Thomas Haden Church), ainda não foi mostrado nos trailers e clipes, por exemplo. E então, ansiosos?