Com o sucesso de Deadpool lançado em 2016, o Mercenário Tagarela decidiu dar umas férias de sua vida bandida para estrelar mais uma mega produção hollywoodiana recheada de efeitos especiais, piadas, excesso de violência e um grupo de atores que sabem interagir entre si.
Quando um super soldado do futuro denominado Cable chega ao presente em uma missão assassina, o anti-herói mais louco da Fox tem que aprender o que é ser um herói de verdade, onde cumprirá regras que mais tarde serão quebradas. Colocando nome nos alimentos na geladeira e montando uma equipe de pessoas poderosas ou não.
Deadpool 2 se autodenomina como um filme para toda a família, em que todos os membros de uma parentela possam ver sem medo de se chocarem com o conteúdo que será apresentado… ou será que é ao contrário? Ryan Reynolds veste mais uma vez o traje de um megalomaníaco sexual para entreter o telespectador através de maneiras menos convencionais e mais anormais, algo que o público que consome as películas produzidas no exterior já estão acostumados.
Diferente de seu antecessor, o novo filme do Piscina de La Muerte demasia muito mais de piadas e referências vindas de todo o universo do entretenimento, que transita desde menções aos longas da DC, até pequenas referências ao MCU, que apesar de sutis, tiram boas risadas dos telespectadores. O mesmo pode-se dizer dos palavrões, que mesmo sendo tratados de maneiras mais exorbitantes, chega a ser um pouco cansativo ouvir um ”caralho” e ”porra” em menos de um minuto entre o intervalo de uma cena e outra.
Simples e clichê são os melhores adjetivos que descrevem a nova história do ex-Lanterna Verde, lembrando um conto que já foi explorado em Looper, mas com pequenas diferenças em sua narrativa frenética. Talvez seja um dos pontos mais negativos do filme, mas nada que atrapalhe de verdade a comoção, diversão e emoção de quem está assistindo.
A atuação em conjunto dos atores é algo que merece ser destacado e mencionado. Tudo flui a partir de uma maneira mais natural possível, convencendo através de pequenos e grandes atos, que os personagens já estabeleceram uma relação de amizade e fraternidade entre si. Pode-se mencionar o vínculo afetivo que o Deadpool mantém com a X-Force (principalmente com a Dominó), que apesar de ser uma passagem rápida no longa, já comove com suas piadas e força de vontade de combater o mal.
O Thanos, ou melhor, Cable, é estereotipado do começo ao fim. Várias falhas são feitas em sua composição como personagem, mas com o decorrer da narrativa presente no filme, Josh Brolin consegue consertá-las sem muito esforço de sua parte, como se super soldado fizesse parte de seu humor em seu cotidiano como ator.
Construído a partir do ”nada”, o antagonista tenta trabalhar a partir de uma linha de raciocínio mais infantil, algo comum que já está presente a anos nos vilões das hqs. Conclui-se, que mesmo sem uma motivação convincente, o vilão é digno por tentar implantar o mal de sua maneira mais boba e juvenil, mesmo sendo um modo mais juvenil em comparação com diversos outros filmes de super-heróis que estão no mercado.
Mesmo com diversas novidades quanto ao seu percursor, Deadpool 2 utiliza da mesma fórmula básica do humor violento e ácido para aprazeirar os espectadores que buscam fugir de filmes de heróis que não empregam uma tonalidade mais adulta e voltada para a linguagem chula da sociedade em que vivemos, e é claro, a segunda mega-produção do Wade Wilson emprega muito bem a sua palavra perante os seus fãs.
Espero que tenha gostado, até a próxima e sempre guarde uma caneta no estojo, e não no ânus. 😉