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A primeira família da Marvel está de volta! Assista ao trailer de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos

A Marvel Studios divulgou o primeiro trailer oficial de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, filme que estreia em 25 de Julho de 2025 nos cinemas. 

Em um universo paralelo retrofuturista, o Quarteto Fantástico é um grupo de heróis dedicado em ajudar a humanidade através da ciência e por meio dos seus poderes. Quando Galactus, uma ameaça multiversal ameça a sua realidade, a equipe deve adotar novos métodos para salvar a sua realidade. 

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Jason Momo é oficialmente escalado como Lobo em Supergirl: Woman of Tomorrow

Foi divulgado pelo Deadline, que o ator Jason Momoa entrou para o elenco de Supergirl: Woman of Tomorrow como o anti-herói Lobo

Momoa deu vida ao Aquaman no antigo DCEU, sendo a sua primeira aparição como personagem em Batman vs Superman: A Origem da Justiça. 

Lobo era um personagem dos sonhos de Momoa, no qual ele deve dar vida ao Maioral por muitos anos. 

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Cinema

É um homem? É um avião? É o primeiro trailer de Superman!

A DC Studios divulgou o primeiro trailer oficial de Superman, novo filme do DCU que terá direção e roteiro de James Gunn que estreia em Julho de 2025 nos cinemas. 

Superman terá David Corenswet no papel do icônico herói de Krypton, sendo um reboot da franquia. Nicholas Hoult interpretará o infame Lex Luthor enquanto o papel de Lois Lane será de Rachel Brosnahan. Personagens como Guy Gardner, Senhor Incrível, Mulher-Gavião e Metamorfo também estarã presentes na trama. 

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Cinema

Chris Evans entra para o elenco de Avengers: Doomsday

O The Wrap revelou com exclusividade, que o ator Chris Evans entrou para o elenco de Avengers: Doosday, próximo filme dos Vingadores que estreia em Maio de 2026 nos cinemas.

Apesar de ter sido o principal intérprete de Steve Rogers nos cinemas, o site relata que o papel de Evans ainda não foi divulgado, deixando uma incognita de quem será o seu persoagem. 

Recentemente, em Deadpool & Wolverine, Chris reprisou o papel de Tocha Humana, onde deu vida ao personagem nos filmes do Quarteto Fantástico lançados no início e fim dos anos 2000. Rumores apontam, que tanto em Doosday quanto em Guerras Secretas, Evans viverá o Capitão América e Jhonny Storm simultaneamente. 

Doutor Destino de Robert Downey Jr. será o principal antagonista de ambos os longas. Também fazem parte do elenco de Doomsday: Tom Holland, Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn, Ebon Moss-Bachrach, Benedict Cumberbatch, Florence Pugh, Lewis Pullman, Sebastian Stan, Wyatt Russell, David Harbour, Olga Kurylenko, Hannah John-Kamen e Hayley Atwell.

 

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Pinguim gigante!

Gigante não é o sobrenome de Oswald Cobb, mas é isso o que a sua série representa: grandeza! Minuciosamente elaborada e executada com impressionante maestria, Pinguim se destaca como uma das melhores séries do ano, oferecendo muito mais do que o público poderia esperar. Com um enrredo beirando ao manipulável e detalhadamente bem trabalhado, a série não apenas amplia o universo de Batman, como o enriquece, mergulhando-o em uma atmosfera densa e realista que revela o submundo de Gotham com profundidade e autenticidade perante à uma jornada que está sendo cuidadosamente construída por Matt Reeves

Através de uma abordagem deligente e um desenvolvimento centrado em personagens ricos e multifacetados, Pinguim transporta o espectador para uma história sem glamour, onde as forças do crime e da corrupção têm um brilho particular e perturbador. Com a dedicação de Reeves em consolidar essa narrativa, a série não apenas entretém, mas constrói uma base sólida para um universo que não se limita ao mito de Batman, mas celebra a complexidade de cada personagem que o habita.

bear 122 stan blog — Oswald "Oz" Cobblepot | The Penguin
Pinguim é a série derivada de Batman do Universo Expandido da DC que sobre um dos vilões mais clássicos dos quadrinhos, o mafioso de Gothan City Pinguim. A produção acompanha a ascenção de Oswald Cobblepot (Colin Ferrell), o Pinguim, um grande magnata de Gothan City envolvido no submundo de crime e corrupção. A trama irá focar na vida de Oswald antes de se tornar o grande vilão Pinguin enquanto ainda era um “ninguém desfigurado” que ajudava o mafioso Carmine Falcone a realizar seus trabalhos sujos. Embora ainda não seja levado a sério como criminoso, Pinguin já demonstra um lado violento e impulsivo, atacando quem entre no seu caminho e atrapalhe seus planos.
A escolha em transformar Ozz em um mafioso humanizado (aparência), em vez de se limitar ao estereótipo de uma “criatura” que vive no esgoto, resulta na representação mais autêntica e marcante do personagem já vista. Colin Farrell entrega uma interpretação excepcional, dando ao Pinguim uma complexidade inédita, onde a humanidade não é sinônimo de redenção, mas de uma vilania oportunista e calculista. O roteiro colabora brilhantemente com essa construção, apresentando Oswald como um ambicioso sem qualquer ética, que age puramente em benefício próprio, sem qualquer traço de vitimização ou romantização. Ele é mau por natureza, e não há tragédia ou trauma redentor que justifique suas ações, apenas a frieza e o desejo incessante pelo poder.
Esse tratamento cuidadoso ao mafioso é uma das muitas qualidades que destacam Pinguim. O roteiro é sólido e audacioso, com momentos verdadeiramente imprevisíveis e um desenvolvimento de personagens que abraça os pecados de de Gotham.
A direção, por sua vez, adiciona uma atmosfera imersiva à série, combinando perfeitamente com a atuação de Farrell, que domina cada cena com intensidade e presença narcisista. Sob essa visão criativa e rigorosa, Pinguim brilha como uma série que entende seu material de origem, mas também não tem medo de modernizar, consolidando-se como uma peça fundamental no universo que Matt Reeves está construindo.
Série "Pinguim" bate recordes de estreia na HBO e na Max
Ainda que Oswald seja o protagonista de Pinguim, ele não brilha sozinho. A série apresenta Sofia Falcone (ou Gigante, para os mais íntimos) como uma oponente à altura, e Cristin Milioti traz uma interpretação poderosa e multifacetada ao papel. Conhecida por sua delicadeza e doçura, Milioti surpreende ao subverter essas características, entregando uma performance carregada de nuances que refletem a dualidade de Sofia , uma figura envolta em tragédia e privilégios da alta sociedade. Ela incorpora a personagem de forma magistral, transitando entre a fragilidade e o poder com uma habilidade que só os grandes atores possuem. Seu desempenho é tão imersivo e marcante quanto o de Farrell, e certamente mereceria uma indicação a um Emmy pelo trabalho camaleônico que realiza aqui.

O único ponto fraco de Pinguim está na ausência de Batman , não em termos de presença física, que realmente não é essencial, mas pela falta de referência a ele entre os habitantes de Gotham. Em seu filme, o Cavaleiro das Trevas é estabelecido como uma ameaça constante, um símbolo de medo e vigilância para o submundo criminoso. Contudo, aqui, sua figura se perde quase por completo, sendo mencionada brevemente apenas no primeiro episódio, através das palavras de um jornalista. 

Qual é o plano de Sofia Falcone em Pinguim? Entenda | Minha Série

Pinguimé uma verdadeira joia dentro do universo de heróis e vilões dos quadrinhos, mas o que a torna realmente única é sua audácia em transcender as convenções do gênero. Em vez de se prender ao arquétipo aventuresco de histórias tradicionais, a obra assume uma identidade própria, rica em nuances e maturidade. Com uma narrativa ancorada em personagens complexos e interpretações memoráveis, como as de Colin Farrell e Cristin Milioti, Pinguimrevela a profundidade e o lado sombrio de Gotham com um realismo brutal e um toque de elegância que desafia as expectativas de uma adaptação de hq’s. Em mãos hábeis, desde o roteiro à direção, a série constrói uma trama visceral e viciante que se apoia na complexidade dos personagens e não nas habituais explosões e efeitos. É uma produção que se destaca pela autenticidade e excelência, marcando-se como uma adição rara e valiosa ao legado de Matt Reeves, uma verdadeira obra de ouro no gênero.
NOTA: 4,5/10
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Uma linda e triste história sobre o tempo que passou de Todos Nós Desconhecidos

O que você faria se pudesse estender um pouco mais o tempo com aqueles que já se foram, mas ainda ocupam um espaço importante em seu coração? Todos Nós Desconhecidos, produzido pela Disney através da Searchlight Pictures, nos propõe exatamente essa reflexão. Vendido como um drama queer, o filme transcende os limites de um simples romance LGBT+, apresentando uma história que explora o amor e a importância do cuidado e da conexão com aqueles que, mesmo não estando mais presentes fisicamente, permanecem essenciais para nossa evolução emocional e espiritual.

Ao seguir essa linha sensível e introspectiva, a trama de Todos Nós Desconhecidos convida o público a refletir sobre como o amor não se limita ao tempo ou à presença física. É um longa que, além de abordar o afeto, abre espaço para analisarmos sobre os efeitos duradouros dos relacionamentos em nossas vidas, mostrando que cada conexão, cada laço, contribui de maneira singular para nosso autoconhecimento e desenvolvimento.

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Uma noite em seu prédio quase vazio em Londres, Adam tem um encontro casual com seu misterioso vizinho Harry, o que acaba abalando o ritmo de sua vida cotidiana. À medida que Adam e Harry se aproximam, Adam é levado de volta à casa de sua infância, onde descobre que seus pais falecidos estão vivos e parecem ter a mesma idade do dia em que morreram, há mais de 30 anos.
A obra aborda o luto de forma profundamente humanizada, retratando-o não como uma ferida aberta, mas como uma sensação de ausência que ainda pulsa na vida de quem perdeu alguém. A prdução permite que o público experimente a complexidade do luto de Adam, em que o reencontro com os pais traz à tona memórias, saudades e emoções que ele nunca pôde resolver. O espectador é convidado a revisitar esses sentimentos junto ao protagonista, sentindo a dor e o conforto de reencontrar aqueles que, de alguma forma, permaneceram marcados em seu coração. Esse retrato do luto vai além do convencional e traz uma narrativa cuidadosa, que explora o que significa conviver com o passado enquanto tenta seguir adiante.
A força emocional de Todos Nós Desconhecidos é amplificada pelas atuações excepcionais de Andrew Scott, Paul Mescal, Jamie Bell e Claire Foy. Cada um deles contribui para a veracidade e profundidade da película, convencendo o espectador da autenticidade das emoções. Andrew Scott, no papel de Adam, entrega uma performance sensível e contida, expressando o peso de memórias e saudades reprimidas. Paul Mescal, como Harry, insere uma tensão romântica e uma aura de mistério, que dão ao relacionamento um tom de descoberta e fragilidade. Já Jamie Bell e Claire Foy, interpretando os pais de Adam, trazem uma mistura de amor e nostalgia, criando a ilusão de que o tempo não passou para eles, enquanto fazem o espectador mergulhar na relação familiar interrompida.

Ao assistir a esses encontros e desencontros, o público sente-se envolvido pela atmosfera do filme, que evoca a melancolia e o mistério dos momentos íntimos de saudade e amor. Cada cena é trabalhada com um cuidado quase poético, onde a presença física e emocional dos personagens nos leva a refletir sobre o impacto permanente dos laços que formamos em vida. A direção delicada e o roteiro sensível conseguem capturar esse dilema entre o passado e o presente, provocando uma sensação de imersão que leva o público a sentir as dores e as alegrias de Adam. Essa é uma obra que nos relembra que mesmo amor se encerrando com a morte; ele se transforma em algo profundo e duradouro, que permanece em nós como um eco do que já foi.

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Todos Nós Desconhecidos é, em essência, uma narrativa poética sobre o tempo que passou e as marcas invisíveis que ele deixa em nós. O filme exala uma rara sensibilidade ao abordar o amor, o luto e as marcas que o passado deixa em cada um de nós. A história não apenas ressoa com aqueles que já experimentaram o luto, mas também evoca uma reflexão universal sobre as relações que definem quem somos e o quanto carregamos dos que amamos, mesmo quando não estão mais ao nosso lado. O longa consegue se distinguir no universo dos dramas ao oferecer uma experiência que é, simultaneamente, linda e dolorosa, tornando-se uma reflexão emocionante sobre os vínculos que persistem no tempo. Todos Nós Desconhecidos não é apenas uma obra cinematográfica; é um espelho para nossas saudades, um convite para reverenciar o passado e uma lembrança de que, em meio à perda, há sempre algo de profundamente belo.

NOTA: 5/5

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Serial-Nerd Séries

Uma surpresa mediana da Marvel Television chamada Agatha Desde Sempre

Existem surpresas boas, ruins e aquelas que ficam em uma zona intermediária. Agatha Desde Sempre, o “spin-off” de WandaVision, é, sem dúvida, uma representação repentina da Marvel Television que se posiciona nesse meio-termo.

Assim como a DC, que frequentemente lança séries sobre personagens que “ninguém pediu”, mas que conseguem gerar bons resultados, a Marvel decidiu seguir o mesmo caminho com uma produção focada na antagonista da Feiticeira Escarlate. À primeira vista, a ideia poderia soar monótona e sem atrativos; contudo, com um roteiro e direção que criem envolvimento até certo ponto, há o potencial para algo interessante, o que Agatha Desde Sempre até alcança, mas limitadamente.

Walk Up Lets Go GIF by Marvel Studios

Agatha Desde Sempre, spin-off de WandaVision, explora a origem da poderosa feiticeira Agatha Harkness, interpretada por Kathryn Hahn. Após os eventos de Westview, Agatha busca recuperar seus poderes perdidos. Agora, ela não está sozinha, pois se alia à House of Darkness, um grupo de bruxas dispostas a ajudá-la em seus planos. Além de Kathryn Hahn e Debra Jo Rupp, o elenco conta com Patti LuPone, Aubrey Plaza e Joe Locke. Na trama, uma nova série de tragédias assola Westview, deixando Agatha enfraquecida e desmotivada. No entanto, sua sorte muda quando um adolescente gótico misterioso a liberta de um feitiço distorcido e a convence a guiá-lo pela lendária Estrada das Bruxas, uma jornada mágica repleta de provações. Juntos, eles reúnem um clã de bruxas desesperadas e embarcam em uma perigosa aventura em busca do que Agatha mais deseja: recuperar o que lhe foi tirado. A série mergulha no passado da personagem, expandindo o universo mágico do MCU, enquanto Agatha enfrenta seus desafios e descobre o verdadeiro poder da magia e das alianças.

O maior mérito de Agatha Desde Sempre está na sua autonomia narrativa em relação ao restante do MCU. Embora faça parte de um universo interconectado e compartilhe algumas referências, a série evita depender de eventos grandiosos ou de personagens externos para conduzir sua trama. Em vez disso, oferece uma história que se sustenta e se desenrola por conta própria, trazendo uma narrativa coesa e interessante sem a necessidade de se apoiar em ganchos ou crossovers. Esse enfoque independente não apenas valoriza a produção como também amplia as possibilidades de desenvolvimento para o universo das bruxas da Marvel, fornecendo uma perspectiva fresca e menos previsível dentro de uma franquia que frequentemente adere a interligações obrigatórias.

Grande parte do charme e do apelo da série reside na atuação impecável de Kathryn Hahn como a personagem-título. Hahn consegue captar a essência da bruxa com uma sagacidade contagiante, incorporando Agatha com uma dose perfeita de carisma e sarcasmo.

 A presença de Joe Locke como Billy adiciona um toque ainda mais peculiar à dinâmica, já que ele transita entre a lealdade e a aversão em relação a Agatha, numa dualidade convincente, mas entendiante em determinados momentos. Esse vai-e-vem emocional, apesar de aceitável, em alguns momentos soa confuso, mas serve para intensificar o vínculo entre os personagens.

Aubrey Plaza, no papel de Rio Vidal, que eventualmente revela-se como Lady Morte, se destaca pela revelação. Sua presença enigmática e sensual, junto a habilidade de imbuir a personagem com uma certa ambiguidade moral tornam sua performance divertida de acompanhar. No entanto, essa revelação pode ser um ponto de estranhamento para aqueles menos familiarizados com o universo das HQs, uma vez que o desfecho de sua verdadeira identidade ocorre de maneira abrupta. Ainda assim, Plaza imprime um magnetismo que torna sua personagem uma adição considerável, contribuindo para o tom sedutor da obra que ela chega a flertar em determinados momentos. 

Do you think Iron Man saw Lady Death at the end of Avengers: Endgame?

Apesar dos acertos, Agatha Desde Sempre tropeça em um problema comum às produções televisivas da Marvel Televisoon: a inconsistência rítmica. A obra começa com um ritmo adeauado, cuidadosamente construindo sua atmosfera e introduzindo o universo das bruxas de forma minuciosa. No entanto, à medida que a trama avança, essa execução se torna errática, oscilando entre momentos de suspense eficaz e trechos apressados, onde a tensão perde força. Essa irregularidade impede que a narrativa mantenha o mesmo nível de impacto do início, comprometendo o potencial de imersão e enfraquecendo a experiência para o espectador que espera uma progressão mais estável.

Além disso, o desenvolvimento de alguns pontos cruciais sofre com a pressa em apresentá-los sem o aprofundamento adequado. Em busca de um final que fará gancho para uma produção futura, o seriado lança uma série de revelações e subtramas em rápida sucessão, deixando alguns arcos mal explorados ou até superficiais. Esse excesso de informações prejudica a construção de certos elementos que poderiam ter sido tratados com maior detalhe, tornando-os quase descartáveis ao invés de agregar valor à história principal. O resultado é uma narrativa que, embora repleta de potencial, resolve certas pontas relaxadamente, faltando a densidade que faria justiça ao universo denso e enigmático das bruxas.

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Em suma, Agatha Desde Sempre entrega uma experiência que, embora esteja longe de ser memorável, surpreende por sua independência narrativa e alguns acertos pontuais. Kathryn Hahn lidera o elenco com carisma, e a escolha de manter a série relativamente afastada das tramas centrais do MCU é uma decisão bem-vinda, conferindo ao projeto uma autonomia rara para a Marvel. Contudo, a produção acaba sucumbindo a problemas estruturais, com um ritmo irregular e a pressa em introduzir elementos sem o desenvolvimento necessário, comprometendo a profundidade que poderia elevar a trama. Assim, a série se posiciona como uma surpresa morna da Marvel Television: ainda que seja uma adição agradável ao universo de WandaVision, falta o fôlego para consolidar-se como algo mais significativo.

NOTA: 3/5

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Cinema Tela Quente

A Substância | Um filme ou um comercial de luxo satírico?

Tudo aquilo que agrada pseudo-cults ou “cinéfilos” de Twitter costuma fazer sucesso, afinal, conquistar quem acredita fazer parte de um determinado grupo, mas na verdade não pertence a ele, é fácil, pois apela para a sensação de pertencimento. Essa é uma das razões pelas quais A Substância está ganhando tanta popularidade, mesmo sendo, na verdade, um longa-metragem que mais parece um comercial de luxo satírico, voltado para um coletivo com ausência de atenção que se considera cult apenas por assinar a Mubi.

Obras cinematográficas “toscas” que não se levam a sério e admitem isso desde os primeiros esboços do roteiro são dignas de admiração, principalmente pela coragem de chegar às grandes telas e assumir que estão ali apenas para oferecer entretenimento despretensioso. No entanto, quando o oposto ocorre — ou seja, quando filmes se levam a sério em demasia — surge um motivo real de preocupação. Esse é o caso de A Substância, que tenta se impor como uma obra profunda, recheada de uma suposta grande crítica social, mas acaba mergulhando em uma pretensão vazia.

É preciso reconhecer que A Substância tem uma proposta interessante e, em certos momentos, consegue criar uma atmosfera superficialmente intrigante. No entanto, ao tentar ser mais do que realmente é, o filme se encaminha para uma direção pífia. A obra se perde em simbolismos forçados e diálogos tão constrangedores que até os roteiristas de Os Simpsons poderiam criar uma sátira mais significativa. O resultado é uma tentativa falha de ser “cult”, que transforma a experiência em algo mais irritante do que impactante.

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Em A Substância, Elisabeth Sparkle (Demi Moore) é uma celebridade em declínio que enfrenta uma reviravolta inesperada ao ser demitida de seu programa fitness na televisão. Desesperada por um novo começo, ela decide experimentar uma droga do mercado clandestino que promete replicar suas células, criando temporariamente uma versão mais jovem e aprimorada de si mesma. Agora, a atriz se vê dividida entre suas duas versões (Margaret Qualley), que devem coexistir enquanto navegam pelos desafios da fama e da identidade. “Já sonhou com uma versão melhor de si mesmo? Você. Só que melhor em todos os sentidos. De verdade. Você precisa experimentar este novo produto, A Substância. MUDOU A MINHA VIDA. Ele gera outro você. Um você novo, mais jovem, mais bonito, mais perfeito. E há apenas uma regra: vocês dividem o tempo. Uma semana para você. Uma semana para o novo você. Sete dias para cada um. Um equilíbrio perfeito. Fácil, certo?”

A Substância não traz absolutamente nada de novo. Sua crítica social desgastada já foi abordada incontáveis vezes em produções anteriores, e de maneira muito mais contundente e eficaz. Filmes como Starry Eyes provaram que é possível trabalhar com uma premissa simples, mas com um grau de intensidade que A Substância jamais consegue alcançar. A superficialidade aqui é evidente e atroz, refletindo uma obra que se limita a reciclar temas e ideias sem qualquer tentativa genuína de subverter ou aprofundá-los.

A estética do filme remete a um comercial de luxo de grandes marcas, mas o problema é que sequer consegue atingir o nível mínimo de qualidade visual e narrativa que tal comparação exige. Coralie Fargeat, ao tentar ser pretensiosamente sofisticada, oferece um produto que falha não só no enredo, mas também na construção atmosférica. Se o objetivo era dialogar com um público que se considera “intelectualmente superior” por assinar Letterboxd, ela erra grotescamente ao escolher disseminar um ponto de vista vazio e prepotente, em vez de se focar em criar uma tensão real e sufocante. A diretora parece mais interessada em ostentar suas supostas habilidades cinematográficas do que em entregar uma narrativa sólida e angustiante.

Fargeat, ao invés de usar seu talento para criar uma obra memorável, prefere cair na armadilha da autoindulgência. O resultado é uma experiência cinematográfica que busca desesperadamente parecer “cult” e “sofisticada”, mas que apenas revela o quão rasa e desprovida de substância realmente é. Os diálogos são risíveis, os personagens são caricaturas vazias e, pior, a tentativa de crítica social soa mais como uma palestra enfadonha que não vai além da superfície.

Watch the Trailer

Entre as poucas qualidades que A Substância oferece, e que não são suficientes para sustentar um longa-metragem tão ofensivo, estão os efeitos práticos e algumas analogias religiosas e antropológicas espalhadas ao longo da história. No entanto, essas virtudes são raridades isoladas em meio a uma enxurrada de superficialidade. Os efeitos práticos, apesar de competentes, são desperdiçados em um roteiro que não faz justiça à sua aplicação, enquanto as analogias falham ao tentar atribuir uma profundidade que o filme simplesmente não tem.

A conclusão, embora grotesca, previsível e até risível, consegue causar um breve desconforto, algo que a produção lutava desesperadamente para alcançar desde o início, mas falhava miseravelmente. A única exceção relevante é a sequência do processo de clonagem, que se destaca por prestar uma homenagem interessante a clássicos do horror das décadas passadas, como A Coisa e O Enigma de Outro Mundo. No entanto, mesmo essa referência cai no vazio, pois falta à obra a tensão e o terror psicológico que esses filmes souberam criar com maestria.

A película parece mais preocupada em provocar uma reação superficial do que em contar uma história que realmente impacte ou ressoe com quem está assistindo. É uma produção que se perde em suas próprias pretensões e falha em entregar qualquer mensagem significativa. O filme, em vez de ser uma experiência instigante, torna-se uma prova de paciência para quem assiste, testando a resistência do público com uma narrativa que, além de rasa, é dolorosamente previsível.

The Substance: full-throttle feminism, excess and violence - The Face

Em suma, A Substância é uma tentativa fracassada de soar sofisticado, quando na verdade não passa de uma perca de tempo pseudo-intelectual disfarçado de cinema “cult”. Além de ser tedioso, é uma ofensa à paciência  de qualquer um que tenha um mínimo de bom senso cinematográfico. Com uma direção pretensiosa que visa agradar a si mesma mostrando o quão erroneamente boa ela é, um roteiro pífio e uma narrativa que se perde em sua própria mediocridade, ele não só subestima quem assiste, como insulta aqueles que esperavam algo, minimamente, decente. É uma experiência barcaça e sem identidade, destinada apenas a agradar quem se deixa enganar por rótulos omissos e embalagens pomposas.

Nota: 1,5/5

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Cinema

O cansaço de M.Night Shyamalan em Armadilha

M. Night Shyamalan, desde sua estreia como diretor, sempre foi uma figura controversa no cinema: há quem o ame e quem o odeie, mas uma coisa é certa, ele já não carrega a mesma energia de outrora. Com o passar dos anos, essa exaustão tornou-se visível, especialmente em seu mais recente longa-metragem, Armadilha.

Mesmo apresentando uma trama relativamente simples, Armadilha tenta, de alguma forma, se destacar ao propor algo um pouco diferente. No entanto, a execução do filme se perde em meio a essa tentativa. O suspense, que inicialmente prende a atenção do espectador, gradualmente se desfaz, afundando em uma sucessão de previsibilidades que beiram o melodrama. Ele começa com força, mas logo se transforma em um desfile de previsibilidades e reviravoltas fáceis, tirando o impacto que poderia ter causado.

A grande questão com Armadilha não está em sua premissa, mas na incapacidade de Shyamalan de manter o ritmo e a tensão que ele inicialmente cria tão bem. O filme promete muito mais do que entrega, e a sensação é de que o diretor tenta replicar a fórmula de seus trabalhos mais icônicos, mas sem a mesma precisão e frescor. Isso faz com que Armadilha pareça uma sombra dos seus filmes anteriores, uma obra que tenta capturar a genialidade de seus melhores momentos, mas acaba ficando aquém.

side-out, bitch — TRAP (2024) +dir. M. Night Shyamalan "Well, the...

Armadilha, com direção e roteiro por M. Night Shyamalan, segue Cooper (Josh Hartnett) e sua filha adolescente. Ambos estão em um show de música pop quando Cooper percebe a presença excessiva de policiais ao redor e isso o deixa inquieto. Rapidamente, ele consegue descobrir com a equipe que trabalha no local, que ambos estão no epicentro de uma armadilha montada para capturar um serial killer. O que deveria ser uma noite de diversão entre pai e filha, se transforma em uma luta desesperada pela sobrevivência, enquanto tentam escapar das garras do assassino que os cercou. Contudo, a verdade é que Cooper está fugindo dele mesmo. O filme acompanha a angustiante jornada de Cooper e sua filha enquanto são perseguidos implacavelmente, com uma trilha sonora que intensifica cada momento de suspense e adrenalina. Entre reviravoltas chocantes e confrontos emocionais, eles precisam encontrar uma maneira de desvendar o plano do assassino e sair vivos dessa situação desesperadora.

Ao longo de Armadilha, a previsibilidade se torna um obstáculo inescapável. Desde os primeiros momentos, o longa-metragenm parece prometer reviravoltas impactantes, mas Shyamalan escolhe os caminhos mais seguros, optando por soluções fáceis e desfechos que qualquer espectador mais atento já pode antever. Essa previsibilidade acaba minando o suspense que deveria ser o coração seu coração, deixando a sensação de que tudo está acontecendo de acordo com um roteiro já desgastado e sem frescor.

Shyamalan, em seus melhores momentos, sempre conseguiu subverter as expectativas do público, entregando finais inesperados que elevavam suas obras a outro patamar. No entanto, em Armadilha, ele parece perdido entre tentar repetir essa fórmula e inovar, mas acaba não fazendo nem uma coisa nem outra. As reviravoltas, quando chegam, não têm o impacto desejado, pois o filme se revela um exercício de fórmulas já saturadas. Essa falta de ousadia compromete a tensão e a surpresa, elementos essenciais para um bom thriller.

Além disso, o diretor comete o erro de subestimar a inteligência do público. O medo do desconhecido, que deveria manter o espectador à beira do assento, desaparece rapidamente, e o que sobra é uma sucessão de cenas que se arrastam sem emoção real.

Em vez de entregar um clímax memorável, Armadilha se contenta com uma conclusão insossa, que reafirma a falta de criatividade de Shyamalan nesta fase de sua carreira. As decisões pífias no roteiro e na direção transformam a obra em um trabalho que, apesar de competente em sua produção técnica, é incapaz de deixar uma marca duradoura.

Trap is the most divisive movie of 2024 so far. Is it any good? | Digital Trends

Josh Hartnett, por sua vez, não é um ator sem talento, longe disso. Ele já demonstrou em outras produções a capacidade de criar personagens cativantes. No entanto, em Armadilha, ele sofre com uma caracterização que falha em causar o impacto necessário para seu papel. Hartnett entrega uma performance sólida, mas a construção de seu personagem é superficial e, por mais que ele tente transmitir ameaça ou pavor, a falta de profundidade no desenvolvimento do vilão faz com que o espectador não sinta medo genuíno.

A ausência de uma caracterização mais amedrontadora para o personagem de Hartnett também prejudica o envolvimento emocional do público. Em um thriller, o antagonista deve ser capaz de provocar tensão, mas aqui, ele acaba se tornando mais uma peça genérica em um quebra-cabeça previsível. Josh, apesar de sua dedicação, não consegue superar as limitações impostas pelo roteiro, e seu personagem acaba sendo uma figura sem peso. 

Trap: Trailer 2

No final das contas, Armadilha é mais uma prova de que Shyamalan, um cineasta outrora rentável, está preso em um ciclo de repetição e escolhas seguras que comprometem a originalidade de suas obras. Mesmo com uma premissa promissora e atores competentes como Josh Hartnett, o filme se perde em sua própria tentativa de ser mais do que realmente é. A previsibilidade e a falta de profundidade transformam Armadilha em uma experiência frustrante, uma que não causa o impacto esperado e que dificilmente será lembrada entre os grandes thrillers do gênero.

NOTA: 2,5/5

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Entretenimento

Liam Payne, ex-integrante do One Direction, morre aos 31 anos de idade

Liam Payne, ex-integrante do One Direction morreu aos 31 anos de idade. MTVLA.

O cantor faleceu após cair do terceiro andar de um hotel, que estava hospedado na Argentina

Informações revelam que havia um homem bêbado e descontrolado no local, mas não está explícito se ele possui envolvimento na morte de Liam ou não. 

https://x.com/MTVLA/status/1846665824687489285?t=z1Eyw6anO35fhclNpaFcTA&s=19

Após sua saída da boyband, Liam Payne focou-se em construir uma carreira solo. Nós, da Torre de Vigilância, desejamos forças para os amigos e familiares de Liam