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Discografia Sepultura

Foi no ano de 1984 que os irmãos Max Cavalera e Igor Cavalera, em Belo Horizonte, deram o pontapé inicial para a considerada a melhor banda brasileira e de maior repercussão em todo mundo. O Sepultura.  A influência musical dos irmãos eram bandas como Black Sabbath, Van Halen, Iron Maiden, Motörhead, AC/DC entre outras do heavy metal. Só que depois de uma viagem para São Paulo, onde ouviram Venom pela primeira vez, os ouvidos passaram a escutar Kreator, Megadeth, Exodus e as brasileiras Stress, Sagrado Inferno e Dorsal Atlântica. Sons que se tornaram base musical do Sepultura.

O Sepultura em 1985.

Com Max na guitarra, Igor na bateria, Paulo Jr. no baixo e Wagner Lamounier no vocal, a primeira formação do Sepultura estava pronta. Logo depois, Wagner saiu para formar a banda de black metal Sarcófago, Max então assumiu de vez os vocais e Jairo Guedez foi recrutado para a segunda guitarra. O Sepultura em 1985 participa de um festival de bandas em Belo Horizonte, onde é contratada pela Cogumelo Records. A partir desse momento para frente a Torre de Vigilância tem o orgulho de trazer para você, estimado leitor, a discografia e um pouco da história da banda que sempre foi referência do Brasil lá fora, influenciou diversos artistas  nacionais e internacionais, chegou ao posto até hoje nunca alcançado por nenhuma banda brazuca  e construindo assim uma carreira mais do que sólida no mercado fonográfico mundial.

Formação clássica

Mas nem tudo são flores na longa estrada do Sepultura. Brigas, mudanças de formação, membros fundadores que saíram… bem, continue a sua leitura, ligue o som no talo e vamos viajar nos riffs de guitarras e vocais guturais que são uma identidade da banda!


Bestial Devastation (1985)

Poucas pessoas sabem, mas o primeiro registro em estúdio para valer do Sepultura foi esse EP em formato de vinil lançado no mês de dezembro de 1985. Com produção de Tarso Senra, João Guilherme e da banda, o LP foi gravado e mixado em apenas dois dias em Belo Horizonte. Max, Jairo e Paulo tinham na época 16 anos e Igor tinha 14. Com poucos recursos a banda usou instrumentos emprestados de amigos.

O LP ainda era dividido com a banda Overdose (procurem saber sobre a banda é muito boa), com cinco músicas do Sepultura no lado A e três da Overdose no lado B. O disco no total vendeu 8 mil cópias, com destaque para a faixa título que já dava um gostinho do que vinha para o futuro.

Formação:

Max “Possessed” CavaleraVocal, guitarra base
Jairo “Tormentor” GuedezGuitarra solo
Paulo “Destructor” Jr.Contra Baixo
Igor “Skullcrusher” CavaleraBateria

Sim. Eram esses os nomes que os caras usavam na época.


Morbid Visions (1986)

O álbum (pra valer) de estreia do Sepultura foi gravado, produzido e mixado por Eduardo Santos, Zé “Heavy” Luiz e a própria banda.  O estilo death metal percorre por todo o trabalho e foi bem aceito na critica especializada na época do lançamento, apesar de ser uma produção em tanto quanto pobre.

A arte da capa foi feita por Alex, um antigo amigo da banda. Com o disco embaixo do braço a banda sai em turnê por alguns lugares do país. Pouco depois a Cogumelo Records relança o Bestial Devastation. “Troops of Doom” é um dos destaques do disco.

Formação:

Max CavaleraVocal, guitarra
Jairo GuedezGuitarra
Paulo Jr.Baixo
Igor CavaleraBateria

Nota na história: O guitarrista Jairo Guedez, alegando problemas particulares, deixa a banda. No seu lugar assume Andreas Kisser, que já vinha tocado em alguns shows com a banda como uma espécie de terceiro guitarrista. Ainda em 86, o Sepultura processa a gravadora Shark por lançar os discos da banda fora do país sem nenhum acordo.


Schizophrenia (1987)

O segundo álbum oficial do Sepultura, sai novamente pela Cogumelo Records, é o primeiro trabalho com o Andreas Kisser na guitarra como membro oficial. Com produção da banda é do velho conhecido Tarso Senra, o som vai contra o Morbid Visions (que era um disco mais death metal), o novo álbum tem mais influências de trash metal.

Foi com o Schizophrenia que o Sepultura ficou mais conhecido. Nas primeiras semanas de venda, foram comercializados cerca de 10 mil cópias, e a gravadora New Renaissance lançou o disco nos Estados Unidos. O sucesso fez que houvesse um lançamento pirata do disco por uma produtora europeia, que vendeu 30 mil cópias, mas a banda não pode usufruir dos direitos autorais. Mas de um jeito ou de outro, abriu as portas desses mercados. O álbum virou uma sensação da critica tanto na Europa quanto na América do Norte.

https://www.youtube.com/watch?v=AUdFMV7yqYA

Formação:

Max CavaleraVocal, guitarra base
Andreas KisserGuitarra solo
Paulo Jr.Baixo
Igor CavaleraBateria

Nota na História: A gravadora Roadrunner Records, conhecida por ter grandes nomes do heavy metal em seu cast, assina com o Sepultura e lança o Schizophrenia oficialmente em todo o mundo. O detalhe é que todo o processo foi feito sem que ninguém da gravadora tivesse encontrado com a banda pessoalmente.


Beneath the Remains (1989)

Com letras escritas por Andreas Kisser e Max Cavalera, o terceiro disco do Sepultura é lançado. E do jeito que eles sempre queriam: por uma grande gravadora e uma grande distribuição. A história de Beneath the Remains começa com Max indo para Nova York em fevereiro de 1988, para negociar com a Roadrunner o orçamento da gravação. Apesar de terem fechado com o Sepultura, a gravadora ainda tinha um pé atrás com o potencial de vendas da banda. Depois de uma semana de conversas, o orçamento inicial foi de U$ 8.000, mas no final custou quase o dobro.

Para a produção foi escolhido Scott Burns, que aceitou trabalhar por uma quantia bem abaixa do normal na época. O produtor mesmo disse em diversas ocasiões que estava curioso sobre o som que era feito no Brasil, por isso aceitou. O som apresentado em Beneath the Remains é bem mais limpo do que os seus antecedores. A melhora da técnica dos músicos e os belos solos de guitarras são destaques do disco, que vendeu 800 mil cópias ao redor do mundo. Foi com esse trabalho que o Sepultura provou que era sim um dos grandes no rock mundial, e que poderia vender milhões.

Contra-capa de Beneath the Remains

O álbum foi muito celebrado por toda a critica especializada, a revista britânica Terrorizer o classificou com um dos “20 melhores álbuns de thrash metal de todos os tempos”, o disco, após seu lançamento, acabou sendo comparado com o clássico álbum do Slayer, Reign in Blood. E pela primeira vez, o Sepultura sai em uma turnê internacional, tocando junto com os alemães do Sodom. Os shows aconteceram na Áustria, Estados Unidos e México. A turnê foi marcada pelos diversos conflitos entre os membros das duas bandas.

Mas foi nessa série de shows internacionais que a banda aumentou sua popularidade. O mundo já sabia quem era o Sepultura e o som pesado e bem feito que se resumia em um tapa na orelha, muito lindo e perfeito, dos fãs. Foi nessa época que eles conheceram Lemmy Kilmister e o Motörhead, passaram por Berlim e seu muro durante a Guerra Fria e conheceram o Metallica que estava no auge da carreira.

Formação:

Max CavaleraVocal, guitarra base
Andreas KisserGuitarra solo
Paulo Jr.Baixo
Igor CavaleraBateria

Nota na história: Em 1990 durante a apresentação no Dynamo Open Air Festival, eles conhecem a Gloria Bujnowski, empresária do Sacred Reich. Então, ela passa a lidar com os negócios do Sepultura e dos integrantes também. Depois se tornaria Gloria Cavalera ao se casar com o vocalista Max.


Arise (1991)

Em agosto de 1990, o Sepultura se juntou novamente com Scott Burns na Flórida para gravar o novo disco, a essa altura todos os membros da banda já moravam nos Estados Unidos.  A essência de Arise é praticamente o estilo death/thrash metal de Beneath the Remains (o trabalho anterior), mas claramente mostra que a banda buscava também um “quê” experimental. Elementos de música industrial, hardcore punk e até percussão latina são presentes no álbum.

Os membros da banda falavam na época que o Arise tem a mesma direção do disco anterior, mas percebesse que o ritmo estava um pouco mais lento e a bateria de Igor tinha estilos mais carregados para o groove. E marca também o inicio da “fase tribal” do Sepultura com a música “Altered State” e o hardcore dá as caras em “Subtraction” e “Desperate Cry”.

Arise recebeu excelente criticas ao redor do mundo e carimbou de vez o lugar do Sepultura como grande banda do rock mundial. O trabalho ficou em 119º na Billboard, algo inédito na carreira da banda, o primeiro a conseguir uma certificação musical (estatuto de ouro em 1992 por vender 25 mil cópias na Indonésia). Quando chegou o ano de 1993 já tinha atingido a marca de 1 milhão de unidades vendidas no mundo. E em 2001, mantendo o fôlego, ganhou a segunda certificação, estatuto de prata no Reino Unido por mais de 60 mil cópias vendidas. É particularmente o disco que mais gosto dos caras.

Formação:

Max CavaleraVocal, guitarra base
Andreas KisserGuitarra solo
Paulo Jr. – Baixo
Igor CavaleraBateria

Nota na história: O Sepultura, apenas um dia após encerrar as gravações de Arise, começou uma pequena turnê com as bandas Obituary e Sadus. Foi o inicio da maior série de promoções feita pela banda, que correu o mundo e durou dois anos. Em 1991, eles se apresentaram no Rock in Rio 2 para uma plateia de 70 mil pessoas. No mesmo ano tocaram gratuitamente em São Paulo no fatídico show do dia 11 de maio na Praça Charles Miller. Os organizadores e a policia militar estimavam que tivessem cerca de 10 mil pessoas presentes, quando apareceram 30 mil. O que tornou o controle da multidão algo praticamente impossível. Na confusão seis pessoas ficaram feridas, 18 presas e uma foi morta a tiro. Há apenas uma semana antes, durante uma briga entre headbangers e skinheads um jovem foi morto a facadas durante uma apresentação dos Ramones também em São Paulo. Ambos os eventos repercutiram muito mal na mídia, criando um falso mito sobre o publico dos shows de rock. O Sepultura em particular tinha uma pequena dificuldade de tocar no Brasil por que produtores temiam que fosse acontecer alguma tragédia. Em compensação, a turnê internacional do Arise foi longa e passou por lugares como Grécia e Japão.


Chaos A.D. (1993)

O Sepultura já era considerado uma das melhores e maiores bandas de thrash metal do mundo. Foi então que a banda se juntou com o produtor Andy Wallace e nasceu o quinto álbum de estúdio da carreira. Dessa vez, eles realmente abraçaram o experimentalismo no som com um estilo groove metal que acabou os tornando uma grande influência para as bandas de groove, alternative e nu metal.

Os hinos “Refuse/Resist”, “Territory” e “Manifest” (que fala sobre o massacre do Carandiru) são destaques em Chaos A.D. que tem em suas letras assuntos geopolíticos mundiais. O estrondoso sucesso do álbum rendeu mais de 1 milhão de cópias por todo o mundo, levando o Sepultura em um patamar nunca alcançado por nenhuma banda brasileira. Foi a primeira banda do Brasil a se apresentar na Rússia, a primeira metal da América Latina a se apresentar no Monster of Rock na Inglaterra e depois de um abaixo-assinado organizado pelo fã clube oficial brasileiro, o Sepultura voltou a se apresentar no Brasil no festival Hollywood Rock. Vencendo assim o boicote de parte dos organizadores do evento, o incidente em São Paulo anos antes ainda amedrontava.

O lançamento foi feito em um castelo medieval na Inglaterra com a presença de convidados especiais e a imprensa mundial. O clipe de “Territory” foi gravado em Israel e eleito o melhor videoclipe do ano pela MTV Brasil. O álbum ainda conta com a participação de Jello Biafra, ex-vocalista do Dead Kennedys, na música “Biotech Is Godzilla” escrita pelo próprio, uma faixa onde os integrantes ficam rindo e gritando e na versão brasileira do álbum temos uma versão de “Polícia” dos Titãs.

Formação:

Max CavaleraVocal, guitarra base
Andreas KisserGuitarra solo
Paulo Jr.Baixo
Igor CavaleraBateria


Roots (1996)

Os fãs tiveram um gostinho do novo disco do Sepultura quando foi lançado compacto Roots Bloody Roots no começo de 1996. O EP tem a inédita faixa título, além de versões ao vivo de “Refuse/Resist”, “Territory” e um cover de “Procreation (Of The Wicked)” do Celtic Frost. Eis que então fevereiro do mesmo ano, com produção de Ross Robinson, Roots chega as lojas. E o novo trabalho marca uma mudança significativa no som da banda.

Com elementos como percussão, berimbau, a participação de Carlinhos Brown na música “Ratamahatta” e duas músicas gravadas com os índios Xavantes. É com certeza o trabalho mais experimental da carreira do Sepultura. A música “Itsari” foi gravada às margens do Rio das Mortes no estado do Mato Grosso na Aldeia Pimentel Barbosa em 1995. Os experimentos fizeram alguns fãs mais antigos da banda torcerem o nariz, mas não impediu o sucesso do Roots e tornou o trabalho referência para várias bandas que posteriormente seguiram o estilo nu metal. A versão brasileira do álbum contém os covers de, novamente, “Procreation (Of the Wicked)” do Celtic Frost e “Sympton of the Universe” do Black Sabbath, e a música “Lookaway” escrita pelo vocalista do Korn, Jonathan Davis.

Formação:

Max CavaleraVocal, guitarra base
Andreas KisserGuitarra solo
Paulo Jr.Baixo
Igor CavaleraBateria

Nota na história: Dana Wells, filho de Gloria Cavalera, é assassinado em meados de 1996, Max e Gloria vão para os Estados Unidos e no festival Donnington o Sepultura toca em trio. O grupo cancela três semanas de shows em solo americano e encerra a turnê participando no OZZfest.


O furacão Max Cavalera

Andreas, Igor e Paulo estavam insatisfeitos com o modo que Gloria Cavalera estava lidando com a banda. O trio alegava que ela estava dando espaço apenas para o seu marido Max, e não para a banda como um todo. E a demissão da empresária foi colocada na mesa. Max por sua vez se sente traído e resolve sair da banda.

Gloria e Max Cavalera

A discussão chegou à mídia e o publico ficou apreensivo com um possível final do grupo, o trio decidiu não renovar o seu contrato de trabalho. Existiu a opção de que ela continuasse a cuidar dos interesses do vocalista em separado, mas ele não aceitou a decisão dos companheiros e se sentiu injustiçado. A separação estava sacramentada.

Com o passar do tempo, a banda decidiu continuar os trabalhos e começou a escrever o novo álbum, como um trio. E Max formou o Soufly.

Os fãs temiam o final da banda…

O gigante Derrick Green

O trio Sepultura começava a trabalhar na nova formação, o baixo de Paulo Jr. ganhou mais força nas músicas e Andreas Kisser assumiu os vocais. Mas este não se sentiu a vontade no posto e o impasse estava formado. Então decidiram buscar um novo vocalista, milhares de fitas chegavam aos escritórios da RoadRunner, houve uma seleção e um pequeno grupo de finalistas foi escolhido e receberam uma fita com as músicas que deveriam trabalhar antes dos testes com a banda.

Derrick Green

Tendo como principais tópicos para os testes finais, saber cantar no estilo proposto, é claro, integração e afeição com todos no grupo, Derrick Green foi o que mais impressionou.  Em sua estadia no Brasil durante os testes finais, o norte-americano, se entendeu muito bem com os membros e se sentiu em casa. Com a pressão de gravar logo um novo trabalho e boa parte das músicas prontas (só faltando um vocal) o novo disco já estava no forno.


Against (1998)

A estreia de Derrick Green no vocal aconteceu no sétimo álbum de estúdio do Sepultura. Produzido por Howard Benson, o novo trabalho chegava ao mercado cercado de desconfiança por causa da saída de Max Cavalera. Algo que, ao que parecia, se estendia aos membros do grupo.

Igor Cavalera, na época do lançamento, disse que ainda estavam em dúvidas em manter o nome Sepultura. Então decidiram fazerem as musicas primeiro, se não soasse com a identidade da banda, trocariam de nome. Mas ao modo que tocavam, que produziam, mas viram que o Sepultura estava ainda vivo e com muita lenha para queimar.

A turnê de Against passa roda o mundo e acaba com as desconfiança em torno do futuro da banda. O Sepultura tinha passado por uma tempestade e conseguido sobreviver ao período mais difícil de sua carreira.

Formação:
Derrick GreenVocal
Andreas Kisser  – Guitarra
Paulo Jr. – Baixo
Igor CavaleraBateria


Nation (2001)

O oitavo álbum do Sepultura é produzido por Steve Evetts e é também o ultimo da banda a ser lançado pela RoadRunner Records. Nation é recheado de participações especiais como do vocalista Jamey Jasta da banda Hatebreed, Jello Biafra ex-vocalista do Dead Kennedys, Cristian Machado vocalista do Ill Niño, João Gordo do Ratos de Porão e da banda Apocalyptica.

O álbum tinha uma temática que contava a história de uma nação utópica ao longo das faixas. Mas as vendas do Nation não foram grandes coisas, mas não desanimou os integrantes que entendiam o momento de transição em que passavam. Alem disso o Sepultura acusou a RoadRunner de não promover o álbum, um exemplo foi que o videoclipe de “One Man Army” estava programado para ser filmado em agosto de 2001, nunca foi realizado, por falta de apoio da gravadora.

Formação:
Derrick GreenVocal
Andreas Kisser  – Guitarra
Paulo Jr. – Baixo
Igor CavaleraBateria

Nota na história: A turnê do Nation foi iniciada em janeiro de 2001 no festival Rock in Rio III. No ano seguinte, o Sepultura assinou contrato com a SPV Records.


Roorback (2003)

No primeiro trabalho junto com a gravadora SPV Records, o Sepultura novamente recrutou o produtor Steve Evetts, e assim Roorback foi lançado. A influência ao som groove/alternativo continua forte no decorrer das faixas.

Mas as vendas ainda continuavam baixas, apesar de Roorback ter tido analises melhores do que o anterior Nation. A versão brasileira do disco tem o cover de “Bullet the Blue Sky” da banda U2.

Formação:
Derrick GreenVocal
Andreas Kisser Guitarra
Paulo Jr.Baixo
Igor CavaleraBateria

Nota na história: em 2005 o Sepultura grava o show Live in São Paulo, comemorando os 20 anos da banda. O disco tem participações especiais de B-Negão, Alex Camargo, João Gordo, Jairo Guedez e Zé Gonzáles.


Dante XXI (2006)

Com produção de André Moraes, o novo álbum do Sepultura é completamente baseado na obra A Divina Comédia de Dante Alighieri. O tema  foi sugerido pelo vocalista Derrick Green, pois a banda passava por um período sem ideias para suas composições. É o terceiro disco temático  na carreira do Sepultura. O primeiro foi Roots (1996) inspirados nas culturas brasileiras e africanas, Nation (2001) onde falam sobre uma nação utópica e agora em Dante XXI.

A odisseia pelo inferno, purgatório e paraíso feita pelo personagem Dante é refeita musicalmente pelo som pesado, a ideia era fazer algo como uma “trilha sonora para o livro”. Para diferenciar as passagens do purgatório e paraíso, instrumentos como Celo e Piano foram usados com arranjos mais elaborados. Na sonoridade que marca o inferno, a bateria, baixo e guitarra soam mais pesadas.

Foi na turnê desse álbum que o Sepultura tocou pela primeira vez na índia, além dos locais tradicionais como Europa, América do Norte e América Latina. Em 2007, foram atração de festivais no Brasil como Abril Pro Rock em Recife e no Porão do Rock em Brasília. Dante XXI foi disco de ouro no Chipre, o primeiro desde Roots (1996).

https://www.youtube.com/watch?v=_hUM2YH41jE

Formação:
Derrick GreenVocal
Andreas Kisser  – Guitarra
Paulo Jr.Baixo
Igor CavaleraBateria

A saída de Igor Cavalera

No inicio da turnê de Dante XXI, o Sepultura teve mais uma baixa da sua formação original. O baterista e membro fundador Igor Cavalera decidiu sair da banda. Ele foi substituído temporariamente por Roy Mayorga. Mais tarde Jean Dolabella assumiu as baquetas de forma definitiva.

Jean Dolabella

A saída de Igor, segundo Andreas Kisser, não foi tão traumática como a do seu irmão Max. O guitarrista falou que ele já tinha dividido com pessoas próximas o desejo de deixar a banda. Foi apenas uma questão de tempo.


A-Lex (2009)

Seguindo a linha de Dante XXI, um álbum temático, o Sepultura lança o interessante A-Lex, que é inspirado na obra A Laranja Mecânica de Anthony Burgess. Com produção de Stanley Soares o disco é lançado pela SPV Records e pela Atração Records no Brasil, sendo o primeiro trabalho sem Igor Cavalera, que foi substituído por Jean Dolabella.

O título é um trocadilho com Alex, personagem central da obra, e o latino para a expressão “sem lei”. Ab(longe de, sem) + Lex (lei). O disco foi bem recebido pela critica e vendeu 5 mil cópias no Brasil e 1.600 nos Estados Unidos. E a turnê, como de praxe, rodou mais uma vez o mundo.

Formação:
Derrick GreenVocal
Andreas Kisser  – Guitarra
Paulo Jr.Baixo
Igor CavaleraBateria


Kairos (2011)

O primeiro trabalho na gravadora Nuclear Blast e com produção de Roy Z marca por ser algo como “de volta as origens” do Sepultura. Pode se dar bom credito disso ao produtor, que é considerado um dos melhores no segmento de Metal no mercado fonográfico.

Bem recebido pela critica, Kairos tem um som mais pesado e cru do que os dois últimos trabalhos da banda, e é considerado como o álbum que trouxe o Sepultura de volta. A participação especial é do grupo francês Les Tambours Du Bronx na faixa “Structure Violence (Azzes)”,  e o disco contém duas covers: “Just One Fix”, da banda Ministy e “Firestarter” do The Prodigy.

Formação:
Derrick Green Vocal
Andreas Kisser  – Guitarra
Paulo Jr.Baixo
Igor CavaleraBateria

Nota na história: O baterista Jean Dolabella deixa a banda ainda em 2011, falando que quer procurar rumos diferentes para sua carreira.

Eloy Casagrande

Em seu lugar entra o excelente Eloy Casagrande, que tinha 21 anos na época, e termina a turnê de Kairos.


The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart (2013)

O novo álbum marca a volta do produtor Ross Robinson ao trabalho junto com a banda e o primeiro disco de Eloy Casagrande na bateria do Sepultura. Também é o primeiro disco a ser todo gravado nos Estados Unidos desde o Against (1998).

“Sinistro, sombrio e metal pra caramba!” assim o vocalista Derrick Green descreve o som do disco. A critica e os fãs  ficaram satisfeitos com o resultado final, muitos consideraram o melhor trabalho do Sepultura nesse milênio. Em sua primeira semana de vendas nos Estados Unidos o álbum vendeu mais de 1.800 cópias.

Andreas Kisser disse que o disco foi inspirado no filme Metropolis  (1927) do austríaco Fritz Lang.  O título é baseado em uma frase que significa a principal mensagem da história: “O Mediador entre a Cabeça e as Mãos deve ser o Coração”.

Formação:
Derrick GreenVocal
Andreas Kisser  – Guitarra
Paulo Jr.Baixo
Eloy CasagrandeBateria


Machine Messiah (2017)

O elogiado novo trabalho do Sepultura foi lançado no começo desse ano e chegou com o pé na porta total. Para a gravação, a banda se refugiou na casa do produtor Jens Bogren em Estocolmo onde não tinham muito o que fazer, a não ser pensar em música 24 horas por dia.

Machine Messiah foi bem recebido pela critica como um disco bem sólido com a cara do Sepultura, mas ao mesmo tempo se propõe a mostrar algo novo na longínqua estrada da banda. Destaques do álbum são as faixas “I Am The Enemy”, “Alethea”, a instrumental “Iceberg Dances” e a incrível “Phanton Self”.

Formação:
Derrick Green Vocal
Andreas Kisser  – Guitarra
Paulo Jr.Baixo
Eloy CasagrandeBateria

Foi lançado o documentário Sepultura Endurance dirigido pelo cineasta Otávio Juliano. Confira AQUI. Apesar de não ter depoimentos dos irmãos Cavalera, o filme vai contar a trajetória da banda desde o inicio em Minas Gerais até sua afirmação como gigante no rock mundial.

Atual formação do Sepultura.

O grande resultado sobre a carreira fonográfica do Sepultura é com certeza o legado que eles deixam para todos. A forte influência em diversas bandas mundiais, muitas até chegaram ao estrelado como Slipknot, Godsmack e System of a Down. E levando o nome do Brasil para o ponto mais alto do rock mundial, por mais que sejam músicas cantadas em inglês, a banda nunca escondeu e renegou suas origens. Se você procura algo para ouvir pesado e de boa qualidade, o Sepultura é prato cheio!

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Música Vitrola

Discografia | Iron Maiden

Seja bem vindo a área de Discografias da Torre de Vigilância. Onde vamos contar sobre os discos dos artistas e a história por trás de cada trabalho. Vamos começar com a maior e mais querida banda de Heavy Metal de todos os tempos. O Iron Maiden. Todo mundo já ouviu e conhece uma música da banda. Aqui vamos focar nos álbuns de estúdio da banda, as polêmicas, as mudanças de formações ao longo dos anos e os sucessos de cada disco.

 

Iron Maiden (1980)

Intitulado simplesmente de Iron Maiden, a banda de Heavy Metal, depois de cinco anos desde a sua fundação, dava seu primeiro passo para o estrelato com seu disco de estreia lançado em 14 de abril de 1980. É o único trabalho de estúdio com o guitarrista Dennis Stratton. As mudanças de produtores marcaram esse primeiro álbum. O primeiro foi Guy Edwards, que foi demitido por causa da insatisfação com a qualidade da produção. Logo após veio Andy Scott, que entrou em atrito com Steve Harris por que queria que o músico tocasse com palhetas e não com os dedos, também foi demitido. Até que Will Malone assumiu a produção e terminou o trabalho.

O álbum foi bem recebido pela crítica musical e se tornou um marco no Heavy Metal mundial. É considerado um dos discos de estreia mais importantes da história do rock. “Running Free”, “Phantom of the Opera”, “Sanctuary” e “Iron Maiden” são as faixas que mais se destacaram no álbum. A capa do disco que mostrava o mascote Eddie empunhando uma faca inclinando sobre o corpo de Margaret Thatcher, gerou publicidade na impressa britânica na época.

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Formação:

Steve HarrisBaixo e segunda voz
Dave Murray Guitarra
Paul Di’AnnoVocal
Clive BurrBateria
Dennis StrattonGuitarra e segunda voz

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Killers (1981)

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O segundo álbum do Iron Maiden foi o Killers, lançado em janeiro de 1981. “Wrathchild” foi um sucesso e até hoje é a única música do álbum que é tocada nos shows. Já a canção “Murders in the Rue Morgue” é baseada em um conto do Edgar Allan Poe, intitulado de “Rue Morgue”. Foi um álbum de estreias na banda. Adrian Smith assumiu a guitarra e o produtor Martin Birch fez o seu primeiro trabalho com os caras. Parceria que durou até 1992.

Apesar de não ter o clamor do seu antecessor, Killers é considerado um progresso para o Iron Maiden. Pois foi graças a ele que surgiu a sua primeira turnê mundial, que começou em Las Vegas abrindo o show do Judas Priest.

Formação:

Paul Di’AnnoVocal
Steve HarrisBaixo
Dave MurrayGuitarra
Adrian SmithGuitarra
Clive BurrBateria

Nota na história: O convívio com o  vocalista Paul Di’Anno estava se tornando insuportável pelo seu uso excessivo de álcool e cocaína. Suas atitudes vinham constantemente atrapalhando a agenda da banda, que crescia cada vez mais. Então Steve Harris, secretamente, convidou o jovem vocalista Bruce Dickinson para uma audição em setembro de 1981, onde foi contratado imediatamente. No final da Killer Wolrd Tour Paul foi demitido e Dickinson assumiu o lugar. O seu primeiro show foi durante uma pequena turnê pela Itália.

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The Number of the Beast (1982)


É o clássico. Todo mundo já ouviu falar. Todo mundo já foi na casa de um amigo que curte Rock e sabe desse álbum. É o álbum mais vendido do Iron Maiden, com mais de 14 milhões de copias vendidas ao redor do mundo. Considerado como um dos melhores álbuns de heavy metal de todos os tempos, foi recebido com grande aclamação da critica. Com os sucessos que se tornaram hinos dos fãs como “The Number of the Beast” e “Run to the Hills”, o álbum configura em diversas listas de melhores discos. Nos Estados Unidos, The Number of the Beast gerou polemica pela temática religiosa de algumas letras e da arte da capa. Houve um principio de histeria, como pessoas quebrando os discos com martelos, queimando e até mesmo rolo compressores esmagando os álbuns. Mas se forem pegar mesmo as letras, a única canção que fala realmente algo do tipo é a faixa-título. Que foi uma inspiração de Steve Harris após assistir um documentário do gênero. Você querido e amado leitor, se tiver dúvidas, pegue a tradução das letras e tire suas próprias conclusões. Foi também o ultimo álbum com a participação do baterista Clive Burr e marca a estreia de Bruce Dickinson no vocal.

O produtor do álbum, Martin Birch, falou na época que a entrada de Bruce abriu um novo leque para a banda por causa da sua linha vocal. E que algumas coisas compostas por Steve Harris, não seriam possíveis sendo cantadas por Paul Di’Anno o antigo vocalista.

Formação

Steve HarrisBaixo
Dave MurrayGuitarra
Clive BurrBateria
Adrian SmithGuitarra
Bruce DickinsonVocal

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Piece of Mind (1983)

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O quarto álbum da banda foi lançado em 16 de maio de 1983. Nele acontece a estreia do baterista Nicko McBrain. Piece of Mind mantém o estilo pesado do seu antecessor, só que as músicas mais trabalhadas e com mais conceitos. Lidando com guerras, temas de filmes e livros. As músicas que mais se destacaram nesse trabalho foram “Flight of Icarus” e “The Trooper”.  E novamente com a produção de Martin Birch.

Formação:

Bruce DickinsonVocal
Dave MurrayGuitarra
Adrian SmithGuitarra
Steve HarrisBaixo
Nicko McBrainBateria

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Powerslave (1984)

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O álbum foi lançado em 03 de setembro de 1984, e é considerado como um dos mais grandiosos do Iron Maiden. Com os hinos “Aces High” e “2 Minutes To Midnight” elevou o trabalho ao mesmo patamar do The Number of Beast. Foi com ele que o Iron Maiden tomou a proporção de gigante do rock mundial. A Turnê batizada de World Slavery Tour foi a mais longa e maior do grupo, que passou por 28 países fazendo 193 shows em longos 13 meses. Foi nessa turnê que os shows passaram a ter os temas dos conceitos artísticos dos álbuns, no caso de Powerslave, tinha a temática egípcia. No Brasil, a turnê passou pelo Rock In Rio de 1985.

As turnês do Iron Maiden passaram a ter palcos temáticos com os temas dos álbuns.

Mas com a grandiosa turnê também veio grandiosos desgastes. Os integrantes tiraram férias de quatro meses, embora quisessem que fossem seis. Em meio há esse tempo, iria acontecer a turnê do “Live After Dearth” que foi gravado durante um show histórico em Long Beach na Califórnia. Mas Dickinson, alegando cansaço, não queria fazer e ameaçou a deixar a banda se não fosse interrompida. Algo que complicou ainda mais relacionamento com Steve Harris que já não andava muito bem das pernas.

Formação:

Adrian SmithGuitarra
Dave Murray Guitarra
Nicko McBrainBateria
Steve HarrisBaixo
Bruce DickinsonVocal

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Somewhere In Time (1986)

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Depois do cancelamento da turnê de divulgação do “Live After Death”, os músicos aproveitaram para criarem letras. E no fim do período de descanso reuniram-se e apresentaram seus esboços. Os de Adrian Smith foram bem aceitos, já os de Dickinson foram rejeitados e assim surgiu o novo álbum. E no dia 29 de setembro de 1986 foi lançado o Somewhere In Time. O trabalho mais experimental da banda. É a primeira vez que eles usam sintetizadores que trouxeram feitos sintéticos as músicas. O resultado cria uma atmosfera profunda, melódica e até cibernética no disco. A capa veio bem a calhar com esse momento musical. Era o Eddie em uma arte que lembra o filme Blade Runner (1982). A grande curiosidade desse disco é a faixa “Alexander The Great”, uma das músicas mais incríveis da história da banda que nunca foi executada ao vivo.

Formação:

Bruce DickinsonVocal
Adrian SmithGuitarra, sintetizador, vos de apoio e voz principal em “Reach Out”
Dave MurrayGuitarra, sintetizador
Steve HarrisBaixo, sintetizador
Nicko McBrainBateria

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Seventh Son of a Seventh Son (1988)

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Agora seguindo o intervalo de dois anos para o lançamento de discos, foi lançado em 11 de abril de 1988 o Seventh Son of a Seventh Son. Tendo como temática a lenda do sétimo filho do sétimo filho, que teria poderes sobrenaturais partindo da história de uma criança enviada para ser um representante do bem ou do mal na Terra. A ideia surgiu após Steve Harris ler o livro “Seventh Son” de Orson Scott, o baixista então passou para Bruce Dickinson a história e coincidiu com o número sete. E era o sétimo disco que o Iron Maiden ia lançar. O vocalista caiu de cabeça e foi acrescentando suas ideias e finalmente conseguiu contribuir com as composições.

Ele também tem uso de sintetizadores e teclados em suas músicas, e soa como um trabalho experimental como o Somewhere In Time. Só que os fãs o consideram melhor do que o seu antecessor. Uma mudança que se sente no disco é a abordagem vocal de Dickinson. Antes sempre mais teatral, nessas músicas ele está mais variante, carregado de drives e narrativo. Como se estivesse contando uma história e interpretando em seus atos. Daqui surgiram os hinos “Can I Play With Madness?” e a obrigatória nos shows “The Evil Dead Man Do”.

Formação:

Bruce DickinsonVocal
Adrian SmithGuitarra, sintetizador
Dave MurrayGuitarra, sintetizador
Steve HarrisBaixo, sintetizador
Nicko McBrainBateria

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No Prayer of the Dying (1990)

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Depois de um hiato de dois anos sem gravar nada inédito, e seus integrantes tocando os seus projetos solos, o Iron Maiden volta ao estúdio para seu novo trabalho. As discussões de como seria o próximo álbum foram bem acaloradas. Steve Harris considerava que a banda estava em níveis muito altos e que estava cansado daquilo. Muita produção, muita intensidade, palcos enormes com suas temáticas gigantescas e os dois últimos trabalhos com muitos sintetizadores, teclados tinha tirado a simplicidade da banda. Harris queria fazer algo mais seco, mais cru. O guitarrista Adrian Smith não concordou com o rumo que a banda poderia tomar e decidiu sair. Em seu lugar foi recrutado Janick Gers, que tocava com Bruce Dickinson em seu projeto solo.

Pois bem, o resultado não agradou aos fãs e a mudança de sonoridade com a saída de Smith transforma No Prayer For The Dying, para muitos, no mais fraco e desinteressante da carreira do Iron Maiden. Apesar de terem colocado a canção “Bring Your Daughter… to the Slaughter” em primeiro lugar nas paradas britânicas. Algo inédito na historia da banda.

Contra capa de No Prayer For The Dying.

Formação:

Bruce DickinsonVocal
Dave MurrayGuitarra
Janick GersGuitarra
Steve HarrisBaixo
Nicko McBrainBateria
Michael Kenney (músico adicional)Teclado

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Fear of The Dark (1992)

O resultado abaixo do esperado no disco anterior, a mídia e o publico entenderam que o Iron Maiden estava tendo uma queda de rendimento. Depois de um período de dois anos inativos, em 11 de maio de 1992 é lançado o Fear of The Dark. As recepções foram bem variadas. Algumas pessoas acham que é um excelente disco, mas há quem ache que não é tudo isso. Só é melhor do que o ultimo. O Heavy Metal chega a flertar com influencias do Hard Rock, que traz músicas energéticas. O guitarrista Janick Gers parece estar mais a vontade nesse disco, ele contribui nas composições e aplica mais seu estilo sonoro. E Dickinson estava no seu ponto alto nos vocais. Com uma postura mais agressiva nas músicas.

O sucesso “Fear of The Dark” também se tornou hino essencial nos shows da banda. O disco tem canções que falam da Guerra do Golfo, “Wasting Love” uma balada da banda e a “Fear Is The Key” que foi feita logo após da morte de Freddy Mercury vocalista do Queen vitimado pelo vírus da AIDS. A musica é sobre uma relação sexual coberta pelo medo da doença. Na época Dickinson comentou: “Há uma parte onde ‘Fear of the Key’ diz que ‘ninguém liga até que um famoso morre’. E isso realmente é verdade e triste. Enquanto achavam que o vírus estava confinados em homossexuais ou viciados em drogas desconhecidos, ninguém dava a mínima. Foi apenas quando celebridades começaram a morrer que as massas foram se conscientizar da gravidade.”

Formação:

Bruce Dickinson  – Vocal
Jancik GersGuitarra
Dave MurrayGuitarra
Steve HarrisBaixo
Nicko McBrainBateria

Nota na história: no ano de 1993 o vocalista Bruce Dickinson resolve sair da banda para se dedicar a sua carreira solo, na época foi um grande baque nos fãs que não viam a banda seu frontman. Bruce aceitou fazer uma turnê de despedida, mas que foi marcada por brigas com Steve Harris. O baixista argumentava que o cantor não estava se esforçando nos shows, que por sua vez se defendia falando que não é possível se apresentar sorrindo, como tudo estivesse bem quando o clima na banda não era dos melhores. A grande realidade era que o  relacionamento entre os dois já estava insustentável há tempos. A turnê rendeu dois álbuns ao vivo “A Real Live One” que tinha canções de 1986 a 1992 lançado em março de 1993 e “A Real Dead One” que saiu em outubro do mesmo ano e contém as músicas de 1980 a 1984. Logo depois ambos foram lançados no pacote intitulado de “A Real Live Dead One”. Bruce Dickinson se apresentou pela ultima vez em 28 de agosto de 1993.

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The Factor X (1995)

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Em 2 de outubro de 1995, após três anos do ultimo disco, é lançado o décimo trabalho de estúdio do Iron Maiden. E no período sem atividades de 1993 até 1995, a banda escutou diversas fitas a fim de encontrar um novo vocalista. Entre essas fitas estava a do brasileiro André Matos, vocalista do Angra. Mas foi o britânico Blaze Bayley, que ficou no lugar de Dickinson. Bayley foi escolhido por Steve Harris, que tinha se lembrado do cantor quando a sua banda Wolfsbane abriu um show do Iron.

A escolha de Bayley teve um impacto negativo entre os fãs. Criticaram, e falam até hoje, que o vocal de Bayley tem uma extensão mais baixa e menor. Não chega a notas altas, precisando usar o ar para impulsionar a voz para alcançar um volume mais baixo, além de ter um timbre mais abafado. O que as pessoas falam “canta para dentro.” Mas a ideia de Harris era um vocalista diferente do anterior, ele não queria alguém que imitasse Dickinson, queria algo original.

The Factor X é um disco mais escuro, com um clima denso e que com cadência e influência do som que habitava no momento. O Progressive Metal. Se for colocado lado a lado com os antigos trabalhos, parece que lhe falou algo, inspiração, ou até mesmo paixão. Era um perfeito reflexo de Steve Harris que passava uma fase complicada na vida devido ao divórcio. A atmosfera do álbum acabou que combinou com o estilo da voz de Bayley. “Man On The Edge” é o destaque desse disco.

Durante 1995 e 1996, a banda saiu em turnê mundial. Logo após o encerramento, foi lançada a sua primeira coletânea Best of The Beast (que todo mundo que se dizia do Heavy Metal na década de 90 tinha). Ela traz dois CDs com os maiores sucessos de todos os discos até ali.

Formação:

Blaze BayleyVocal
Steve HarrisBaixo
Dave MurrayGuitarra
Janick GersGuitarra
Nicko McBrainBateria

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Virtual XI (1998)

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O décimo primeiro álbum do Iron Maiden foi lançado em 23 de março de 1998. O nome foi escolhido por coincidir com o lançamento do jogo de computador da banda Ed Hunter (quem aí jogou?) e também pela Copa do Mundo de 1998 na França (se lembra do piripaque do Ronaldinho Fenômeno?) e um pouco antes de lançar o álbum, a banda organizou uma turnê de divulgação com marcaram jogos de futebol pela Europa com músicos convidados e jogadores profissionais da Inglaterra.

Sonoramente o Virtual XI não é escuro e melancólico como seu antecessor The Factor X, ele é mais feliz, iluminado, os arranjos são mais abertos e melódicos. As linhas vocais são mais intensas e interessantes. Mas mesmo assim os fãs não gostaram. A falta de criatividade é algo visível na banda. Músicas prolongadas e repetitivas. A critica especializada deu notas variadas, mas todos reconhecendo que não era o mesmo Iron Maiden de outrora.

Capa do game Ed Hunter

As coisas ficaram mais complicadas durante a turnê Virtual XI World Tour. Onde nos shows tinham faixas pedindo a volta de Bruce Dickinson. E o pior momento foi durante um show no Chile em que Blaze Bayley foi recebido a cusparadas. O vocalista chegou a gritar ao microfone, que estavam atrapalhando o show e que viu quem era exigindo que fossem retirados do espetáculos. Essa fase do Iron Maiden realmente é muito complicada, Bayley era chamado de “a maior farsa do da história do Metal”. Em janeiro de 1999 aconteceu o inevitável. O vocalista foi convidado a se retirar da banda. Steve Harris falou que a voz de Bayley não estava combinando com as expectativas durante a turnê. Janick Gers defendeu Bayley, falando que o motivo das baixas performances era que o vocalista era obrigado a cantar fora do seu tom. Mas na verdade Harris viu que a coisa não estava boa entre a banda e os fãs e resolveu demitir para evitar prejuízos maiores.

Formação:

Blaze BayleyVocal
Steve HarrisBaixo
Dave MurrayGuitarra
Janick GersGuitarra
Nicko McBrainBateria

Nota na história: No mesmo janeiro de 1999, por meio do produtor da banda, Rod Smallwood, Steve Harris voltou a ter contato com Bruce Dickinson. Então o convite foi feito e o vocalista concordou a retornar. E o guitarrista Adrian Smith, que recebeu um telefonema de Bruce avisando que iria voltar, retorna para a banda. Jancik Gers que tinha substituído Smith desde No Prayer For The Dying (1990) continuou na banda. Que agora era um sexteto com três guitarras. As “velhas novidades” animaram os fãs. Então a banda saiu em turnê de reunião e lançaram a coletânea Ed Hunter que vem com o jogo de computador incluso.

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Brave New World (2000)

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Nas conversas sobre o novo disco, Dickinson já tinha uma visão de ser algo novo. Não queria voltar ao passado. Queria algo moderno. Para frente. Então foi concebido o aclamado Brave New World lançado em 30 de maio de 2000. O disco é amado pelos fãs que estavam empolgados pelo retorno do vocalista e de Smith e animados com a formação com três guitarras. É certamente o trabalho mais pesado da banda. Os solos são destruidores e as distorções animais. E as músicas marcantes voltaram aos discos do Iron Maiden. Canções como “The Wicker Man”, “Brave New World”, “Dream of Mirrors” e a sentimental “Bood Brothers” viraram hinos rapidamente. E o mais incrível é que Brave New World tem semelhanças com os trabalhos anteriores (que foram muito criticados). Tem o som progressivo, mas ao mesmo tempo, o metal tradicional da banda faz presente. É uma perfeita junção dos estilos.

Uma longa turnê mundial começou logo após o lançamento do álbum. Um dos shows, se não for o melhor de toda turnê, aconteceu aqui no Brasil novamente durante o Rock in Rio III em 2001. A banda considera o nosso país como um segundo lar do Iron Maiden, e eles classificam essa apresentação como uma das melhores da história do grupo. O que rendeu um CD e um DVD ao vivo implacável e obrigatório para os fãs.

Formação:

Bruce DickinsonVocal
Dave MurrayGuitarra
Janick GersGuitarra
Adrian SmithGuitarra
Steve HarrisBaixo, teclado
Nicko McBrainBateria

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Dance of Death (2003)

Em 8 de setembro de 2003 chega as lojas o décimo terceiro álbum de estúdio do Iron Maiden. O segundo trabalho do sexteto segue de perto o estilo do seu antecessor, mas de uma forma mais densa. A musicalidade da a impressão de que existem várias coisas ao mesmo tempo, dando a sensação de dramaticidade nas canções. Dance of Death não foi bem recebido como o Brave New World, muito se deve a produção abafada e desleixada de Kevin Shirley. “Wildest Dreams”, “Rainmaker”, “No More Lies”, “Dance of Death” e “Face In The Sand” são os destaques do disco.

Essa época é recheada por polêmicas, a primeira foi logo na capa do disco. A arte foi criada pelo artista gráfico David Patchett. A polêmica foi por que o artista não quis ter seu nome creditado a arte. A dita cuja que está na capa não era uma versão final, só que a banda gostou tanto que utilizou assim mesmo. O artista não gostou nada de saber que estariam divulgando um trabalho inacabado que muitos encarariam como a versão final e o julgariam como um péssimo artista.

A outra polemica ocorreu já no fim da turnê. Quando a banda ia dividir o posto de principal atração com o Black Sabbath no Ozzfest. Acontece que o Iron teve o show sabotado pela Sharon Osbourne, na época esposa de Ozzy. Sharon não tinha gostado e se sentiu ofendida com uma declaração de Bruce Dickinson criticando reality shows na TV. E quem se lembra do sucesso da MTV, The Osbournes?

Formação:

Bruce DickinsonVocal
Dave MurrayGuitarra
Janick GersGuitarra
Adrian SmithGuitarra
Steve HarrisBaixo, teclado
Nicko McBrainBateria

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A Matter of Life and Death (2006)

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Um disco mais melódico que flerta com o Hard Rock e Alternative Rock. Foi assim que muitas pessoas classificaram o décimo quarto álbum do Iron Maiden lançado em 28 de agosto de 2006. Apesar de não ser um álbum que não foi valorizado pelos fãs, o disco foi bem comercialmente. Sendo considerado “Álbum do Ano” pela Classic Rock Roll of Honour Awards.

A turnê foi marcada pela polêmica de que a banda decidiu tocar o set list inteiro de A Matter of Life and Death. O que acabou deixando alguns clássicos de fora. Alguns fãs torceram o nariz e pediam certas músicas durante os shows.

Formação:

Bruce DickinsonVocal
Dave MurrayGuitarra
Janick GersGuitarra
Adrian SmithGuitarra
Steve HarrisBaixo, teclado
Nicko McBrainBateria

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The Final Frontier (2010)

Surgiu sobre a sombra da informação que seria o último álbum da carreira da banda, segundo o baixista Steve Harris. Em 13 de agosto de 2010 era lançado o décimo quinto trabalho do Iron Maiden. Dickinson disse na época: “tivemos provavelmente o menor tempo de preparação até agora, o que é bizarro, porque é o registro mais longo e mais complicado de todos eles.”

O confuso é a receptividade do disco. A critica especializada não pouparam elogios e o álbum chegou a primeira colocação de vendas em 28 países (maior marca da história da banda). Já os fãs detestaram! Ele foi classificado como chato e sem sal. A turnê percorreu lugares como Indonésia, Coreia do Sul, Singapura e Transilvânia.  Então ao final da turnê, o grupo divulgou que ia continuar excursionando, mais sem previsão de gravar material inédito. Rodaram mais uma vez o mundo e tocaram mais uma vez no Rock In Rio em 2014, quando encerraram o festival naquele ano.

Nota na história: Era ano de 2014 e Bruce Dickinson revelou que estava nos planos um novo disco com músicas inéditas. Os fãs viveram expectativa no lançamento do décimo sexto álbum. Então na noite de Natal daquele ano, um cartão comemorativo da data foi publicado no site oficial, prometendo presentes para o ano seguinte. Mas no primeiro semestre de 2015 uma noticia abateu sobre a banda, foi descoberto que o vocalista estava com câncer no fundo da língua. Como foi descoberto ainda cedo, o músico passou por uma cirurgia e quimioterapia. Esse infeliz contratempo atrasou os planos do lançamento do novo álbum.

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The Book of Souls (2015)

Em 4 de setembro de 2015 chega as lojas o primeiro álbum de estúdio do Iron Maiden em formato de duplo. Com produção Kevin Shirley e Steve Harris, ele conta com pontos positivos e negativos. Ele dividiu alguns fãs por acharem ele meio cansativo com músicas que repetem os refrões diversas vezes, mas há quem considere um grande trabalho com solos matadores que lembravam a antiga forma do Iron Maiden. O álbum foi um sucesso nas vendas chegando ao topo de vários países. Faixas como “Speed of Light” e a épica “Empire of the Clouds” que tem 18 minutos de duração, são os destaques do álbum duplo.

Formação:

Bruce DickinsonVocal, piano em “Empire of the Clouds”
Dave MurrayGuitarra
Janick GersGuitarra
Adrian SmithGuitarra
Steve HarrisBaixo, teclado, co-produção
Nicko McBrainBateria

O Iron Maiden é uma banda que sempre renova a sua base de fãs, ela está naquele nível de que se passa de pai para filho. E seus fãs os mantém na ativa no posto de maior banda de Heavy Metal do mundo com sua saraivada de sucessos que até quem não gosta do estilo conhece. E isso é reconhecimento de uma carreira que na verdade houve poucos momentos baixos.

Se você gostou da discografia, pode pedir seu artista favorito nos comentários, e nos vamos contar a histórias dos seus discos aqui.

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The Killers | Análise discográfica

As músicas têm muitas funções, além de alegrar uma certa plateia, ou tornar ambientes mais animados, elas conseguem mudar suas emoções ou até gravar e trazer momentos à tona (seja lembrar do que jogou na infância, o primeiro beijo que já deu, ou uma fase difícil da sua vida). Todas as obras que serão mostradas nesta análise, são capazes de acordar essas sensações, então prepare o seu leite quente, ligue a playlist e venha se deliciar!

Da esquerda para direita vemos: Mark Stoermer, Brandon Flowers, Dave Keuning e Ronnie Vannucci
Da esquerda para direita vemos: Mark Stoermer, Brandon Flowers, Dave Keuning e Ronnie Vannucci

Com Brandon Flowers no vocal, Dave Keuning na guitarra, Ronnie Vannucci na bateria e Mark Stoermer no baixo, a banda The Killers, que começou oficialmente em 2002, possui até hoje 13 anos de carreira e 4 álbuns (também algumas compilações) lançados em estúdio e é considerada pelo público uma das melhores bandas do gênero Indie Rock.

Capa do CD Hot Fuss (2004)
Capa do CD Hot Fuss (Limited Edition) (2004)

Faixas:

01 – Jenny Was a Friend of Mine

02 – Mr. Brightside

03 – Smile Like You Mean It

04 – Somebody Told Me

05 – All These Things That I’ve Done

06 – Andy, You’re a Star

07 – On Top

08 – Change Your Mind

09 – Believe Me Natalie

10 – Midnight Show

11 – Everything Will Be Allright

Apesar da banda ter sido criada em 2002 e já ter concertos e shows marcados pouco tempo depois, seu primeiro CD só foi lançado no ano de 2004.

Trazendo músicas sensacionais, incluindo a famosa faixa Mr Brightside (primeira composição de Brandon e Dave), Hot Fuss é um disco que te deixa com a cabeça um pouco pesada até a última música (não pesado no sentido de reviver problemas, e sim de não conseguir concentrar muito bem em atividades psicológicas).

Contendo músicas mais animadas e devido à grande presença de sintetizadores, a obra foi comparada a grupos dos anos 80 como U2, The Cure , Depeche Mode e New Order, o que levou os críticos a definirem o grupo como New Wave, synthpop, pop alternativo, dance rock dentre outros gêneros musicais. Somebody Told Me, outra faixa presente no CD também foi um dos maiores sucessos da banda, sendo tocada em inúmeras rádios.

Apesar de ter uma diferença enorme em relação as outras criações da banda, o Hot Fuss alavancou a carreira deles completamente, levando-os a abrir Shows de artistas muito grandes, como Morrissey.

[Nota] Na versão original desse CD vieram 11 faixas, porém na Limited Edition (a da imagem acima) podemos contar com mais 3.

Capa do CD Sam's Town (2006)
Capa do CD Sam’s Town (2006)

Faixas:

01 – Sam’s Town

02 – Enterlude

03 – When You Were Young

04 – Bling (confession Of A King)

05 – For Reasons Unknown 

06 – Read My Mind

07 – Uncle Jonny

08 – Bones

09 – My List

10 – This River Is Wild

11 – Why Do I Keep Counting?

12 – Exitlude

Com uma tremenda responsabilidade de produzir um disco de tanto sucesso quanto o primeiro, 2 anos depois é lançado o Sam’s Town, que atraiu uma grande quantidade de público novo. É importante citar a mudança de sonoridade de um álbum para o outro, os sintetizadores (elementos muito presentes na primeira obra) foram quase deixados de lado, já as guitarras, por sua vez, foram foram muito bem valorizadas.

Comparado a Born in the USA (famoso álbum da banda Springsteen) , por ter um tom muito mais americano e mais violento, de certa forma. As críticas para o Sam’s Town ou eram muito boas, ou muito ruins. Nem todos gostaram da mudança de estilo de um disco para o outro, os fãs antigos, por exemplo, criticaram muito a mais  criação do grupo.

Com o sucesso das faixas Bones, Read My Mind e When You Were Young, os Killers entraram no jogo Guitar Hero III: Legends of Rock, e tiveram dois clipes feitos pelo diretor Tim Burton. Várias músicas inclusas na obra são também partes da vida de integrantes da banda, por exemplo, My list foi uma homenagem à esposa de Brandon, Tana.

Em uma entrevista, graças à grande repercussão do disco, o vocalista Brandon Flowers, disse o seguinte sobre o Sam’s Town: “Eu tenho de confessar que as pessoas não vão gostar de nós. Nós apenas temos de fazer o melhor álbum que nós pudermos. E nós estamos fazendo isto. Este é um dos melhores álbuns dos últimos 20 anos. Nada pode abalar este álbum.

Capa do CD Day & Age (2008)
Capa do CD Day & Age (2008)

Faixas:

01 – Losing Touch

02 – Human

03 – Spaceman

04 – Joyride

05 – A Dustland Fairytale

06 – This Is Your Life

07 – I Can’t Stay

08 – Neon Tiger

09 – The World We Live In

10 – Goodnight, Travel Well

Considerado, para mim, o álbum mais marcante da banda, Day & Age contém traços tanto do Hot Fuss, quanto do Sam’s Town, além de características únicas.

Ouvindo toda a obra, é possível ficar de encontro com inúmeras sensações e sentimentos. trazendo músicas lentas como A Dustland Fairytale, um pouco, digamos, “desesperadoras” como Goodnight, Travel Well , e animadas como Spaceman, percebe-se claramente a diversidade contida no disco.

A primeira single Human, liberada em 22 de setembro de 2008, foi um enorme sucesso, ganhando uma certificação de platina da Recording Industry Association of America (RIAA) e após o lançamento do álbum, eles receberam mais 4 certificações, dessa vez da British Phonography Industry (BPI).

Após muito mais prêmios ganhos e um DVD gravado na capital inglesa (Live from the Royal Albert Hall), o grupo entrou em uma turnê de shows que durou de 2008 até 2010.

Capa do CD Battle Born (2012)
Capa do CD Battle Born (2012)

Faixas:

01 – Flesh and Bone

02 – Runaways

03 – The Way It Was

04 – Here With Me

05 – A Matter of Time

06 – Deadlines and Commitments

07 – Miss Atomic Bomb

08 – The Rising Tide

09 – Heart Of A Girl

10 – From Here on Out

11 – Be Still

12 – Battle Born

13 – Carry Me Home (Deluxe Edition Bonus)

14 – Flesh and Bone (Jacques Lu Cont Remix) (Deluxe Edition Bonus)

15 – Prize Fighter (Deluxe Edition Bonus)

Após uma pausa enorme e uma turnê cansativa, eis que surge o último disco (de estúdio) lançado até hoje pela banda, o battle Born. Um disco mais uma vez um pouco diferente, mas como sempre a qualidade é sensacional, trazendo desde músicas emocionantes como Here With Me  até músicas épicas como Flesh and Bone  ou Battle Born (música com o mesmo nome do CD).

Uma das dificuldades maiores enfrentadas durante a criação do disco foi a morte do saxofonista, e também produtor de algumas músicas, Thomas Marth, ele teria se suicidado com um tiro. Apesar dos pesares, Battle Born também foi um sucesso, e graças a obra, a banda ganhou o prêmio de “melhor artista internacional” no NME Awards.

Em 2013, foi lançado uma compilação dos maiores sucessos da banda em apenas um álbum, intitulado: Direct hits e foi a última criação da banda até o momento.