Anunciado por grandes portais de notícias em 2021, e oficializado pela Marvel Studios somente UM MÊS antes de sua estreia, Lobisomem na Noite é facilmente, uma das melhores e maiores surpresas de 2022.
Não é de hoje que a Marvel Studios tenta (e consegue) inovar em suas produções, trazendo novas abordagens e gêneros para suas produções (caso de WandaVision, Cavaleiro da Lua, Eternos e Shang-Chi e a Lenda de Dez Anéis). Lobisomem na Noite vai além e apresenta uma história que homenageia grandes clássicos do horror que não tem medo de ser ela mesma.
Em uma noite escura e sombria, uma cabala secreta de caçadores de monstros emerge das sombras e se reúne no templo de Bloodstone após a sua morte. Em um estranho e macabro memorial à vida de seu líder, os participantes são lançados em uma misteriosa e mortal competição por uma poderosa relíquia – uma caçada que acabará por colocá-los cara a cara com um monstro perigoso.
Com o excelentíssimo Gael García Bernal como o personagem título, Lobisomem na Noite apresenta uma trama totalmente desconexa ao MCU, mesmo pertencendo a esta realidade.
Seu conto não é inovador, mas entretém e deixa um gostinho de ”quero mais” após o seu epílogo.
A escolha de Bernal não foi somente certeira, como também foi uma das melhores adições ao MCU nesta fase 4 devido o grande repertório do astro.
Laura Donnelly como Elsa Bloodstone é uma das maiores surpresas do média-metragem, dado que sua personagem veio para ficar além de possuir uma personalidade de combate forte e astuta.
Por fim, mas não menos importante, deve-se mencionar a assertiva e simpática participação do Homem-Coisa, que mesmo sendo rápida e curta, deixa uma ponta solta para que o MCU explore mais da criatura no futuro.
Como nem tudo são flores, a relação entre Jack Rusell (Lobisomem) e Elsa, é vazia e entediante. Os personagens se conectam de uma forma superficial, jogada na história sem pudor e sequer faz sentido com o contexto da obra.
A antagonista Verussa Bloodstone (Harriet Sansom Harris) é barcaça e pouco empolgante, sendo facilmente, uma das vilãs mais tediosas do MCU.
Em suma, Michael Giacchino entrega uma obra inovadora (ao Universo Cinematográfico da Marvel) que utiliza o preto e branco ao seu favor permitindo a liberdade criativa em cenas de gore e que possuem litros de sangue.
É deveras satisfatório ver a Marvel Studios não poupando esforços ao utilizar elementos feitos a partir de efeitos práticos, como o próprio visual do Lobisomem na Noite, que além de estar fiel ao material fonte, é facilmente uma das melhores aparências de um Licántropo dos cinemas.
Lobisomem na Noite é corajoso e prova que a Marvel Studios está mais viva do que nunca, afinal de contas, o Especial de Halloween abre uma grande porta para que mais produções únicas e diferenciadas sejam produzidas.
NOTA: 4/5