Foi divulgada pelo colorista Brad Anderson a capa de Doomsday Clock #9, e a imagem é bastante forte. Nela vemos o Doutor Manhattan, dizimando, os heróis do Universo DC. Os uniformes de personagens como Flash, Aquaman, Lanterna Verde, Robin, Zatanna entre outros estão caindo no chão totalmente “vazios”.
A minissérie tem mostrado a saga de Ozymandias e do novo Rorschach para encontrar o Doutor Manhattan. O poderoso ser é o único que pode salvar o universo de Watchmen da total destruição.
SPOILERS
Nas últimas edições, Doomsday Clock revelou que o Comediante, na verdade sobreviveu a queda do prédio, logo após a famosa luta contra Ozymandias (como mostrado no inicio do clássico de 1986). Foi próprio Manhattan que o salvou, o transportando para o Universo DC.
Doomsday Clock #9 tem roteiro de Geoff Johns e artes de Gary Frank e será lançada somente em janeiro de 2019.
“Who Watches The Watchmen?” Muito já se falou sobre a maxissérie escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons. Ganhadora de uma honraria especial do prêmio Hugo e do Eisner Award de melhor roteirista, ambas em 1988; marco definitivo e pedra fundamental da cultura pop; obra-prima da carreira de Moore, considerada a história definitiva do gênero de super-heróis e eleita um dos 100 melhores romances do século 20 pela revista Time.
É interessante analisar a gênese de Watchmen e o período em que ela foi escrita, suas referências e escolhas artísticas envolvidas. Alan e Dave foram muito além de criar uma hq realista e sombria. Eles encararam o desafio de criar todo um novo universo para ambientar suas idéias.
Publicada pela DC Comics em doze capítulos entre setembro de 1986 e outubro de 1987, Watchmen foi publicada num período extremamente fértil para os quadrinhos americanos. De uma só tacada, os leitores foram presenteados ainda com O Cavaleiro das Trevas, Batman – Ano Um, Elektra Assassina e A Queda de Murdock, todos de Frank Miller; e ainda o primeiro volume de Maus, de Art Spiegelman, Love & Rockets, de Jaime e Gilbert Hernandez, entre outras obras menores, mas que exploravam o potencial dos quadrinhos, com experimentações inéditas até então. Watchmen fez parte de uma tendência nos quadrinhos americanos de teor mais adulto e realista, que desaguaria anos mais tarde na criação do selo Vertigo.
As mentes por trás de Watchmen se conheceram numa convenção de histórias em quadrinhos promovida pela Marvel Comics em 1980, no centro de Londres, por intermédio do editor Steve Moore. Anos após esse encontro, e já tendo trabalhado juntos em projetos menores, a dupla se encontrava em caminhos distintos: Moore vinha de uma bem-sucedida carreira nas revistas britânicas 2000AD e Warrior, e já havia escrito obras importantes como Halo Jones, Miracleman, V de Vingança e estava no meio de seu fenomenal run na revista do Monstro do Pântano. Gibbons já tinha experiència na 2000AD e na Doctor Who Magazine para a Marvel UK e havia ilustrado a Tropa dos Lanternas Verdes.
Miracleman era uma releitura de um popular personagem inglês dos anos 50 (uma clara cópia do Capitão Marvel da DC). Esse run, publicado na revista Warrior, foi a gênese do que viria a ser Watchmen, que já contava com uma visão pessimista e realista dos super-heróis. Moore conhecia a paródia do Superman, Superduperman, de Harvey Kurtzman e Wally Wood, publicada na Mad nos anos 50, e achava impossível fazer algo realmente interessante com personagens de hqs. Aos poucos, ele percebeu que, se jogasse o mundo real em seus mundos de cores primárias, as coisas podiam se tornar interessantes.
Em 1983 a DC Comics adquiriu os direitos de vários personagens da editora Charlton Comics, que estava em processo de falência, e Moore foi escolhido para produzir algo com eles. Inicialmente, ele os usaria em Watchmen, mas a editora achou que eram personagens bons demais para serem usados em apenas uma hq, e Moore e Gibbons acabaram por usá-los apenas como inspiração, criando assim o Dr.Manhattan (inspirado no Capitão Átomo); Coruja (Besouro Azul); Rorschach (Questão); Comediante (Pacificador); Ozymandias (Thunderbolt); e Espectral (Sombra da Noite). O Coruja, aliás, é baseado em um personagem que Gibbons criou na adolescência e tirou da gaveta especialmente para o projeto. Os personagens da Charlton acabaram estreando no mega-evento Crise nasInfinitas Terras (1985) e sendo definitivamente incorporados ao universo da editora.
Foram dois anos (1984-1986) de intenso trabalho para Moore e Gibbons. Mais de 400 páginas de quadrinhos foram produzidas, conceitos e idéias ficaram pelo caminho e outras surgiram. Nesse meio tempo, Moore ainda produziria o arco Gótico Americano, para o Monstro doPântano, e ainda as histórias Para o Homem Que Tem Tudo (novamente ao lado de Gibbons) para a Superman Annual #11, e o arco O Que Aconteceu Com o Homem de Aço? para as edições Superman #423 e Action Comics #583.
Watchmen se passa numa realidade alternativa, onde os vigilantes encapuzados realmente existiram, na mesma época que surgiram os primeiros super-heróis dos quadrinhos. Mas neste universo, Superman, Batman e os demais heróis caíram no esquecimento pouco tempo depois de estrearem. Já que seus leitores podiam acompanhar heróis de verdade nas manchetes dos jornais, os gibis se focaram em contar histórias de outros gêneros, como os contos sobre piratas, que se tornaram febre nas décadas seguintes.
Os primeiros super-heróis (Coruja, Espectral, Comediante, Capitão Metrópole, Homem-Mariposa, Silhouette, Dollar Bill e JusticeiroEncapuzado) formaram os Minutemen, primeiro grupo de vigilantes mascarados, que foram sucedidos nos anos 60 com os sucessores de Coruja e Espectral e novos heróis como Dr. Manhattan, Rorschach e Ozymandias. Eles atuaram no combate ao crime até 1977, ano em que, para conter os tumultos e protestos da polícia e da população contra os heróis mascarados, o governo aprovou a Lei Keene, que os baniu das ruas. Os únicos que permaneceram na ativa foram o Comediante e Manhattan. Mas essa não é a única diferença entre esse universo e os demais universos dos quadrinhos: Moore segurou o rojão de mostrar como seria se surgisse um super-herói com poderes, e como ele desequilibraria a balança de poder no planeta.
O Dr. Manhattan é o único ser com poderes de Watchmen, mas nada tão simples como capacidade de voo e superforça: além de ser invulnerável, ele simplesmente pode manipular a energia e a matéria em nível subatômico; pode se teletransportar e teletransportar objetos e pessoas; visão microscópica; alteração de escala, entre outros poderes. Além de mudar a economia mundial, com a fabricação em massa de carros elétricos, Manhattan se tornou o dissuasivo nuclear dos EUA, tornando a guerra com os russos muito mais perto do colapso nuclear do que foi em nossa realidade. Moore mostrou como seria impossível que nos universos tradicionais de quadrinhos houvessem tantos superseres e a ciência, tecnologia, sociedade e política permanecem inalteradas.
À Meia-noite, Todos os Agentes…
12 de outubro de 1985. Edward Morgan Blake é espancado e arremessado janela afora de seu apartamento. A investigação da polícia chama a atenção do vigilante mascarado Rorschach, que invade furtivamente a cena do crime e descobre que Blake era o vigilante Comediante.
Convencido de que Blake fora o primeiro de uma lista de super-heróis marcados para morrer, ele visita seus ex-colegas de combate ao crime, sendo considerado paranóico por todos. Ficamos conhecendo Daniel Dreiberg, o segundo Coruja; Adrian Veitd, o Ozymandias, conhecido como o homem mais inteligente do mundo; e Laurie Júpiter, ex-Espectral II, e Dr. Manhattan, que vivem no centro de pesquisas Rockfeller.
Amigos Ausentes
Durante o funeral de Blake, seus ex-colegas relembram momentos que passaram com ele. Sally Júpiter, mãe de Laurie e primeira Espectral, relembra quando Blake tentou estuprá-la, quando ambos faziam parte dos Minutemen; Veidt recaptula a reunião da nova geração de super-heróis, nos anos 60, onde o Comediante zombou da idéia de que a sociedade poderia ser salva; Manhattan relembrou quando os EUA ganharam a guerra do Vietnã, momento em que Blake matou a sangue-frio uma vietnamita que ele havia engravidado, logo depois dela cortar o rosto dele. E Dreiberg lembrou de quando o Coruja e o Comediante abafaram uma manifestação civil em Nova York, dois anos antes da Lei Keene. Esses flashbacks demonstram a personalidade completamente amoral do personagem, seu desprezo pelas pessoas e sua falta de fé na humanidade.
Esses flashbacks reforçam o contraste do relato do ex-vilão Moloch, que conta a Rorschach que Blake invadiu seu apartamento dias antes de ser assassinado, completamente arrependido de seus atos e em total desespero.
O Juiz de Toda a Terra
Se a narrativa de Watchmen já era diferente e ousada nos primeiros capítulos, em O Juiz de Toda a Terra as experimentações de Moore chegam a outro patamar. Intercalando habilmente um garoto lendo um gibi de piratas (uma idéia de Gibbons que se tornou uma trama paralela dentro da trama principal) e os comentários do dono da banca de jornal, Moore faz um excelente uso de metáforas e rimas visuais.
Várias passagens da trama se assemelham a aterradora saga do capitão de um navio naufragado pelo Cargueiro Negro, e sua jornada infernal para retornar a sua cidade natal, Davidstown, que ele acredita, será atacada pelo navio amaldiçoado. A hq, chamada Ilhado, é um paralelo da história de Adrian Veidt e as atrocidades que ele cometeu para atingir um bem maior, como na frase citada pelo náufrago em uma das páginas do gibi: “intenções nobres me levaram a cometer atrocidades”.
Manhattan tem uma discussão com Laurie, que o abandona. Ela se reaproxima de Dreiberg, e nessa mesma noite, Manhattan comparece a uma entrevista numa emissora de TV, onde é encurralado com acusações de ter provocado câncer em seus ex-colegas e amigos, inclusive de sua ex-namorada, Jenny Slater. Isso provoca seus afastamento e consequente abandono do planeta.
Relojoeiro
Em Marte, a mente de Manhattan viaja através das décadas. Presenciamos sua adolescência, quando Jon Osterman ainda seguia os passos do pai, que era relojoeiro, até seu ingresso na base de Gila Flats, em 1959, já como cientista; seu primeiro encontro com JennySlater; e o fatídico acidente na câmara de testes do campo intrínseco, que o desintegrou totalmente. Em pouco tempo, Osterman retornaria completamente diferente, como um ser com habilidades super-humanas e que provocaria as mudanças mais drásticas no mundo. É interessante ver sua visão sobre sua condição e as reações que sua existência provoca no planeta.
Rebatizado pelo governo como o Dr. Manhattan, ele filosofa sobre seu estado psicológico e o enorme poder que agora tem em mãos, o que prejudica seu relacionamento com Slater e com o resto da humanidade. Indo e voltando no tempo, Moore encarou o desafio de entrar na mente de um ser superpoderoso e revelar suas angústias. Com textos poéticos e carregados de filosofia, como no trecho “Eu vou contemplar as estrelas. Elas estão distantes e sua luz leva muito tempo para nos alcançar. Tudo que vemos das estrelas são suas velhas fotografias”, Relojoeiro é, sem dúvida, um dos mais belos capítulos de Watchmen.
Temível Simetria
Em Temível Simetria, a teoria do matador de mascarados se confirma quando Adrian Veidt sofre uma tentativa de assassinato em seu próprio edifício. Rorschach é capturado numa armadilha no apartamento de Moloch e levado para a prisão.
Moore usou um recurso interessante, o espelhamento dos quadros das páginas, as da primeira com a última, e assim por diante, culminando no miolo, onde Veidt desarma o assassino. A elaboração das páginas desse capítulo demonstra o controle que o personagemtem sobre toda a trama de Watchmen.
O Abismo Também Contempla
Em O Abismo Também Contempla, é revelada toda a história de Walter Kovacks, o Rorschach, durante várias sessões com o psicanalista Malcolm Long. Através do teste de Rorschach (o famoso teste com manchas de tintas em cartões e que inspirou o nome do personagem), testemunhamos o passado do personagem. Filho de uma mãe que lhe infligia abusos psicológicos e físicos e usava o próprio apartamento para receber clientes, Walter cresceu acreditando que a violência era inerente ao ser humano, e se torna cada vez mais brutal e insensível, o que o leva a se afastar das pessoas.
Seu comportamento lembra o do personagem de Robert DeNiro em Taxi Driver, clássico dos anos 70 que possui algumas semelhanças com a trajetória de Rorschach, principalmente a sua visão do mundo. Aliás, na minissérie Antes de Watchmen dedicada a Rorschach, o roteirista Brian Azzarello promove um curioso crossover com o personagem do filme de Martin Scorsese.
O mais chocante entre os relatos contados por Rorschach é o do sequestro da garota Blaire Roache, que derrubou os últimos pilares de sanidade da mente de Kovacks e que abala profundamente o psicanalista, a ponto de perturbar sua vida pessoal. De longe o capítulo mais sombrio da maxissérie, é nele também onde há uma das frases mais famosas da hq, proferida por Rorschach aos seus colegas de prisão: “ninguém entendeu. Eu não estou preso aqui com vocês. Vocês é que estão presos comigo“.
Irmão dos Dragões
O relacionamento de Dan Dreiberg e Laurie Jupiter se intensifica em Irmão dos Dragões, onde Dreiberg conta suas aspirações quando foi o segundo Coruja. Através de um tour pelo seu laboratório secreto, ele conta a Laurie os motivos que o levaram a se tornar um vigilante mascarado e as razões de porquê ele abandonou o capuz. Daniel é um homem quebrado, cujo passado heróico o assombra e também o deprime. Isso fica evidente em sua primeira tentativa de relação sexual com Laurie, e sua subsequente escolha em vestir novamente o uniforme e sair pela cidade a bordo de sua nave, o Arqui.
Laurie o acompanha como Espectral, e depois de quase uma década, o primeiro ato heróico de ambos é salvar os moradores de um prédio em chamas. A noite termina com a consumação do amor do casal e com Daniel enfim se convencendo da teoria de Rorschach, e sua decisão de soltá-lo da prisão.
Velhos Fantasmas
É noite de halloween. Hollis Mason e Sally Júpiter relembram do passado durante uma ligação telefônica. Rorschach reencontra velhos desafetos na prisão, como o criminoso Grande Figura e seus comparsas, que o ameaçam de morte. Coruja e Espectral voam até a penitenciária a bordo do Arqui, no momento em que uma rebelião se instaura logo após a morte de um detento que Rorschach agrediu usando óleo quente. Em sua cela, ele se liberta e segue no encalço de Grande Figura, dando-lhe uma lição definitiva. Após o trio chegar ao apartamento de Dreiberg, Manhattan está a espera de Laurie, e lhe diz que os dois terão uma conversa em Marte, para onde vão em seguida.
A noite termina com membros da gangue dos coques invadindo o apartamento de Hollis Mason e dando fim a sua vida de modo violento.
As Trevas do Mero Ser
Em Marte, acompanhamos uma longa discussão entre Laurie e Manhattan, no relógio flutuante que ele construiu. Ela procura convencê-lo a interceder nas tensões entre EUA e Rússia, enquanto penetra em suas próprias memórias. Em flashbacks, ela se lembra de quando ouviu uma discussão entre sua mãe e seu padrasto e de uma reunião em sua casa de sua mãe e seus antigos colegas dos Minutemen, HollisMason, Nelson Gardner, o Capitão Metrópolis e um já mentalmente abalado Byron Lewis, o Homem-Mariposa. Durante um tour pela vastidão do planeta vermelho, Laurie revive o dia em que conheceu o Comediante, e a reação de sua mãe, um misto de raiva e ressentimento. É então que ela descobre a terrível verdade: Blake era seu verdadeiro pai, e sua raiva e tristeza lhe fazem despedaçar o relógio de Manhattan.
Para consolá-la, Manhattan inicia um monólogo brilhante e emocionante, dizendo o quanto estava errado em achar que a vida era sem sentido ou algo extremamente valorizado: sobre o fato de cada pessoa ser única em sua existência, como um milagre termodinâmico, exemplificado no trecho onde ele diz “Mas o mundo é tão cheio de pessoas, tão repleto desses milagres, que eles se tornam lugar-comum e nós os esquecemos”. Esse é certamente um dos trechos mais poéticos não só do capítulo em si, mas de toda a hq.
Dois Cavaleiros Se Aproximavam
De volta à Nova York, Coruja e Rorschach retornam aos velhos tempos ao pressionar a bandidagem no submundo. Eles descobrem que a empresa Entregas Pirâmide está envolvida com o homem que tentou assassinar Veidt. Coruja descobre que Hollis Mason foi assassinado. A dupla decide avisar Adrian, invadindo seu prédio na calada da noite.
Para surpresa deles, descobrem que Veidt não apenas é o dono da Entregas Pirâmide, mas que também ele é o homem por trás de tudo que vem acontecendo. Partem então para Karnak, o retiro dele no ártico. Após um pouso forçado na neve com sua nave, Coruja e Rorschach são observados por Ozymandias e sua lince alterada geneticamente, Bubastis, assim que se aproximam de sua base.
Contemplai Minhas Obras, Ó Poderosos…
Em uma estufa verdejante encravada no meio do gelo ártico, Adrian Veidt relata a seus empregados toda sua trajetória até aquele momento. Seus pais morreram quando ele era adolescente e ele iniciou uma jornada seguindo os passos de Alexandre, o Grande, seu maior ídolo. Estudando durante anos pelas mais diversas filosofias, Adrian moldou o que viria a ser sua persona heróica e seu sucesso no mundo dos negócios. Após eliminar as últimas testemunhas de seu grande plano, ele se retira para jantar, quando Coruja e Rorschach lhe atacam mas acabam derrotados.
Adrian lhes explica todo seu plano, desde a reunião frustrada dos novos vigilantes mascarados, nos anos 60, onde o Comediante lhe abriu os olhos para o terrível futuro da humanidade, coberta sobre as cinzas da devastação nuclear, caso ele não agisse para impedir; sua aposentadoria dois anos antes da lei Keene e suas pesquisas para neutralizar Manhattan, causando câncer em seus amigos e conhecidos afim de abalá-lo psicologicamente; como sequestrou e usou dos talentos de artistas e cientistas, eliminando-os logo depois, em uma explosão num navio que os tirava da ilha onde ficaram isolados durante a criação de uma nova forma de vida; de como se livrou do Comediante, que havia descoberto o plano de Veidt quando pôs os pés na ilha quando voltava de uma missão para o governo; e por fim como contratou o assassino que tentou lhe matar, e como o calou usando uma cápsula de cianureto.
Achando tudo aquilo uma enorme insanidade, Coruja tenta convencer Adrian a desistir de seu plano, mas é tarde: Adrian o colocou em prática meia hora antes. Todos os personagens secundários que perambulavam nas esquinas onde ficavam a banca do jornaleiro e do garoto do gibi de piratas, como a taxista e sua namorada, o vendedor de relógios e o dr. Malcolm, são cobertos pela mais completa luz branca, concretizando assim o plano do homem mais inteligente do mundo.
Um Mundo de Amor Mais Forte
Meia-noite. Em painéis gigantes, vemos a destruição causada pela chegada do monstro criado por Veidt. Manhattan e Laurie chegam ao local logo depois, e Manhattan sente um forte pulso de partículas táquion vindo do Pólo Sul, e eles se teleporta para lá. Ao chegarem, Veidt é seguido por Manhattan, que usa um subtrator de campo intrínseco para desintegrar o herói. Convencido de que havia triunfado, Adrian não contava que o herói pudesse se reestruturar e retornar para impedí-lo.
É nesse momento que ele mostra a todos os frutos de seu plano: o cessar do conflito nuclear e os esforços do mundo em ajudar os EUA após a chegada do falso alien. A paz criada através de uma grande mentira deixa os heróis desestabilizados.
O único que decide não cooperar numa farsa é Rorschach, que parte de Karnak determinado a revelar toda a verdade. Mas é impedido por Manhattan, que o desintegra. O herói entende, sem julgar ou condenar, que os atos de Adrian de fato pararam o relógio do juízo final. Depois de todos esses acontecimentos, ele decide deixar a Terra, em busca de outra galáxia menos complicada. Veidt é deixado com o peso de seus atos sobre os ombros.
No fim, Dreiberg e Laurie visitam Sally, onde a ex-Espectral fica sabendo que a filha sabe sobre sua paternidade. Vemos que Sally, apesar de tudo que aconteceu no passado, amava a filha e tentou fazer de tudo para que ela fosse diferente do homem que a gerou.
A conclusão de Watchmen merece um capítulo a parte. Len Wein, que era amigo de Alan e editou os sete primeiros números da hq, teve uma discussão com o roteirista, pois achava que o capítulo final era uma cópia de um episódio da primeira temporada da série de TV QuintaDimensão, exibida em 1963. No epísódio Os Arquitetos do Medo, da primeira temporada, um grupo secreto de cientistas criam em laboratório um falso alien e convencem a humanidade de que ele é parte de uma invasão alienígena, com o intuito de forçar um acordo de paz entre os governos á beira da guerra nuclear. Confrontado pelo editor, Moore admitiu o plágio, mas manteve sua versão. “Eu detestava na época e continuo detestando”, disse Len anos depois. Em 2013, para a minissérie Antes de Watchmen do personagem Ozymandias, Wein se referiu ao episódio, numa clara alfinetada a Moore.
Aliás é do falecido cocriador do Monstro do Pântano uma das melhores sacadas da maxissérie: inicialmente planejadas para uma sessão de cartas, as últimas páginas ganharam seu excelente material extra porque Wein achava injusto com os leitores que escrevessem para as últimas edições, pois nunca teriam suas cartas publicadas, devido ao fato da publicação ser uma série limitada. Moore expandiu a idéia do amigo para uma série de complementos (capítulos do livro fictício Sob o Capuz, de Hollis Mason; anotações; prontuário do dr. MalcolmLang sobre Rorschach; entrevista com Ozymandias, etc), que acabaram se tornando informações preciosas sobre a trama principal.
Alan e Dave, desde o início, queriam que Watchmen fosse visualmente diferente de qualquer hq daquele período. Em sua primeira edição, a capa trazia o título na vertical, sem uma cena de ação nem nenhum personagem em uma pose de ação clichê, apenas com o bótomdo smile sobre um rio de sangue; as cores de John Higgins, um amigo de Gibbons que já havia trabalhado na 2000AD, que adotou uma paleta de cores secundárias perfeitamente casada com o clima da hq; e a ausência de balões de pensamento e onomatopéias.
Em O Juiz de Toda a Terra, Moore percebeu que estava lidando com uma nova forma narrativa. A maneira como os quadros rimam, espelhando posturas de personagens, enquadramentos e ângulos de câmera inusitados, são um dos pontos altos da série.
Falando em inovações, Gibbons sugeriu a Moore usarem o painel de 9 quadros clássico para ditar o ritmo de Watchmen. Esse esquema já era usado no Homem-Aranha de Steve Ditko e nas histórias de Harvey Kurtzman, da EC Comics. Isso deu a Moore um controle mais preciso sobre o ritmo e a justaposição dos elementos da história, e é interessante como qualquer alteração nesse ritmo causa um efeito impactante, exemplo disso é revelar o perfil psicológico de vários personagens da trama. As páginas em que Rorschach aparecem usam o recurso da grade de nove quadros, que demonstra como ele é incapaz de expressar sentimentos. Em Relojoeiro, os quadros apresentam uma variação intensa de painéis, devido a forma que Manhattan viaja entre passado, presente e futuro.
Apesar do clima pesado e violento que permeia cada página de Watchmen, Moore adora os super-heróis, suas tradições e sua cultura. Um exemplo disso é o cachorro de estimação de Hollis Mason, o primeiro Coruja: batizado de Fantasma e usando uma máscara assim como o dono, ele é uma homenagem a Ace, o Cão-Morcego, presença constante nas hqs do Batman nos anos 50.
Mais de 30 anos após sua publicação original, Watchmen vem sendo reimpressa desde então. No Brasil, foram seis vezes: três pela editoraAbril (minissérie em seis edições e encadernado entre 1988-1989 e minissérie em 12 edições em 1999; minissérie pela Via Lettera em 2005-2006; e encadernado em duas partes em 2009 e em capa dura de 2011 em diante). Fora as minisséries prequels Antes de Watchmen, em 2012, e a atual Doomsday Clock, que integra os personagens da hq no mesmo universo da DC.
Watchmen teve várias tentativas de transformá-la em filme. No final dos anos 80, Terry Gilliam tinha um projeto baseado na hq, que contava com Arnold Schwarzenegger como Dr. Manhattan. Anos depois, Paul Greengrass queria adaptar a história aos anos 2000. E finalmente, Zack Snyder encarou a empreitada num filme cuja versão estendida possui mais de três horas e meia de metragem, numa versão mais fiel possível ao material original. A rede HBO está preparando a sua versão, em formato minissérie e apenas inspirada na obra.
“Quem Vigia os Vigilantes?” Todos nós, leitores, quando abrimos a hq e acompanhamos a odisséia de ficção científica criada por AlanMoore e Dave Gibbons.
Doomsday Clock, a continuação de Watchmen, já revisitou a obra original e já levou os personagens ao Universo DC. Entretanto, tudo o que aconteceu no Universo dos Vigilantes parece estar se repetindo no Universo das Lendas. As pessoas não confiam no Batman e os meta-humanos estão sendo ameaçados. A teoria dos Supermen se trata sobre não ganhar super-poderes por acidente e sim por causa do governo norte-americano. Além disso, Superman está tendo pesadelos com a morte de seus pais terráqueos durante os Novos 52. Isso mostra que o universo não está em perfeita sintonia. A terceira edição foi lançada hoje e trouxe algumas surpresas. SPOILERS a seguir!
1 – O Retorno do Comediante
O final da segunda edição, trouxe o aguardado encontro entre Ozymandias e Lex Luthor. Entretanto, ao contar o seu plano para salvar a humanidade, Vedit é zombado por Luthor. O careca leva um tiro na mão. A próxima página mostra o Comediante em carne e osso. Ele está preparado para se vingar. Entretanto, como Blake retornou? A terceira edição já explica isso logo em suas primeiras páginas. Johns fez um retcon na obra de Moore. Todos sabemos que o Comediante morre após ser jogado de uma janela em Watchmen, certo? Em Doomsday Clock é revelado que ele foi transportado ao Universo DC por Manhattan antes da queda. Ainda não sabemos o motivo, mas foi uma jogada ousada do roteirista.
2 – Batman e Rorschach
O aguardado encontro entre dois grandes detetives finalmente aconteceu. Não do jeito que esperávamos. Visto que este Rorschach é menos paranoico e sádico em relação a Walter Kovacs. Ele entrega o diário de Kovacs para Batman. Ele o lê em algumas horas. Ele vai para um quarto na Mansão Wayne e tira sua máscara. Mesmo assim, ainda não sabemos quem ele é. Tudo o que sabemos é que ele teve acesso aos testes psicológicos do original e estava em Nova York quando o monstro de Veidt apareceu. Após ler o diário, o Cavaleiro das Trevas diz que sabe onde está Manhattan. Ao final da edição, ele o engana, o colocando atrás das grades. Wayne constata que o vigilante é louco e o lugar dele é preso. Não sabemos se ele o deixou no Asilo Arkham.
3 – Coringa
Um dos maiores mistérios do Renascimento é a existência de três Coringas. Aparentemente, o dos Novos 52, o da Piada Mortal e o da Era de Ouro. Foram pouquíssimas as vezes que o personagem apareceu durante essa fase editorial. Uma delas foi na revista da Arlequina com um Coringa apaixonado. A outra, foi durante a Guerra de Piadas e Charadas com um Coringa que precisa rir. Mímico e Marionete, criados por Johns, vão a um bar em Gotham. Um homem os aborda e diz que apenas o Coringa pode usar maquiagem branca. Tudo indica que os personagens se encontrarão com o Palhaço do Crime em breve. Aliás, o vilão estampa a capa da próxima edição.
4 – Johnny Trovoada
Durante os eventos do one-shot do Renascimento, Wally vai a um manicômio pedir ajuda ao Johnny Trovoada, um membro da Sociedade da Justiça. Durante o arco The Button, Bruce e Barry resgatam outro membro do grupo, Jay Garrick. Entretanto, Jay é puxado de volta para a Força de Aceleração. Todos pensávamos que o mistério em torno da equipe tinha sido esquecido, porém Doomsday Clock trouxe isso a tona com Johnny desaparecendo. Ainda não sabemos o motivo. Será que Manhattan o teletransportou ou ele resolveu fazer algo a respeito da situação meta-humana? Enfim, talvez a Sociedade finalmente retorne.
Doomsday Clock agora será uma revista bimestral. A minissérie passará por um pequeno hiato após a quarta edição. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.
Doomsday Clock está revisitando a obra-prima de Alan Moore: Watchmen. Não apenas isso, o quadrinho está introduzindo novos elementos. Um deles é um novo homem usando a máscara de Rorschach. Ainda não sabemos quem está por trás do disfarce. As únicas informações que temos sobre ele são: Ele é negro, ama panquecas e é um pouco mais gentil em relação ao original. O desenhista Gary Frank divulgou um quadro da nova edição de Doomsday Clock pelo Twitter. Nele temos o vigilante tirando a sua máscara. Confira:
Doomsday Clock é uma sequência de Watchmen dentro do Universo DC. O quadrinho começou a ser publicado em novembro. A próxima edição a ser publicada será a terceira. Após a quarta edição, a minissérie passará por um hiato. Ela durará 12 edições e é escrita por Geoff Johns e Gary Frank. Johns e Frank são parceiros de longa data nos quadrinhos. Entre seus trabalhos estão: Superman, Batman Terra Um, Shazam e Universo DC: Renascimento. Para saber o que você precisa ler antes de Doomsday Clock, clique aqui. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.
A edição Doomsday Clock #2 confirmou que o famoso arco Invasão!, publicado originalmente entre 1988 e 1989, faz parte do cânone da atual fase do Renascimento da DC Comics. A trama, inclusive, foi adaptada pela CW em 2016 no crossover entre as séries Legends of Tomorrow, Arrow, Supergirl e The Flash.
“O metagene é uma anomalia descoberta durante a invasão dos Dominadores e encontrada em mais de 12% da população. Um evento traumático ou um acidente potencialmente letal pode despertar o metagene, alterando a disposição genética de uma pessoa e causando o desenvolvimento de atividades superhumanas”, diz o site viral The Bulletin na edição de Doomsday Clock #2.
Invasão! foi um crossover com os heróis da DC Comics que mostra um grupo de alienígenas, liderados pelos Dominadores, que invadem a Terra para confrontar a população metahumana. Escrita por Bill Mantlo, foi a primeira vez que o termo metahumano apareceu nos quadrinhos. O que veio facilitar o crescimento de heróis e vilões na editora.
Doomsday Clock é uma sequência direta do clássico Watchmen de Alan Moore e Dave Gibbons. Ela se passa logo após os eventos da história original, e o plano de Ozymandias foi descoberto e agora ele é uma das pessoas mais procuradas do mundo por ter matado de milhões de pessoas.
A narrativa que iniciou em Universo DC Renascimento #1, que seguiu em The Button protagonizada por Batman e Flash, agora vai terminar em Doomsday Clock, que está sendo produzida por Geoff Johns, Gary Frank e Brad Anderson. A minissérie vai colocar frente a frente à esperança e otimismo do Superman contra as ações cínicas que o Dr. Manhattan tem realizado no Universo DC.
O roteirista Geoff Johns divulgou uma pequena prévia da segunda edição de Doomsday Clock. Nela, temos Rorschach na Bat-caverna. Confira:
A look at #DoomsdayClock issue #2 coming 12/27 from the great @1moreGaryFrank and @bdanderson13 as the two worlds collide! There will be a month break in shipping after the first 4 issues, between #4 and #5, to keep the quality and page count as high as possible. Hope you dig it! pic.twitter.com/rqnHADBJ0g
Além disso, depois do lançamento da quarta edição, a minissérie passará por um hiato mensal. Johns disse que essa medida é necessária para manter a qualidade do quadrinho mais alta possível. A segunda edição de Doomsday Clock será lançada no dia 27 de dezembro. A história é uma sequência do clássico Watchmen e se passa 1 ano após a cronologia atual da DC. Se você quiser ler o quadrinho, mas não sabe o que ler antes dele, confira o nosso guia de leitura.
Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.
Os dois universos estão colidindo. A primeira edição de DoomsdayClock foi lançada semana passada. A continuação de Watchmen escrita por GeoffJohns e desenhada por GaryFrank promete ser um marco para a cultura pop. Não é todo dia em que alguém decide mexer com o maior clássico dos quadrinhos. E já que estamos no hype para o fim do Renascimento, descubra o que você deve ler antes de revisitar esse mundo caótico.
1 – Watchmen
Antes de DoomsdayClock, você definitivamente precisa ler Watchmen. Na verdade, independentemente de qualquer coisa, você precisa ler esse quadrinho. Considerado um clássico da literatura, a obra escrita por AlanMoore e ilustrada por DaveGibbons desconstrói completamente a ideia do super-herói. Apresenta personagens extremamente problemáticos e com moral duvidosa. Além disso, a trama se passa em plena época da Guerra Fria, onde a tensão era gigantesca. A construção de mundo é perfeita e se você é um daqueles leitores cheio de esperança, Watchmen irá destruí-la. Ao final, todos concordam: Não existe solução para este mundo, é o fim.
2 – Universo DC: Renascimento
Se Watchmen desconstrói os super-heróis, UniversoDC: Renascimento é uma carta de amor a eles. Escrito por Geoff Johns e ilustrado por Ivan Reis, Ethan Van Sceiver, Gary Frank e outros artistas, este one-shot não apenas inicia uma nova fase para a editora, como também é uma perfeita metalinguagem em relação ao que os leitores sentiam lendo os Novos 52. Era possível gostar daquele universo, gostar daqueles personagens, mas faltava algo. Renascimento é o preenchimento deste vazio que existia no Universo DC.
3 – The Button
Idealizada por TomKing, Joshua Williamson, Jason Fabok e Howard Porter, The Button compila as edições Batman 21-22 e Flash 21-22. Os heróis investigam o botão sorridente encontrado na parede da Bat-caverna e embarcam em uma jornada envolvendo Ponto de Ignição, Professor Zoom e Hiper tempo. Nessa história, nossos heróis descobrem que existe uma espécie de Deus por trás de todas essas mudanças no universo. Ao final da história, um deles toma uma trágica decisão.
4 – Superman e Action Comics
Como o Homem do Amanhã é um dos protagonistas então, precisamos entender como se encontra o personagem hoje. ActionComics de Dan Jurgens apresenta mistérios como o segundo Clark Kent, a presença do Apocalipse original e Lex Luthor como herói. Superman de Peter Tomasi, lida com a estranha vizinhança de Hamilton, os poderes de Jon Kent e antigos vilões. Os títulos têm um aspecto em comum: O Senhor Oz, uma figura misteriosa que apareceu na vida do nosso herói há uns três anos. Existem três arcos de extrema importância nessas revistas: Reborn, A New World e The Oz Effect. A primeira lida com o Homem de Aço dividido em duas metades, a segunda traz uma nova cronologia ao Superman e a última, revela a identidade de Oz e descobrimos um possível envolvimento de Manhattan nisso.
Para saber mais sobre DoomsdayClock e tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.
Anunciado esse ano, Doomsday Clock será uma minissérie de 12 edições escrita por Geoff Johns e desenhada por Gary Frank. A história servirá como uma espécie de continuação para Watchmen e marcará o fim do Renascimento. Hoje, a imprensa pôde finalmente divulgar suas impressões sobre a primeira edição. Confira:
“Doomsday Clock #1 é uma realização impressionante. A questão se deve ou não existir, pode ser o único problema sobre a edição. Parece um ponto de partida muito bom.” – Comic Book.com
“Johns, Frank, Anderson e Leigh fazem uma valente primeira tentativa de escalar a montanha crítica a qual eles construíram, e em meus olhos eles ficam mais longe do que eu inicialmente esperava que eles pudessem.” – Comics Beat
“O resultado é uma sequência de Watchmen que se abstém de copiar ou mesmo imitar o trabalho de Moore e Gibbons. Enquanto continuar a parecer um retorno àquele mundo.” – ScreenRant
A primeira edição de Doomsday Clock será publicada no dia 22 de novembro. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.
O artista Gary Frank durante uma conversa de vídeo com Jim Lee compartilhou duas imagens que supostamente, serão capas da saga Doomsday Clock. E em uma delas vemos o Coringa. A outra é uma pilha de panquecas com uma calda por cima delas que acaba reproduzindo a máscara do Rorschach.
A capa referente ao Coringa mostra o vilão passando maquiagem, e o detalhe é que a marca estampada no estojo é o logo da Veidt Enterprises. Da empresa de Adrian Veidt, o alter-ego de Ozymadias de Watchmen. Se confirmar que o Palhaço Rei do Crime vai estar mesmo na saga, é o segundo grande vilão da Editora das Lendas que vai participar da história. Durante a divulgação da prévia de Doomsday Clock #1 foi apresentada a capa onde vemos Lex Luthor sentado em sua mesa, com Ozymadias lhe segurando o ombro. Confira na galeria abaixo:
Até então o que foi apresentado de capas de Doomsday Clock foram artes que se assemelham muito com as de Watchmen original. Fora as variantes que apresentam personagens dos dois universos interagindo de alguma forma.
Doomsday Clock começa na realidade de Watchmen, sendo uma sequência direta, vários anos depois de o jornal The New Frontiersman ter publicado o conteúdo do Diário do Rorschach que foi deixado na sua cesta do correio. A missão do anti-herói é levar de volta o Dr. Manhattan para sua casa, que por sua vez tem se escondido nas entranhas do Universo DC e foi o causador de diversas mudanças. Ozymandias é então o homem mais procurado do mundo, depois da revelação que ele foi responsável pela morte de milhões de pessoas. Essa sinopse foi revelada durante a New York Comic Con.
A grande pergunta é: será que com a participação do Coringa em Doomsday Clock vai começar a desvendar um dos grandes mistérios que surgiu no início do Renascimento: por que existem três Coringas? Fique ligado na Torre de Vigilância para saber mais detalhes.
Anunciado ao fim do ano passado, Doomsday Clock será um crossover entre o universo DC e o universo de Watchmen. A história marcará o fim da fase Renascimento e trará um embate filosófico entre Superman e Doutor Manhattan. Tudo começou no one-shot DC Universe: Rebirth quando Batman encontra na parede da Bat-Caverna, o bottom do Comediante. Depois disso, em The Button, O Cavaleiro das Trevas e o Velocista Escarlate se uniram para desvendar os segredos desse objeto, mas não chegaram a lugar nenhum. Agora, DC Comics divulgou as primeiras páginas da aguardada HQ, com o retorno de um grande personagem:
Escrita por Geoff Johns e ilustrada por Gary Frank, Doomsday Clock será lançada em novembro e será composta por 12 edições. O Renascimento está sendo publicado no Brasil pela editora Panini. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.