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The Boys é a sátira perfeita sobre a comercialização de super-heróis

É inegável dizer nos dias de hoje os super-heróis fazem parte não só da nossa cultura como de um comércio bastante lucrativo e popular  no ramo do entretenimento através de diversas mídias como cinema, jogos e quadrinhos. Também não se pode negar o quão amados e exaltados são os personagens e suas aventuras apresentadas tanto pela Marvel como pela DC – as principais editoras do ramo.

Mas e se os heróis de fato existissem? E se essa comercialização ditasse os seus atos? E se eles fossem sujos e corruptos? Pois bem, essa é a premissa de The Boys. A série é uma excelente sátira sobre como seriam os super-heróis caso eles existissem no mundo de hoje, sobre a comercialização e a exaltação dos mesmos e também é a representação perfeita de que o poder corrompe, mostrando o quão sujo seria um homem com super poderes e com os holofotes em si – se assemelhando ao estilo adotado por Zack Snyder em suas adaptações cinematográficas.

The Boys é uma série disponibilizada no serviço de streaming Amazon Prime e é baseada nos quadrinhos com o mesmo título, escrita por Garth Ennis e desenhada por Darick Robertson. A série em quadrinhos foi publicada inicialmente pela DC Comics e depois sua publicação foi para a Dynamite Entertainment.

A trama gira em torno dos Sete, uma equipe de super-heróis famosos, e de Hughie (Jack Quaid) – que perdeu sua namorada após um acidente envolvendo um desses heróis, o A-Train (Jessie Usher). Após isso Hughie começa a nutrir ódio pela equipe e se encontra com Billy Butcher (Karl Urban), que lhe oferece uma oportunidade de se vingar e acaba unindo um grupo com esse intuito.

Do outro lado acompanhamos também a heroína Starlight/Annie January (Erin Moriarty), que foi aceita recentemente para a equipe dos Sete. É através dela e do Homelander (Antony Starr) que acompanhamos como os heróis são corruptos, sujos e completamente babacas. De uma forma geral, cada membro dos Sete é uma paródia da própria Liga da Justiça. Homelander como Superman, Noir como Batman, Queen Maeve como Mulher-Maravilha, The Deep como Aquaman e A-Train como Flash. Isso torna tudo ainda mais interessante.

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Nesse caso chega a ser perturbador saber que se de fato existissem super-heróis, eles seriam exatamente da forma que são retratados durante os episódios. Como já dizia a Senadora Finch em Batman v Superman: ”O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente”. E aqui, não só foi o poder como também a fama e a adoração da população. A retratação dos heróis é executada de forma majestosa e é semelhante ao que Zack Snyder fez em Watchmen, Man of Steel e Batman v Superman, entretanto, em The Boys temos um extra: a comercialização dos mesmos.

Funcionando perfeitamente como uma crítica ao mercado de adaptações cinematográficas que acabou saturando o gênero, na série vemos como os heróis funcionam como uma mercadoria – com filmes, brinquedos, quadrinhos e diversos outros produtos. Além disso, para o governo eles são uma arma; para a empresa Vought, lucro; para a população, esperança e diversão. Diante de tudo isso, The Boys chega como um alívio por se apresentar diferente da fórmula conhecida e repetida ao longo desses 11 anos em termos de adaptações de quadrinhos para o audiovisual.

Outro ponto de destaque para a série é o desenvolvimento dos personagens, que é extremamente bem executado. Cada personagem tem um papel fundamental na trama e precisa lidar com suas próprias subtramas – mesmo que o foco principal seja em Hughie.

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A adaptação dos quadrinhos para a série está excelente, preservando bem o seu material fonte. Algumas modificações como por exemplo a ausência de Terror, o cachorro de Billy, estão presentes mas não pesam tanto. Além disso a violência gráfica apresentada nos quadrinhos foi bem transmitida através da parceria entre a fotografia e dos efeitos especiais, que juntos transmitem o ambiente violento e sombrio da série.

Diante de tantas séries e filmes que apresentam a mesma fórmula e saturam o gênero das adaptações de quadrinhos, The Boys chega como um presente não só para os fãs da obra original como para os fãs do gênero. Sendo uma sátira perfeita sobre a comercialização dos super-heróis, a série mostra como seria se o homem tivesse poderes no mundo real e como a sociedade reagiria – claro que há exceções, nem todos os heróis seriam babacas se fossem reais e mesmo assim a série também mostra isso, com a Starlight. Além disso, a season finale é surpreendente e deixa o espectador curioso pro que está por vir. Vale a pena dar uma conferida.

A 1ª Temporada de The Boys possui 8 episódios de, aproximadamente, 1 hora cada. A série foi lançada no dia 26 de Julho e está disponível no serviço de streaming Amazon Prime.

Nota: 4.0/5

 

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Detective Comics Quadrinhos

O Sombra: a trajetória do personagem nos quadrinhos

O Sombra é um dos personagens pulp mais famosos até os dias de hoje. Criado em 1930, o intrigante herói encapuzado foi adaptado em diversas mídias: rádio, livros, videogames, quadrinhos e cinema, com um legado que ultrapassa gerações e inspirou a criação de grandes marcas como o Batman. Confira abaixo todos os detalhes sobre a criação e quadrinhos deste enigmático personagem, marcado por sua icônica risada e ferrenho combate ao crime.

Originalmente O Sombra era um misterioso narrador de rádio do programa Detective Story Hour com voz de James LaCurto, substituído e imortalizado por Frank Readick, criado com o objetivo de promover as vendas da Street and Smith Publications, tornando-se um personagem literário algum tempo depois, protagonizando a série pulp The Shadow Magazine escrita por Walter B. Gibson e criada graças à ânsia dos leitores por “aquela revista do Sombra.” A caracterização do Sombra dada por Gibson firmou os arquétipos de tudo que é usado até hoje nos super-heróis, incluindo sidekicks, identidades secretas e vilões.

Posteriormente, a revista (publicada até 1949, somando 325 aventuras) inspirou a criação da série de rádio, em 1937, que possuiu episódios narrados por Orson Welles. Neste programa, o sloganQuem sabe o mal que se esconde nos corações dos homens? O Sombra sabe” tornou-se parte da cultura pop americana, e algumas das habilidades do personagem foram reveladas em suas aventuras. Walter Gibson e Edward Hale Bierstadt foram os responsáveis pela criação da série, e Welles deu vida à Lamont Cranston, alter ego do Sombra. A série foi transmitida até 1954, com outras vozes escolhidas para o personagem conforme os anos passaram. Ela também foi a responsável pela criação de alguns personagens secundários como o interesse amoroso do herói, Margo Lane.

Nos quadrinhos

O Sombra possui vida longa nas histórias em quadrinhos. Sua primeira aparição se deu em 1940, também pelas mãos de Walter Gibson, em tiras diárias de jornal que adaptavam as histórias dos pulps. A arte era de Vernon Greene, e as tiras foram canceladas em 1942. Entretanto, a Street and Smith publicou 101 edições da revista Shadow Comics, entre 1940 e 1949, e durante os anos 50 o personagem apareceu em algumas edições da revista Mad.

Nos anos 60, durante a Era de Prata dos quadrinhos, a Archie Comics publicou uma minissérie em oito partes (1964-1965), que possuiu roteiros de Jerry Siegel, criador do Superman. Sua fase mais lembrada veio então nos anos 70, mais especificamente em 1973, com a série em doze edições publicada pela DC Comics com roteiros de Dennis O’Neil e arte de Michael KalutaFrank Robbins e E. R. Cruz. O personagem apareceu nas revistas do Batman (#253 e #259), referenciado pelo Homem-Morcego como “uma grande inspiração“, além de ser mencionado também em Detective Comics #446. Nesta fase, as histórias d’O Sombra estavam situadas nos anos 30, na Terra Um do Multiverso da DC, e o personagem lidava com criminosos e experimentos bizarros, característica típica dos heróis pulp.

Em 1986, a minissérie em quatro edições escrita e ilustrada por Howard Chaykin trouxe O Sombra para a modernidade, em Nova York, e atualizou seus equipamentos, quando passou a utilizar metralhadoras Uzi e lançadores de mísseis. Muito humor negro e violência foram utilizados, entretanto a minissérie Sangue & Sentença foi um grande sucesso que motivou a DC Comics a dar continuidade com uma série mensal iniciada em 1987.

A série foi continuada por Andy Helfer (que editou a série de Chaykin) e ilustrada por Bill Sienkiewicz (edições #1 a #6) e Kyle Baker (#8 a #19 e dois Anuais), com a sétima edição ilustrada por Marshall Rogers. O Sombra lida com cultos religiosos, inimigos corporativos e a corrupção que toma conta da cidade. Em 1988, O’Neil e Kaluta produziram uma graphic novel da Marvel Comics situada na Segunda Guerra Mundial, e no mesmo ano a Malibu Comics deu início à republicação das clássicas tiras de jornal.

Entre 1989 e 1992 a DC Comics publicou uma nova série d’O Sombra, The Shadow Strikes, com roteiros de Gerard Jones e arte de Eduardo Barreto. A revista trouxe o personagem de volta às origens pulp, com aventuras situadas em 1930, e mostrou seu primeiro team-up com Doc Savage, outro clássico personagem dos pulps. A série foi concluída com 31 edições e um Anual e tornou-se a maior revista do personagem, em duração, desde as tiras de 1940.

Os direitos então partiram para a Dark Horse Comics, que publicou algumas minisséries entre os anos de 1993 e 1995, com roteiros de Joel Goss e Michael Kaluta e arte de Gary Gianni, além de Steve Vance com Stan Manoukian e Vince Roucher. A editora também publicou alguns one-shots e adaptou o filme de 1994 para quadrinhos, com duas revistas feitas por Goss e Kaluta. Em 95, o crossover de Ghost com O Sombra também foi publicado, com textos de Doug Moench e arte de H. M. Baker e Bernard Kolle.

Após mais republicações das tiras de jornal por editoras diversas durante o final dos anos 90 e começo dos anos 2000, em 2011 a Dynamite Entertainment licenciou o personagem para novas revistas e minisséries. O primeiro arco da série mensal foi publicado em 2012, escrito pelo superstar Garth Ennis com arte de Aaron Campbell, e a revista seguiu com outras equipes criativas até a edição #26, com a editora publicando neste período algumas minisséries e especiais como Máscaras (que mostra O Sombra encontrando outros personagens pulp como o Zorro, Besouro Verde e O Aranha), O Sombra/Besouro Verde: Cavaleiros das Trevas, O Sombra: Ano Um e o crossover com Grendel, personagem de Matt Wagner publicado pela Dark Horse. Em 2015 a editora deu início ao segundo volume da série mensal do personagem, além de ter republicado as séries da DC e Marvel citadas anteriormente.

E no Brasil?

Em terras tupiniquins, O Sombra foi publicado por muitas editoras. A editora Globo, no início dos anos 40, lançou as aventuras do personagem na revisa Gibi, e na revista Lobinho da Grande Consórcio Suplementos Nacionais o herói dividiu espaço com Batman, Superman e outros. Sua publicação teve continuidade através da editora Ebal, que lançou a primeira minissérie da DC Comics, e no final da década de 80/início de 90 a editora Abril lançou as histórias da DC criadas por Chaykin e Helfer, além da graphic novel da Marvel e a série de Gerard Jones e Eduardo Barreto na revista Os Caçadores.

Ausente das bancas e livrarias desde então, em 2013 a Mythos Editora começou a publicar edições de luxo contendo a fase moderna licenciada pela Dynamite, tendo lançado até agora cerca de sete encadernados do personagem, com seus crossovers, aventuras solo e republicações das clássicas fases mencionadas no parágrafo anterior com a coleção O Sombra: Grandes Mestres.

E aparentando ter encontrado uma casa estável no Brasil, o legado deste clássico justiceiro segue vivo para os leitores, que podem desfrutar das deliciosas histórias criadas por grandes nomes da Nona Arte. Mas quem sabe o que o futuro reserva para o herói? Apenas O Sombra sabe.

Ficou interessado em ler O Sombra e suas aventuras em quadrinhos? Conheça as edições de luxo publicadas no Brasil clicando aqui.

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Barbarella | Novos quadrinhos da heroína espacial chegam esse ano

No ano em que a icônica heroína Barbarella completa 55 anos, a Dynamite Entertainment anunciou que irá lançar um novo quadrinho da personagem criada por Jean-Claude Forest em 1962. O roteirista será Mike Carey (Lucifer) e o responsável pelo projeto será Jean-Marc Lofficier, antigo colaborador de Forest.

“Na década de 1960, Barbarella de Jean-Claude Forest era uma personagem que ajudou a definir sua época. A primeira heroína, que durante décadas questionou as regras e os códigos morais”, disse Carey. “Estou muito animado por poder trabalhar nessa história e reinventar esse clássico para a era moderna, e apresentar para leitores que nem eram nascidos quando ela viajou pela primeira vez no espaço”.

 Barbarella é uma aventureira que cruza o espaço em busca de Durand-Durand, que criou uma terrível arma de destruição em massa. A personagem transcendeu a cultura pop durante o que da revolução sexual. A grande popularização veio no filme estrelado por Jane Fonda em 1968.

A HQ original de Jean-Claude Forest foi publicada entre 1962 e 1964. A última vez que os quadrinhos da Barbarella foram publicados foi na revista Heavy Metal em 1978. A Dynamite Entertainment será a primeira editora americana a publicar histórias inéditas da personagem.

Se você quer saber mais sobre a Barbarella e seu impacto na cultura pop, a Torre de Vigilância fez um dossiê completo sobre a personagem. Confira AQUI.

 

 

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Kiss/Vampirella | Confira a prévia do crossover entre a Vampira e a banda de rock

A Dynamite Entertainment divulgou a prévia do crossover entre a Vampirella e o Kiss. A sedutora vampira e a famosa banda de rock vão se encontrar em uma minissérie que será lançada em junho desse ano.

Confira a sinopse: “Los Angeles normalmente é uma cidade estranha todos os dias, mas no verão de 1974, a Cidade dos Anjos se sente especialmente demoníaca. Com temperaturas altíssimas, os incêndios se alastram, e todos os tipos de criaturas estranhas são atraídos para o lugar, incluindo a Vampirella. É quando chegam à cidade quatro criaturas: The Starchild, The Demon, Space Man e The Catman. Longe de sua terra natal e tentando gravar seu novo disco e descobrem que todas as suas bandas favoritas de LA misteriosamente quebraram, desapareceram, esgotaram ou ficaram loucas.”

 

“Eu sou apaixonado por Vampirella! Desde que Forry (Forrest Ackerman, criador da personagem) a criou”, disse Gene Simmons baixista do Kiss. “Para um garoto que cresceu lendo quadrinhos de terror, é uma emoção pessoal testemunhar este evento importante em nossa história de quadrinhos de quatro décadas. Mal posso para ver e ler Kiss/Vampirella.”

Segundo o escritor Chris Sebela, ambientar a HQ na década de 70 tem o propósito de deixar as pessoas com a impressão de sentir vendo um filme em um drive-in. E que os leitores e fãs podem esperar muitas cenas de ação, clubes desprezíveis, estranhos assustadores e muitos monstros loucos.

Kiss/Vampirella tem roteiros de Chris Sebela e artes de Annapaola Martello.

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James Bond | Kieron Gillen escreve a nova HQ do Agente Secreto

O agente secreto mais famoso do mundo vai ganhar uma nova HQ produzida pela Dynamite Entertainment e escrita pelo roteirista Kieron Gillen. James Bond: Service começa a ser publicada em maio nos Estados Unidos.

 

A sinopse diz: “Bond vai enfrentar um assassino que pretende exterminar a “relação especial” entre a Grã Bretanha e os Estados Unidos. Seja usando de artimanhas políticas ou simplesmente apontando um rifle para pessoas na cidade de Enfield. A aventura vai levar os talentos mortais de Bond a seus limites a fim de derrotar o assassino e evitar o provável desastre geopolítico.”

Gillen é conhecido por trabalhos em Star Wars: Darth Vader Vol. 2, Wolverine Origens II e na elogiada The Wicked + The Divine. Que ganhou o prêmio de Melhor História em Quadrinhos Inglesa de 2014.

James Bond: Service terá artes de Antonio Fuso.

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Red Sonja |Confira prévia da nova HQ da guerreira

Foi divulgada a primeira prévia da nova série Red Sonja. A editora Dynamite Entertainment vai ficar responsável pela nova HQ que terá Amy Chu (Poison Ivy: Cycle of Live) como roteirista. A HQ vai colocar a personagem nos dias de hoje.

Confira a prévia abaixo:

 

A sinopse oficial diz: “Em algum lugar subterrâneo, demônios estranhos e poderosos em armaduras de metal atacam e despertam Red Sonja de um profundo sono mágico. Confusa e desarmada, ela vai buscar uma maneira de derrotar as misteriosas criaturas, escapar de sua prisão solitária e voltar à superfície para descobrir como e por que foi parar lá.”

Amy Chu já disse em entrevistas recentes que pretende tirar a personagem de sua zona de conforto e trazer novidades para os leitores e desafios para os criadores. Carlos Gomez será o responsável pelos desenhos.

Red Sonja começa a ser publicada essa semana nos EUA.

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