Eddie, o icônico mascote do Iron Maiden vai ganhar uma minissérie em quadrinhos de cinco capítulos publicada pela Heavy Metal. A história vai ser baseada no Iron Maiden: Legacy of the Beast, jogo mobile da banda.
A trama vai mostrar as aventuras de Eddie em mundos baseados nos álbuns do Iron Maiden. Se você quer conhecer melhor sobre os discos da banda, veja a discografia completa AQUI.
A Heavy Metal divulgou uma sinopse oficial: “A alma imortal de Eddie é quebrada e espalhada ao longo do cosmo. Agora, ele precisará viajar pelo tempo e espaço para batalhar contra uma legião enviada pelo Demônio, encontrar os pedaços da sua alma e trazer ordem aos reinos”.
Iron Maiden: Legacy of the Beast tem roteiro da dupla Llexi Leon e Ian Edginton e desenhos de Kevin J. West, e a primeira publicação será lançada em julho nos Estados Unidos.
Seja bem vindo a área de Discografias da Torre de Vigilância. Onde vamos contar sobre os discos dos artistas e a história por trás de cada trabalho. Vamos começar com a maior e mais querida banda de Heavy Metal de todos os tempos. O Iron Maiden. Todo mundo já ouviu e conhece uma música da banda. Aqui vamos focar nos álbuns de estúdio da banda, as polêmicas, as mudanças de formações ao longo dos anos e os sucessos de cada disco.
Iron Maiden (1980)
Intitulado simplesmente de Iron Maiden, a banda de Heavy Metal, depois de cinco anos desde a sua fundação, dava seu primeiro passo para o estrelato com seu disco de estreia lançado em 14 de abril de 1980. É o único trabalho de estúdio com o guitarrista Dennis Stratton. As mudanças de produtores marcaram esse primeiro álbum. O primeiro foi Guy Edwards, que foi demitido por causa da insatisfação com a qualidade da produção. Logo após veio Andy Scott, que entrou em atrito com Steve Harris por que queria que o músico tocasse com palhetas e não com os dedos, também foi demitido. Até que Will Malone assumiu a produção e terminou o trabalho.
O álbum foi bem recebido pela crítica musical e se tornou um marco no Heavy Metal mundial. É considerado um dos discos de estreia mais importantes da história do rock. “Running Free”, “Phantom of the Opera”, “Sanctuary” e “Iron Maiden” são as faixas que mais se destacaram no álbum. A capa do disco que mostrava o mascote Eddie empunhando uma faca inclinando sobre o corpo de Margaret Thatcher, gerou publicidade na impressa britânica na época.
Formação:
Steve Harris – Baixo e segunda voz Dave Murray – Guitarra Paul Di’Anno – Vocal Clive Burr – Bateria Dennis Stratton – Guitarra e segunda voz
O segundo álbum do Iron Maiden foi o Killers, lançado em janeiro de 1981. “Wrathchild” foi um sucesso e até hoje é a única música do álbum que é tocada nos shows. Já a canção “Murders in the Rue Morgue” é baseada em um conto do Edgar Allan Poe, intitulado de “Rue Morgue”. Foi um álbum de estreias na banda. Adrian Smith assumiu a guitarra e o produtor Martin Birch fez o seu primeiro trabalho com os caras. Parceria que durou até 1992.
Apesar de não ter o clamor do seu antecessor, Killers é considerado um progresso para o Iron Maiden. Pois foi graças a ele que surgiu a sua primeira turnê mundial, que começou em Las Vegas abrindo o show do Judas Priest.
Formação:
Paul Di’Anno – Vocal Steve Harris – Baixo Dave Murray – Guitarra Adrian Smith – Guitarra Clive Burr – Bateria
Nota na história: O convívio com o vocalista Paul Di’Anno estava se tornando insuportável pelo seu uso excessivo de álcool e cocaína. Suas atitudes vinham constantemente atrapalhando a agenda da banda, que crescia cada vez mais. Então Steve Harris, secretamente, convidou o jovem vocalista Bruce Dickinson para uma audição em setembro de 1981, onde foi contratado imediatamente. No final da Killer Wolrd Tour Paul foi demitido e Dickinson assumiu o lugar. O seu primeiro show foi durante uma pequena turnê pela Itália.
É o clássico. Todo mundo já ouviu falar. Todo mundo já foi na casa de um amigo que curte Rock e sabe desse álbum. É o álbum mais vendido do Iron Maiden, com mais de 14 milhões de copias vendidas ao redor do mundo. Considerado como um dos melhores álbuns de heavy metal de todos os tempos, foi recebido com grande aclamação da critica. Com os sucessos que se tornaram hinos dos fãs como “The Number of the Beast” e “Run to the Hills”, o álbum configura em diversas listas de melhores discos. Nos Estados Unidos, The Number of the Beast gerou polemica pela temática religiosa de algumas letras e da arte da capa. Houve um principio de histeria, como pessoas quebrando os discos com martelos, queimando e até mesmo rolo compressores esmagando os álbuns. Mas se forem pegar mesmo as letras, a única canção que fala realmente algo do tipo é a faixa-título. Que foi uma inspiração de Steve Harris após assistir um documentário do gênero. Você querido e amado leitor, se tiver dúvidas, pegue a tradução das letras e tire suas próprias conclusões. Foi também o ultimo álbum com a participação do baterista Clive Burr e marca a estreia de Bruce Dickinson no vocal.
O produtor do álbum, Martin Birch, falou na época que a entrada de Bruce abriu um novo leque para a banda por causa da sua linha vocal. E que algumas coisas compostas por Steve Harris, não seriam possíveis sendo cantadas por Paul Di’Anno o antigo vocalista.
Formação
Steve Harris – Baixo Dave Murray – Guitarra Clive Burr – Bateria Adrian Smith – Guitarra Bruce Dickinson – Vocal
O quarto álbum da banda foi lançado em 16 de maio de 1983. Nele acontece a estreia do baterista Nicko McBrain. Piece of Mind mantém o estilo pesado do seu antecessor, só que as músicas mais trabalhadas e com mais conceitos. Lidando com guerras, temas de filmes e livros. As músicas que mais se destacaram nesse trabalho foram “Flight of Icarus” e “The Trooper”. E novamente com a produção de Martin Birch.
Formação:
Bruce Dickinson – Vocal Dave Murray – Guitarra Adrian Smith – Guitarra Steve Harris – Baixo Nicko McBrain – Bateria
O álbum foi lançado em 03 de setembro de 1984, e é considerado como um dos mais grandiosos do Iron Maiden. Com os hinos “Aces High” e “2 Minutes To Midnight” elevou o trabalho ao mesmo patamar do The Number of Beast. Foi com ele que o Iron Maiden tomou a proporção de gigante do rock mundial. A Turnê batizada de World Slavery Tour foi a mais longa e maior do grupo, que passou por 28 países fazendo 193 shows em longos 13 meses. Foi nessa turnê que os shows passaram a ter os temas dos conceitos artísticos dos álbuns, no caso de Powerslave, tinha a temática egípcia. No Brasil, a turnê passou pelo Rock In Rio de 1985.
Mas com a grandiosa turnê também veio grandiosos desgastes. Os integrantes tiraram férias de quatro meses, embora quisessem que fossem seis. Em meio há esse tempo, iria acontecer a turnê do “Live After Dearth” que foi gravado durante um show histórico em Long Beach na Califórnia. Mas Dickinson, alegando cansaço, não queria fazer e ameaçou a deixar a banda se não fosse interrompida. Algo que complicou ainda mais relacionamento com Steve Harris que já não andava muito bem das pernas.
Formação:
Adrian Smith – Guitarra Dave Murray – Guitarra Nicko McBrain – Bateria Steve Harris – Baixo Bruce Dickinson – Vocal
Depois do cancelamento da turnê de divulgação do “Live After Death”, os músicos aproveitaram para criarem letras. E no fim do período de descanso reuniram-se e apresentaram seus esboços. Os de Adrian Smith foram bem aceitos, já os de Dickinson foram rejeitados e assim surgiu o novo álbum. E no dia 29 de setembro de 1986 foi lançado o Somewhere In Time. O trabalho mais experimental da banda. É a primeira vez que eles usam sintetizadores que trouxeram feitos sintéticos as músicas. O resultado cria uma atmosfera profunda, melódica e até cibernética no disco. A capa veio bem a calhar com esse momento musical. Era o Eddie em uma arte que lembra o filme Blade Runner (1982). A grande curiosidade desse disco é a faixa “Alexander The Great”, uma das músicas mais incríveis da história da banda que nunca foi executada ao vivo.
Formação:
Bruce Dickinson – Vocal Adrian Smith – Guitarra, sintetizador, vos de apoio e voz principal em “Reach Out” Dave Murray – Guitarra, sintetizador Steve Harris – Baixo, sintetizador Nicko McBrain – Bateria
Agora seguindo o intervalo de dois anos para o lançamento de discos, foi lançado em 11 de abril de 1988 o Seventh Son of a Seventh Son. Tendo como temática a lenda do sétimo filho do sétimo filho, que teria poderes sobrenaturais partindo da história de uma criança enviada para ser um representante do bem ou do mal na Terra. A ideia surgiu após Steve Harris ler o livro “Seventh Son” de Orson Scott, o baixista então passou para Bruce Dickinson a história e coincidiu com o número sete. E era o sétimo disco que o Iron Maiden ia lançar. O vocalista caiu de cabeça e foi acrescentando suas ideias e finalmente conseguiu contribuir com as composições.
Ele também tem uso de sintetizadores e teclados em suas músicas, e soa como um trabalho experimental como o Somewhere In Time. Só que os fãs o consideram melhor do que o seu antecessor. Uma mudança que se sente no disco é a abordagem vocal de Dickinson. Antes sempre mais teatral, nessas músicas ele está mais variante, carregado de drives e narrativo. Como se estivesse contando uma história e interpretando em seus atos. Daqui surgiram os hinos “Can I Play With Madness?” e a obrigatória nos shows “The Evil Dead Man Do”.
Formação:
Bruce Dickinson – Vocal Adrian Smith – Guitarra, sintetizador Dave Murray – Guitarra, sintetizador Steve Harris – Baixo, sintetizador Nicko McBrain – Bateria
Depois de um hiato de dois anos sem gravar nada inédito, e seus integrantes tocando os seus projetos solos, o Iron Maiden volta ao estúdio para seu novo trabalho. As discussões de como seria o próximo álbum foram bem acaloradas. Steve Harris considerava que a banda estava em níveis muito altos e que estava cansado daquilo. Muita produção, muita intensidade, palcos enormes com suas temáticas gigantescas e os dois últimos trabalhos com muitos sintetizadores, teclados tinha tirado a simplicidade da banda. Harris queria fazer algo mais seco, mais cru. O guitarrista Adrian Smith não concordou com o rumo que a banda poderia tomar e decidiu sair. Em seu lugar foi recrutado Janick Gers, que tocava com Bruce Dickinson em seu projeto solo.
Pois bem, o resultado não agradou aos fãs e a mudança de sonoridade com a saída de Smith transforma No Prayer For The Dying, para muitos, no mais fraco e desinteressante da carreira do Iron Maiden. Apesar de terem colocado a canção “Bring Your Daughter… to the Slaughter” em primeiro lugar nas paradas britânicas. Algo inédito na historia da banda.
Formação:
Bruce Dickinson – Vocal Dave Murray – Guitarra Janick Gers – Guitarra Steve Harris – Baixo Nicko McBrain – Bateria Michael Kenney (músico adicional) – Teclado
O resultado abaixo do esperado no disco anterior, a mídia e o publico entenderam que o Iron Maiden estava tendo uma queda de rendimento. Depois de um período de dois anos inativos, em 11 de maio de 1992 é lançado o Fear of The Dark. As recepções foram bem variadas. Algumas pessoas acham que é um excelente disco, mas há quem ache que não é tudo isso. Só é melhor do que o ultimo. O Heavy Metal chega a flertar com influencias do Hard Rock, que traz músicas energéticas. O guitarrista Janick Gers parece estar mais a vontade nesse disco, ele contribui nas composições e aplica mais seu estilo sonoro. E Dickinson estava no seu ponto alto nos vocais. Com uma postura mais agressiva nas músicas.
O sucesso “Fear of The Dark” também se tornou hino essencial nos shows da banda. O disco tem canções que falam da Guerra do Golfo, “Wasting Love” uma balada da banda e a “Fear Is The Key” que foi feita logo após da morte de Freddy Mercury vocalista do Queen vitimado pelo vírus da AIDS. A musica é sobre uma relação sexual coberta pelo medo da doença. Na época Dickinson comentou: “Há uma parte onde ‘Fear of the Key’ diz que ‘ninguém liga até que um famoso morre’. E isso realmente é verdade e triste. Enquanto achavam que o vírus estava confinados em homossexuais ou viciados em drogas desconhecidos, ninguém dava a mínima. Foi apenas quando celebridades começaram a morrer que as massas foram se conscientizar da gravidade.”
Formação:
Bruce Dickinson – Vocal Jancik Gers – Guitarra Dave Murray – Guitarra Steve Harris – Baixo Nicko McBrain – Bateria
Nota na história: no ano de 1993 o vocalista Bruce Dickinson resolve sair da banda para se dedicar a sua carreira solo, na época foi um grande baque nos fãs que não viam a banda seu frontman. Bruce aceitou fazer uma turnê de despedida, mas que foi marcada por brigas com Steve Harris. O baixista argumentava que o cantor não estava se esforçando nos shows, que por sua vez se defendia falando que não é possível se apresentar sorrindo, como tudo estivesse bem quando o clima na banda não era dos melhores. A grande realidade era que o relacionamento entre os dois já estava insustentável há tempos. A turnê rendeu dois álbuns ao vivo “A Real Live One” que tinha canções de 1986 a 1992 lançado em março de 1993 e “A Real Dead One” que saiu em outubro do mesmo ano e contém as músicas de 1980 a 1984. Logo depois ambos foram lançados no pacote intitulado de “A Real Live Dead One”. Bruce Dickinson se apresentou pela ultima vez em 28 de agosto de 1993.
Em 2 de outubro de 1995, após três anos do ultimo disco, é lançado o décimo trabalho de estúdio do Iron Maiden. E no período sem atividades de 1993 até 1995, a banda escutou diversas fitas a fim de encontrar um novo vocalista. Entre essas fitas estava a do brasileiro André Matos, vocalista do Angra. Mas foi o britânico Blaze Bayley, que ficou no lugar de Dickinson. Bayley foi escolhido por Steve Harris, que tinha se lembrado do cantor quando a sua banda Wolfsbane abriu um show do Iron.
A escolha de Bayley teve um impacto negativo entre os fãs. Criticaram, e falam até hoje, que o vocal de Bayley tem uma extensão mais baixa e menor. Não chega a notas altas, precisando usar o ar para impulsionar a voz para alcançar um volume mais baixo, além de ter um timbre mais abafado. O que as pessoas falam “canta para dentro.” Mas a ideia de Harris era um vocalista diferente do anterior, ele não queria alguém que imitasse Dickinson, queria algo original.
The Factor X é um disco mais escuro, com um clima denso e que com cadência e influência do som que habitava no momento. O Progressive Metal. Se for colocado lado a lado com os antigos trabalhos, parece que lhe falou algo, inspiração, ou até mesmo paixão. Era um perfeito reflexo de Steve Harris que passava uma fase complicada na vida devido ao divórcio. A atmosfera do álbum acabou que combinou com o estilo da voz de Bayley. “Man On The Edge” é o destaque desse disco.
Durante 1995 e 1996, a banda saiu em turnê mundial. Logo após o encerramento, foi lançada a sua primeira coletânea Best of The Beast (que todo mundo que se dizia do Heavy Metal na década de 90 tinha). Ela traz dois CDs com os maiores sucessos de todos os discos até ali.
Formação:
Blaze Bayley – Vocal Steve Harris – Baixo Dave Murray – Guitarra Janick Gers – Guitarra Nicko McBrain – Bateria
O décimo primeiro álbum do Iron Maiden foi lançado em 23 de março de 1998. O nome foi escolhido por coincidir com o lançamento do jogo de computador da banda Ed Hunter (quem aí jogou?) e também pela Copa do Mundo de 1998 na França (se lembra do piripaque do Ronaldinho Fenômeno?) e um pouco antes de lançar o álbum, a banda organizou uma turnê de divulgação com marcaram jogos de futebol pela Europa com músicos convidados e jogadores profissionais da Inglaterra.
Sonoramente o Virtual XI não é escuro e melancólico como seu antecessor The Factor X, ele é mais feliz, iluminado, os arranjos são mais abertos e melódicos. As linhas vocais são mais intensas e interessantes. Mas mesmo assim os fãs não gostaram. A falta de criatividade é algo visível na banda. Músicas prolongadas e repetitivas. A critica especializada deu notas variadas, mas todos reconhecendo que não era o mesmo Iron Maiden de outrora.
As coisas ficaram mais complicadas durante a turnê Virtual XI World Tour. Onde nos shows tinham faixas pedindo a volta de Bruce Dickinson. E o pior momento foi durante um show no Chile em que Blaze Bayley foi recebido a cusparadas. O vocalista chegou a gritar ao microfone, que estavam atrapalhando o show e que viu quem era exigindo que fossem retirados do espetáculos. Essa fase do Iron Maiden realmente é muito complicada, Bayley era chamado de “a maior farsa do da história do Metal”. Em janeiro de 1999 aconteceu o inevitável. O vocalista foi convidado a se retirar da banda. Steve Harris falou que a voz de Bayley não estava combinando com as expectativas durante a turnê. Janick Gers defendeu Bayley, falando que o motivo das baixas performances era que o vocalista era obrigado a cantar fora do seu tom. Mas na verdade Harris viu que a coisa não estava boa entre a banda e os fãs e resolveu demitir para evitar prejuízos maiores.
Formação:
Blaze Bayley – Vocal Steve Harris – Baixo Dave Murray – Guitarra Janick Gers – Guitarra Nicko McBrain – Bateria
Nota na história: No mesmo janeiro de 1999, por meio do produtor da banda, Rod Smallwood, Steve Harris voltou a ter contato com Bruce Dickinson. Então o convite foi feito e o vocalista concordou a retornar. E o guitarrista Adrian Smith, que recebeu um telefonema de Bruce avisando que iria voltar, retorna para a banda. Jancik Gers que tinha substituído Smith desde No Prayer For The Dying (1990) continuou na banda. Que agora era um sexteto com três guitarras. As “velhas novidades” animaram os fãs. Então a banda saiu em turnê de reunião e lançaram a coletânea Ed Hunter que vem com o jogo de computador incluso.
Nas conversas sobre o novo disco, Dickinson já tinha uma visão de ser algo novo. Não queria voltar ao passado. Queria algo moderno. Para frente. Então foi concebido o aclamado Brave New World lançado em 30 de maio de 2000. O disco é amado pelos fãs que estavam empolgados pelo retorno do vocalista e de Smith e animados com a formação com três guitarras. É certamente o trabalho mais pesado da banda. Os solos são destruidores e as distorções animais. E as músicas marcantes voltaram aos discos do Iron Maiden. Canções como “The Wicker Man”, “Brave New World”, “Dream of Mirrors” e a sentimental “Bood Brothers” viraram hinos rapidamente. E o mais incrível é que Brave New World tem semelhanças com os trabalhos anteriores (que foram muito criticados). Tem o som progressivo, mas ao mesmo tempo, o metal tradicional da banda faz presente. É uma perfeita junção dos estilos.
Uma longa turnê mundial começou logo após o lançamento do álbum. Um dos shows, se não for o melhor de toda turnê, aconteceu aqui no Brasil novamente durante o Rock in Rio III em 2001. A banda considera o nosso país como um segundo lar do Iron Maiden, e eles classificam essa apresentação como uma das melhores da história do grupo. O que rendeu um CD e um DVD ao vivo implacável e obrigatório para os fãs.
Formação:
Bruce Dickinson – Vocal Dave Murray – Guitarra Janick Gers – Guitarra Adrian Smith – Guitarra Steve Harris – Baixo, teclado Nicko McBrain – Bateria
Em 8 de setembro de 2003 chega as lojas o décimo terceiro álbum de estúdio do Iron Maiden. O segundo trabalho do sexteto segue de perto o estilo do seu antecessor, mas de uma forma mais densa. A musicalidade da a impressão de que existem várias coisas ao mesmo tempo, dando a sensação de dramaticidade nas canções. Dance of Death não foi bem recebido como o Brave New World, muito se deve a produção abafada e desleixada de Kevin Shirley. “Wildest Dreams”, “Rainmaker”, “No More Lies”, “Dance of Death” e “Face In The Sand” são os destaques do disco.
Essa época é recheada por polêmicas, a primeira foi logo na capa do disco. A arte foi criada pelo artista gráfico David Patchett. A polêmica foi por que o artista não quis ter seu nome creditado a arte. A dita cuja que está na capa não era uma versão final, só que a banda gostou tanto que utilizou assim mesmo. O artista não gostou nada de saber que estariam divulgando um trabalho inacabado que muitos encarariam como a versão final e o julgariam como um péssimo artista.
A outra polemica ocorreu já no fim da turnê. Quando a banda ia dividir o posto de principal atração com o Black Sabbath no Ozzfest. Acontece que o Iron teve o show sabotado pela Sharon Osbourne, na época esposa de Ozzy. Sharon não tinha gostado e se sentiu ofendida com uma declaração de Bruce Dickinson criticando reality shows na TV. E quem se lembra do sucesso da MTV, The Osbournes?
Formação:
Bruce Dickinson – Vocal Dave Murray – Guitarra Janick Gers – Guitarra Adrian Smith – Guitarra Steve Harris – Baixo, teclado Nicko McBrain – Bateria
Um disco mais melódico que flerta com o Hard Rock e Alternative Rock. Foi assim que muitas pessoas classificaram o décimo quarto álbum do Iron Maiden lançado em 28 de agosto de 2006. Apesar de não ser um álbum que não foi valorizado pelos fãs, o disco foi bem comercialmente. Sendo considerado “Álbum do Ano” pela Classic Rock Roll of Honour Awards.
A turnê foi marcada pela polêmica de que a banda decidiu tocar o set list inteiro de A Matter of Life and Death. O que acabou deixando alguns clássicos de fora. Alguns fãs torceram o nariz e pediam certas músicas durante os shows.
Formação:
Bruce Dickinson – Vocal Dave Murray – Guitarra Janick Gers – Guitarra Adrian Smith – Guitarra Steve Harris – Baixo, teclado Nicko McBrain – Bateria
Surgiu sobre a sombra da informação que seria o último álbum da carreira da banda, segundo o baixista Steve Harris. Em 13 de agosto de 2010 era lançado o décimo quinto trabalho do Iron Maiden. Dickinson disse na época: “tivemos provavelmente o menor tempo de preparação até agora, o que é bizarro, porque é o registro mais longo e mais complicado de todos eles.”
O confuso é a receptividade do disco. A critica especializada não pouparam elogios e o álbum chegou a primeira colocação de vendas em 28 países (maior marca da história da banda). Já os fãs detestaram! Ele foi classificado como chato e sem sal. A turnê percorreu lugares como Indonésia, Coreia do Sul, Singapura e Transilvânia. Então ao final da turnê, o grupo divulgou que ia continuar excursionando, mais sem previsão de gravar material inédito. Rodaram mais uma vez o mundo e tocaram mais uma vez no Rock In Rio em 2014, quando encerraram o festival naquele ano.
Nota na história: Era ano de 2014 e Bruce Dickinson revelou que estava nos planos um novo disco com músicas inéditas. Os fãs viveram expectativa no lançamento do décimo sexto álbum. Então na noite de Natal daquele ano, um cartão comemorativo da data foi publicado no site oficial, prometendo presentes para o ano seguinte. Mas no primeiro semestre de 2015 uma noticia abateu sobre a banda, foi descoberto que o vocalista estava com câncer no fundo da língua. Como foi descoberto ainda cedo, o músico passou por uma cirurgia e quimioterapia. Esse infeliz contratempo atrasou os planos do lançamento do novo álbum.
Em 4 de setembro de 2015 chega as lojas o primeiro álbum de estúdio do Iron Maiden em formato de duplo. Com produção Kevin Shirley e Steve Harris, ele conta com pontos positivos e negativos. Ele dividiu alguns fãs por acharem ele meio cansativo com músicas que repetem os refrões diversas vezes, mas há quem considere um grande trabalho com solos matadores que lembravam a antiga forma do Iron Maiden. O álbum foi um sucesso nas vendas chegando ao topo de vários países. Faixas como “Speed of Light” e a épica “Empire of the Clouds” que tem 18 minutos de duração, são os destaques do álbum duplo.
Formação:
Bruce Dickinson – Vocal, piano em “Empire of the Clouds” Dave Murray – Guitarra Janick Gers – Guitarra Adrian Smith – Guitarra Steve Harris – Baixo, teclado, co-produção Nicko McBrain – Bateria
O Iron Maiden é uma banda que sempre renova a sua base de fãs, ela está naquele nível de que se passa de pai para filho. E seus fãs os mantém na ativa no posto de maior banda de Heavy Metal do mundo com sua saraivada de sucessos que até quem não gosta do estilo conhece. E isso é reconhecimento de uma carreira que na verdade houve poucos momentos baixos.
Se você gostou da discografia, pode pedir seu artista favorito nos comentários, e nos vamos contar a histórias dos seus discos aqui.