Elegia e Origem são dois arcos, com o roteiro de Greg Rucka e arte de J. H. Williams III, que foram lançados entre as edições 854-860 d Detective Comics em 2009. O foco das histórias é a Batwoman, que ainda era uma personagem em ascensão na DC Comics, mas após sucesso dessas duas histórias, consolidou-se de vez na editora e não demorou muito até que ganhasse um título próprio nos Novos 52 em 2011.
Em Elegia, Batwoman, a mais recentemente combatente do crime de Gotham, está envolvida em um caso envolvendo um culto violento liderado por uma vilã misteriosa conhecida como Alice, que pretende transformar a cidade num pesadelo ao estilo Alice no País das Maravilhas. Até então, isso é só mais um dia comum em Gotham.
A grande sacada de Elegia é ligar todos os elementos da trama à Kate Kane, a Batwoman, e a sua origem que, aos poucos, é construída de uma forma mais concisa do que tinha sido apresentado até então. Essa tarefa de construção da personagem recaiu sobre Greg Rucka, escritor familiar a muitos leitores de quadrinhos, cuja uma das marcas registradas é trabalhar com personagens femininas fortes e independentes.
O nome do arco só passa a fazer sentido no final da trama. Sendo elegia uma poesia que lamenta a morte de um ente querido, no final, descobrimos que se trata de um lamento a morte de Alice, que na verdade é a irmã gêmea de Kate, que até então era considerada morta em um sequestro quando as duas ainda eram crianças.
Logo que termina Elegia já começa o arco Origem, desenvolvendo o passado da Batwoman e suas motivações que a transformaram em ume o e um dos fatores que fatores que uma das personagens mais representativas da comunidade LGBT dos quadrinhos.
Parte do sucesso da Batwoman nos quadrinhos também se deu pela de arte de J. H. Williams III, já conhecido por alguns pelo seu trabalho em Promethea com Alan Moore. Williams dá um show visual com dois tipos de arte. O primeiro estilo envolve belíssimas páginas duplas recheadas de ação quando o foco é o desenvolvimento heroico da Batwoman, mas o cenário muda quando o foco é a vida particular de Kate, pois o artista traz um traço mais simples e dinâmico para contrastar com a faceta de vigilante da personagem.
Toda a maestria de arte apresentada em Elegia e Origem rendeu dois prêmios a J. H. Williams III no Eisner Awards 2010 nas categorias de Melhor Arte e Melhor Capa.
Se uma das histórias definitivas do Batman é o Ano Um de Frank Miller e David Mazzucchelli, Elegia e Origem de Greg Rucka e J. H. Williams III são as histórias definitivas da Batwoman.