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Análise | Far Cry Primal

Atualmente vemos a gradual melhoria na Ubisoft quando o assunto é mundo aberto, a empresa já declarou ter a capacidade de fazer o que nenhuma outra empresa já fez, em relação ao tema. Algumas séries da companhia como Assassin’s Creed, ou Watch Dogs continuam a tentar cativar os jogadores pelo mundo, com as suas propostas guiadas por um livro de regras básico e obrigatório para qualquer título deste gênero dentro da produtora.

Mas com Far Cry, as coisas foram diferentes, nos dois primeiros títulos da franquia, os desenvolvedores pareciam perdidos, não conseguiam encontrar aquilo que eles tanto almejavam. Porém em 2012, o trabalho com Far Cry 3, rendeu muitos prêmios, e recebeu notas acima da média entre os críticos. Em 2014, a série teve regresso, com Far Cry 4, tendo qualidade e resultados, quase que semelhante do antecessor, entretanto o caminho perante a Ubisoft está longe de ser fácil. Pois uma das principais críticas ao 4º capítulo da série foi a sua proposta repetitiva e sua saturação.

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Depois da Ilha no Pacífico e do Tibete, a Ubisoft nos entrega a essência de Far Cry, paisagens exóticas, animais selvagens, personagens loucos, saindo do molde da era moderna e partindo para o cenário pré-histórico, onde o arco e flecha, lanças, e pedras, eram os principais mecanismos de defesa do ser humano. Muito longe do topo da cadeia alimentar, o ser humano tem como obrigação, enfrentar Mamutes, Tigres Dentes de Sabre e outras criaturas para servir de alimentos, e para sua própria sobrevivência.

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O jogo nos leva para uma viajem a Terra de Oros, onde conhecemos o conflito entre as tribos Wenja, Izila e Udam.

Jogamos com Takkar, ele e outros 3 companheiros possuem a difícil missão de chega a Oros para se reencontrarem com sua tribo. Ao chegar, ele percebe a imensidão do que o rodeia, e descobre que sua tribo é ameaçada constantemente por duas tribos rivais, já “nativas” de Oros, os Udam, canibais que governam o norte, e os Izila, adoradores do fogo que governam o sul. Como é de esperar num jogo em mundo aberto, teremos que percorrer Oros para gradualmente eliminar as outras tribos e elevar Takkar e os Wenja à supremacia da região.

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No entanto, nem os Izila ou os Udam estavam preparados para Takkar, um Wenja diferente capaz de realizar o que nenhum outro ser humano até então teve coragem de fazer. É com esta mecânica em particular que conheceremos a nova experiência, a mais marcante neste contexto que Far Cry Primal nos concede.

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Apesar de Oros ser imensa e rica em fauna, flora e locais para explorar, rapidamente sentimos que é tudo tão similar a outros jogos que se não fosse a roupagem pré-histórica, nem perderíamos nosso tempo. Acredito que a Ubisoft poderia ter produzido com um pouco mais de esmero, nesse quesito, a experiência Far Cry não foi traduzida para a pré-história, apenas lançaram a essência da pré-história em Far Cry

Parte desse cansaço que podemos sentir em Far Cry Primal é muito por parte da sensação que estamos perante um título comum, nada mais que um fruto da máquina de desenvolvimento em que se tornou a Ubisoft e a sua estrutura de produção. A quantidade de missões secundárias é tão imensa quanto Oros, e com o passar do tempo perdem todo o tipo de encanto pois são tão repetitivas que nem merece nossa devida atenção. Felizmente as missões não estão ali por acaso, através delas conseguimos mais experiência e recursos para reforçar as armas e habilidades de Takkar.

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Em termos gráficos, o jogo ganha muitos pontos, facilmente iremos parar diante, todo o frenesi do gameplay, pra ver e sentir um pouco de Oros. Sejam pela luz e cor, seja pela qualidade dos personagens principais, sejam pelas texturas dentro de uma caverna, Oros irá surpreender em todos os instantes. Em alguns momentos porém, perceberemos a queda na qualidade gráfica, mas como qualquer outro jogo de mundo aberto, com escalas próximas a essa, nada mais que aceitável.

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O resultado é um jogo espetacular, onde ainda existem lacunas vazias. Falta um vilão claro. Far Cry é o jogo onde você sempre será capaz de fazer a sua própria diversão e, em alguns momentos, ele pode ser um jogo violento e muito bonito. No entanto, esqueceram de dar alma ao jogo. Esse é, talvez, o maior problema de Primal. Com um mundo tão belo, que rapidamente se torna a personalidade principal do jogo, e com tanto para fazer, a história de Primal não consegue emocionar o jogador e o gameplay hora ou outra não convence.

VEREDITO:

Far Cry Primal é essencial caso você seja adepto da jogabilidade e do modus operandi da série. Se quiser um jogo de mundo aberto com uns visuais de arrebentar, façam o favor de conhecer Oros, mas simplesmente não esperem ficar maravilhados.

É esse game, que a Ubisoft terá que analisar minuciosamente, caso queira realmente se destacar no gênero de mundo aberto.

VEREDITO FARCRY

Far Cry Primal está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC. 

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