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Resenha | Fate/Zero é uma tragédia sem heróis

Lançado no Brasil pela editora NewPOP no longinquo ano de 2015, Fate/Zero é uma série completa em seis volumes, e que pode não ser a coisa mais nova ou mais popular no momento, mas como será reimpressa ainda esse mês, após alguns anos fora de estoque, achei um bom momento para comentar sobre ela. Isso, e o fato de que eu terminei de ler o negócio só semana passada, mas majoritariamente por causa das reimpressões.

Então vamos começar contando o que é Fate/Zero. Se você está aqui, muito provavelmente já ouviu falar da franquia Fate/, certo? Ela está em literalmente todos os lugares, é quase um negócio insuportável. Eu já fiz uma postagem contando como você pode entrar nesse universo (veja AQUI), e só passando o olho por lá, você vai ver que temos bastante coisa. Fate/Zero, embora seja uma prequel (isso é, uma história que se passa antes da história principal) de Fate/Stay Night, e seja melhor aproveitado dessa maneira, pode servir como uma porta para você adentrar esse vasto e sofrido mundo.

Escrito por ninguém menos que Gen Urobuchi – um dos autores japoneses mais conhecidos no nicho, principalmente por sua adoração por tragédias e incapacidade de escrever um final feliz – Fate/Zero é uma obra que deu todas as oportunidades para seu escritor fazer o que faz de melhor: Deixar todas as suas personagens sofrendo em um inferno cheio de desgraças.

Com ilustrações de Takashi Takeuchi, que, infelizmente, não aparecem no miolo dos livros

Como o título sugere, nessa Light Novel, não temos heróis. Temos apenas uma grande tragédia composta por uma infinidade de pequenas tragédias, cada uma com seu toque especial. Mas afinal, o que é um “herói“? O que é preciso para definirmos uma personagem como “herói“? É uma discussão complexa, mas acredito que aqui, nós passamos tão longe do conceito, que uma definição simples pode servir. Podemos dizer que um herói é alguém que faz coisas boas por bons motivos.

Colocando dessa forma, acabamos levantando outro questionamento: Histórias precisam de heróis? Eles são necessários para que uma trama persevere? Por um lado, uma história “sem heróis“, como é Fate/Zero, pode ganhar pontos ao ser – dentro dos limites da suspensão de descrença – um conto realista: Basta olhar para o mundo que você verá que não existem heróis na realidade. Ao menos, não o suficiente. A quantidade de “não-heróis” é astronomicamente maior. Então, as chances de você conseguir um herói ao fazer um pequeno recorte de pessoas é muito pequena. Uma história sem heróis é, em sua essência, um retrato do mundo.

Daí, entra uma questão pessoal, e que só posso falar por mim: Buscamos na ficção aquilo que não encontramos no mundo real, não é? Se eu quisesse uma tragédia, eu não estaria lendo light novels, eu estaria assistindo o jornal. Acaba sendo uma obra que não é para todo mundo, principalmente nessa época onde não tá fácil pra ninguém. Mas, sempre tem quem goste, né. Fica apenas como recado.

A parte interessante do livro, para mim, foi ver os diferentes tipos de personagens que tiveram suas vidas expostas, e como cada um deles poderia ser um candidato ao posto de “herói da história“. Em especial, quatro delas chegaram mais perto disso: Kiritsugu Emiya, Waver Velvet, Saber, e Kariya Matoh. De uma forma surpreendente, temos quatro pessoas absurdamente opostas.

Mas, como foi dito no começo da postagem, o autor da novel, Gen Urobuchi, não é conhecido por dar “felizes para sempre” à suas personagens. Nenhum dos quatro candidatos consegue alcançar essa vaga, todos terminando com um final trágico, o completo oposto do que seria digno de um herói.

Pelo menos ela tem uma motinha super irada

[spoiler]Começamos com o chamado “protagonista” da história: Kiritsugu Emiya. Ele será o primeiro pois, dentre os quatro listados, é o que precisamos mais forçar a barra para tentar justificar a quase classificação como herói. Afinal, Kiritsugu é um anti-herói, um clássico exemplo da famosa máxima erroneamente atribuída à Maquiavel: que “os fins justificam os meios“.
Esse é um esteriótipo de personagem bastante comum na ficção, mas que normalmente é acompanhado por uma outra personagem ou grupo, que está ali com a função de dar uns tapa na cara do “justiceiro” e tentar botar juízo na cabeça dele. Sem explicar que os fins não justificam os meios; e que ficar buscando por um milagre para resolver todos os problemas que você mesmo causou ao tentar resolver outros problemas é, francamente, um estilo de vida estúpido; Urobochi tenta nos convencer de que Kiritsugu deveria, mesmo, ser o herói da história. Claro que isso não cola com ninguém, e ficamos apenas com uma situação desconfortável por cinco volumes e meio, onde precisamos encarar os ideais do “Assassino de Magos” e fingir que estamos levando-o a sério, quando sabemos que personagens desse tipo nunca terão um final feliz.

Seguimos com Waver Velvet. Desde o princípio, ele é construído como uma personagem que tem as bases para ser um herói: Um jovem “comum” que recebe uma quantidade absurda de poderes e, com eles, uma carga igualmente grande de responsabilidades. A partir daí, a única coisa que falta para se alcançar o posto de herói seria coragem. É necessário coragem para dar o passo adiante, que definirá todo o resto do caminho.
Mas Waver não toma esse passo: Ele prefere se acovardar em sua própria mediocridade – aquela que ele tanto lutou para provar falsa – e acaba se contentando com se tornar uma mera sombra sob o manto de um herói, ao invés de se tornar um ele mesmo. Ao escolher passar a vida perseguindo um vulto inalcançável, ele descarta um possível grande futuro para ter um final trágico e sem esperanças.

Continuamos com a Saber. Você pode estar me olhando torto agora, pensando “mas a Saber É uma heroína!“, e eu preciso concordar com você. Sim, é claro que ela é um heroína. Acontece que, em Fate/Zero, ela não recebe o tratamento de uma heroína, muito pelo contrário.
Sendo uma pessoa majoritariamente boa e com boas intenções, o que Saber busca, na novel, é redenção. Quando nega essa redenção à ela, Urobochi está, na prática, dizendo que o “caminho de reinado” dela – que ela se esforçou para mostrar ser correto para os outros reis – é falho.
O fim trágico de Saber em Fate/Zero é, de certa forma, como o ponto mais baixo em um filme de super-herói, onde temos a segunda metade do filme para fazer o protagonista re-assumir seu papel de herói. Podemos usar “O Homem de Aço” como exemplo: Quando o Super Homem se deixa ser algemado e levado, estamos vendo o pior momento do antes chamado “símbolo de esperança“; mas temos todo o resto da história para que ele consiga “se redimir” com aqueles que decepcionou. O problema é que esse não é o fim da história de Saber, mas é o fim da light novel. A “conclusão” da saga de redenção e heroísmo de Saber acontece em Fate/Stay Night, fazendo com que ela termine não como uma heroína, mas sim, como uma casca vazia do que já foi uma heroína.

Não apenas a capa, como todo o sexto volume da obra serve para mostrar esse ponto: que Saber não está aqui para ter um final feliz

E encerramos nossa lista com Kariya Matoh. Possivelmente a personagem que é, ao mesmo tempo, mais parecido e mais diferente ao primeiro da lista, Kiritsugu. Os dois são pessoas com motivações nobres e que costumam fazer coisas estúpidas para alcançar esses objetivos, mas, enquanto Kiritsugu escolhe sacrificar outros em busca de um ganho coletivo, Kariya escolhe sacrificar a si próprio em busca de uma causa individual.
Ele tenta agir de forma heroica, mas mesmo com uma causa justa e lutando para provar que seu ponto de vista é o certo, ele acaba simplesmente jogando sua vida fora, num final trágico e melancólico. Kariya funciona, de certa forma, como um recado de que a linha entre coragem e burrice é tênue, e que o que faz um herói é saber em qual ponto dessa linha se deve parar. Num caso oposto ao de Waver, o problema de Kariya foi ter ido longe demais.[/spoiler]

Voltando agora aos detalhes da edição nacional, é preciso lembrar que Fate/Zero foi publicado pela NewPOP em 2015. Se você acompanha o mercado nacional há algum tempo, sabe o que isso significa: O livro tem uma quantidade maior do que se gostaria de erros de revisão. É um problema que a editora possuía no passado e que vem melhorando bastante, mas que, infelizmente, não é retro-ativo. As obras antigas ficarão, para sempre, com esses erros.
Durante a leitura, encontrei uma infinidade de problemas de revisão, e me vi corrigindo automaticamente algumas digitações incorretas no texto. Porém, nenhuma delas foi grave a ponto de tornar uma frase ilegível, ou de mudar o contexto de alguma cena. Acaba sendo apenas um inconveniente que atrapalha a leitura, mas não a prejudica.

Créditos do volume 6 da obra

No fim, seja para fãs de longa data da franquia ou para novas pessoas querendo ingressar nela, Fate/Zero é uma Light Novel que faz muito bem o seu papel de entregar uma história trágica e extremamente em sintonia com suas antecessoras.

Você pode comprar os volumes disponíveis da Light Novel na Amazon, enquanto se prepara para as reimpressões: Volume 1 | Volume 4 | Volume 5 | Volume 6.

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Guia de Franquia | Fate/ e o Nasuverso

Poucos são os grupos que conseguem bolar, a partir de suas mentes e suas ideias postas num papel, um multiverso fictício tão rico quanto o que trataremos hoje. Vocês conhecem alguns, e muito melhor do que eu: os trabalhos da DC e da Marvel, o mundo de Tolkien, Star Wars… Poderia citar vários outros nomes, mas isso iria contra a minha indagação inicial de que não existem muitos.

Provavelmente o multiverso mais famoso da mídia japonesa recente, as obras da companhia nipônica Type-Moon tratam de magia, história e mitologia de uma forma única e que só poderia ter vindo de um povinho estranho mesmo. A principal cabeça por trás dessa loucura é Kinoko Nasu, autor de diversas obras (e responsável por supervisionar várias outras) que constroem as bases do que viria a ser o Nasuverso, batizado em sua homenagem.

Talvez o nome não tenha chamado a atenção por si só, mas você já conhece algumas de suas obras: a franquia Fate/, Tsukihime, Kara no  Kyoukai, Mahoyo… Tudo isso é parte de um mesmo multiverso que tem suas histórias espalhadas por diversas mídias e idiomas, e que pode ser difícil de encontrar e entender. Mas não temam, pois é pra isso que estamos aqui!

O negócio como um todo pode acabar requerendo muito esforço para acompanhar (como por exemplo, precisar aprender japonês, ou coagir alguém que já sabe), então este Guia será separado em duas partes; as partes de fácil acesso e que necessitam de pouca ou nenhuma interação (basicamente animações) serão o “Esqueleto” da postagem. Caso você não tenha tanto tempo disponível assim, ou ainda esteja em dúvida se a franquia vale mesmo tanta dedicação, não há problema nenhum em seguir apenas o pacote básico. Encare a outra parte como um complemento, que você pode voltar atrás e conferir depois, embora eles fossem melhor aproveitados se vistos na ordem marcada.

O que for, digamos, “opcional” (não é, mas conforme explicado no parágrafo anterior), estará dentro de uma tag Spoiler, e apresentará uma marcação de “O quão interessado eu preciso ter ficado depois do último item da lista, para precisar acompanhar isso?“. Fica por sua jurisdição dizer se você realmente ficou animado o bastante para querer investir seu tempo nesse “extra”.

Sem mais delongas:

1. Fate/Stay Night

[spoiler]Mídia: Eroge/Visual Novel (2004, remake em 2007);
Duração: Variável, entre 50 e 100 horas;
Interesse necessário: 9/10.

A maior e mais famosa obra da Type-Moon, o primeiro produto oficialmente lançado por eles como empresa. Boa parte das bases e estruturas de como funciona o Nasuverso são detalhadamente explicados ao longo das três rotas do jogo (que são todas canônicas, pois multiversos e tal). É o primeiro passo ideal para qualquer um que queira se aventurar na franquia. Porém, além de estar num formato não muito comum para ocidentais, demanda muito tempo e dedicação.

Minha recomendação pessoal é que você siga pelo menos o começo do “pacote básico” antes de pensar em jogar a visual novel. Mesmo já tendo visto as obras que adaptam esse momento da história, o material original é muito mais completo e trará uma experiência completamente diferente.

OBS: O jogo original de 2004 é um Eroge, significando que possui cenas de sexo explícito (18+). Porém, essas cenas são mais cômicas do que qualquer coisa, graças ao jeito que Nasu descreve-as. Já no remake de 2007, chamado de “Fate/Stay Night: Realta Nua“, essas cenas são substituídas por semelhantes de “menor impacto”, deixando o jogo 16+ apenas.[/spoiler]

2. Fate/Zero

Mídia: Anime (2011) ou Light Novel (2006);
Duração: 25 episódios divididos entre duas temporadas; 6 volumes (edição nacional).

A Light Novel (que você já sabe o que é) que trás a história da Quarta Guerra do Cálice Sagrado, foi lindamente adaptada para anime pelo Estúdio Ufotable em 2011, dando início a uma nova forma de adentrar no mundo da franquia Fate/ e o Nasuverso.

Caso você não queira ou não possa iniciar sua aventura pela Visual Novel de Stay Night, esse é, sem dúvidas, o ponto ideal para o fazê-lo. O anime (que possui ambas as temporadas disponíveis na Netflix e no Crunchyroll) trará basicamente todas as informações básicas que você precisa saber para entendê-lo e te introduzirá no Nasuverso.

Você pode optar por ler a Light Novel. Escrita pelo famoso Gen Urobuchi (Madoka Magica; Psycho-Pass; Suisei no Gargantia) e publicada no Brasil pela editora NewPOP (disponível aqui), possui textos mais detalhados e uma profundidade de diálogos um pouco maior, em troca de menor representação gráfica. Qualquer que seja sua escolha, é válido acompanhar os lançamentos da editora, pois estão com uma ótima qualidade e são uma boa aquisição para qualquer coleção.

Depois que terminar, você pode conferir os curtas especiais, “Fate/Zero: Please! Einzbern Counseling Room“. São seis episódios de 15 minutos que apresentam de forma bem-humorada algumas informações extras para complementar a obra.

3. Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works

Mídia: Anime (2014-2015);
Duração: 25 episódios divididos em duas temporadas.

Adaptado da segunda rota da Visual Novel original, Unlimited Blade Works (ou só “UBW” para os íntimos) sofreu leves licenças poéticas para se adequar como uma sequência direta de Fate/Zero. A animação, novamente por conta do estúdio Ufotable, trata da Quinta Guerra do Cálice Sagrado, e expandirá os conceitos que cercam esse item mágico.

Você pode assistir todos os episódios na Netflix e no Crunchyroll.

OBS: Não confundir com o anime de mesmo nome, “Fate/Stay Night” de 2006, do estúdio Deen, que será comentado a seguir.

4. Fate/Stay Night (2006) & Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works (2010)

[spoiler]Mídia: Anime & Filme;
Duração: 24 episódios & 1h40min.
Interesse necessário: 7/10.

A primeira adaptação da Visual Novel de mesmo nome, o anime produzido pelo estúdio Deen em 2006 adapta “Fate”, a primeira rota do jogo (sim, o jogo chama “Fate/Stay Night” e a primeira rota chama “Fate”. É idiota, eu sei…).

Há muitas controvérsias quanto a credibilidade desta obra, que além de possuir qualidade gráfica questionável, faz algumas bagunças no roteiro original. O mesmo se aplica ao filme de 2010, que tenta (destaque para o verbo)  resumir em pouco menos de duas horas a rota “Unlimited Blade Works“.

Justamente por ser um conjunto extremamente duvidoso que o marco como “Material Adicional“. Enquanto o filme é totalmente dispensável por conta da nova adaptação de 2014, o anime se esforça pra passar para as telinhas acontecimentos não descritos nas outras mídias animadas. Vale a pena dar uma conferida caso você esteja realmente empolgado, só tente não perder a vontade por conta disso.

Dica pessoal: Procure pela dublagem brasileira do anime, que passava no extinto Animax (descanse em paz). Ela é divertida ao ponto de fazer a jornada massante valer a pena.[/spoiler]

5. Fate/Stay Night movie: Heaven’s Feel

Mídia: Trilogia de Filmes (2017-?);
Duração: 2h por filme (estimado).

Por fim, a terceira e última rota da Visual Novel original, “Heaven’s Feel” será adaptado em uma trilogia de filmes, mais uma vez pelo estúdio Ufotable. Eles foram anunciados em 2015, e o primeiro filme da trilogia está planejado para sair ainda este ano (2017).

Sim, durante a data de escritura deste guia, os filmes ainda não foram lançados. Sim, eu entendo que colocar algo não lançado num guia soa idiota, mas um dia ele será lançado, não é?

O primeiro filme, intitulado “Presage Flower”, será lançado nos cinemas japoneses no dia 14 de Outubro.

Caso você chegue neste ponto do guia, e os filmes ainda não tenham sido lançados, prossiga para o próximo item sem problemas, você vai acabar no mesmo patamar que um fã atual está, e acompanhará a trilogia conforme for lançada.

Caso já tenha saído, nem que seja apenas um deles, veja-os antes de prosseguir.

6. Fate/Hollow Ataraxia

[spoiler]Mídia: Visual Novel (2005);
Duração: Variável, entre 30 e 80 horas;
Interesse: 8/10.

Espécie de “continuação direta” de Fate/Stay Night (a Visual Novel), Hollow Ataraxia foi publicado um ano depois de sua antecessora, já banhada nos louros da glória de sua irmã mais velha. Muitos personagens e informações importantes tem sua primeira aparição pública aqui.

“Ataraxia” vem do grego αταραξία, que significa “Tranquilidade” (ou semelhante), fazendo com que o título “Hollow Ataraxia” possa ser traduzido para algo próximo de “Tranquilidade Vazia“.

OBS: Ter jogado a Visual Novel de Fate/Stay Night (item 1) é basicamente um pré-requisito para Hollow Ataraxia. Se você vem do Kit Básico mostrando interesse o suficiente em ler F/HA, essa empolgação deve ser usada em F/SN primeiro. Não leia F/HA sem ter lido F/SN.[/spoiler]

7. Fate/Prototype

Mídia: Curta de animação (2011);
Duração: 12 minutos.

Adoraria dizer algo como “A significância desse curta é, com certeza, inversamente proporcional a sua duração“, mas estaria mentindo… Fate/Prototype é, como o nome sugere, o “protótipo” de Fate/Stay Night. Enquanto na escola, Nasu bolou uma história em sua cabeça que no futuro, após várias mudanças e adaptações, viria a se tornar F/SN.

A relevância desta… “obra” (se é que podemos chamar isso assim) é questionável, mas tendo apenas doze minutos e podendo ser encontrado na íntegra no YouTube, que mal faz?

E antes que você se pergunte: sim, isso é tudo que existe de Fate/Prototype. O projeto que acabou saindo do papel foi mudado completamente, no fim das contas.

8. Fate/Prototype: Fragments of Blue and Silver

[spoiler]Mídia: Light Novel (2014-?);
Duração: Em publicação com 4 volumes;
Interesse necessário: 7/10.

Tudo bem, eu menti. Existe sim mais material sobre Fate/Prototype.

Escrita por Hikaru Sakurai, que não tinha ligação nenhuma com a franquia até então, a Light Novel conta sobre a Guerra do Cálice que antecede a que acontece em Fate/Prototype. Seria o Fate/Zero de Prototype, digamos assim.

Apesar de Prototype ser uma parte muito… “distante” dos multiversos da franquia, é uma leitura interessante por se tratar de uma das pouquíssimas obras onde Nasu não está administrando com rédeas curtas.[/spoiler]

9. Fate/kaleid liner PRISMA☆ILLYA

[spoiler]Mídia: Anime (2013-2017);
Duração: 42 episódios distribuídos entre 4 temporadas + 1 filme de 2 horas (estimado);
Interesse necessário: 8/10.

Baseado num mangá de mesmo nome, essa adaptação com certeza será a obra que mais vai fugir dos padrões do Nasuverso. Esse é um multiverso onde tudo que rolou em todas as oito obras que você assistiu/leu/jogou anteriormente, não aconteceram. Apesar de todas as regras e axiomas se manterem.

Apesar de não ser um termo correto, Fate/Illya normalmente é chamado de “spin-off“, por ter uma proposta completamente diferente do que era de se esperar.

Fate/Illya é uma obra sobre Garotas Mágicas Lésbicas.

Processou a informação? Encaixou tudo na cabeça? Ótimo. Agora posso continuar e dizer que se tem uma obra, UMA ÚNICA OBRA EM TODA ESSA LISTA, que você está completamente livre de qualquer fardo para com ela, é essa aqui. Fate/Illya apresenta um novo multiverso completamente novo dentro de seu próprio multiverso (a história se passa em duas dimensões diferentes), mas até agora (2017), essas duas dimensões se ligam somente entre elas.

Assim, se tudo nesse anime beirar o ofensivo para você (acredite, esse grupo é bem grande), pode ignorar sem nenhum peso na consciência. Porém deixo avisado que você estará perdendo algumas lutas extremamente bem animadas e coreografadas, cortesia do estúdio Silverlink. Mas isso pode ser visto no YouTube, caso queira.[/spoiler]

10. Notes.

[spoiler]Mídia: Novel (1999);
Duração: Volume único;
Interesse necessário: 4/10.

O primeiro texto publicado por Nasu, antes mesmo do próximo item (vocês já verão o que é), Notes. é um conto que ocorre num futuro muito distante.

Não se sabe em que multiverso essa história se passa, mas ela é importante por tratar de seres nunca comentados com profundidade em nenhuma das séries da franquia Fate/, e que são razoavelmente importantes, pois DÃO NOME À EMPRESA: os Types.

O interesse é bem baixo pois, por ser uma obra bem curta, você consegue ler tudo em questão de horas. Não demanda muito esforço. [/spoiler]

11. Tsukihime

Mídia: Visual Novel (2000) ou Anime (2003);
Duração: Variável entre 30 e 80 horas; série animada em 12 episódios.

A obra que, com tamanho sucesso, fez o grupo amador “Type-Moon” se profissionalizar na área. A outra grande franquia criada por Nasu trata de vampiros e outros seres místicos presentes no Nasuverso.

De forma semelhante a Fate/Stay Night, Tsukihime possui cinco rotas canônicas e contém conteúdo adulto (18+) que beira a pornochanchada. Mas, por ser mais antiga, e se tratar basicamente de um doujin (trabalho amador), sua qualidade gráfica é infinitamente inferior.

A própria Type-Moon disse que eles estavam trabalhando em um remake, que além de melhorar o visual, adicionaria mais conteúdo para a história, mas essa promessa foi feita em 2008, e até hoje nada mais foi divulgado. Hoje em dia, o suposto remake já se tornou meme.

Outro meme é justamente a adaptação em anime. Pelas mãos da J.C. Staff, “Shingetsutan Tsukihime” (que por algum motivo recebeu esse adendo ao título) é tão ruim em tantos sentidos diferentes que a comunidade simplesmente ignora a existência dele. “Não existe anime de Tsukihime” é uma frase bem comum em conversas e fóruns.

Então por que eu coloquei o anime na lista? Mais por desencargo de consciência do que qualquer coisa. Se você quiser conhecer Tsukihime, leia a novel. Se você não gostar dos visuais arcaicos, entre na fila dos memes e aguarde o remake sair soon™. Você pode ver o anime, mas… Ele não vai fazer muita coisa além de te apresentar os personagens e, no máximo, a premissa da história, se você conseguir entender alguma coisa.

E se for assistir mesmo, procure pela dublagem brasileira. Vale algumas risadas.

12. Kagetsu Tohya

[spoiler]Mídia: Visual Novel (2001);
Duração: Variável, entre 10 e 30 horas;
Interesse necessário: 7/10.

Kagetsu Tohya é para Tsukihime o que Fate/Hollow Ataraxia é para Fate/Stay Night: uma continuação direta da obra original, que acrescenta novos pontos para a história e desenvolve mais os já explorados.[/spoiler]

13. Fate/Extra: Last Encore

Mídia: Anime (2017 – ?);
Duração: TBA.

Voltando à franquia Fate/, temos o segundo título que ainda está para ser lançado.

Fate/Extra é uma sequência de jogos para PSP, que possui uma jogabilidade de batalha extremamente inusitada e um modo história no estilo Visual Novel. O jogo se passa num multiverso próprio e conta com alguns personagens já conhecidos da franquia (como os dois Archers das guerras de Fuyuki), assim como novos protagonistas  e servos.

“Fate/Extra” foi lançado em 2010 e recebeu uma versão em inglês para PSP em 2011. Uma sequência, “Fate/Extra CCC” saiu em 2013, mas não foi localizado para o ocidente.

Ainda não se sabe exatamente do quê vai se tratar Last Encore, que está nas mãos do Estúdio Shaft. Uma adaptação direta do primeiro jogo é o mais provável, mas pessoas estão supondo que pode ser uma continuação do segundo jogo. Não saberemos enquanto não sair.

Caso seja realmente uma adaptação de Fate/Extra, o anime pode substituir o primeiro jogo. Caso seja uma continuação de CCC, seria recomendado jogar ambos os jogos antes.

14. Carnival Phantasm

Mídia: Anime (2011);
Duração: 12 episódios de 15 minutos.

Tudo que você fez, assistiu, jogou e leu nessa lista foi para este momento. Era tudo uma preparação para esse desafio final e definitivo qu-

Ok, brincadeiras a parte, Carnival Phantasm é um especial de comédia que reúne personagens de todas as obras da Type-Moon em situações caricatas e que fazem paródias de si mesmas. É uma oportunidade de relaxar no meio dessa jornada cheia de climão que é o Nasuverso.

15. Kara no Kyoukai

Mídia: Filmes de animação (2007-2013);
Duração: Oito filmes de ~2 horas de duração + um especial de 30 minutos.

A “terceira parte” do Nasuverso, que explora novos e antigos elementos da história. Baseada numa série de Light Novels escritas por Nasu, os filmes com belíssimas animações e uma OST de dar inveja a qualquer obra, Kara no Kyoukai é uma história fechada em si mesma, apesar de ter diversas relações e referências a outras partes do Nasuverso.

Uma observação é quanto a cronologia dos filmes: a ordem de lançamento não é a mesma que a ordem em que os acontecimentos retratados acontecem. Isso significa que você deve ver os filmes fora da ordem em que foram publicados? De forma alguma! Os autores fizeram a obra nessa ordem por um motivo, e você vai entender tudo quando for o momento propício para tal.

Porém, por conta disso, os primeiros filmes podem acabar parecendo desconexos e sem sentido. Não deixe que isso te desencoraje da série, tudo vai se clarear e fazer sentido quando chegar a hora.

Se depois de completar os filmes na ordem de lançamento (Filmes 1 a 7 > Epilogue > Mirai Fukuin) você quiser assistir na ordem cronológica (2 > 4 > 3 > 1 > 5 > 6 > 7 > Epilogue > Mirai Fukuin), agora sim você está livre para fazê-lo, e interpretar a obra por essa outra perspectiva. Mas não assista nessa ordem inicialmente!

16. Melty Blood

[spoiler]Mídia: Jogo de luta (2002-2007) ou Mangá (2005);
Duração: Depende de quão bom você é; 9 volumes;
Interesse necessário: 5/10.

Uma mistura de arcade de luta no melhor estilo Street Fighter, com um modo história em estilo Visual Novel: isso é Melty Blood.

Algo como uma continuação de Tsukihime… Mais pra uma continuação de Kagetsu Tohya pois essa já era continuação de Tsukihime? Enfim. Seguindo os personagens de Tsukihime num novo multiverso, o jogo possui uma expansão, um port que possui uma nova expansão e uma continuação que também possui sua própria expansão.

É, é um pouco confuso, mas a ordem é a seguinte:

Melty Blood (Original) > Melty Blood Re-Act Final Tuned (expansão do original) > Melty Blood Act Cadenza (port que contém uma história alternativa) > Melty Blood Cadenza B (expansão de Act Cadenza) > Melty Blood Actress Again (uma sequência do original) > Melty Blood Actress Again Current Code (expansão de Actress Again).

Ufa. O último da lista, “Melty Blood Actress Again Current Code” pode ser encontrado para compra na Steam.

Claro, se você não gosta nem um pouco de jogos de luta (ou é péssimo neles, como eu), você pode ler o mangá ou simplesmente procurar o modo história no YouTube.[/spoiler]

17. Mahoutsukai no Yoru

[spoiler]Mídia: Visual Novel (2012);
Duração: Variável, de 10 a 30 horas;
Interesse necessário: 6/10.

Mais conhecido pela abreviação “Mahoyo“, essa Visual Novel é um remake de uma das primeiras obras do Nasuverso, uma Light Novel de mesmo nome, escrita por Nasu em 1996.

Se passando na mesma cidade de Tsukihime, mas antes dos eventos do mesmo, essa história possui duas sequências programadas. Quando elas vão sair, ninguém sabe. Talvez junto com o remake de Tsukihime (risos).

Por ser uma Visual Novel recente, ela é muito mais agradável aos olhos do que as anteriores da lista. Se você não deu uma chance a nenhuma até agora, por conta dos gráficos, talvez esta seja a sua deixa.[/spoiler]

18. Fate/Apocrypha

Mídia: Anime (2017); Light Novel (2012-2014) ou Mangá (2016-?);
Duração: 24 episódios; Completo em 5 volumes; Em publicação com 3 volume.

A guerra entre a facção vermelha e a facção negra pela posse do Cálice Sagrado. Sob uma jurisdição muito mais especial do que quaisquer outras, esse conflito na Romênia apresenta personagens importantes do Nasuverso, tanto no elenco de servos como no de mestres.

Light Novel de 5 volumes escrita por Yuuichirou Higashide, foi primeiramente adaptada em mangá com arte de Akira Ishida, e em recentes notícias, tivemos o anúncio de uma adaptação em anime pelo estúdio A-1 Pictures.

O mangá é bonitinho e parece ser promissor, uma ótima chance de acompanhar o material sem precisar correr atrás de botar muita coisa em dia. Já a animação, tem seus pontos fortes e fracos, mas no geral, funciona bem como adaptação.

19. Fate/Strange Fake

[spoiler]Mídia: Light Novel (2015-?);
Duração: Em publicação com 3 volumes;
Interesse necessário: 6/10.

Escrita por Ryohgo Narita, autor de Light Novels de extremo sucesso como Durarara! e Baccano!, Strange Fake, como sugere o nome, trata de uma falsa Guerra do Cálice. Será mesmo falsa? O que há de falsa? Isso parece estranho…

A obra, apesar de recente, é muito famosa entre os fãs da franquia por possuir personagens já conhecidos em situações ou estados nada convencionais, além de novos personagens interessantes.[/spoiler]

20. Fate/Grand Order

Mídia: Anime (2016) ou Jogo mobile (2015);
Duração: 1 hora e 14 minutos; Depende de quanto dinheiro você gastar nessa merda de jogo.

A mais recente máquina de imprimir dinheiro da Type-Moon, que em parceria com a empresa de jogos Delightworks está nadando em bilhões de dólares neste momento. Fate/Grand Order é um jogo estilo RPG por turnos de plataforma mobile (“Mobage” para os íntimos).

Apesar de possuir um extenso e complexo modo história, envolvendo conflitos em diversas partes do tempo-espaço em busca de evitar a destruição iminente da humanidade, o jogo se resume a gastar todo o seu salário comprando itens para poder tentar (e fracassar miseravelmente) evocar o servo que você quer na “loteria“.

Mas voltando, o foco aqui é a história: como o jogo só existe em japonês (e você tem que dar seus pulo para conseguir jogar num celular brasileiro), a melhor forma de conseguir o que você quer, além de procurar traduções na internet, é pelo anime.

Fate/Grand Order: – First Order –” foi lançado no último dia 31 de dezembro, e adapta na íntegra o primeiro “mapa” do jogo (que até o momento, conseguiu fechar a ‘primeira temporada’ com nove mapas). Você pode encontrá-lo na Crunchyroll.

Haverá uma adaptação das outras ordens? Teremos mais oito especiais pra fechar a história de Grand Order? Não se sabe. Mas a história já está toda no jogo, caso queira ir atrás de mais.

21. Fate/Extella: The Umbral Star

[spoiler]Mídia: Jogo Musou (2017);
Duração: Depende de quão rápido você mata coisas;
Interesse necessário: 5/10.

Caso você tenha um PSVita, um PS4, um Nintendo Switch ou um Computador potente, e mais alguns tostões pra gastar, e adore explodir conjuntos enormes de robôs com tipos variados de arma, considere comprar Fate/Extella.

Lançado no Japão há alguns meses, e com localização para inglês planejada para sair dentro de alguns dias, Fate/Extella se passa no mesmo multiverso de Fate/Extra e Fate/Extra CCC. Por que ele está aqui em baixo, e não como número 15, você me pergunta? Bem, para jogar esse jogo você precisaria conhecer um personagem que é introduzido em Fate/Grand Order, mas o mobage é basicamente uma coletânea de todos os personagens da Type-Moon, então para não tomar spoilers você precisaria conhecer todo o resto da franquia primeiro… É isso, basicamente.

O que importa é que neste jogo é revelada a mais nova parte do Nasuverso, que está deixando todo mundo maluco. Confira por si mesmo, da forma que for possível, quando chegar neste ponto do guia.[/spoiler]


22. E agora?

Se você chegou até aqui, meus parabéns! Não que você tenha visto todas as obras do Nasuverso e conheça agora cada centímetro de cada dimensão dele, mas você possui um leque de informações invejável, e estará preparado para qualquer outra obra ou continuação que surja no futuro.

Se você seguiu apenas o guia básico, tente se aventurar pelos números “adicionais“. Não se preocupe muito com a ordem, já que já estamos nessa situação mesmo, vá para o que lhe for mais conveniente. Se você seguiu o guia completo, você já sabe muito mais do Nasuverso do que do seu próprio, e deve conseguir fazer suas pesquisas sozinho a partir de agora.

E com isso, você está pronto para entrar nas acaloradas discussões sobre este universo tão rico. Divirta-se!


Rápido FAQ:

1. P: Você já viu/jogou/leu tudo que está aí?

R: Não, muita coisa só está disponível em japonês ou em confins muito obscuros da internet. Sei o “geral” de quase tudo, mas muitas obras eu fico sem os detalhes por conta disso.

2. P: Por que existem trezentas versões diferentes da Arthuria?

R: Os japoneses gostam do design dela.

3. P: É normal eu chegar na metade do guia sem entender absolutamente nada?

R: É.

4. P: Se eu for dedicado, quanto tempo eu levo pra acompanhar o guia completo?

R: Chamando “oito horas por dia” de dedicação, acho que um mês. Talvez menos.

5. P: Como é a fanbase do Nasuverso?

R: Tóxica e nojenta, como todas as fanbases que existem.

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Eir Aoi | Cantora de Sword Art Online e Fate/Zero anuncia hiato na sua carreira

Segundo informações da Anime News Network, o site oficial da cantora japonesa Eir Aoi anunciou nessa quinta-feira, 18 de agosto, que devido repetitivos estados de saúde fraca, ela estará entrando em hiato, até sua plena recuperação.

Como resultado de conversas entre Aoi e sua equipe, eles decidiram dar prioridade ao descanso, e com isso, foram canceladas todas as suas apresentações já agendadas. São elas: AFA Thailand 2016, em Bangkok, no dia 19 de agosto; Odaiba Minna no Yume Tairiku 2016 Mezamashi Live, em Tóquio, no dia 21 de agosto; Animelo Summer Live 2016 -Toki-, em Saitama, no dia 26 de agosto; e Animax Musix 2017, em Osaka, no dia 14 de janeiro.

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Os fãs devem contactar os respectivos organizadores do evento para pedirem reembolso de seus bilhetes. Eir Aoi e seu staff pediram desculpas pelo grande inconveniente para os concertos planejados. Ao público, organizadores e membros da banda, ela promete trabalhar para sua rápida recuperação.

Aoi iniciou sua carreira musical em 2011. Ela lançou seu primeiro single, Memoria, em outubro daquele ano, com a canção título, servindo como tema de encerramento do anime Fate/Zero. Ela interpretou músicas para as séries Kill la Kill, Sword Art Online, e Aldnoah.Zero. Seu álbum mais recente, D’Azur, estreou em terceiro lugar no ranking semanal da Oricon.

A artista lançou seu décimo terceiro single, Tsubasa, em 20 de julho, com a música sendo tema do anime The Heroic Legend of Arslan: Dust Storm Dance. Em 2015, Eir Aoi chegou a cancelar sua participação no Animelo Summer Live -THE GATE-, por causa de uma doença repentina, mas se apresentou na cidade de Nova York, e na Anime Expo naquele ano.

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Ela está planejando seus concertos especiais, em comemoração dos cinco anos de sua carreira, no Tokyo’s Nippon Budōkan, nos dias 4 e 5 de novembro. Seu site oficial ainda não lista esses shows como cancelados.