Mais dois volumes da série Criminal estão em pré-venda. Se você curtiu Criminal Covarde provavelmente já está ansioso para saber o que está por vir, eu estou!
Já é sabido que desde o ano passado a Editora Mino está trazendo os títulos autorais de Ed Brubaker em parceria com Sean Phillips. Salvo algumas exceções, a maioria dos quadrinhos virão com a arte de Sean.
Para quem perdeu essa deixa vamos dar uma recapitulada no assunto para ninguém ficar de fora dessa. Vamos lá!
O contrato de exclusividade entre a Editora Mino e Brubaker se iniciou com PULP (Julho 2021) e já trouxe edições como Matar ou Morrer (Setembro 2021) e Meus heróis eram todos viciados (Dezembro 2021) e Fade Out. Esse contrato vai permitir que sejamos brindados com os melhores autorais já lançados, além de títulos inéditos pelos próximos 5 anos.
Agora, a Mino está trazendo as edições da série Criminal que teve início em dezembro 2021, com o título Meus Heróis eram todos viciados que faz parte desse mesmo universo. A série Criminal teve seu primeiro título lançado em Abril deste ano, com Criminal Covarde, Enquanto os demais títulos estão vindo bimestralmente, os volumes Criminal Lawless e Criminal – os mortos e os moribundos já se encontram em pré-venda no site da Editora e pela Amazon com 30 OFF + frete grátis e Brindes. Não dá pra perder, né?
Confira uma prévia do primeiro título Criminal Covarde:
Um homem com habilidades duvidosas, um velho senil, uma mãe querendo um último trabalho para conseguir cuidar de sua filha, ambos envolvidos em uma tramabquase sem saída.
𝐋é𝐨 é um homem que cultivou a habilidade de bater carteiras e fazer pequenos furtos desde a infância, habilidade essa que foi desenvolvida com muito mais destreza ao longo dos anos. Uma de suas poucas regras era não ir parar no lugar do qual tinha certeza que pertencia: a cela de uma 𝐩𝐫𝐢𝐬ã𝐨.
Por esse motivo é visto como 𝐜𝐨𝐯𝐚𝐫𝐝𝐞, como um homem que tem medo de arriscar e não tem colhão suficiente. Mas, não sabem que 𝐋é𝐨 tem algo muito pior, algo que apenas ele sabe que não pode ser liberto.
Confira os outros títulos já confirmados pela Mino:
Velvet
Fatale
Reckless
Cruel Summer
Scene of Crime
A bad Weekend
Os títulos mostrados acima ainda não tem data exata para seu lançamento, mas provavelmente a partir de setembro já teremos novo lançamento. Então fique de olho por aqui, pois anunciaremos todos os volumes que entrarem em pré-venda. E aí, para quais títulos estão mais animados? Eu mal posso esperar pela estreia de Bad Weekend, nada como a história de um quadrinista fora dos eixos pra dar uma animada nas leituras.
A saga de grande sucesso chega ao fim e ao contrário do que ouvimos falar sobre os quadrinhos autorais de Jeff Lemire, que as histórias são muito similares, sempre com um drama familiar, Gideon Falls é um thriller capaz de arrepiar os cabelos, carregado de suspense e com uma pitada de horror na medida.
Lançada nos Estados Unidos pela Image Comics em 2018 pela dupla já conhecida Jeff Lemire e Andrea Sorrentino ( Arqueiro Verde e O Velho Logan) e o colorista Dave Stewart ( Hellboy e Daytripper) , foi publicada em terras brasileiras pela Editora Mino, em 6 encadernados muito bem trabalhados.
Iniciamos essa narrativa com a história de Norton Sinclair, um rapaz com sérios problemas psiquiátricos atormentado pela escuridão. Calma! Não é o lado negro da força querendo tentar o nosso jovem “If you only knew the power of the dark side, Norton”.
Brincadeiras à parte, a princípio não é possível saber o que o atormenta, deixando dúvidas se existe de fato algo a temer ou se tudo não passa de confusões criadas pela cabeça do rapaz. Norton dá muitos sinais de estar confuso e perdido dentro suas manias, como revirar o lixo da cidade em busca de pistas para obter respostas de um quebra cabeças que ele nem ao menos consegue explicar.
Norton conta apenas com apoio de sua psiquiatra Dra. Xu, que mesmo cética em realação ao sobrenatural, dá o suporte que seu paciente necessita ao notar tamanho sofrimento que esse mistério lhe causa. Mas, o cetismo desta psiquiatra dura apenas até o momento em que ela mesma tem a visão o Celeiro bem diante dos seus olhos.
O segundo núcleo apresentado vive no interior de Gideon Falls, onde há uma pequena comunidade típica dos filmes de terror onde todos se conhecem e muitos possíveis suspeitos se formam. A pequena comunidade é agraciada com a chegada de um novo Padre, Wilfred. Um Padre totalmente fora do padrão, com problemas com alcoolismo e um passado bem obscuro. Sua chegada é precedida por um assassinato e o Padre é o primeiro suspeito desse crime, mas as coisas não seriam tão simples em Gideon Falls, tão pouco esse assassinato seria um crime comum.
A cidade é assolada a gerações por uma lenda urbana, O Celeiro Negro. E suas aparições sempre são precedidas por mortes e terror. Mas, claro que essa lenda parece apenas uma bela oportunidade para se livrar da culpa dos mais hediondos crimes.
Nada é comum em Gideon Falls, e como para todo boato existe uma possibilidade de fatos reais, um grupo autodenominado de lavradores atuam como a Mistério S.A da cidade atrás de pistas sobre o Celeiro.
O Celeiro Negro é muito mais do que uma aparição fantasmagórica, dentro dele habita um mal que anseia por liberdade e rasteja por entre as realidades, buscando uma forma de sair da prisão da qual se mantém. Esse mal que habita o celeiro é visto como o Homem que sorri na escuridão, uma visão repulsiva que atrai suas vítimas para um caminho sem volta, que tenta as pessoas através de suas fraquezas para tomá -las em busca de um receptáculo perfeito, como um gênio da lâmpada diabólico.
Com um roteiro quase cinematográfico, ler esse quadrinho é como ver as cenas de um filme ou série de TV acontecendo bem diante dos seus olhos. A arte de Andrea Sorrentino colabora em grande parte para causar essa sensação, já que ela conta uma história à parte do roteiro, insinuando detalhes que complementam, como uma dança sincronizada, essa narrativa.
A saga gera altas expectativas no leitor a cada volume e apesar de ter uma narrativa e personagens excepcionais, ela cria mais questionamentos do que os responde. Talvez, na ânsia de criar um universo fantástico, Lemire tenha se esquecido de amarrar muitas pontas soltas, e o último volume intitulado O fim abre uma brecha para uma possível continuação. Para alguns leitores, esse final ambíguo foi decepcionante, para outros foi a oportunidade de ver um retorno dessa saga.
E por falar em continuação, na CCXP Worlds 2020 Sorrentino confirma a produção da série de TV inspirada nesse thriller, tendo o diretor James Wan ( de Aquaman ) como o responsável por trazer essa adaptação dos quadrinhos para as telinhas. Será que esse foi o motivo de um final tão aberto? Só nos resta aguardar por mais detalhes.
Então, empolgados para esse show? Leiam Gideon Falls e deixem suas impressões aqui pra gente. 😏
Já está na ativa a Comics And Signatures, primeira loja brasileira 100% online especializada em quadrinhos importados, assinaturas e colecionáveis. Segundo os idealizadores, o site tem a missão de proporcionar a possibilidade de adquirir quadrinhos internacionais, assinaturas e colecionáveis de forma profissional, segura e com qualidade.
Através de parcerias com fornecedores de vários países, a Comics And Signatures vai possibilitar ao colecionador a ter um quadrinho ou item muito desejado e que não é mais encontrado em terras Tupiniquins. Sem o perigo de comprar em site gringo sem nenhuma verificação e segurança. O leitor pode encontrar coisas como por exemplo a recém lançada Static Season One, a nova HQ do Super-Choque, como coisas como quadrinhos embalados com autógrafos dos artistas, a elogiada série de Savage Dragon (sem editora no Brasil) entre outras coisas.
Confira alguns itens na galeria abaixo:
A Comics And Signatures ainda tem no seu planejamento abrir vez para quem for proprietário de uma banca ou revenda que queira disponibilizar esse material em seu catalogo. E possuí a parceria com as CGC e CBCS significa Certified Grade Comics e Comic Book Certification Service respectivamente. As duas são empresas de certificação de gibis, elas avaliam as condições dos quadrinhos e atribuem uma nota de conservação ao item. Essas empresas também oferecem serviço de certificação de assinaturas onde atesta que a assinatura no gibi é verdadeira.
Para saber mais detalhes sobre a Comic and Signatures, acesse o site clicando AQUI.
Robert Kirkman, criador de Invencível, revelou para a EW, que um filme em live-action baseado nos quadrinhos de mesmo nome está em desenvolvimento.
De acordo com Kirkman, a produção será completamente diferente da série animada produzida pelo Prime Video, uma vez que ambas as obras não terão ligações uma com a outra.
O longa de Invencível não possui data de lançamento, enquanto o seriado animado já foi renovado para a sua segunda e terceira temporada.
Mark Grayson é um adolescente normal, exceto pelo fato de que seu pai é o super-herói mais poderoso do planeta. Pouco depois de seu décimo sétimo aniversário, Mark começa a desenvolver seus próprios poderes e se torna o Invencível.
Para futuras informações a respeito de Invencível, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.
Você sabia que o novo sucesso da Amazon Prime Vídeo é baseado em uma HQ? Escrita por Robert Kirkman (The Walking Dead, The Oblivion Song) e ilustrada por Cory Walker e Ryan Ottley, Invencível começou a ser publicada em 2003 pela Image Comics, sendo concluída com 144 edições e 25 encadernados nos Estados Unidos.
Mesmo mantendo um padrão de narrativa muito parecido, as versões apresentam algumas diferenças entre si. Abaixo, listamos as principais mudanças ocorridas na série, para que você não fique por fora de nenhum acontecimento.
Traço
As 7 primeiras edições de Invencível foram desenhadas por Cory Walker. Podemos dizer que a pegada de Cory é bem característica, entregando uma identidade única à obra. Logo após, quem assume os desenhos é Ryan Ottley, mudando um pouco o visual.
Na série, temos um estilo mais “fluido”, que nos lembra várias animações clássicas de super heróis. A animação é super competente, nos entregando ótimos planos e movimentações, além pegar pesado nas cenas de violência.
Assassinato dos Guardiões do Globo
Na série, Omni-Man, ainda no primeiro episódio, mata todos os Guardiões do Globo em uma cena extremamente gráfica e de violência explícita. Após uma luta árdua com seus companheiros, o até então “herói” consegue realizar seu objetivo, porém, acaba sendo gravemente ferido.
Nos quadrinhos, essa cena só ocorre na edição número 6, e é bem mais curta e menos violenta. Em poucos quadros, já vemos todos os heróis sendo mortos rapidamente, e Omni-Man sai ileso.
Luta contra os Flaxans
Na HQ, a primeira aparição dos Flaxans acontece enquanto Omni-Man e Invencível estão voando juntos. Pai e filho lutam contra a invasão alienígena, e Omni-Man acaba sendo sugado pelo portal interdimensional dos invasores.
Na série, contudo, o ataque dos Flaxans ocorre enquanto Omni-Man ainda está no hospital, ferido após massacrar os Guardiões do Globo. É durante a invasão que somos apresentados a Tropa Teen e seus integrantes, que combatem os verdinhos.
Tropa Teen
A primeira aparição dos jovens heróis também muda de uma mídia para outra. Enquanto na série isso acontece na primeira luta contra os Flaxans, nos quadrinhos é Mark quem acaba se encontrando com a Tropa.
À noite, enquanto testava seus poderes de voo pela cidade, Invencível acaba se deparando com vilões roubando aparelhos de vídeo game em uma loja. Logo em seguida, chega a equipe para combater o crime, e temos uma breve interação entre os adolescentes.
Origem do codinome “Invencível“
Na versão em quadrinhos, após uma briga com um valentão, Mark vai parar na diretoria. É conversando com o diretor que surge a ideia para seu nome de herói, após o mesmo dizer para Mark se lembrar de que “não é invencível”. Entretanto, na série, a ideia surge a partir de uma fala do Omni-Man, que diz para Mark que ele é “realmente invencível”.
Debbie e Amber
Nos quadrinhos, o desenvolvimento das personagens femininas é bem raso. Tanto Debbie – mãe de Mark – como Amber, tem seus papeis reduzidos a meros assessórios do protagonista. Debbie está sempre em casa, sendo bem passiva com relação aos acontecimentos envolvendo seu marido e filho. O início do relacionamento entre Amber e Mark também é bem vazio – nem sabemos o nome dela até Mark abrir um bilhete que a garota lhe entrega. O casal tem poucas conversas e Amber também tem uma posição complacente quanto as constantes ausências de seu namorado.
Na série, temos uma participação mais ativa das duas. Debbie tem mais voz, conversa bastante com Mark e tem um papel bem relevante na vida do personagem. Amber, seguindo na mesma linha, tem bem mais atitude do que nas HQ’s. Seu interesse em Mark é mais desenvolvido e o casal tem uma química que faz bem mais sentido.
Os adolescentes-bomba
Logo nas primeiras edições dos quadrinhos, somos apresentados a uma curta trama envolvendo o professor de física de Mark e Eve. Nela, o professor sequestra e transforma alguns de seus alunos em bombas humanas, com a intenção de vingar o rumo que sua vida tomou após a morte de seu filho.
A série, contudo, deixou de lado essa parte da história, não citando o ocorrido. Cabe frisar que tal ato não prejudica de forma alguma o rumo da história, e é totalmente descartável.
É importante dizer que a série ainda está em sua primeira temporada. Os criadores optaram por pegar alguns acontecimentos que ocorrem posteriormente nos quadrinhos e incorporá-los logo de início, mas isso não causa nenhum prejuízo à história. Se você gostou da animação, deixo aqui a minha sincera indicação das HQ’s, tanto como um “spoiler” dos próximos episódios como também uma complementação ao que foi apresentado.
Os quadrinhos de Invencível podem ser encontrados na Amazon através dos links abaixo!
Mark Grayson é um adolescente normal, exceto pelo fato de que seu pai é o super-herói mais poderoso do planeta. Pouco depois de seu décimo sétimo aniversário, Mark começa a desenvolver seus próprios poderes e se torna o Invencível.
Para futuras informações a respeito de Invencível, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.
Todd Mcfarlane, desenhista e presidente da Image Comics, prestará tributo ao ator Chadwick Boseman com a ilustração da capa variante na edição 311 da série regular de Spawn, criação mais popular de Mcfarlane dentro de sua própria editora. Boseman faleceu no último 28 de agosto aos 43 anos de idade por complicações decorrentes de um câncer colorretal.
A capa trará o ator nas vestimentas do Soldado do Inferno fazendo a icônico reverência Wakanda Forever, sendo Wakanda a nação fictícia comandada por T’Challa, também detentor da identidade de Pantera Negra, seu mais conhecido papel no cinema, principalmente no filme homônimo de 2018. O próprio Mcfarlane foi responsável também pelo roteiro da edição cuja história conta com arte interior de Carlo Barberi e capa regular de Francesco Mattita.
Após a divulgação da capa, Mcfarlane enfatizou a importância do ator não só para o cinema, mas também como inspiração para milhões de pessoas. Assim como T’Challa, Al Simmons, o primeiro Spawn criado por Mcfarlane, também é afrodescendente.
Spawn nº 311 terá como trama o início da saga Cult of Omega, arco em três partes onde Spawn descobre uma sociedade secreta cujos membros são capazes de unir forças para tornarem-se mais poderosos que qualquer outro Spawn já visto.
Além das duas capas já apresentadas, Spawn 311 ainda terá uma terceira variante com arte de Carlo Barberi com arte ainda a ser divulgada. Spawn nº 311 chega às Comic Shops estadunidenses em 28 de outubro de 2020 ao valor de U$2,99. No Brasil, após publicação ininterrupta pela Editora Abril entre 1996 e 2005 com o total de 150 edições, Spawn teve uma caótica mudança de editoras no país sendo a Editora New Order a mais recente, iniciando sua publicação do personagem com o encadernado Spawn: Ressurreição em junho de 2019.
Procurando diferenciar suas publicações, a editora norte-america Image Comics começou a publicar The Walking Dead ao fim do ano de 2003, dando início a uma transição editorial que só chegaria ao seu ápice em 2012, justamente no seu vigésimo aniversário. Desde então a Image vive o que é, para muitos, seu melhor momento: Lazarus, Saga, The Wicked & The Divine… todos títulos premiados são provenientes de uma fase que teve início exatamente com a epopeia de Rick Grimes, Carl, Michonne e cia.
A obra começou a ser publicado no Brasil bem antes de seu auge comercial: Em 2006, pela extinta Editora HQM. Duas versões foram lançadas: Sob o título de Os Mortos-Vivos, vieram encadernados com seis edições mensais cada em formato menor que as versões norte-americanas. Depois foi publicada a versão mensal, já com o título original, entre 2012 e 2017.
Em 2017, após o fim de contrato da HQM e ainda incompleta, a obra foi retomada desde o início em encadernados no formato original pela Panini Brasil e, após uma frequência intensa de publicação com encadernados quase mensais, chegamos ao fim da saga por aqui, agora em setembro de 2020.
Para falar não só a respeito The Walking Dead, mas sobre vários de seus projetos que vão além dos quadrinhos, conversamos com Charlie Adlard que, substituindo Tony Moore para ilustrar os roteiros de Robert Kirkman, tomou as rédeas do traço da publicaçãoa partir da edição mensal nº 7 e só saiu na edição nº 193, justamente a última da série.
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Depois de 16 anos, The Walking Dead chegou ao fim. Essa decisão é “como deixar a casa dos pais”: Difícil, mas necessária?
Com certeza! O que mais posso dizer? Eu acho que [eu e Robert Kirkman] regemos o caminho da história em quadrinhos para um fim natural. Passamos por vários percursos e arcos de história para completar a narrativa. Eu estava começando a ficar, digamos… exausto. Exausto no sentido de não saber onde iríamos parar. Então cheguei a dizer ao Robert que, quando quer que terminemos a HQ, teríamos que acabar por cima. Não queríamos chegar ao fim quando ninguém percebesse, pois ninguém mais se importava e não lia mais a história. Fizemos uma promessa mútua que seria assim que iria acontecer.
A todo tempo durante a história vocês falavam sobre a morte, que é a situação mais desconhecida pelo ser humano, porque ninguém sabe o que de fato acontece depois. Os zumbis são uma interpretação da morte. Como é para você ter que voltar frequentemente a este assunto tão nebuloso e não deixar o leitor saturado sobre isso?
Hmmmm… bem, quer dizer… Zumbis são obviamente uma dessas coisas que você disse. Uma das coisas mais assustadoras sobre eles é isso aí. Já disse muito. É quase como… a derradeira forma de sair desse plano. Porque se pensa “[depois de morrer] olha o que vai acontecer contigo!” É um panorama muito assustador. Especialmente do jeito que fizemos. Então é… ah! Perguntinha difícil essa que você fez pra mim!
Estou aqui pra isso!
É… eu espero que, esperançosamente, tenhamos demonstrado isso, porque essa é uma HQ de terror. Não é de terror por ser um pouquinho assustadora ou chocante: Nosso terror é aquele que arrepia a mente na ideia de que, quando você morre, é isso que vem depois. É algo muito horroroso.
Falando da sua banda Cosmic Rays, onde você toca bateria, Dave Mckean declarou em um painel que não tem uma arte dominante. Ele também faz teatro, música, cinema… porque, caso contrário, fica entediado. Para você é o mesmo? Como administrar essas duas tarefas uma vez que você é quadrinista e vive com prazos bem rígidos?
Diferente de Dave, eu tenho uma paixão dominante que são as HQs. Eu acho que sou melhor quadrinista que baterista e sou o primeiro a admitir isso. Por isso provavelmente escolhi essa carreira para viver a tentar a sorte como músico. Mas, por outro lado, é ótimo ter outra veia criativa além de quadrinhos. Entretanto, o que eu faço para, digamos, contribuir a mais para esse mundo, é fazer coisas diferentes nas HQs. Sempre estou interessado em… bem: The Walking Dead claro que foram mais de 15 anos fazendo um estilo similar de HQ, depositando meu esforço na mesa de desenho e fazendo o lápis e nanquim para um determinado estilo de arte. Porém, já explorei outros mundos em outras HQs que fiz, como anos atrás em White Death, com Crayon no papel cinza. Também existem as narrativas que fiz com Joe Casey, uma batizada de Codeflesh e outra chamada Rock Bottom, essa última que teve um traço mais puro sem cores ou sinais de textura porque eu queria sair da zona de conforto onde eu usava tons mais sombrios no traço, então foi bem diferente de anos atras, no momento que eu estava produzindo White Death com Robbie Morrison…
Lá para 2004…
Isso! E agora fazendo um livro cuja produção é totalmente digital, mas uso ferramentas que emulam lápis ao invés de arte-final digital porque eu quero dar um tom mais rústico. Então, variedade é o tempero da vida. É um clichê, eu sei, mas é o que me deixa animado como meu livro Intitulado Life, esse meu trabalho é composto por desenhos sobre a vida como uma nova avenida de criatividade onde eu desenho modelos, já que você nunca aprende o suficiente durante toda a vida. Isso é muito útil.
Nesse livro você desenha modelos nus e sketches de diversas proporções. Como você o vê: Um livro de estudos, de anatomia… qual seu veredicto?
Para mim, todos nós devemos desenhar sobre a vida, não importa o quão bom você seja, pois você está sempre aprendendo…
Porque é muito diferente dos seus trabalhos anteriores!
Com certeza! Esse é um dos motivos porque eu fiz: Ser bem diferente.Me dá a oportunidade de experimentar outras técnicas, materiais… me dá outras oportunidades. O interessante também é que [nesse livro] tive um tempo limite, porque quase sempre tive que abandonar a ideia de ter uma peça mais trabalhada. É algo mais rápido e sem pensar muito. O que eu, na verdade, gosto. Quanto menos se pensa [a respeito do desenho], mais acidental fica a arte e pode terminar com algo feito em 5 minutos pensando que tal peça foi a melhor coisa que você já desenhou. O desenho de capa na versão branca foi feito literalmente em 5 minutos. Lembro de olhar e pensar “Opa, beleza! Tem uma verdadeira paixão e movimento aqui!”. Mas eu nunca replicaria algo assim nos quadrinhos, porque lá se pensa muito e se quer sempre se refinar. Então fazer esse exercício é muito bom para a alma, sabe?
Muitos artistas depois de tantos anos no mesmo título, desistem em fazer projetos mais longos. Tem planos para fazer algo desse tipo novamente ou ficará só nas capas?
Eu nunca mais vou fazer algo longo como The Walking Dead. Estou com na casa dos 50 anos, se fazer isso de novo, eu terminaria outra obra desse tamanho com… cerca de 70. Posso dizer categoricamente que não! Nunca mais vou fazer uma série regular.
Mas ainda fará páginas internas?
Estou fazendo agora em Heretic, minha nova HQ com Robbie Morrison, quer seja uma coletânea de narrativas ou uma história só. Não sei bem ainda, vamos ver. Mas estou fazendo. Sou de coração um contador de histórias, então o que eu predominantemente farei sempre será páginas internas. Sou um quadrinista, é isso que eu e outros fazemos para viver.
Jason Blum, CEO da Blumhouse, revelou ao Comic Book, que o novo filme do Spawn está em desenvolvimento ativo pela empresa e prometeu novidades em breve.
“Tivemos muita atividade em torno de Spawn ultimamente. Não vou revelar nenhuma novidade agora, me desculpe, mas a palavra ‘Spawn’ é uma que tenho dito muito nas últimas duas ou três semanas e teremos mais notícias em breve. Só posso dizer que está em um desenvolvimento bem ativo”.
Até o momento, apenas Jamie Foxx e Jaremy Renner fazem parte do elenco do filme.
Spawn era o agente da CIA, Al Simmons, que após ser morto em uma emboscada planejada pelo seu chefe, Simmon vai diretamente para o inferno. Lá, ele ganha poderes após negociar com o demônio Malebolgia para ter sua vingança e se tornar um “filho do inferno”. Posteriormente, Spawn revolta-se contra os demônios e passa a enfrentar as criaturas sobrenaturais e da Máfia.
Para futuras informações a respeito do Spawn, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.
A continuação da obra de Jonathan Hickman, The Black Monday Murders, está chegando às lojas e livrarias de todo o Brasil em lançamento da editora Devir. Confira detalhes abaixo!
Todos saúdam o deus do dinheiro! Vocês não sabiam, mas existem escolas ancestrais ligadas à magia comandando secretamente toda a sociedade através das instituições financeiras mais poderosas do mundo. Um mundo secreto onde vampiros oligarcas russos, Papas das trevas e assassinos do Fundo Monetário Internacional trabalham juntos para controlar o mercado.
Neste volume o policial Thomas Dane mergulha ainda mais fundo no caso da morte de Daniel Rothschild. Com a ajuda do professor Tyler Gaddis, Dane segue para Washington para tentar desvendar os mistérios que cercam a sua investigação. Resta saber se ele está preparado para encarar as forças sobrenaturais que controlam o mundo. Enquanto isso, em Nova York, Grigoria Rothschild continua movendo as peças para consolidar o domínio das escolas ocidentais, Caina e Kankrin – as maiores instituições financeiras do mundo.
A arte de The Black Monday Murders é de Tomm Coker, ilustrador de Undying Love, encadernado de volume único publicado no Brasil pela editora Mythos.
Este encadernado reúne as edições #5 a #8 da série original. Jonathan Hickman publica hoje, também pela Image Comics, a série East of West, ainda inédita no Brasil. A editora Devir publicou outra série do autor lançada originalmente pela Image, chamada Projeto Manhattan.
Outras séries em publicação no Brasil pela Devir são Saga, Paper Girls, Black Science, Skyward, Lazarus, Criminosos do Sexo e Deadly Class.
The Black Monday Murders Vol. 2 possui 192 páginas e chega em dois formatos, capa cartão e capa dura. Os preços sugerido são R$ 69,90 (cartão) e R$ 89,90 (dura). Clique aqui para adquirir já sua edição!