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JBC inicia pré-venda de ‘O Regresso de Jaspion’

A Editora JBC anunciou recentemente a pré-venda de O Regresso de Jaspion, o novo mangá do herói que retoma a história a partir do ponto de onde o programa de televisão terminou.  A pré-venda está com 30% de desconto e vem com uma sobrecapa exclusiva. Para mais informações, clique aqui para acessar a página do produto na Amazon.

Confira a sinopse: ”Mais de 30 anos após vencer Satan Goss, Jaspion volta ao nosso planeta para impedir que o vilão e seu filho MacGaren sejam trazido de volta à vida pela bruxa galáctica Kilmaza.”

O Regresso de Jaspion será lançado oficialmente dia 2 de Novembro de 2020.

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10 mangás seinen que mereciam ser publicados no Brasil

A variedade de títulos e demografias de mangás disponíveis no mercado nacional – apesar da pandemia – está cada vez maior, mesmo que engatinhando em comparação com outros países como França e Estados Unidos. E entre os gêneros de maior destaque, junto dos shounen, estão os mangás seinen, destinados ao público masculino adulto no Japão.

Abaixo, listamos dez mangás desta demografia que poderiam ser lançados no Brasil com base em alguns critérios, tais como: gosto pessoal, histórico de publicação do(a) autor(a) no Brasil e adaptação para animê em andamento ou já concluída.

Designs (Daisuke Igarashi)

Com duas obras já publicadas em território nacional pela editora Panini (Witches, série completa em 2 volumes e Children of The Sea, completa em 5 volumes), Daisuke Igarashi não é exatamente uma novidade para os leitores do Brasil, porém, algumas de suas obras ainda poderiam ser boas apostas, e talvez a opção de maior destaque seja Designs.

Serializada entre 2015 e 2019 na revista Afternoon, Designs é uma série completa em 5 volumes centrada em “híbridos humano-animal”, criados com um propósito misterioso de importância para o futuro da humanidade, e enviados para missões de massacre. O autor, que sempre aborda a ligação da natureza com o homem em seus mangás, entrega o estilo narrativo similar ao utilizado na série que alavancou sua fama, Kaijuu no Kodomo (a já citada Children of The Sea), porém com foco também em ação.

Dorohedoro (Q Hayashida)

Série adaptada recentemente para animê pelo estúdio MAPPA – e disponível internacionalmente na Netflix -, a coleção de Dorohedoro possui 23 volumes (190 capítulos) e foi serializada nas revistas Ikki e posteriormente HiBaNa e Gessan. A obra é uma ficção pós-apocalíptica que se passa em duas dimensões, o Buraco (a paisagem sombria e urbana onde residem os humanos) e o mundo dos feiticeiros.

A garota Nikaido conhece Caiman, um homem com cabeça de réptil e amnésia grave, e enquanto um clã de feiticeiros vem utilizando pessoas como cobaias em experimentos das artes negras, a dupla começa a caçar e matar os mesmos buscando desfazer o feitiço. A serialização de Dorohedoro, no Japão, se deu de 2000 a 2018.

A série animada está disponível na Netflix.

Eizouken ni wa Te wo Dasuna! (Sumito Owara)

Um dos sucessos recentes dos animês no mundo todo, Keep Your Hands Off Eizouken! (nome internacional) ganhou o carinho de todos graças ao carisma das protagonistas e a fantástica direção do animê, por Masaaki Yuasa, com produção espetacular. O mangá, de autoria de Sumito Owaara, é serializado no Japão na revista Gekkan! Spirits desde 2016, ainda em andamento com 5 volumes.

Eizouken conta a história de, principalmente, três garotas que iniciam um clube de animê na escola e desejam fazer animação, enfrentando as dificuldades de produção, orçamento, som e etc. Asakusa, Mizusaki e Kanamori são três garotas bem diferentes em personalidade que, juntas, dão início ao clube e aos poucos ganham destaque. A obra chama atenção especialmente pelo carisma, mas também pela criatividade visual.

A série animada está disponível na Crunchyroll.

Billy Bat (Naoki Urasawa)

Naoki Urasawa não é novidade no Brasil. Já tivemos os lançamentos de algumas séries completas, como 20th e 21st Century Boys, Monster (que vem sendo republicado em novo formato, de luxo) e Pluto. Mas a produção de Urasawa no Japão é muito extensa e entre suas diversas séries que poderiam ser lançadas no Brasil (como Master Keaton ou Yawara!) destaca-se Billy Bat.

A história é centrada num autor nipo-americano chamado Kevin Yamagata, criador da popular série Billy Bat para a editora Marble Comics em 1949. Kevin se dá conta de que pode ter copiado inconscientemente a imagem de Billy Bat a partir de algo que viu durante o período em que o Japão estava ocupado no pós-guerra, e aos poucos o autor se vê envolvido numa série de mistérios, assassinatos e profecias quando tenta buscar a permissão do autor original para que utilize o personagem. Como outras séries de Urasawa, esta traz um crescente de dramas psicológicos envolventes.

Shinya Shokudou (Yarou Abe)

Um simples restaurante que só abre durante a madrugada onde os clientes interagem contando histórias diversas. Shinya Shokudou (conhecido internacionalmente como Midnight Diner) é um mangá de autoria de Yarou Abe serializado desde 2006 na revista Big Comic Original contando com 22 volumes encadernados lançados até o momento.

Com um desenho único e bem diferente do habitual, Midnight Diner cativa pelo retrato perfeito do que é um slice-of-life. O dono do restaurante serve um menu fixo e prepara pratos customizados caso seja possível e, enquanto isso, histórias de vida são narradas. O mangá foi adaptado para uma série live-action que possui 5 temporadas, duas delas disponíveis na Netflix com o subtítulo Tokyo Stories.

A série live-action está disponível na Netflix.

Atom: The Beginning (Masami Yuuki, Tetsuroh Kasahara, Makoto Tezuka)

Adaptado para animê em 2017, Atom: The Beginning é um mangá baseado na criação de Osamu Tezuka, o Astro Boy. Com roteiro de Masami Yuki e arte de Tetsuro Kasahara, ATB é serializado na revista Monthly Hero’s, onde também é publicada a série moderna do Ultraman, também adaptada há pouco tempo para animê.

Como o nome sugere, este mangá é centrado no que aconteceu antes da criação do Astro Boy propriamente dito, com personagens clássicos como o Dr. Ochanomizu e Umatarou Tenma em versões mais jovens interagindo com A106, o protótipo de robô criado por eles que pode vir a ser um deus ou simplesmente um amigo. No Japão, a coleção de encadernados contém até o momento 11 volumes, e a serialização teve início em 2014. No México a publicação da série se dá pela editora Panini.

Bokurano (Mohiro Kitoh)

A criação mais famosa de Mohiro Kitoh (autor publicado no Brasil uma única vez pela editora L&PM com o compilado Fim de Verão), Bokurano é uma série de mecha serializada entre 2003 e 2009 na revista Ikki que ganhou destaque por diversas razões ao longo da publicação de seus 66 capítulos, totalizando 11 volumes encadernados e sendo adaptada para animê em 2007.

Quinze estudantes se envolvem num misterioso evento ao adentrarem uma caverna na praia onde recebem o convite suspeito para jogar um jogo onde cada um terá a chance de pilotar um robô gigante para batalhar contra inimigos que estão invadindo a Terra. O preço que o controle do robô cobra após o fim de uma batalha é chocante. Desta forma, as quinze crianças estão com um contrato assinado onde, no final, todas podem perder tudo.

Mushishi (Yuki Urushibara)

Mushishi ganhou o mundo desde o início de sua serialização na revista Afternoon entre os anos de 1999 e 2008, totalizando 50 capítulos compilados em 10 volumes. Criação da mangaká Yuki Urushibara, o sucesso foi tanto que a obra já possui três séries animadas e dois OVAs. O mangá possui uma continuação de apenas um volume, e uma antologia também de volume único.

A história apresenta criaturas onipresentes chamadas Mushi que frequentemente apresentam poderes sobrenaturais. Os mushis são descritos como seres em contato com a essência da vida na sua forma mais básica e pura. Devido à sua natureza efêmera, a maioria dos seres humanos são incapazes de perceber os mushis e são alheios à sua existência, mas há alguns que possuem a capacidade de ver e interagir com tais seres. Uma dessas pessoas é Ginko, o personagem principal. Ele emprega-se como um “Mushishi” (termo dado a pessoas que possuem a habilidade de enxergar mushis) viajando de um lugar para outro a pesquisar mushis e ajudar pessoas que sofrem de problemas causados por eles.

A série animada está disponível na Crunchyroll.

Yokohama Kaidashi Kikou (Hitoshi Ashinano)

Mais uma série da espetacular revista Afternoon, Yokohama Kaidashi Kikou (nome internacional Quiet Country Cafe) possui a incrível capacidade de contar uma história que soma 142 capítulos e 14 volumes encadernados onde quase nada acontece, girando em torno de contemplação e ideias muito simples.

Sendo uma ficção científica muito singular, YKK (como é chamada pelos fãs) é a série pós-apocalíptica mais good vibes de todos os tempos. Num Japão futurista onde o nível do mar subiu e invadiu boa parte das áreas costeiras do planeta, onde a população diminuiu drasticamente e as instituições políticas e tecnológicas ruíram, impedindo a existência de formas de comunicação que não sejam presenciais ou através de cartas e também blindando a existência de eletrodomésticos como a televisão, a robô Alpha é dona de uma pequena e simples cafeteria onde recebe seus poucos clientes e vive sua vida de forma simples e extremamente calma. Ela observa a passagem do tempo e faz amizade com outros robôs e humanos, e suas experiências são passadas com imersão única com poucos diálogos e muita apreciação dos momentos através da narrativa e bela arte do mangaká Hitoshi Ashinano.

Saint☆Oniisan (Hikaru Nakamura)

Após a publicação de Arakawa Under The Bridge pela editora Panini, é natural que um dos mangás listados aqui e que mereciam ser lançados no Brasil seria Saint☆Oniisan (nome internacional Saint Young Men), da mesma autora de Arakawa, Hikaru Nakamura.

Saint☆Oniisan narra a história de Jesus e Buda morando no Japão moderno, dividindo um apartamento pequeno e tendo que lidar diariamente com as situações mais inusitadas que existem. As duas figuras religiosas enfrentam problemas variados com relação ao dinheiro, interações humanas, tecnologia e muitos mais. O humor é afiadíssimo, fazendo piadas inteligentes sem ofender quaisquer crenças, e a autora evolui gradativamente enquanto toma controle das rédeas da publicação, lançada no Japão na revista Morning Two e totalizando 18 volumes até o momento, tendo iniciado em 2006.

Menção Honrosa

Kaguya-sama wa Kokurasetai: Tensai-tachi no Renai Zunousen (Aka Akasaka)

Série de sucesso da revista Young Jump em publicação desde 2015, totalizando 18 volumes até agora, Kaguya-sama: Love is War (nome internacional) ganhou muito destaque no mundo por conta das duas recentes temporadas de animê adaptando o mangá.

Shinomiya Kaguya e Miyuki Shirogane são membros do Conselho Estudantil da Academia Shuchiin, sendo ambos gênios entre os gênios. O tempo que eles passam juntos acabou fazendo com que se apaixonassem, mas o orgulho deles não permite que se confessem, pois quem o fizer será considerado inferior. Começa uma batalha mental: quem conseguirá fazer o outro se confessar primeiro?

A primeira temporada da série animada está disponível na Crunchyroll.


Acha que algum outro título merecia chegar por aqui? Deixe nos comentários, e vamos trocando uma ideia!

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Editora JBC anuncia Sailor Moon Eternal Edition no Anime Friends 2019

A editora JBC também esteve presente no Anime Friends 2019, com o seu já tradicional painel, onde deu um resumo do que vem acontecendo durante os últimos meses. Dessa vez, Marcelo Del Greco falou em nome da editora, após a saída de Cassius Medauar da JBC.

  • Sailor Moon Eternal Edition

Usagi é uma ginasial de 14 anos. Como muitas meninas de sua idade, é desastrada, distraída e um tanto preguiçosa. Em um encontro, aparentemente ao acaso, a jovem acaba conhecendo Luna, uma gatinha falante, e através dela descobre ser dona de incríveis poderes. Por conta disso, recebe uma grande missão!
Agora ela terá de encontrar suas companheiras, descobrir se o misterioso homem mascarado que ela acha lindo é amigo ou inimigo e proteger uma princesa! Mas nada disso é tão difícil para ela quanto acordar cedo para ir à escola. Será que ela consegue?

Trata-se da versão Kanzenban de Sailor Moon, que compila o mangá em 10 edições, com acabamento de luxo. Não foi dada uma previsão de lançamento. Será disponibilizada tanto em versão física, quanto digital.

Segundo Marcelo Del Greco, os nomes originais serão mantidos, a pedido da autora Naoko Takeuchi.

A JBC também anunciou que o mangá Magi: O Labirinto da Magia, ganhará versão digital, prevista para chegar nos próximos meses. Já Hunter X Hunter, a editora pretende lançar de 5 em 5 volumes, até chegar no atual. Os 5 primeiros volumes já estão disponíveis.

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Editora JBC dá detalhes sobre a edição nacional de Hokuto no Ken

Durante o último Henshin Online, a editora JBC enfim divulgou os detalhes finais da edição nacional de Hokuto no Ken.

A versão brasileira será baseada na Extreme Edition, que compila os 27 volumes originais em apenas 18 números, tendo cerca de 300 e 350 páginas cada. O preço da edição será de R$ 42,90.

Confira a capa brasileira:

O ano é 199X. O mundo foi devastado por chamas nucleares. A sociedade civilizada foi dizimada, e agora a violência rege esse novo mundo. É uma Era onde apenas os mais fortes sobrevivem. Neste cenário pós-apocalíptico, um homem com sete feridas no peito vaga pelo deserto… Ele é aquele que foi escolhido como o sucessor do estilo assassino terrível, o herdeiro do Hokuto Shin-ken. Ele é Kenshiro!! A lenda do salvador da humanidade está prestes a começar. Mas aqueles que ousarem se interpor em seu caminho sentirão a fúria do seu punho… “Você já está morto!”

O mangá tem previsão de lançamento para o mês de Julho, durante o Anime Friends de São Paulo.

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Confira os Anúncios da Editora JBC no Anime Friends 2018

O Anime Friends está acontecendo nesse final de semana, e a Editora JBC fez sua palestra no Auditório principal do evento. A maior das atrações foram os anúncios de novos títulos. Veja o que foi anunciado:

  • My Hero Academia, Platinum End e All You Need is Kill em formato digital. Segundo a editora, assim que My Hero Academia e Platinum End alcançarem a publicação japonesa, poderão ser publicados simultaneamente. 
  • Fire Punch – Mangá – Completo em 8 volumes;

  • Overlord – Light Novel – Em Andamento com 13 volumes;

  • Battle Angel Alita: Last Order – Mangá – Completo em 19 volumes;

  • Mangá Original de Jaspion com roteiro de Fábio Yabu e desenhos de Michel Borgesuma parceria entre a Toei e a Sato Company. O mangá será a primeira obra de um novo selo da JBC, nomeado de Henshin Universe.

Fire Punch, Overlord e Battle Angel Alita: Last Order serão publicados em versões fisícas e digitais.

Mais informações serão divulgadas no futuro próximo.

 

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Primeiras Impressões | Edens Zero

Já se passou quase 1 ano desde o infame final de Fairy Tail, mas como Hiro Mashima não para, ele já decidiu lançar um novo mangá: Edens Zero.

Sim, eu sei, a arte é igual a de Fairy Tail. Fazer o quê? É o estilo do cara, se autocopiar. Inclusive, o Happy está de volta, e também temos a confirmação do retorno de Plue, que já havia aparecido em Rave Master, antes de Fairy Tail.

Olha o Natsu de cabelo preto e a Lucy.

Todos os trejeitos do Mashima estão presentes nesse primeiro capítulo de Edens Zero, ou seja, fanservice sem sentido em quase todas as páginas, com direito a closes em peitos e bunda, assédio sexual e protagonista amarrada por cordas. É Mashima, você não muda.

Começamos a nossa jornada, sendo apresentados a Shiki, nosso Natsu de cabelo preto, que só quer fazer amigos… Depois disso temos a Rebecca, a protagonista que será jogada de lado pelo autor, assim como foi a Lucy em Fairy Tail, porque os jovens gostam de protagonista masculino que só quer bater em tudo. Rebecca é uma YouTuber, que vai a um Parque de Robôs (alô Nier: Automata) em busca de views para o seu canal. É sério…

Para aqueles que reclamaram sobre o “Poder da Amizade” em Fairy Tail, não poderão ter esse luxo em Edens Zero, pois a obra é exatamente sobre isso. É sério, em duas páginas já havia rolado: “AMIGOS SÃO AS COISAS MAIS IMPORTANTES DO MUNDO.” PARA MASHIMA, PORRA!

No final do capítulo, após uma falha tentativa de fazer os leitores chorarem, nossos grandes amigos vão para o espaço. E é isso.

A arte do Mashima continua excelente, não tem como negar. Se tem uma coisa que esse cara saber fazer, é desenhar. O problema é “só” o roteiro mesmo.

Para ser justo, eu esperava algo muito pior desse primeiro capítulo, mas como é o Mashima eu tenho certeza de que coisas piores estão vindo por ai, e então, irei aguardar ansiosamente.

A JBC, que também publicou Fairy Tail, inovou ao trazer o mangá com uma publicação simultânea com o Japão, porém ao preço de R$ 5,90 por capítulo. É um preço bastante elevado, visto que, daqui pra frente, os capítulos terão mais ou menos 20 páginas.

Em minha opinião, a editora deveria ter colocado o mangá no Crunchyroll, que já possui um serviço de streaming de mangás em publicação simultânea, que inclusive já tem Edens Zero em seu catálogo, porém em inglês. Seria um ótimo jeito de inaugurar uma versão brasileira do serviço, mesmo que seja com um mangá de Hiro Mashima.

 

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Grande Império Akira

O história vista pelo lado brasileiro do mangá que conquistou inclusive os leitores que queriam detestá-lo. 

Em 20 de dezembro de 1982, o primeiro capítulo de um dos mangás mais famosos do planeta foi publicado em seu país de origem. A obra nipônica rendeu muito mais que o reconhecimento de seu autor: Akira é um mangá que atende até quem não gosta desse estilo. O reconhecimento é tanto que Katsuhiro Otomo se tornou o primeiro autor japonês de quadrinhos a ser agraciado com o Grand Prix de AngoulêmeMas a França é um país que trata as HQs de uma forma muito mais respeitosa. Por lá, quadrinhos são assunto até em revistas de fofoca. E no Brasil? Como deu certo num mercado que quase não tinha leitores de mangá e até hoje tem vários colecionadores que repudiam essa escola da nona arte? A resposta é longa.

A Estrada

Não gosto de chegar a esse ponto, mas desta vez se faz necessário: Meu depoimento pessoal sobre minha relação com uma história em quadrinhos.

Lembro exatamente a primeira vez que ouvi falar de Akira: Na semana que precedeu o sábado de 8 de abril de 2000, data que o Cine Band exibiu a animação. Passou foi muito tarde, não aguentei e fui dormir antes do fim, ainda mais porque estava compromissado com o desfile de aniversário da minha cidade natal que aconteceria exatamente no dia seguinte. Não reclamei de ter que acordar cedo naquele domingo, mesmo que 9 de abril sempre era feriado. Eu ainda estava extasiado pelo (pouco) que tinha visto de Akira na noite anterior. Explicando: Eu era um garoto com ainda 10 anos incompletos, não tinha visto até então algo tão absurdo mesmo já tendo experimentado os animes que passavam na já finada Rede Manchete. Aquilo realmente chamou minha atenção.

No mesmo ano, numa data que não lembro exatamente, encontrei uma edição do mangá em Santos. Era o nº 8 publicado pela editora Globo. Depois de certa insistência, convenci minha mãe a pagar os R$4,00 que o jornaleiro queria. Ouvi ela reclamando até o fim da viagem de volta para casa, mas valeu a pena.

Assim como na minha introdução à animação, meu início no mangá de Akira foi fragmentado. Li uma edição aqui, outra ali… mas cada capítulo se juntava como um quebra-cabeças e eu lembrava exatamente cada edição e as reunia mentalmente à medida que ia lendo-as.  Ainda em 2000, achei uma cópia do VHS mofando em uma locadora. Aluguei dois dias depois pagando R$1,50 pelo serviço.

VHS de Akira lançado no Brasil pela Europa Home Video (Reprodução: mercadolivre.com.br)

E esse artigo é exatamente para isso: Juntar as peças sobre a história de publicação do primeiro mangá que eu e muitos colecionadores de HQ leram. No Brasil e fora dele.


O Despertar

A versão de Akira mais conhecida pelos leitores brasileiros espelha-se na edição norte-americana, que foi lançada em agosto de 1988 pelo selo Epic, uma divisória da Marvel Comics fundada em 1982 e capitaneada por Jim Shooter e Archie Goodwin. Oriunda da publicação Epic Illustrated, o selo visava dar maior autonomia aos seus colaboradores e publicar obras mais adultas, nacionais e internacionais. Sem maior fiscalização do Comics Code Authority, essa foi a chance de ouro para sair (ou entrar) no papel HQs que se tornariam clássicos com republicações até hoje: Elektra AssassinaElektra Vive, Legião Alien e Dreadstar, de Jim Starlin, este o primeiro título publicado pelo selo na data de novembro de 1982. Buscando essa diferenciação, os lançamentos da Epic eram publicados em edições em melhor qualidade comparadas às mensais tradicionais da Marvel.

Assim, a Marvel introduziu no (até então) fechado e conservador mercado norte-americano materiais de Alejandro Jodorowski (O Incal) e Moebius (A Garagem Hermética). Curiosamente, essa conexão entre o velho e o novo mundo gerou um posterior intercâmbio e, pelo mesmo selo, Moebius publicou Surfista Prateado – Parábola. Faltava então o oriente. O Japão já levava algumas animações aos cinemas de todo o mundo, mas mangás eram uma raridade. Juntando as duas mídias, o escolhido foi Katsuhiro Otomo. Com um longa em animação batendo na porta dos cinemas, a obra escolhida (claro) foi Akira, que por sua vez foi toda impressa em papel off-set, lombada quadrada e preço de capa no valor de U$3,50, chegando às lojas especializadas em agosto de 1988, mês seguinte à estreia do filme nos cinemas.

Peça publicitária para o lançamento de Akira pela Epic Comics (Reprodução: pinterest.com)

Guerra de Gangues

O tratamento diferenciado dado às HQs lá fora mudou inclusive o nosso mercado, fazendo a Editora Abril lançar seus selos de Graphic Novel, Graphic Album e Minissérie de Luxo à partir de 1988. Se tornou constante a publicação com acabamentos nesse padrão, que até então raramente se via nas bancas brasileiras. A primeira referência sobre a publicação de Akira do Brasil partiu da própria Abril, que na seção de cartas da HQ Homem-Aranha nº69 de março 1989, a editora Sadika Osmann anuncia o título junto com outros que estavam por vir. Por algum motivo desconhecido, essa foi a única HQ da lista a não ser publicada pela então editora de Victor Civita.

Seção de cartas de Homem-Aranha nº69. Editora Abril. Março de 1989. Em destaque, o anúncio do lançamento de Akira que não aconteceu.

Veio então a Editora Globo, que publicou outros títulos da Epic antes e depois de Akira. A Guerra de Luz e Sombras, Moonshadow e O Último Americano são alguns exemplos. Todos seguiram o padrão de luxo adotado pela editora concorrente.

Com os direitos de Akira, a Globo explorou de diversas formas a divulgação do material. Com base em um briefing desenvolvido pelos editores da Globo, um vídeo de propaganda da HQ era exibido como uma espécie de Trailer no vídeo VHS da animação e nos intervalos comerciais de emissoras de televisão:

https://www.youtube.com/watch?v=k41tuoL1FTs

Pôsteres gigantes foram pendurados nas bancas brasileiras. Um padrão para as publicações da Globo na época era que as 6 primeiras edições terem essa forma de divulgação, mas como se confirma pelas imagens, os cartazes de Akira foram bem além:

Cartazes de banca. Contribuição do colecionador William Shibuya

Propagandas de Akira eram estampadas em vários produtos da Globo, inclusive HQs de estilo totalmente oposto como Tex. Neste título, a propaganda de Akira apareceu pela primeira vez na edição 261 e estampou a contracapa ininterruptamente do número 268 até o 273, sendo interrompida na edição 274 para uma propaganda de Sandman e voltando pela última vez no número 275.

Akira como propaganda de Tex Nº261. Julho de 1991

Além disso, uma festa de lançamento do mangá foi realizada no Hotel Nikkey, situado no bairro da Liberdade, reduto asiático no centro da cidade de São Paulo. Após tanto investimento, a primeira edição veio às bancas em dezembro de 1990 com o preço de capa de Cr$350,00, equivalente a R$18,04 na cotação de 2017.

Imperador do caos

Como em várias mídias, os quadrinhos também sofrem muito preconceito. No Brasil não é diferente: Até os dias atuais há leitores que instantaneamente não gostam de Fumetti, Bande Dessinée, Manhwa, Quadrinhos nacionais e… mangá. É comum ver leitores que não gostam de determinada escola de narrativa gráfica simplesmente por não gostar. Se hoje as coisas são dessa forma, quase 30 anos atras era ainda pior.

Assim, a Globo decidiu publicar Akira no Brasil seguindo os padrões da edição estadunidense. Nosso primeiro Akira tinha cerca de 68 páginas por volume publicadas em formato americano. “A série AKIRA sempre foi tratada como uma série de luxo e, por este motivo, desde o início, o projeto foi concebido para ter um acabamento gráfico diferenciado. Em vez do couchê, que era um papel muito caro naquele período, optamos por um papel chamado LWC. Seminobre, mas melhor do que o papel adotado nas revistas em quadrinhos comuns”, afirma Leandro del Manto, editor do mangá pela Globo. As edições (assim como as da Epic) eram coloridas por Steve Oliff, escolhido pelo editor Archie Goodwin para a tarefa, já que publicar a obra em preto e branco como no original era um risco grande. Até a tradução seguiu esse padrão, já que as edições da Globo foram traduzidas do inglês e continham muitos palavrões e linguagem coloquial. A diferença de linguajar foi escolhida graças à ser um título destinado ao público adulto.

Mas, um detalhe foi diferente: As capas. Estas foram feitas no Brasil. As capas da edição Epic foram consideradas pouco atraentes pela Globo e no começo gostariam de ter publicado como a versão de luxo japonesa, porém na época estas não se adequavam por conter imagens que seriam censuradas. Com isso, a solução proposta foi de fazer suas próprias capas. O logo na vertical foi uma referência à forma japonesa de leitura, apesar de, como nos EUA formato adotado ser o sentido ocidental. O design foi inspirado pela edição espanhola de Akira.

Exemplo de capa da versão espanhola (reprodução: todocolleccion.net)

O responsável foi José Moreno Capucci e do diretor de arte Helcio Pinna de Deus. O Capista era Kim Oluf Jorgensen. Nesta época, ele lembra que “Recebia uma montagem em xerox e uma indicação de colemetria em tamanho 1 por 1, tamanho da capa final. No caso da primeira capa me chamaram para fazer apenas esta, por problemas com a chegada dos fotolitos dos Estados unidos. Portanto, fiz a primeira capa nesta proporção. O desenho eu passava para papel Scheller poroso, usando mesa de luz e uma lapiseira com grafite duro sem marcar o papel. Montava a folha numa placa de madeira com fita crepe, para evitar que o papel enrugasse ao pintar. Poderia ter usado papel premontado da scheller, mas precisava de algumas das características mais frágeis da folha. Preparava uma base com tintas acrílicas, dos tons mais claros da ilustração, para revelar o brilho com pincel e água, lavando a camada de guache e tirado excesso de água com um rolo de papel toalha. Resultava num resultado mais poroso”.

O trabalho feito na confecção das capas foi bem mais minucioso: “Brilhos menores recebiam um tratamento com lápis de borracha; A pintura geral era feita com aerografia tradicional, máscaras de Friskfilm; As tintas eram guache, acrília, ecoline e aquarella para filetar os traços. Achava que aquarella me dava uma resistência que combinava mais comigo. Depois que ficou determinado que faria as demais capas passei a fazer as ilustrações maiores. A minha capa favorita deveria ser a primeira, por ser aquela que abriu portas para mim por toda a minha carreira, mas como fiz no tamanho 1 por 1, passei a gostar mais de outras. Olhando para trás… realmente gosto das capas e eu estou entre a número 10 e/ou 21″ acrescenta o capista, que acabou ficando até a edição 25.  Capucci continuou sozinho com o design das capas até a edição 33 com eventual ajuda de outros profissionais.
Akira 10 e 21: As capas favoritas de Kim Jorgensen

Akira teve uma venda constante nas bancas brasileiras. Cerca de 7.000 exemplares eram vendidos todos os meses e era um valor satisfatório para a época levando em consideração o tratamento escolhido e preço mais caro. A publicação ocorreu mensalmente sem muitos obstáculos. Em novembro de 1992 as distribuidoras de materiais às bancas entraram em greve e várias cidades ficaram sem receber o volume 23, mas fora isso, tudo ia bem. A situação mudou na edição 33, lançada em setembro de 1993 quando após essa, assim como na trama original, Akira desapareceu em um longo período de hibernação.

Em meio às ruínas

Outubro de 1993. Quem foi às bancas atrás da edição 34 de Akira, não a encontrou. Era uma época diferente, não havia como ter tanta informação. Vários leitores brasileiros não sabiam que, há mais de um ano da data descrita, quem ficou sem entender o que estava acontecendo eram os leitores dos Estados Unidos mesmo com a série já ter se encerrado no Japão em junho de 1990.

A paralisação foi global. O pai de Akira deixou de supervisionar sua obra para trabalhar em outros projetos. Nesse período, Otomo dirigiu os filmes World Apartment Horror (1991), Memories (1995) e Steamboy, esse último que só estrearia nos cinemas em 2004. Otomo fez poucas HQ nessa época, sendo a mais famosa uma curta para a coletânea Batman Preto e Branco.

Batman por Katsuhiro Otomo. Tradução/adaptação feita por Mary Jo Duffy, mesma pessoa que realizou este trabalho em Akira (Reprodução: pinterest.com)

Uma particularidade do mercado editorial japonês é a rigorosa supervisão que fazem em todas as versões de seus mangás ao redor do mundo. Quase todas as editoras japonesas exigem receber inclusive uma cópia física de cada volume independente de onde é publicado até os dias atuais. Até a Marvel sofreu com isso: A tradução da obra era feita no Japão por funcionárias da Kodansha, que enviavam o texto aos EUA para a editora Mary Jo Duffy adaptá-lo para os padrões norte-americanos. Feito isso, o texto era introduzido nas provas de impressão já com os balões pré estabelecidos pela Kodansha e Otomo e enviados novamente ao Japão. Depois, passava por mais um processo de aprovação para só assim ir para a fase de colorização digital realizada por Oliff em seu estúdio Olyoptics. Somado a isso, vinha o perfeccionismo de Otomo em querer redesenhar algumas páginas do mangá para esta nova versão. Todo o processo de idas e vindas era feito por serviço postal e até hoje vários mangás são produzidos assim para sua versão em outras partes do mundo.

Sem esse serviço, Akira entrou em hiato. Apesar do contrato em vigor, a Globo ficou impossibilitada de continuar. Segundo Del Manto, “O contrato foi feito uma vez com a Kondansha e a interrupção ocorreu por causa da falta de material disponível para a reprodução. Quando esse problema foi resolvido, a Kodansha propôs uma extensão do contrato para o término da publicação. Houve o risco da série não ser mais publicada porque não existia uma definição de quando haveria mais material para licenciamento.” Ainda de acordo com o editor, um fato que por muitos anos foi tratado como lenda urbana é verdade: Uma reclamação no Procon foi feita por um leitor exigindo o prosseguimento da publicação. Mas, como explicado, esse não foi o motivo da Globo ter retomado Akira de onde parou.

Akira está de Volta!

Desfeito o imbróglio, Akira voltou aos EUA em outubro de 1995. No Brasil, a edição 34 só chegou em dezembro de 1997. A editora publicou na segunda página da edição brasileira um comunicado explicando o que havia acontecido:

Mesmo com o plano real já em vigor, o valor de capa ainda era alto para a época: R$7,00. Corrigido pela inflação, era aproximadamente R$32,00. Esse é apontado como um dos fatores para as edições de 34 em diante serem as mais raras da coleção brasileira, sendo vendidas por valores que, ainda em 2017, chegam a R$100,00 por exemplar. Del Manto, que voltou a editar Akira em seu retorno às bancas brasileiras, ainda diz que “Por causa das crises econômicas que assolaram o país durante o tempo em que a série ficou interrompida, as tiragens e as vendas dos quadrinhos tiveram de ser adequadas ao novo momento do mercado de revistas. As tiragens de todas as revistas diminuíram. Por causa disso, os preços de capa ficavam mais elevados. Quando menor a tiragem de uma revista, maior é o preço de capa.”

Akira teve sua derradeira edição publicada em março de 1998 no Brasil, totalizando 38 exemplares. Como nos EUA, esta teve alguns extras com histórias curtas e pin-ups de vários artistas homenageando o mangá; Dentre eles, Michael Allred, Joe Madureira, Warren Ellis, John Romita sr., Kevin o’Neill e Moebius:

A única baixa foi a não publicação do último encadernado. Akira no Brasil e em outros países tinha seus capítulos reunidos em edições mais grossas, cada uma com cerca de 7 a 8 edições mensais. Com o hiato, o último encadernado nunca foi lançado no Brasil. Nos EUA, a mesma coisa aconteceu com a versão encadernada por lá. “As edições encadernadas eram feitas reaproveitando o encalhe das revistas. Para a distribuição de bancas naquela época eram impressas muitas revistas já se prevendo uma perda com o encalhe. Como a história de AKIRA era contínua, podíamos reunir volumes na sequência. Após a interrupção da publicação e a diminuição da tiragem, sobraram pouquíssimos exemplares de encalhe. Por causa disso, houve bem menos exemplares para se fazer uma edição encadernada. Assim, não conseguiram uma quantidade suficiente para se fazer um volume. Também por causa disso, há bem menos exemplares disponíveis no mercado paralelo de atrasados.”, completa o editor.

Por quase 20 anos Akira não foi mais publicado no Brasil, apesar de reedições em outros países, inclusive com a versão em cores. Apenas em 2015 a editora JBC garantiu os direitos de uma nova publicação por aqui. O lançamento era previsto para dezembro de 2015 durante a segunda edição da Comic Con Experience, mas só aconteceu em julho de 2017 devido à uma exigência da editora Kodansha de que a nova versão brasileira seguiria os padrões de uma edição que estava ainda em preparação. O Brasil foi o segundo país do exterior a publicar essa nova versão, ficando apenas atras da França. O “Novo Akira” tem previsão de ter, ao todo, 6 volumes como o original japonês, publicado em preto e branco com volumes que variam de 350 a 500 páginas cada e ordem de leitura original. Apenas o primeiro volume foi publicado até agora, o segundo era previsto para dezembro de 2017, mas ainda não foi lançado.

Agradecimentos mais que especiais à Leandro Del Manto e Kim Jorgensen pelos depoimentos prestados que, sem estes, não teria como concluir este trabalho.

E ainda não acabou. Um detalhe muito importante do “nosso Akira” ainda necessita de melhores respostas. Em breve aqui no Torre de Vigilância algo muito especial será publicado. Aguardem!

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JBC anuncia relançamento de Gunnm Hyper Future Vision

Gunnm, série cyberpunk de ficção-científica revolucionária criada por Yukito Kishiro, será relançada no Brasil após mais de dez anos desde a publicação da primeira versão meio tanko da Editora JBC.

O mangá original foi publicado na revista Shueisha’s Business Jump de 1990 a 1995, e completo em nove volumes, ganhou alguns spin-offs e sequências. A primeira versão nacional foi lançada em 18 volumes.

A história se passa em um cenário pós-apocalíptico ao estilo de Mad Max em que uma cidade chamada Zalém flutua no céu e há ciborgues e humanos convivendo. A personagem principal, Gally, é uma ciborgue sem memórias revivida por Daisuke Ido que se vê envolvida em situações de batalha e caça de recompensas.

O mangá recebeu uma adaptação em dois episódios OVA, produzidos em 1993, e há atualmente um longa metragem americano dirigido por James Cameron em produção. A atriz Rosa Salazar (Maze Runner) deverá ser a protagonista.

A nova edição nacional chegará com o título internacional da série, Battle Angel Alita – Gunnm Hyper Future Vision. Mais detalhes acerca do formato e acabamento gráfico da nova coleção ainda não foram divulgados pela Editora JBC. Gunnm foi anunciado pela editora no mesmo dia do anúncio da enciclopédia do mangá Death Note.

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Akira | Editora JBC divulga detalhes sobre o mangá

Akira finalmente está chegando. Após dois anos de espera, os japoneses finalmente aprovaram a edição brasileira do mangá.

Por meio do seu canal no YouTube, a Editora JBC revelou detalhes sobre a publicação, incluindo o preço e mês de lançamento. Confira:

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  • 18,8 cm x 25,6 cm
  • 362 páginas
  • Papel Lux Cream
  • Leitura oriental
  • Páginas P&B
  • Completo em 6 edições
  • Em livrarias e lojas especializadas
  • R$ 69,90
  • Lançamento em Junho

Akira é um dos marcos da ficção científica oriental e revolucionou a chegada dos mangás e da cultura pop japonesa no Ocidente.

Ambientada em um cenário pós-apocalíptico da Neo-Tóquio, 30 anos depois da III Guerra Mundial, a história é centrada nos personagens Kaneda e Tetsuo, membros de uma gangue de motoqueiros que se deparam com o poder sobrenatural de Akira.

A obra foi escrita e ilustrada por Katsuhiro Otomo e tornou-se uma das principais referências da onda cyberpunk década de 1980, ao lado de grandes títulos como Neuromacer, de William Gibson.

Segundo a JBC, a previsão é para que sejam lançados dois volumes de Akira por ano.

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Os 15 melhores mangás para colecionar hoje

O mercado de mangás do Brasil passa atualmente por sua melhor fase em diversos sentidos. Com os últimos dois anos tidos por muitos como a “Era de Ouro” dos mangás no Brasil, as editoras vem ousando em apostar em diferentes formatos e numa variedade de demografias (shounen, seinen, gekiga, shoujo, etc) impressionante, publicando títulos que se adequam aos mais variados poderes aquisitivos dos leitores. Panini, JBC, NewPOP, Nova Sampa, e Astral são algumas (dentre outras) das editoras que publicam mangás atualmente, com destaque para as três primeiras que vem sobrevivendo à crise.

Mas com tantos títulos sendo lançados mensalmente nas bancas, livrarias e lojas especializadas, quais se destacam? Esta lista tem como objetivo indicar alguns mangás com o melhor custo-benefício, melhor desenvolvimento de história, valor histórico, entre outros aspectos como a duração e formato. É importante ressaltar que esta lista foi redigida com base na opinião de dois redatores do site, e é possível que haja discordância com seu gosto pessoal. Além disso, os títulos não estão rankeados em ordem de melhor para pior ou vice-versa. Sem mais delongas, confira abaixo os quinze títulos escolhidos!

Noragami

Escrito e ilustrado por Adachitoka, Noragami é um shounen. Na história acompanhamos Yato, uma divindade menor do Japão que está em busca de novos fiéis e de ter seu próprio santuário. Para conseguir isso ele anda pela cidade pichando muros com seu número de celular e informando que ajudará as pessoas no que elas precisarem, com a condição de receber cinco ienes pelos seus feitos. Durante um desses seus trabalhos como “deus delivery” ele é salvo de ser atropelado por um caminhão pela jovem Hiyori Iki, que acaba sendo atropelada em seu lugar e fica entre a vida e a morte. Após o atropelamento, Yato decide salvar a vida da menina e essa ação acaba mudando o destino dos dois para sempre, já que após isso, Hiyori começa a sair de seu corpo às vezes, podendo assim andar entre os dois mundos, o dos humanos e o dos mortos. Mesmo não trazendo nada de novo, Noragami se sobressai pelo carisma de seus personagens e pelas lições que o mangá quer passar. Tudo em Noragami é bem equilibrado. É dramático quando tem que ser, sem parecer um dramalhão. As piadas funcionam perfeitamente, e o elenco de apoio é muito bem utilizado. No Japão, o mangá se encontra no volume 17, em publicação desde 2010. No Brasil foi lançado o terceiro volume pela Panini em novembro de 2016. O mangá ganhou duas adaptações em anime, Noragami e Noragami Aragoto, ambas com 13 episódios cada.


Assassination Classroom

Um dos mangás mais inteligentes (e nonsense) já publicados na revista semanal Shōnen Jump, criado por Yuusei Matsui, Assassination Classroom narra a história dos alunos da classe 3-E que tentam diariamente assassinar seu professor, um alienígena amarelo que destruiu 70% da lua e ameaça aniquilar todo o planeta Terra caso não consigam matá-lo no período de um ano. O professor (Koro-sensei) é um exemplo ideal de excelente tutor, e visa transformar os alunos da problemática classe 3-E (a pior de todas) em alunos também exemplares, dedicando sua vida a tornar estes alunos os melhores. A história gira em torno de grupos de personagens, e serve como uma crítica ferrenha ao sistema de ensino japonês. Essas críticas também se aplicam ao sistema de ensino brasileiro, e muitas vezes o autor traça paralelos entre a palavra “assassinato” e o “ideal de humano” que deve ser formado na escola, criando correlações entre ambos os conceitos de forma metafórica. Quando Koro-sensei diz que vai “torná-los os melhores assassinos do mundo“, ele também quer dizer que irá transformar estes alunos nos melhores seres humanos possíveis, ensinando a todos valores e deveres essenciais para que sejam boas pessoas. A obra foi completa em 21 volumes, publicada entre 2012 e 2016, e foi um dos maiores sucessos da Jump no período, alcançando famosos mangás da revista como Naruto e One Piece. O autor sempre deixou claro que encerraria a história quando ele tivesse esgotado o que planejou para o ano de convivência entre Koro-sensei e seus alunos, sem se deixar levar pela ideia de “shounens infinitos” e sem se deixar influenciar pelo sucesso arrebatador das vendas. Graças a estes ideais o artista criou uma obra com poucas falhas, muita ação e situações divertidamente inusitadas. Assassination Classroom é publicado no Brasil pela editora Panini e atualmente encontra-se em sua 15ª edição encadernada.


Terra Formars

Escrito por Yu Sasuga e ilustrado por Ken-Ichi Tachibana, Terra Formars é um mangá seinen de ação, ficção-científica e horror, publicado no Japão desde 2011 na revista semanal Young Jump. No Brasil, a Editora JBC é a detentora dos direitos do mangá, em publicação desde 2015. Narra a história de grupos de humanos geneticamente modificados vindos de diferentes partes da Terra, que vão para Marte, nos anos 2600, enfrentar baratas gigantes que sofreram mutação após tentativas da humanidade de tornar o planeta vermelho habitável, ainda no século XXI. Os 100 humanos escolhidos, detentores de diferentes poderes animais, devem enfrentar a população estimada de 200 milhões de baratas gigantes, com todas as características físicas (e intelectuais) de uma barata comum elevadas em centenas de vezes. Terra Formars une uma história envolvente, personagens carismáticos e uma arte competente e entrega um excelente mangá de ação, com muitas reviravoltas de roteiro e muitos momentos memoráveis. Além disso, o mangá conta com uma base científica bem trabalhada (e realista na medida do possível), sempre contando com apoio de diferentes fontes para criar suas ideias, e também trabalha muitas tramas políticas no desenrolar da história. No Japão, o mangá ainda está em publicação contando com 19 volumes encadernados, enquanto no Brasil estamos na 15ª edição.


Ore Monogatari!!

Mangá shoujo escrito por Kazune Kawahara e ilustrado por Aruko, completo em 13 volumes, Ore Monogatari!! é uma excelente dica até mesmo para quem não é tão fã do gênero. Um dos sucessos mais recentes dos mangás shoujo no Japão (ao lado de Aoharaido e Orange), tem sua história girando em torno de Takeo Gouda, um rapaz totalmente atípico no quesito “protagonistas de mangás shoujo” por ser grande, forte, pesado, e se “assemelhar a um gorila”. Takeo salva uma garota (Yamato) de um abusador no metrô, e eles começam a namorar. As edições então giram em torno do relacionamento dos dois, somado a um grupo de coadjuvantes divertidos como o melhor amigo de Takeo, Sunakawa (que é um típico garoto bonito de shoujos), os amigos da escola de Takeo e Yamato, e até mesmo os pais de Takeo. Todas as situações do mangá são típicas de um shoujo, porém, a dose de humor é bem alta neste título, agradando também os leitores da categoria “comédia romântica“. No Japão, Ore Monogatari!! foi publicado entre 2011 e 2016, na revista mensal Bessatsu Margaret, enquanto no Brasil a detentora de seus direitos é a editora Panini, tendo publicado até o momento apenas 3 volumes da obra, bimestralmente.


Zetman

Masakazu Katsura é um autor conhecido pelo público brasileiro especialmente pela publicação de duas obras suas pela editora JBCVideo Girl e D.N.A². Famoso por sua arte realística bem detalhada e por suas histórias com elementos de ficção-científica, Zetmanseinen de sua autoria, foi o mangá onde o artista se permitiu debandar para o lado da ação. Zetman narra a história de Jin, um órfão que possui uma misteriosa auréola na sua mão esquerda e apresenta capacidades físicas acima do normal. Tendo vivido parte de sua infância na rua, o garoto acaba se envolvendo numa misteriosa trama relacionada a um experimento de uma famosa corporação após um monstro chamado “player” atacá-lo e tirar a vida de seu avô. Jin cresce e se vê mais uma vez envolvido neste misterioso projeto, a qual é sempre referido a ele o codinome Z.E.T. O mangá, completo em 20 volumes, possui cenas de ação magníficas e um grupo de personagens interessantes e bem desenvolvidos, como o garoto Kouga, e sua irmã Konoha. Katsura tece os fios da trama de Zetman aos poucos e de forma fluida, tornando a leitura de cada volume extremamente rápida e prazerosa. O conteúdo da obra é bem adulto, com muita violência e alguma nudez, além dos elementos ecchi (já conhecidos pelos fãs) característicos do autor. A publicação brasileira de Zetman pela JBC está atualmente no 15° volume, com novas edições lançadas bimestralmente.


Blade – A Lâmina do Imortal

Segundo mangá em formato BIG (dois volumes japoneses em um) lançado pela JBC em 2015, Blade de Hiroaki Samura é tido por muitos como um dos melhores mangás de samurai de todos os tempos. No Brasil a obra já havia sido lançada pela editora Conrad em meados de 2004, no formato meio-tanko, e desde outubro de 2015 a obra retornou às livrarias, revisada e num capricho editorial muito superior graças à JBC. O mangá narra a história de Manji, um ronin contratado para matar aqueles que se negam a pagar impostos. Ao notar que estava assassinando inocentes, o assassino se rebela contra seu contratante e acaba o matando, além de assassinar seus 99 guarda-costas. Ao ser salvo, bastante ferido, por uma monge que lhe deu o chamado “chá de vermes”, Manji torna-se imortal e a única forma de reverter seu status de imortalidade e se livrar de sua culpa, sendo capaz de morrer, é matando 1000 criminosos. Blade foi serializado de 1993 a 2012 na revista mensal japonesa Afternoon, casa de muitos outros títulos de qualidade. A obra se encerrou com 30 volumes encadernados, e no formato BIG da JBC, será concluído com apenas 15 edições, sendo que o volume 7 está programado para ser lançado ainda em janeiro de 2017.


One-Punch Man

A história do herói Saitama, criada por ONE e adaptada por Yusuke Murata, é um dos maiores sucessos do Japão atualmente. No Brasil, a editora Panini é detentora dos direitos da obra, e caprichou no acabamento do blockbuster que alcançou fama mundial graças ao anime exibido no ano passado. A trama gira em torno do herói Saitama, o invencível homem que derrota qualquer inimigo com apenas um soco, seu aprendiz Genos, um androide poderoso, e diversas situações cômicas envolvendo vilões inusitados, a Organização dos Heróis e a vida cotidiana do próprio Saitama. Originalmente, One-Punch Man é uma webcomic publicada desde 2009 com roteiro e arte de ONE, e o mangá é um remake publicado digitalmente na Weekly Young Jump, especificamente na Young Jump Web Comics. O remake possui 11 volumes encadernados lançados até o momento, e cativa o leitor graças às diferentes formas que os criadores trabalham a ideia da busca por um inimigo verdadeiramente desafiador para Saitama. Além disso, a arte de Yusuke Murata é uma das mais belas em mangás seinen de ação, com a colaboração de sua equipe de assistentes que aplicam efeitos verdadeiramente cinematográficos para os desenhos, concedendo uma fluidez impressionante, como você pode conferir clicando aqui. Um excelente título para quem busca uma paródia de super-heróis e mangás shounen, com uma leitura despretensiosa e um capricho editorial absurdo.


Arakawa Under The Bridge

Comédia escrita e desenhada por Hikaru Nakamura (autora de Saint Onii-San), completa em 15 volumes e publicada no Japão na revista seinen Young Gangan de 2004 a 2015, Arakawa Under The Bridge é um deleite para fãs do gênero nonsense. O mangá foi trazido ao Brasil pela editora Panini e conta a história da vida de Kou Ichinomiya, herdeiro da grande Ichinomiya Company, que tem como lema “nunca dever nada a ninguém“. Certo dia, um grupo de crianças rouba as calças de Kou e a pendura no alto de uma ponte, onde ele conhece Nino, uma garota loira que acaba salvando a vida de Kou. Como forma de recompensar o favor e sanar a dívida de Kou para com a garota misteriosa (que, é importante dizer, mora debaixo da ponte e diz ter vindo de Vênus), Nino pede para que o rapaz mostre para ela o que é o amor. Com isso, Kou passa a viver debaixo da ponte, onde muitos outros moradores e amigos de Nino também levam suas vidas das formas mais loucas imagináveis. A obra conta com um rol de personagens coadjuvantes brilhantemente bem escritos, todos com suas próprias características e momentos engraçados, e também tece comentários e críticas (não muito sutis, sendo fáceis de identificar) muito pertinentes sobre diversos temas sociais.


Knights of Sidonia

Obra máxima do gênio dos mangás cyberpunk Tsutomu Nihei, Knights of Sidonia é publicado no Brasil pela Editora JBC, e completo em 15 volumes. O mangá (serializado na revista japonesa Afternoon) é um seinen de mechas que narra a história de Nagate Tanikaze, um garoto que cresceu na base subterrânea da nave Sidonia, no ano 3394, após a humanidade fugir do planeta Terra graças aos ataques de uma raça de alienígenas gigantes chamados Gauna. Sidonia é uma das várias naves (com destinos desconhecidos) que fugiram em direção ao espaço, e tem forte influência da cultura japonesa, criando tecnologias e avanços científicos como a reprodução assexuada, clonagem e fotossíntese humana. Nagate, que sempre treinou em simuladores no subterrâneo, sobe à superfície após a morte de seu avô e acaba tornando-se piloto de um Guardião, robôs criados para proteger Sidonia dos ataques de Gaunas, além de desempenharem tarefas braçais como mineração. Knights of Sidonia une a bela arte sombreada de Nihei a diversas ideias de mangás prévios do autor (como Abara, publicado no Brasil pela Panini) e entrega sua obra mais longeva e com melhor desenvolvimento de roteiro e personagens. A vida em Sidonia é narrada com o desenrolar da trama, e diversas subtramas envolvendo até mesmo grandes empresas da nave Sidonia começam a ser criadas com o passar do tempo. O mangá foi adaptado para anime, produzido pela Netflix em 2014, enquanto no Brasil estamos rumando para o lançamento do 8° volume da obra.


Berserk

Mais longeva infinita obra criada por Kentaro Miura, Berserk é um mangá seinen de fantasia medieval já tido por muitos como um verdadeiro clássico dos gibis japoneses. Narra a história de Guts, um ex-mercenário e espadachim amaldiçoado que vaga pelo mundo sem descanso em busca de vingança pelos atos de um antigo rival. O mangá explora diversas facetas humanas, mostrando sempre o melhor e o pior da humanidade, tendo como temas assuntos como isolamento, traição, autopreservação, etc. Berserk é um dos seinens mais populares do Japão, tendo sido publicado em duas revistas diferentes, a Animal House e a Young Animal, ambas mensais; porém, especificamente este mangá possui periodicidade indefinida graças aos constantes hiatos do autor. Apesar disso, a obra possui 38 volumes encadernados, e a arte de Miura é extremamente realística e bem detalhada, sendo cada página um show de exuberância em todos os sentidos. A serialização de Berserk começou em 1989 e no Brasil ele é publicado pela editora Panini em dois formatos, o meio-tanko desde 2005 (que está emparelhado com o Japão), e a nova edição de 2014, revisada e de tankos completos, que encontra-se atualmente em seu 14° volume. O retorno do mangá (que encontra-se em hiato desde setembro de 2016) está previsto para o início de 2017. Berserk também é um dos 60 mangás mais vendidos do Japão.


Vinland Saga

Um mangá sobre vikings, Vinland Saga é a obra máxima de Makoto Yukimura, conhecido por seu mangá de ficção-científica Planetes. Vinland Saga narra a jornada de Thorfinn, um garoto cujo pai foi assassinado por Askeladd, em busca de vingança contra o assassino. Para alcançar seu objetivo e vingar a morte de seu pai desafiando o assassino, Thorfinn une-se ao bando de Askeladd, um grupo famoso de vikings que realizam diversos trabalhos e saqueamentos. Yukimura é um autor antibelicista com ideais que se assemelham muito aos de Osamu Tezuka (conhecido por tecer críticas ao exército e guerras no geral), e apesar disso ficar muito visível em Planetes, o autor toma Vinland Saga como o meio ideal de transmitir sua mensagem à humanidade. Por muito tempo (oito volumes) o mangá serve somente como um prólogo para a verdadeira história que o autor almeja contar, e quando a mensagem fica clara, o roteiro sofre uma reviravolta inesperadamente bela. A calma com que Yukimura desenvolve seus personagens e tece sua trama no desenrolar dos anos é admirável, e apesar de ainda estar em publicação no Japão (com 18 volumes, sendo que o próprio volume 18 será publicado pela Panini em breve, alcançando o Japão), é uma obra que te inspira e desperta uma vontade de ler mais e mais. No Japão, o mangá é publicado mensalmente na revista Afternoon, e vale ressaltar que não existe mangá ou anime algum que retrate a era viking de forma verdadeiramente séria exceto este. Segundo o autor, a obra seria encerrada com 25 volumes, mas pode demorar muito mais visto que ele define a extensão de sua criação conforme o roteiro se desenrola de forma natural. No fim das contas, Vinland Saga é um mangá obrigatório para qualquer coleção.


Vagabond

A vida de Miyamoto Musashi na visão do mangaká Takehiko Inoue é um dos maiores sucessos da Panini atualmente. Após algumas tentativas infrutíferas de outras editoras em dar continuidade à publicação deste mangá tão aclamado no mundo, a multinacional italiana começou a lançar tudo novamente em um novo formato, com nova tradução e acabamento mais luxuoso que o restante de seu catálogo. Vagabond se passa logo após a Batalha de Sekigahara (1600), onde um jovem chamado Takezo e seu amigo Matahachi foram lutar após deixarem sua vila, Miyamoto, buscando fama e glória. Contudo, na Batalha ambos só encontram a derrota, e a partir dali trilham caminhos diferentes em busca de força, numa jornada de autodescobrimento cercada por confrontos e desafios espirituais. O mangá tem maior parte de seu foco na vida de Takezo tornando-se Miyamoto Musashi, grande espadachim e ronin, criador do estilo de luta com duas espadas chamado Niten Ichi Ryu. Takehiko Inoue baseia-se no romance de Eiji Yoshikawa para criar sua própria versão da vida de Musashi, e todas as liberdades criativas que o autor toma com relação ao livro são bem aceitas por não existir um relato totalmente fidedigno da vida do espadachim. O mangá possui 37 volumes encadernados, tendo entrado em hiato no Japão em 2015. A arte de Takehiko Inoue é um dos grandes chamarizes da obra, visto que nela o autor capricha no realismo e cria quadros extremamente bem detalhados. No Brasil, o volume 11 foi lançado em dezembro de 2016.


Slam Dunk

Outra obra de Takehiko Inoue, Slam Dunk é o mangá de esporte mais famoso do mundo, e nono mangá mais vendido do Japão, com mais de 120 milhões de unidades vendidas. Esta história publicada semanalmente na Shounen Jump de 1990 a 1996 e totalizando 31 volumes foi responsável por popularizar o basquete na terra do sol nascente. Takehiko Inoue é um grande fã de basquete (tendo outras duas obras publicadas sobre o esporte, uma ainda em andamento), e através de Slam Dunk ele introduziu o esporte a milhares de leitores, de forma calma e muito fluida, através de bastante comédia. O mangá narra a história de Hanamichi Sakuragi, um delinquente impopular com as garotas (que preferem os garotos que jogam basquete), que conhece Haruko Akagi, irmã do líder do time de basquete do colégio. A garota reconhece o potencial de Sakuragi e o introduz ao time, enquanto ele aceita com o objetivo de impressioná-la, e a partir daí o rapaz começa a conhecer o esporte desde o básico e a desenvolver seu amor pelo basquete. A motivação de Sakuragi é um reflexo do jovem Inoue, que também começou a jogar basquete para tentar impressionar as garotas, e mais tarde desenvolveu um grande amor pelo esporte em si. Graças a resposta dos leitores que passaram a gostar do esporte o autor também organizou o Slam Dunk Scholarship, projeto que dá bolsas de estudo para estudantes japoneses. S.D. já havia sido publicado no Brasil pela editora Conrad há alguns anos, e atualmente a Panini está relançando a obra em um formato mais caprichado e baseado no kanzenban japonês, totalizando 24 volumes e contendo adicionais de qualidade que uma edição luxuosa japonesa proporciona.


Lobo Solitário

Um dos gekigás mais famosos do mundo, a obra de Kazuo Koike e Goseki Kojima é um dos grandes clássicos dos quadrinhos japoneses, tido por muitos como a maior obra quadrinística do Japão, publicado entre 1970 e 1976, totalizando 28 volumes. Lobo Solitário narra a história de Itto Ogami, o carrasco do shogun no Período Edo, que foi desonrado por falsas acusações do clã Yagyu e condenado ao seppuku. Ogami pega seu filho de três anos de idade, Daigoro, após a morte de sua esposa, e com as acusações do clã Yagyu sempre em mente ele toma o caminho de um assassino, viajando com seu filho e arquitetando seu plano de vingança, carregando um estandarte que diz: “Alugo minha espada, alugo meu filho.” Lobo Solitário influenciou grandes autores de quadrinhos e filmes, como Frank Miller, que é um grande fã da obra e foi o responsável por trazer o mangá ao ocidente. A obra foi adaptada em seis filmes, peças de teatro e uma série de TV, muito influente, e Kazuo Koike escreveu algumas sequências para o mangá algum tempo depois do fim. No Brasil, Lobo Solitário já havia sido lançado na íntegra pela Panini, porém agora a obra retorna num acabamento mais luxuoso, com papel offset, orelhas e sempre com uma capa original de Goseki Kojima que a editora teve acesso graças aos kanzenbans. Um clássico absoluto, o mangá é obrigatório para qualquer fã de quadrinhos.


Fullmetal Alchemist

O shounen definitivo de Hiromu Arakawa tido por muitos como um dos melhores mangás de todos os tempos está sendo relançado no Brasil pela editora JBC. Completo em 27 volumes, Fullmetal Alchemist conta a história de Alphonse e Edward Elric, dois irmãos que tentaram ressuscitar a mãe através do uso de alquimia, e falharam. Com o erro, Alphonse perdeu seu corpo e Edward, uma perna. Para restituir a alma do irmão, Edward também sacrificou um braço e prendeu-a dentro de uma armadura. Motivados pela falha, os irmãos dão início à sua jornada em busca da pedra filosofal, um objeto poderoso que permitirá que ambos recuperem seus corpos. A história (que foi publicada mensalmente no Japão) possui um roteiro bem amarrado que não desperdiça nada, planejado desde sempre para ter um início, meio e fim. Hiromu Arakawa também é uma ótima escritora de comédia, e todos seus personagens possuem algum destaque na trama. Fullmetal é uma jornada de superação, emocionando seus leitores com tantos problemas apresentados ao longo da vida dos irmãos, sempre motivados a seguir em frente, e também atiçando a curiosidade de todos graças a alguns mistérios apresentados logo no início da aventura. O mangá está entre os 25 mais vendidos do Japão, totalizando cerca de 65 milhões de cópias vendidas, e já havia sido publicado no Brasil em formato meio-tanko. A publicação atual da JBC é em um acabamento mais caprichado, com papel offset e cor especial prateada nas capas, além da tradução e adaptação revisadas e o lançamento no formato original, totalizando 27 tankos. O volume 5 foi lançado recentemente no Brasil.


Com isso encerramos nossa lista de 15 mangás recomendados para se colecionar atualmente! A variedade de gêneros e lançamentos mensais pelas diversas editoras do país é muito grande, tornando impossível sugerir todos os títulos existentes. Muitos outros mereciam ser indicados e comentados em detalhes, contudo, esta matéria ficaria ainda mais extensa! Quem sabe numa segunda parte?

Está acompanhando algum dos mangás sugeridos? Acha que faltou algo? Alguma sugestão? Comente abaixo!