A Editora Veneta tem um dos catálogos, seja em quadrinhos ou em livros, mais rico, importante e desejado das editoras brasileiras. Importantes obras que abordam temas políticos, questões raciais, feminismo, combate à homofobia e guerras são alguns dos assuntos abordados em suas publicações.
E nesse ano não está sendo diferente. Importantes publicações como Depois que o Brasil Acabou de João Pinheiro, Incognegro de Mat Johnson e Warren Pleece e Kit Gay de Vitorelo são alguns exemplos dos tesouros que estão chegando pela Veneta. Isso sem contar graphic novels como Palestina de Joe Sacco e a Caixa: King/BlackDogs de Ho Che Anderson.
Aqui listamos algumas publicações que estão em pré-venda, e com promoção, pelo site da editora.
Kit Gay (Vitorelo)
Finalmente a prova que uma mentira repetida mil vezes pode se tornar verdade! O livro pelo qual tanta gente, incluindo o presidente da república, sonhou! Pela primeira vez, o Kit Gay existe! E em um formato ideal para se ler dentro ou fora do armário. Um manual que te prepara para o futuro, quando a alegria de viver e o respeito pela vida vencerão o preconceito, os ódios de gente recalcada, a alienação, as superstições e a estupidez.
Kit Gay tem formato 12 x 18 cm, 96 páginas e o lançamento oficial será em outubro. Para comprar o seu exemplar, clique AQUI.
Incognegro (Mat Johnson e Warren Pleece)
Com roteiro de Mat Johnson e artes de Warren Pleece, Incognegro se passa nos anos 1930, quando Zane Pinchback, um repórter de Nova York, é enviado para investigar a prisão de seu próprio irmão, acusado pelo brutal assassinato de uma mulher branca no Mississippi. Enfrentando uma multidão de fazendeiros segregacionistas e homens da Ku Klux Klan prontos para o ataque, Zane precisa permanecer “incognegro” por tempo suficiente para descobrir a verdade por trás deste crime, salvando não apenas seu irmão, mas a si mesmo.
Publicado originalmente pela Vertigo, extinto selo de quadrinhos adultos da DC Comics, a graphic novel e ambienta no início do século XX, quando os linchamentos eram uma prática comum em todo o sul dos Estados Unidos, um grupo de repórteres corajosos arriscaram suas vidas para expor essas atrocidades. Eram homens afro-americanos que, pela cor de pele clara, conseguiam “passar despercebidos” entre os brancos, se infiltrando entre os principais grupos racistas. Eram os “incognegros”.
Incognegro tem formato 17 x 23 cm, 144 páginas e tradução de Gabriela Franco. Para comprar seu exemplar, clique AQUI.
Umahistória (Gipi)
O italiano quadrinista Gipi é um dos mais aclamados da atualidade e entrega em Umahistória aquela que foi considerada uma das 10 melhores graphic novels de 2020. Um soldado angustiado diante da carnificina na Primeira Guerra Mundial. Uma baronesa frívola que inspira o surgimento das metralhadoras. Um escritor perdido. Aquilo que não podemos desfazer nem perdoar. O caminho de casa, como encontrá-lo de volta? Tudo isso é Umahistória.
Alternando entre um preto e branco áspero e suas aquarelas exuberantes para construir uma narrativa múltipla. Através de pistas complexas, entre um posto de gasolina solitário e cartas de amor perdidas, Umahistória é uma HQ emocionante sobre como os ecos do passado podem afetar dramaticamente nossas escolhas.
Umahistória tem formato 21 x 28 cm, 132 páginas, tradução de Michele Vartuli e o lançamento será em 27 de setembro. Para comprar seu exemplar, clique AQUI.
O Livro da Selva (Harvey Kurtzman)
Esse aqui é um verdadeiro tesouro em sua importância! Em 1958, o lendário Harvey Kurtzman, o criador da revista Mad, procurou a editora Ballantine com uma ideia nova e radical: um livro com quatro histórias contadas em formato ilustrado e sequencial, voltadas para o público adulto. Nas décadas que se seguiram, esse conceito viria a ser definido pelo termo “graphic novel”.
O Livro da Selva, à frente de seu tempo, revelou-se um fracasso comercial inesperado para a Ballantine e um desastre financeiro para Kurtzman. Sua inspiração e seu impacto foram, mesmo assim, tremendos, especialmente para um grupo de jovens quadrinistas alternativos, entre os quais estavam Robert Crumb, Gilbert Shelton e Art Spiegelman. Kurtzman definiu muito do que foram os quadrinhos dali em diante.
A influência de Kurtzman é imensa não apenas nos quadrinhos norte-americanos. O francês René Goscinny, por exemplo, antes de criar o Asterix, escreveu seus primeiros livros em parceria com Kurtzman, de quem foi uma espécie de discípulo. Para o cineasta Terry Gilliam, que foi assistente do editor e quadrinista no início dos anos 1960, “Kurtzman foi um dos padrinhos do Monty Python”. Até porque, além de Gilliam, outro integrante do Monty Python, o inglês John Cleese, também atuou nas fotonovelas que Kurtzman publicava em sua revista Help, no início dos anos 1960, assim como o jovem Woody Allen.
Esta edição de luxo conta com uma introdução de Gilbert Shelton, outra de Art Spiegelman, um ensaio de Denis Kitchen e uma conversa entre os devotos de Kurtzman, Peter Poplaski e R. Crumb.
O Livro da Selva tem formato 17 x 27.5 cm, 192 páginas, tradução de Alexandre Barbosa de Souza e o lançamento previsto para dia 30 de setembro. Para comprar o seu exemplar, clique AQUI.
Kent State: Quatro Mortos em Ohio (Derf Backderf)
Em 1970, os jovens norte-americanos acreditavam que poderiam mudar os Estados Unidos. A Guerra do Vietnã completava 15 anos, com centenas de milhares de mortos. Na segunda maior universidade do estado de Ohio, a Kent State, o mês de maio começou com uma série de protestos contra o conflito, que se espalharam pela cidade, atraindo a atenção das paranoicas forças armadas do governo Nixon, que viam infiltração comunista em cada flor no cabelo, em cada acorde de guitarra.
Nixon resolveu fazer, então, de Kent State um caso exemplar de repressão. No dia 4 de maio, quando os estudantes se preparavam para mais uma manifestação, soldados da Guarda Nacional simplesmente abriram um tiroteio contra os jovens, deixando nove feridos e quatro mortos.
O quadrinista Derf Backderf tinha 10 anos quando o massacre na Kent State aconteceu. Mas acompanhou tudo aquilo de perto. E agora, cinquenta anos depois, após muitas pesquisas e entrevistas, traz um detalhado e comovente retrato de um momento que ajudou a definir não apenas os Estados Unidos contemporâneo, mas muito do que foi o Ocidente desde então.
Kent State: Quatro Mortos de Ohio tem formato 20 x 27,5 cm, 288 páginas, tradução de Érico Assis e o lançamento previsto para 01 de novembro. Para comprar o seu exemplar, clique AQUI.
Depois que o Brasil Acabou (João Pinheiro)
Premiado no Brasil e na Europa, aclamado como um dos principais autores do quadrinho brasileiro contemporâneo, João Pinheiro passou últimos anos registrando os tumultos que o Brasil tem vivido. O golpe político de 2016, as manifestações de rua, a violência policial e social, a desigualdade mantida a ferro e fogo, a vida nas quebradas e a destruição dos sonhos de o Brasil se ver finalmente livre do colonialismo e do racismo. No retrato feito por Pinheiro, o país é um campo de batalha onde a Preta Maravilha, Marighella, Mano Brown e Antônio das Mortes enfrentam Bolsonaro, Sérgio Moro, José Luiz Datena e um super-herói da Marvel Comics.
“Os confrontos e o delírio são permanentes, tudo isso encontramos no ambiente desenhado por João Pinheiro”, os elogios da revista francesa ActuaBD são para Burroughs, outro livro do quadrinista, mas servem também para definir Depois que o Brasil Acabou. São páginas furiosas, escatológicas e até mesmo panfletárias, mas lindas em sua urgência.
Depois que o Brasil Acabou tem formato 19 x 26 cm, 112 páginas, introdução de Rogério de Campos, prefácio de Marcello Quintanilha e lançamento previsto para 25 de outubro. Para comprar o seu exemplar, clique AQUI.
Lembrando que essas e outras publicações estão com preços promocionais no site oficial da Veneta, clicando AQUI.