Com a morte do Superman dos Novos 52, o universo DC precisava de um novo símbolo de esperança. O Superman do universo pós-crise, que retornou em Convergência, saiu do anonimato e assumiu as cores azul e vermelho novamente. Clark agora é pai e precisa ensinar a seu filho Jon como usar seus poderes. Esta é a trama de O Filho do Superman, o primeiro arco da revista do Superman no Renascimento DC.
Depois do excelente trabalho feito em Batman e Robin, Peter J.Tomasi escreve mais uma relação entre pai e filho. E, realmente, não existe ninguém mais qualificado para tal tarefa. Tomasi, além de escrever bons diálogos entre e pai e filho, também compreende a essência do Superman. A evolução de Jon como personagem é notável e o jeito como ele é trabalhado cativa o leitor.
É claro que ele não faz isso sozinho. Seu colaborador de longa data, Patrick Gleason, traz traços cartunescos que combinam perfeitamente com o tom da narrativa. As expressões faciais e seu jogo de sombras são o grande destaque aqui. As cores vibrantes de John Kalisz complementam perfeitamente o trabalho de Gleason. O melhor uso delas é na segunda edição. Outros artistas como Jorge Jimenez e Doug Mahnke também fazem um bom trabalho aqui.
O Erradicador, vilão surgido em Action Comics Anual 2 de 1989, retorna aqui para extrair o lado humano de Jon. Ainda que seja um bom antagonista com boas motivações, ele é a parte menos atrativa da obra, mas é deveras empolgante ver o Superman levando a batalha para a Lua a fim de usar a extensão de toda a sua força. Uma das maiores surpresas do arco envolve uma medida tomada por Lois Lane para proteger seu filho.
O Filho do Superman é um ótimo início para a revista do Homem de Aço. É simples, divertida, heroica e inspiradora. Coloca o herói em um novo status sem alterar a sua essência e introduz um personagem muito carismático: O seu filho. É tudo o que um quadrinho do Superman tem que ser.
O arco foi publicado no Brasil pela editora Panini nas edições 1 à 3 da revista mensal do Superman entre abril e junho de 2017.