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Confira as artes oficiais do novo personagem que assumirá o manto do Cavaleiro da Lua nos quadrinhos

A Marvel Comics divulgou as artes do novo personagem que assumirá o manto do Cavaleiro da Lua nos quadrinhos, mais especificamente, em Moon Knight: Black, White & Blood. 

Criado por Jonathan Hickman e Chris Bachalo, o personagem será um sacerdote espacial de Khonshu, o deus da Lua. O seu nome junto de sua ligação com o Marc Spector, o Cavaleiro da Lua principal das HQ’s, não foram divulgadas. 

Outra informação concedida pela editora, é que a trama se passará seis mil anos no futuro. Ao que tudo indica, a história será canônica dentro do universo Marvel e a nova versão do personagem deve desempenhar um papel de extrema importância no futuro da mitologia do Cavaleiro

Cada artista que trabalha em Moon Knight: Black, White & Blood, apresentará o seu ponto de vista sob a mitologia do Cavaleiro da Lua. As edições serão em preto, branco e vermelho. Apenas a trama de Hickman e Bachalo será canônica.

Moon Knight: Black, White & Blood chega em Abril de 2022.

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Jonathan Hickman e Chris Bachalo trabalham em uma minissérie antológica do Cavaleiro da Lua nos quadrinhos

Foi anunciado através do GamesRadar, que a dupla de quadrinistas Jonathan Hickman e Chris Bachalo estão trabalhando em uma minissérie antológica do Cavaleiro da Lua nos quadrinhos.

Intitulada de Moon Knight: Black, White & Blood, o projeto terá quatro edições e contará com Marc Guggenheim, Jorge Fornes, Murewa Ayodele e Dotun Akanda como artistas colaboradores.

Jonathan Hickman e Chris Bachalo farão uma história que será essencial para o futuro do herói. É informado que eles irão apresentar um novo personagem que utilizará o manto do Cavaleiro da Lua, e que não terá ligação com Hunter’s Moon, o atual avatar de Khonshu nos quadrinhos da Marvel Comics.

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Divulgação: Marvel Comics.

Cada artista que trabalha em Moon Knight: Black, White & Blood, apresentará o seu ponto de vista sob a mitologia do Cavaleiro da Lua. As edições serão em preto, branco e vermelho. Apenas a trama de Hickman e Bachalo será canônica.

Moon Knight: Black, White & Blood chega em Abril de 2022.

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A Leitura Que Me Fez Bem! As Indicações de 2021!

Em todo mês de dezembro, surgem as famosas “listas dos melhores do ano”. Ano passado, resolvemos criar algo diferente e juntamos um time de pessoas que fazem parte da mídia de quadrinhos, ou então que fazem quadrinhos ou que são leitores, e criamos A Leitura que Te Fez Bem. Aquele gibi ou livro que te fez bem no ano que passou, que tenha mexido com você de alguma forma.

Esse ano juntamos uma galera de primeira linha e pedimos para realizar a mesma coisa. E o resultado foi muito bom.

Principalmente, por que esse ano reuniu algumas resenhas de quadrinhos nacionais e de uma galera que… digamos… é mais “underground”. O que é bom, por que se tem uma coisa que eu adoro é divulgar a galera dos quadrinhos nacionais. Principalmente a galera lá da labuta.

Mas também temos arrasa quarteirões como X-Men do Jonathan Hickman, Incal, temos mangá, livros e a maravilhosa Berlim. Ou seja, tem para todos os gostos. Se te fez bem, se colocou sua massa para pensar, se te deu um alivio e te divertiu. Então o gibi cumpriu a sua missão.

Um time lindo, cheiroso e talentoso, colocou aqui suas leituras que, de alguma forma, marcaram ou que ficou na mente esse ano e indica para você, queridaço leitor! E aqui está a leitura que fez bem para todos nós:

Quadrinhos Azedos Vol. 0 (Felipe Limão) – Por Ricardo Ramos

O quadrinista e professor Felipe Limão não fez uma coletânea com suas histórias. Ele agiu como a música da banda Engenheiros do Hawaii chamada Armas Químicas e Poemas: “Eu abri meu coração, como se fosse um motor. E na hora de voltar, sobravam peças pelo chão. Mesmo assim eu fui à luta…” sim, Felipe foi a luta e apresenta um dos quadrinhos mais sinceros que transbordam sentimentos que li esse ano. Ele junta tudo que vivenciou na pandemia do COVID-19 desde o ano passado, em relação a seu relacionamento, vida financeira, raiva do negacionismo, medo de perder pessoas queridas, conviver com perdas cada vez mais próximas… e também a alegria de reencontrar parentes, amigos e uma retornada a “vida normal”.

Quadrinhos Azedos V.0 reúne essas passagens e também trabalhos do Felipe Limão publicados em 2019 como a excelente Tempo Acúmulo. Em uma viagem existencial, onde tudo depressão e desanimo batem de frente com esperança e a alegria de uma vida simples, Quadrinhos Azedos é um espelho para muita gente que se vê nas situações do Felipe.

Para poder ter o seu exemplar, você pode entrar em contato direto com o autor pelo Twitter ou assinando a sua campanha no Padrim.


Manual do Minotauro (Larete) – Por (Laura Athayde – designer, ilustradora e quadrinista)

Eu adoro quadrinhos, mas eu AMO tirinhas! Não é à toa que esse é o formato que mais exploro no meu trabalho. Acho que tirinhas têm um potencial imenso de provocar reflexões e sentimentos com poucos e bem pensados quadros. Por isso, a minha leitura preferida do ano (que, na verdade, ainda não terminei) é o Manual do Minotauro, da Laerte. Bem conhecida pelas tirinhas com personagens engraçados e charges de cunho político, em 2004 Laerte começou a testar formas diferentes de fazer quadrinhos.

Ela foi pra um caminho mais filosófico e experimental, e são esses trabalhos que estão compilados no Manual do Minotauro. O livro tem mais de 1.500 tirinhas, a maioria delas composta de 4 quadros. E é incrível ver tantas formas diferentes que a autora encontrou de preencher esse espaço!

Manual do Minotauro é uma publicação da Quadrinhos na Cia.


X-Men (Jonathan Hickman) – Por Konema (Podcaster do HQ Corp e comentarista de NBA no Twitter)

Meu prêmio de melhor quadrinho do ano vai para os X-men de Jonathan Hickman!

Não é de hoje que a gibisfera rasga elogios ao Hickman e nessa fase dos mutantes não poderia ser diferente! Depois de anos de história de sofrimento com lapsos de sucesso, Jhonathan vem para escrever um épico mutante onde a raça Homo-Superior finalmente irá PROSPERAR no universo Marvel!

Tem como isso ser ruim?

Esse foi o melhor título que li esse ano, disparado, chegava a da crise de ansiedade esperando a próxima edição, coisas como a formação da nação mutante Krakoa a planos “sem falhas” do futuro da raça mutante arquitetado por Magneto e Xavier em cima de uma pilha de segredos.

Um dos pontos mais altos para mim é como o Hickman escreve o Ciclope, Scott Summer tomou no meu coração o primeiro lugar antes conquistado pelo Logan, neste título ele contempla que FINALMENTE a raça mutante chegou a um patamar onde não está mais se matando, onde não a mais necessidade de revolução ou guerras e que finalmente eles têm uma terra para chamar de sua, ele nunca teve isso e vai lutar com tudo o que tem para manter, é apaixonante ver a evolução do personagem de aluno, líder, revolucionário para agora protetor!

Eu poderia perder horas falando desse título, até já fiz isso em outras mídias, mas fica aqui para vocês a melhor leitura do meu ano de 2021.

X-Men é publicado no Brasil pela Panini Comics.


Dez Dias num Hospício (Nelly Bly) – Por Raphael Fernandes (Editor-Chefe da Editora Draco e sangue bom demais)

Dez Dias num Hospício, de Nelly Bly, foi uma grata surpresa e acredito que foi o livro mais interessante que li este ano. Trata-se de uma reportagem de 1887 sobre o sistema manicomial norte-americano, que foi escrita por uma das pioneiras do jornalismo investigativo.

A jovem Bly conseguiu forjar facilmente a própria condição mental e testemunhou como funcionava o encarceramento de mulheres em instituições para “tratamento” de pessoas com algum tipo de distúrbio mental. Uma reportagem brutal, muito bem escrita e que revela que o inferno somos nós.

Dez Dias num Hospício é uma publicação da Editora Fósforo.


Tecnodreams (Isaque Sagara) – Por Monique Mazzoli ( Podcaster Yellow Paper, HQ Corp e redatora da Torre de Vigilância)

Meu quadrinho escolhido do ano de 2021, entre muitos que eu também gostaria de falar, é o Tecnodreams do Isaque Sagara. Tecnodreams aborda um cenário futurista, mas que infelizmente ainda está preso em questões do passado, uma realidade ainda muito atual para todos nós, como a desigualdade social e a ideia errônea da meritocracia.

A HQ narra como a possibilidade de obter um pouco mais de poder sobre o próprio destino, ainda que em um mundo de realidade virtual, faz com que o ser humano passe rapidamente de oprimido a opressor. Com o Slogan: “Seja o que você quiser” a tecnologia Orion, da empresa Tecnodreams, faz com que seus maiores sonhos e desejos estejam a um passo de distância, basta desejar.

O trabalho do professor e quadrinista Isaque Sagara, sempre aborda questões sociais, mostrando como ainda vivem boa parte dos brasileiros, com temas pertinentes a serem debatidos, independente do cenário apresentado. Recomendo demais, não apenas esta HQ, como também seus outros trabalhos.

Tecnodreams é uma publicação do selo Negrogeek.


Dampyr (Mauro Boselli e Maurizio Colombo)  – Por  Caio Oliveira (Cantinho do Caio e o mais amado pelo fãs do Snydercut)

Quando me pediram pra resenhar o melhor gibi que li em 2021, eu tive que parar e pensar bastante pra lembrar qual foi. Não que não tenha lido coisas incríveis esse ano, mas: 1- queria evitar cair em Demolidor do Zdarsky ou Hulk do Ewing; 2- o grosso do que tenho lido nos últimos anos são compilações gringas de gibis velhos que li nos anos 80 e 90, e não sabia se isso funcionaria na proposta que me pediram. Foi então que me decidi por Dampyr, da Editora 85, que tá fazendo um excelente trabalho editorial em suas publicações. Dampyr nem sequer é meu fumetti favorito em bancas atualmente (esse seria Mágico Vento), mas eu tenho um carinho especial por Harlan Draka e seus companheiros por ter sido o primeiro fumetti que comprei em bancas, em 2004, quando ainda era publicado pela Mythos. Eu já lia Ken Parker, Dylan Dog e Mágico Vento que comprava em sebos, mas comprar a edição na banca me pareceu na época um ato de traição contra os gibis americanos, meu xodó na época! Me senti ousado e aventureiro!

Mas do que trata Dampyr? É a velha história de um caçador de vampiros filho de um vampiro mais poderoso. O diferencial de Dampyr é a ambientação, quase sempre as histórias se passam em cidades do leste europeu (em especial Praga) onde eclodem guerras civis, um prato cheio pros vampiros, que se banqueteiam. Na edição 7 da Editora 85, nós temos 4 histórias, 3 delas escritas por Mauro Boselli e uma escrita por Maurizio Colombo, os criadores do personagem. Eu prefiro a escrita do Boselli, acho mais fluida, em especial na história que abre a edição, “Pesadelo Flamengo”, sobre dois amigos idosos envoltos no mistério  do assassinato de seus velhos conhecidos de infância, numa trama de terror que deixaria Dylan Dog orgulhoso! Isso com a arte magistral de Luca Rossi (aliás, todos os artistas dessa edição 7 são fantásticos!).

Enfim, Dampyr é um bom gibi pra quem procura ação, terror e até um pouco de tramas históricas. Recomendo demais!

Dampyr é publicado no Brasil pela Editora 85.


Laura Dean Vive Terminando Comigo (Mariko Tamaki e Rosemary Valero-O’Connell) – Por Fabi Marques (Colorista e podcaster do 1001 Crimes e DFP)

Laura Dean Vive Terminando Comigo é uma daquelas hqs que a gente lê de uma vez só e depois fica olhando pra parede se sentindo órfão.
Os personagens são tão bem escritos que a gente vive todo o ciclo de estar preso em um relacionamento tóxico e sente o frio do coração de gelo de uma pessoa que não está emocionalmente disponível, no caso, a Laura Dean.

O enredo é muito bem construído, no meio existe uma certa confusão que é exatamente o sentimento de um relacionamento abusivo não linear, com seus altos e baixos muito baixos mesmo.

Um quadrinho que mostra que todes nós estamos sujeitos a cair em armadilhas tóxicas e não é nossa culpa. Um quadrinho que pode ajudar a curar um coração partido mas também ensinar outras pessoas a terem mais empatia, enquanto mostra o verdadeiro valor das amizades e que você não está só.

Laura Dean Vive Terminando Comigo é uma publicação da editora Intrínseca.


Detrito – do caos a lama (João Carpalhau, Alex Genaro e Cristiano Ludgerio) – Por Paloma Diniz (Desenhista e quadrinista)

Sinopse: a história se passa na Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro, e narra o dia a dia de Renato Barros, um professor que está num momento muito ruim e delicado em sua vida pessoal e profissional. Como se não pudesse piorar mais, acontece um acidente químico após um assalto a um carro com carga radioativa na cidade. O que mudará completamente a vida do Renato e das pessoas na história. Baseada em fatos trágicos e reais que ocorreram em 2012 na cidade de Duque de Caxias-RJ, apesar de ficcional, traz muito da realidade brasileira.

Pessoalmente, é uma HQ na qual me identifico e que gostei muito em todos aspectos: uma HQ brasileira, feita por brasileiros, ficcional e bem embasada na nossa vida; uma história completa (com começo, meio e fim), num formato fácil de manusear, confortável de ler, e o melhor: preço acessível. Pra mim, o melhor de uma produção brasileira em todos os quesitos. Precisamos de mais HQs como estas.

Detrito – do caos a lama é uma publicação da Capa Comics.


Ao No Flag (Kaito) – Por Bruno Fonseca (Editor-Chefe do site Proibido Ler)

Sabe aquelas leituras que não exige nada do leitor? Você não tem que ter conhecimento prévio de nada, nem precisa se esforçar muito pra entender a trama. É sentar, ler e se divertir de um jeito simples e prazeroso. Assim é Ao No Flag, mangá escrito e ilustrado por Kaito.

Na história, três jovens estão naquele período de se formar no Ensino Médio e entrar na faculdade. Um período cheio de dúvidas e incertezas, mas que ficarão menos pesado por conta dos protagonistas. Aqui, todo mundo gosta de todo mundo, mas ninguém tem coragem de assumir e eles vão de um jeito único se entendendo e te cativando. Leitura boa para desestressar e relaxar.

Ao No Flag é publicado no Brasil pela Panini Comics.


Incal (Alejandro Jodorowsky  e Moebius) – Por Carlos Pedroso (Yellow Paper poscast)

Um dos quadrinhos que me marcou em 2021 foi Incal, escrita por Jodorowsky e desenhada por Moebius, da editora pipoca e nanquim. Incal apresenta um futuro distópico cheio de bizarrices, ação e aventura capazes de me fazer imaginar no mundo real como tudo isso seria. Com uma visão particular para um futuro a autor nos apresenta a uma intriga intergaláctica ala Star Wars, cheio de inimigos perigosos que querem dominar o universo e aliados inesperados. Incal conseguiu me prender da primeira à última página com maestria, e conforme fui entrando e conhecendo seus personagens fiquei de boca aberta com o roteiro e artes casam de uma forma única, construindo todo universo e com seus personagens cheio de camadas e história bizarras.

Particularmente o querido Jonh Difoo que mais parece um velho rabugento que só sabe reclamar, foi sem dúvida o melhor personagem. Sempre reclamando de algo, o duvidando o tempo todo e sendo o herói improvável. Outro que me cativou foi o Metabarão, personagem frio e calculista, cheio de manias mais parecido com o “Hitman do jogo”, o Metabarão deu um ar de filmes dos anos 80 para a trama. O mais interessante é que todos os outros personagens são importantes para o desenvolvimento da trama e tem seu momento. E meu, que história concisa, densa e cheia de reviravoltas e surpresas que te prende e te faz querer chegar ao final para descobrir o que vai acontecer com nossos heróis.

Com uma arte impecável e roteiro sensacional, Incal sem dúvidas é uma das melhores leituras que fiz nesse ano fácil. Um adendo, cara que cores tem esse quadrinho, com uma coloração viva que realça todos os ambientes, além de destacar em detalhes os ambientes, planetas e pessoas. Esse é o tipo de quadrinho, com uma combinação perfeita na minha opinião como fã de ficção científica e tem tudo para quem gosta do gênero, viagem espacial, tramas bem elaboradas, uma visão distópica do futuro e muita ação.

Incal é uma publicação da editora Pipoca & Nanquim.


Berlim (Jason Lutes) – Por Léo Palmieri (Podcaster Gibi Nosso de Cada Dia e fundador do site Crossover Nerd)

Imagine acompanhar algumas vidas durante o conturbado período de 1928 a 1938 em Berlim. Neste incrível quadrinho, Jason Lutes conseguiu sintetizar de forma magistral, acontecimentos incríveis na vida de pessoas comuns na cosmopolita Berlim dos anos 30. Aqui, vemos como foi a ascensão do Nazismo frente a todas as situações ideológicas possíveis, bem como este regime totalitário se utilizou de toda a cultura e informação para, aos poucos, estabelecer o seu poder.

Jason Lutes demonstra neste trabalho, que além de uma narrativa sem igual (beirando a cinematográfica em algumas situações), domina muito da história da Alemanha. Os Embates dos Nazistas contra os comunistas, a troca de situações quase novelescas, o auge e queda de pessoas, comércio, cultura e liberdade. Berlim não é uma obra fácil de se digerir, se você não for uma pessoa empática. Esse quadrinho me tocou muito nesse ano.

Berlim foi publicada pela Editora Veneta.


Juquinha: O Solitário Acidente da Matéria (Max Andrade) – Por Gabriel Ávila (Jornalista do site Jovem Nerd)

Juquinha: O Solitário Acidente da Matéria é a típica HQ que engana o leitor. Se você confiar na sinopse, vai achar que está comprando um “mangá sobre aceitação e amadurecimento em uma realidade” – o que não é mentira, mas não é toda a verdade. Partindo desta ideia, que parece simples, Max Andrade (Tools Challenge) constrói uma história que é ao mesmo tempo grandiosa e metalinguística, como também é intimista e sincera.

É nesse equilíbrio de coisas que parecem antagônicas que esse quadrinho sustenta em uma história cativante as infinitas referências que habitam a mente de um dos maiores talentos dos quadrinhos. E faz tudo isso com uma sinceridade vibrante que torna a experiência memorável e o Juquinha um dos mais queridos personagens das HQs.

Vida longa ao Juqs!

Juquinha: O Solitário Acidente da Matéria é uma publicação da Editora Draco.

 

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Editora Devir Brasil anuncia volume duplo de East of West – Volume 3

E a editora Devir Brasil continua a caminhada do Cavaleiro da Morte em East of West – Volume 3. A série em quadrinhos que tem autoria da dupla Jonathan Hickman e Nick Dragotta chega às bancas e lojas especializadas em uma versão dupla, pois a partir desse volume cada edição reunirá duas edições originais.

Nesse terceiro volume, depois de reencontrar sua esposa, Morte parte em busca do filho que eles acreditavam ter morrido há muitos anos. Enquanto isso os Escolhidos continuam tramando o fim do mundo. O conflito que trará o apocalipse é iminente.

Os eventos de East of West se passam em uma realidade alternativa onde a Guerra Civil norte-americana seguiu até 1908, e a queda de um cometa causou uma devastação que culminou no tratado de paz onde formou-se as Sete Nações da América.

No dia em que o tratado foi assinado, Nuvem Vermelha, chefe da Nação Perpétua, compartilhou uma visão com os membros do seu conselho e, em Atlanta, o profeta Longstreet escreveu o Segundo Livro das Revelações. Ao finalizarem seus relatos, os dois homens tombaram mortos.

A Mensagem que eles divulgaram continuou incompleta até que Mao Tsé-Tung, em seu leito de morte, acrescentou um trecho a seu Livro Vermelho e concluiu a profecia: Os três eram unos. E o uno… era a história do fim do mundo. Agora estamos em 2064, e três Cavaleiros do Apocalipse, Guerra, Fome e Conquista renascem como adolescentes e prontos para realizar sua missão. O quarto, Morte, por outro lado, tem objetivos próprios… e pode ser a última esperança da humanidade. Esse é o ano um do Apocalipse.

East of West: A Batalha do Apocalipse – Vol. 3 tem formato 17 x 26 cm, 288 páginas e tradução de Érico Assis. A edição reúne East of West # 11 a 19 e o one-shot East of West – The World.

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Editora Devir Anuncia East of West – Volume Dois, Elogiada Série de Jonathan Hickman

A Devir Brasil começou a pré-venda de East of West – Volume Dois. A aclamada série de Jonathan Hickman, que mistura ficção científica e faroeste, é uma das séries mais elogiadas pela crítica gringa e foi indicada ao Prêmio Eisner em 2014 nas categorias Melhor Série, Melhor Roteirista e melhor Artista, para Nick Dragotta.

Como sabemos, já comentamos sobre East of West AQUI, o cenário é uma versão distópica da América do Norte no ano de 2064, após uma guerra civil dividir os Estados Unidos em sete nações independentes e a Morte abandonar o cargo de Cavaleiro do Apocalipse. Então os líderes dessas nações, motivados por uma profecia, conspiram para orquestrar o fim do mundo.

 

Nesse novo volume, Os Escolhidos desconfiam que há um traidor em suas fileiras e o filho da Morte e Xiaoling continua a ser preparado para se tornar a “Grande Besta”. Nesse meio tempo, Morte e seus companheiros procuram pistas sobre o paradeiro da criança. E novas revelações são feitas a respeito desse mundo dividido que se aproxima do seu fim.

East of West – Volume Dois reúne as edições #6 a 10. Com formato de 17 x 26 cm, 144 páginas coloridas, a edição tem roteiro de Jonathan Hickman, desenhos de Nick Dragotta e tradução do Érico Assis.

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Jonathan Hickman indica acordo com a DC Comics

Na última terça-feira, a DC anunciou em sua página oficial do Twitter que o escritor Brian Michael Bendis assinou um contrato de exclusividade para a editora. Com isso, outro roteirista vindo da Casa das Ideias indicou que está seguindo o mesmo caminho de Bendis: Jonathan Hickman.

Em seu Twitter, Hickman postou uma imagem da cena “Oh Captain! My Captain!” do filme Sociedade dos Poetas Mortos. A intenção por trás da foto é um pouco enigmática, mas a referência ao filme é clara. A cena ocorre quando os ex-alunos de John Keating (Robin Williams) reclamam desafiadoramente o poema de Walt Whitman em apoio à sua professora.

https://twitter.com/JHickman/status/927935825719054336

Esta não é a primeira vez que Hickman indica envolvimento com a DC. Há algum tempo atrás, agosto deste ano, o roteirista almoçou com Jim Lee, o co-editor da DC, mas não se sabe ao certo o que foi discutido neste almoço. 

Jonathan Hickman é famoso pela sua elogiada fase no Quarteto Fantástico e nos Vingadores, já trabalhou ao lado de Bendis em Guerreiros Secretos. Sua última história para a Marvel foram as novas Guerras Secretas que antecederam o relaunch All New All Different Marvel. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância

 

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Panini lança Os Vingadores: Infinito, de Jonathan Hickman e Leinil Yu

Continuando a série de encadernados dos Vingadores e lidando com as reverberações da saga Infinito, a Panini está lançando Os Vingadores: Infinito, de Jonathan Hickman e Leinil Francis Yu, que encontra-se atualmente em pré-venda na Amazon. Saiba detalhes abaixo.

Nos confins do espaço, os Vingadores se juntam à força intergaláctica que combate os invasores cósmicos que seguem em direção ao planeta Terra. Os Construtores já dizimaram os batalhões do Império Skrull… que chance terão os Heróis Mais Poderosos da Terra? E quando a traição atinge o Conselho Galáctico e os Vingadores são feitos prisioneiros de guerra, um ousado plano é elaborado! Os heróis deverão se salvar e correr de volta para casa, mas será que conseguirão chegar a tempo?

Este volume reúne as edições 18 a 23 de Avengers, revista escrita por Jonathan Hickman e ilustrada por Lenil Francis Yu.

Infinito foi uma das principais sagas cósmicas da Nova Marvel. Em dezembro de 2016 a editora Panini publicou um encadernado de Prelúdio para Infinito, sendo que em fevereiro de 2017 o encadernado de luxo contendo toda a minissérie Infinito foi publicado, lançando posteriormente Novos Vingadores: Infinito com os primeiros tie-ins. Os Vingadores: Infinito é o segundo compilado de tie-ins da saga.

Os Vingadores: Infinito possui 172 páginas encadernadas em capa dura e formato 26 x 17 cm, e o preço sugerido é R$ 28,90. Clique aqui para conferir a pré-venda da Amazon.

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Projeto Manhattan | O real e o imaginário de mãos dadas

Quando você começa a ler o Projeto Manhattan, pode não reparar, pode ignorar, ou simplesmente, pode não saber que está tendo uma aula de história, ou algo perto disso.

O escritor Jonathan Hickman deita o leitor em uma rede informações reais e nos embala para relaxarmos e curtirmos toda a “licença poética” que a obra apresenta. Com personagens que realmente existiram, sendo que alguns deles nunca se encontraram em vida, o autor molda a divisão do governo americano e apresenta histórias que vão desde combate ao Nazismo, Kamikazes do Japão Feudal, inteligências artificiais, portais de teletransportesrobôs soviéticos e extraterrestres. E incrivelmente tudo acaba fazendo muito sentido.

Antes de tudo, estimado e amigo leitor vigilante, você deve saber que o Projeto Manhattan realmente existiu. O intuito do governo do presidente Franklin D. Roosevelt era que a organização, que no começo se chamava Distrito Manhattan, construísse a primeira Bomba Atômica. E isso aconteceu. O ponto que Hickman brinca muito bem é que: e se a Bomba Atômica foi só uma fachada para uma coisa maior? Seguindo essa premissa, o caldo na panela começa a engrossar.

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Em uma incrível mistura entre realidade e imaginário, Hickman, nos apresenta os Torii (aqueles arcos/portões vermelhos típicos no Japão) que são portais mágicos que podem teletransportar pessoas ou até exércitos inteiros, para qualquer lugar do planeta ou fora dele. A fonte de poder dos portais é a força mental de monges budistas. A história se encontra logo após o final da Segunda Guerra Mundial, mas constantemente somos levados a flashbacks de antes ou durante o conflito para a melhor compreensão da narrativa em si. E essas “viagens” ocorrem muitas vezes na mesma página de forma ordenada e de fácil entendimento.

O primeiro número começa quando o físico Robert Oppenheimer, um dos inventores da Bomba H, é recrutado pelo General Leslie Groves (duas figuras que existiram de verdade) para ingressar no Projeto Manhattan. Logo de cara a mistura de ficção e realidade surge, pois sabemos de um irmão gêmeo de Oppenheimer que possui tendências comunistas e hábitos estranhos (não vamos falar para não soltar spoiler). Também temos na equipe Albert Einstein que é taxado como gênio-esquisitão-beberrão, o alemão Werner Von Braun, que na vida real teve um grave problema no braço esquerdo e na HQ tem o mesmo membro mecanizado, Harry Daghlian que morreu depois de sofrer uma irradiação tornou-se uma espécie de “poeira nuclear”, Richard Feynman, Enrico Fermi, entre outros. Todos com suas peculiaridades que tiveram na vida real, e que se transformaram em características criadas pelo escritor. Um grande exemplo é a solução incrível pós-morte que ele dá para o presidente Roosevelt.

O jogo de cores brinca representando passado/presente, real/imaginário ou simplesmente comunismo/capitalismo.

A narrativa de Hickman não esconde muito os spoilers, e sempre entrega seja logo de cara ou na mesma edição alguma revelação estrondosa. O que poderia tirar atenção do leitor por já ter sido entregue de bandeja, acaba atiçando a curiosidade para continuar a leitura. E essa visão meio “malucada” é materializada com os desenhos de Nick Pitarra, que antes do Projeto Manhattan, era um artista desconhecido do grande público, mas que já tinha trabalhado com Hickman antes. A arte de Pitarra meio cartunesca, meio crua, impressiona e faz um casamento perfeito com o que a história propõe. Os devaneios de alguns personagens, como as cenas de violência (que não são poucas) e as cenas de ação (que também não são poucas) lembram em alguns momentos os traços, em devidas proporções, de Simon Bisley.

Pode esperar muita violência e sangue nas edições

Contudo, o roteiro é o ponto forte de Projeto Manhattan. Jonathan Hickman passa a sensação de que apesar de vários eventos acontecendo, há alguma coisa misteriosa ao fundo, um perigo maior para ser combatido. Algumas pontas às vezes são deixadas soltas em diversos momentos das HQ’s, mas que no futuro elas reaparecem e causam um grande estrago, ou simplesmente acabam se tornando um caminho para outra história. Por manter um mistério e envolver seus personagens tão magistralmente, o leitor fica grudado querendo saber qual o rumo vai tomar. E ao saber que aquelas pessoas realmente existiram, algumas pessoas (como eu por exemplo) acabam pesquisando pelas figuras históricas.

A obra é leitura obrigatória para quem curte quadrinhos e gosta de uma boa produção. O roteiro de Jonathan Hickman envolve, os desenhos de Nick Pitarra são bastante funcionais na história e as cores de Jordie Bellaire são a cereja do bolo. Projeto Manhattan é publicado nos EUA pela Image Comics, e aqui no Brasil é distribuído pela Devir, que lançou o quarto volume recentemente.

Dentro da proposta da HQ, o título original The Manhattan Projects (Os Projetos Manhattan) faz mais sentido devido as diversas equipes trabalhando ao mesmo tempo em diferentes projetos. Aqui no Brasil, a série foi traduzida como Projeto Manhattan.

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No site da editora você encontra todos os volumes pelo preço de R$ 49,00, no formato 17 x 26 cm, com 152 páginas coloridas em papel couchê em um acabamento em brochura e laminação brilhante. Você também pode adquirir as edições clicando no banner da Amazon logo abaixo.

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