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Juiz Dredd: Heavy Metal | O lado porra-louca de Mega-City Um

As histórias do Juiz Dredd transitam entre o sério e o caricato, equilibrando muito bem os dois estilos graças a incrível capacidade dos artistas e roteiristas envolvidos, que são capazes de abordar tantos elementos deste universo com naturalidade. Em Juiz Dredd: Heavy Metal, lançamento da Mythos Editora, encaramos os lados pouco explorados e muito inusitados de Mega-City Um, especialmente para leitores casuais: a zoeira, a porra-louquice, com histórias imprevisíveis, brutais, politicamente incorretas e muito caricatas.

Biba Baitolo, O Homem Que Matou o Juiz Dredd, quer ser chamado de Cabra-Macho. Bimba, um pequeno veadinho dos estúdios Wolt Bisley, perdeu sua mãe, morta por um caçador que tem uma piroca na cabeça. E não podemos deixar de mencionar o Grande Arsoli, que possui a maravilhosamente útil habilidade de esconder objetos no cu.

As histórias que compõem o encadernado Juiz Dredd: Heavy Metal dividem opiniões não somente no Brasil mas também no Reino Unido, terra de origem do personagem. Quando foram criadas, em meados dos anos 90, muitos fãs encararam o estilo satírico escrachado como algo ruim, e até hoje estas histórias são polêmicas e geram discussões por conta disso. Apesar do Juiz Dredd ser o meu personagem favorito dos quadrinhos, eu quero que se foda. aqui pra ver o caos.

Uma das principais particularidades dos quadrinhos do Juiz Dredd é justamente a possibilidade de criar histórias sérias, densas e políticas mas também ir para o lado oposto, lidando com o absurdo engraçado do início ao fim.

Este tipo de abordagem só poderia ser feita por grandes mentes criativas que entendem o personagem e são exímios profissionais capazes de escrever todo tipo de história, fazendo o Juiz Dredd lidar com inimigos Soviéticos e problemas sociais ou, por outro lado, investigar Senhoras do Politicamente Correto que usam corpos de macacos para saírem pelas ruas matando a corja da sociedade, usando somente controle mental. É isso aí.

Dredd foi criado no final dos anos 70 na revista semanal 2000 AD como uma paródia das medidas de Margaret Thatcher, a Dama de Ferro do governo inglês. Desde a sua criação, por John Wagner e Carlos Ezquerra, passando pela dupla Pat Mills e Mike McMahon e voltando posteriormente aos seus criadores (longa história), o personagem equilibrou as sátiras com as tramas mais relevantes.

A Revolta dos Robôs, primeiro arco longo do Juiz, publicado (pelo menos o início) no Brasil pela Ebal, lidava com a ideia do futuro onde as máquinas se revoltam, mas também encara as situações com muito humor. Não é absurdo que, ao decidirem publicar aventuras de seis páginas na revista Rock Power voltadas para os metaleiros da época, decidissem fazer algo diferente, apresentando um show visual e entretenimento barato e divertido.

Curtas, diretas e belissimamente ilustradas por nomes que revolucionaram o mercado como Simon Bisley, Dean Ormston, Brendan McCarthy, John Hicklenton e Colin MacNeil, as aventuras da antologia Heavy Metal foram idealizadas por David Bishop, visando criar algo separado do universo regular. John Wagner (que, ora pois, é O criador), Alan Grant, John Smith e Jim Alexander, todos nomes intimamente ligados ao Juiz, cuidaram dos roteiros e o resultado é absurdamente bom.

O nível de violência é extrapolado: você começa a ler e suas mãos ficam sujas de sangue. Palavrões, cenas ridículas e muitas paródias musicais, que vão de Elvis Presley a Beatles, resumem perfeitamente o teor Heavy Metal que dá nome ao quadrinho. Sobra piada até para o Ozzy Osbourne. Tudo é muito caricato, mas também extremamente detalhado. E o já citado show visual tornou-se um trabalho pioneiro pois daí em diante surgiram, oriundos destes nomes fortíssimos da nona arte, diversos clones que reproduzem seus estilos à exaustão até os dias de hoje.

E a revolução de Heavy Metal Dredd pode ser vista também em outras mídias. A série animada Judge Dredd: Superfiend (2014), por exemplo, bebe da influência de histórias como as mencionadas acima para, misturando com a cronologia comum do personagem, criar cada um dos episódios, cheios de momentos absurdos, com violência e extrapolação de conceitos.

Heavy Metal é um trabalho diferente. Se encarado da forma errada pode sim soar somente como algo ridículo, mas a ideia é outra, merecendo atenção e elogios. O capricho da edição nacional (a despeito de alguns imperceptíveis errinhos de letreiramento), traduzida por Érico Assis, também merece todo o louvor possível, adaptando perfeitamente as piadas e até mesmo as músicas, como na história A Cartilha de Mega-City.

Feito para ser lido de mente aberta e visando única e exclusivamente a diversão, Juiz Dredd: Heavy Metal possui 132 páginas em papel couché encadernadas em capa dura no formato 26,4 x 18,8 cm, com preço sugerido de R$ 64,90. Ficou interessado? Aproveite os 40% de desconto na Amazon! Quer conhecer mais sobre o personagem? Confira nosso Guia de Leitura completo clicando aqui!

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Série do Dredd será “macabra, insana e descompromissada”, diz produtor

Há cerca de um mês a EW anunciou com exclusividade que a produtora independente IM Global, ao lado da Rebellion, está produzindo uma série de TV do Juiz Dredd intitulada Judge Dredd: Mega-City One. Em entrevista a SFX Magazine o CEO e produtor Jason Kingsley falou um pouco sobre o tom e principais aspectos da produção:

Elementos de dark fantasy fazem parte de um gênero que seria ótimo de se explorar“, diz Kingsley. “A série combinará o macabro com o insano, sendo também descompromissada. É um grande lugar, afinal de contas, com 400 milhões de histórias para se contar.

Se você gosta dos dois filmes live-action do Dredd, também poderá gostar da série. “Longas narrativas fazem com que mostrar Mega-City Um e seus habitantes seja algo fácil,” continua o produtor. “Tentar encaixar tudo isso em um filme de duas horas é muito difícil.

Para saber tudo sobre a série de TV do Juiz Dredd, clique aqui.

Com relação a estreia do seriado, Kingsley revela que a espera pode durar mais tempo que o previsto: “Meu palpite é de que estamos a cerca de dois anos de distância. Mas estamos tão no início do processo que as coisas podem acontecer de forma rápida, ou muito mais devagar.

Sobre o retorno de Karl Urban ao papel principal, Kingsley evitou respostas diretas, dizendo somente que conhece Urban “o suficiente para ter uma conversa com ele.

Situada na cidade apocalíptica da costa leste dos EUA, Mega-City Um, a série será focada em um grupo de Juízes, policias futuristas do século 22 que possuem o poder de juízes, júris e executores, enquanto eles lidam com as dificuldades e loucuras desta época. Dredd, o incorruptível e mais temido Juiz de Mega-City Um, surgiu nos quadrinhos em 1977, criado por John Wagner e Carlos Ezquerra. No Brasil suas histórias são publicadas pela Mythos Editora.

Quer conhecer mais sobre o personagem? Confira o Guia de Leitura do Juiz Dredd clicando aqui!

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Tudo sobre a série de TV do Juiz Dredd

Há algum tempo a EW anunciou com exclusividade que a produtora independente IM Global, ao lado da Rebellion, está produzindo uma série de TV do Juiz Dredd intitulada Judge Dredd: Mega-City One. Confira abaixo todos os detalhes que já foram divulgados sobre o seriado, incluindo dicas de leitura sugestionadas pela própria Rebellion e as entrevistas completas de todos os produtores!

Na cidade apocalíptica da costa leste dos EUA, Mega-City Um, a série será focada em um grupo de Juízes, policias futuristas do século 22 que possuem o poder de juízes, júris e executores, enquanto eles lidam com as dificuldades e loucuras desta época. Esta foi a breve sinopse divulgada com o anúncio da série.

Dredd surgiu nos quadrinhos em 1977. Criado por John Wagner e Carlos Ezquerra, o incorruptível e mais temido Juiz de Mega-City Um é publicado semanalmente na revista britânica 2000 AD, tendo dois filmes protagonizados por ele, um de 1995 onde o Bom Juiz foi vivido por Sylvester Stallone, e outro mais recente, de 2012, com Karl Urban no papel principal. O filme moderno, apesar de ter sido um fracasso de bilheteria, arrebatou uma quantidade de fãs e boas críticas considerável graças ao tom fiel ao material original, o que possibilitou que os produtores da Rebellion fossem atrás de outra adaptação live-action.

Veja o primeiro pôster divulgado:

O presidente da IM Global Television, Mark Stern (Battlestar Gallactica, Helix, Defiance) e Stuart Ford, CEO da IM Global Television, estão diretamente ligados à produção. Os donos da Rebellion, Jason e Chris Kingsley, também estão envolvidos.

Essa é uma das propriedades intelectuais de ficção-científica que ficam mais e mais relevantes conforme o tempo passa“, disse Stern. “Não é somente um mundo muito rico com diversas críticas sociais, como também é divertido pra inferno! Como um fã dos quadrinhos e de ambos os filmes, é um sonho tornando-se realidade poder trabalhar com Jason e Chris nesta adaptação para a TV.

Estamos muito empolgados para começar essa jornada e ter mais de Mega-City Um nas telas“, disseram Jason e Chris. “Graças aos fãs que pressionaram-nos nas redes sociais, e muito trabalho e entusiasmo, estamos mirando em uma produção com grande orçamento que irá satisfazer tanto a audiência composta por fãs quanto pelo público geral.

Há poucos dias os produtores também manifestaram interesse em convocar Karl Urban para repetir o papel principal, graças a sua impecável interpretação no longa de 2012, extremamente fidedigna ao material original. O produtor Brian Jenkins disse em entrevista: “Tivemos muitas conversas sobre isso, sobre todo o tipo de coisa. Ele [Urban] é um ator em tempo integral muito ocupado. Então eu imagino que nós teremos algumas conversas bem longas e complicadas, e veremos onde isso vai dar. É muito cedo para dizer, mas se pudermos usá-lo e ele estiver disponível para nós, então eu acho que seria algo absolutamente brilhante. Sempre existe a chance de que ele esteja ocupado, ou que sua agenda de filmes não permita – basicamente, neste momento nós ainda não sabemos.

Urban compartilhou o anúncio do seriado em seu perfil no Twitter logo após a divulgação, causando alvoroço entre os fãs.

Logo após o anúncio, o canal oficial da 2000 AD no YouTube também liberou um vídeo comemorativo, onde os apresentadores sugeriram os melhores quadrinhos de introdução ao universo do Juiz. No vídeo, ambos dizem que o seriado deve estrear somente daqui a dois anos e sugerem as histórias: América, Juiz Morte, Apocalypse War, Dia do Caos, Origens, e a série Complete Case Files. É importante ressaltar que boa parte destas sugestões já foram (ou serão) publicadas no Brasil pela Mythos Editora, além de outros materiais altamente recomendados.

Se você está interessado em conhecer mais sobre o universo do Juiz Dredd, confira o Guia de Leitura do personagem clicando aqui.

Outro detalhe interessante a se notar é como, no pôster, diz-se que Mega-City Um possui 400 milhões de habitantes. No filme de 2012, Dredd dá início ao longa fazendo uma narração em off onde diz que Mega-City possui 800 milhões de habitantes. Caso o seriado esteja situado no mesmo universo (é pouco provável), podemos deduzir que a Guerra do Apocalipse aconteceu em algum momento da história, aniquilando 50% da cidade, como nos quadrinhos. Porém, graças ao visual futurista presente na imagem, definitivamente as chances da série estar situada no mesmo universo do filme são praticamente nulas.

Se Judge Dredd: Mega-City One vier a estrear em meados de 2019, com certeza será uma das produções mais aguardadas do ano. A proposta de utilizar um orçamento altíssimo para criar um visual deslumbrante chama muito a atenção, e a dúvida sobre a entrega de tamanha qualidade permeia a cabeça de todos.

Não deixe de acompanhar a Torre de Vigilância para ficar ligado em todas as novidades sobre o Juiz Dredd, na TV e nos quadrinhos!

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Batman & Juiz Dredd | As duas faces da Justiça

O Juiz Dredd da revista semanal britânica 2000 AD encontra-se com o Batman da DC Comics. O Bom Juiz e o Cruzado Encapuzado já dividiram páginas de quadrinhos em quatro histórias, sendo uma das poucas séries de crossovers com senso de cronologia. Quer saber mais sobre essas histórias? Confira abaixo um dossiê completo, explicando os detalhes de cada uma delas!

Introdução

O Juiz Dredd foi criado em 1977 por John Wagner e Carlos Ezquerra. Sua popularidade cresceu rapidamente e hoje ele é o personagem mais reconhecido dos quadrinhos britânicos ao redor do mundo. Vivendo na cidade futurista de Mega-City Um, onde o sistema judicial é chefiado pelos Juízes (detentores dos direitos de juiz, júri e executor), o policial do futuro lida com marginais, mutantes, alienígenas e até mesmo seres sobrenaturais em suas histórias. Já o Batman, que dispensa longas apresentações, surgiu em 1939 pelas mãos de Bill Finger e Bob Kane, sendo hoje a marca mais rentável da DC Comics.

Apesar de ter sido criado por Wagner, que escreve as principais histórias até hoje, uma série de roteiristas de qualidade já criaram aventuras do Juiz Dredd. Entre diversos nomes destaca-se Alan Grant, que por muitos anos foi parceiro de trabalho de John Wagner, chegando até a morarem juntos por um tempo. Grant é reconhecido no mercado norte-americano por sua passagem no Lobo e no Batman, este segundo onde os dois amigos desenvolviam aventuras juntos, inclusive criando um dos vilões do herói de Gotham, o Ventríloquo. Com os parceiros de trabalho atuando juntos para os americanos e ingleses, surgiu a ideia do primeiro crossover entre Batman e Juiz Dredd, chamado Julgamento em Gotham.

Batman/Juiz Dredd: Julgamento em Gotham

Publicado originalmente em 1991, o primeiro encontro dos personagens foi escrito pelos já citados Wagner e Grant, com a arte do pop star Simon Bisley. O artista já havia trabalhado com o Juiz Dredd em publicações britânicas, especialmente em uma revista de heavy metal chamada Rock Power. Essas histórias foram compiladas no encadernado Juiz Dredd – Heavy Metal. Neste crossover o Juiz Dredd e o Batman se encontram pela primeira vez após uma série de eventos. O Juiz Morte, ser de uma dimensão onde a vida é um crime, vai para Gotham City após conseguir um Teletransportador Dimensional com o Máquina Malvada da Gangue Angel. Em Gotham, após alguns assassinatos, o monstro dá de cara com Batman, que vai parar em Mega-City Um, onde o Juiz Dredd o prende e inicia um interrogatório. Batman é salvo pela Juíza Anderson, e juntos eles voltam à Gotham com o objetivo de parar o Juiz Morte que está trabalhando em parceria com o Espantalho, matando diversas pessoas em um show de heavy metal. Juiz Dredd se teletransporta para Gotham com o objetivo de ajudar Anderson, prender o Máquina Malvada (que foi atrás de Morte querendo seu pagamento pelo Teletransportador), e levar o Batman em cana.

Algo interessante sobre este crossover é que, apesar de ser bem dividido em cada uma das cidades, Batman é o personagem que mais sofre por ter ido parar na cidade futurista onde quase tudo é um crime, principalmente vigilantismo. Ao longo da história o herói é sentenciado a algumas décadas de prisão, e somente no final o Juiz Dredd reconhece algum valor no Cruzado Encapuzado. O sucesso deste crossover foi estrondoso, fazendo até com que o dono de uma grande loja em Londres declarasse que as filas de autógrafos no lançamento da graphic novel se igualaram a uma sessão de assinaturas do cantor David Bowie, realizada um mês antes no mesmo local.

Contém cerca de 60 páginas e foi publicado no Brasil em 1992 pela editora Abril em uma minissérie dividida em duas partes.

Batman/Juiz Dredd: Vingança em Gotham

Em 1993 a dupla de roteiristas publicou o segundo encontro entre os personagens, motivados pelo sucesso da primeira história. Ilustrada por Cam Kennedy com arte de capa por Mike Mignola, esta aventura é tratada o tempo todo com a ideia de que Batman e Juiz Dredd já trabalharam juntos, e apesar das discordâncias com relação aos métodos um do outro, ambos de alguma forma se respeitam.

Dredd encontrou um jornal antigo que noticiava a morte de Batman, e o Juiz vai para Gotham com o objetivo de impedir que o Morcego morra, e a única forma de fazer isso é espancando-o por 45 minutos. Em paralelo, o Ventríloquo e seu chefe Scarface planejam o assassinato do filho de um senador. Ao final da pancadaria Dredd revela que os Juízes Psi de Mega-City Um, categoria que a citada Juíza Anderson faz parte, formada por detentores de fortes habilidades psíquicas, previram que Batman ajudaria a salvar a cidade futurista de uma grande catástrofe, e essa foi a única razão que levou o Juiz a impedir que o herói morresse, dando o gancho para uma futura continuação.

Contém 52 páginas e foi publicado no Brasil pela editora Abril em 1995.

Batman/Juiz Dredd: A Charada Definitiva

O terceiro crossover é também o mais desconexo dos quatro. Publicado originalmente em 1995, Wagner e Grant se unem aos artistas Carl Critchlow e Dermot Power para inserir os personagens em um Campo Mortal organizado pelo misterioso Imperador Xero e composto pelos oito maiores guerreiros de diversos mundos, que devem se enfrentar em busca da liberdade. Obviamente, entre os guerreiros estão Batman (teletransportado enquanto perseguia o Charada em Gotham) e o Juiz Dredd (transportado enquanto prendia um criminoso nas ruas).

Batman é sorteado como a presa e os sete guerreiros restantes deverão caçá-lo. Entre os competidores da arena está um khúndio, raça conhecida na mitologia da DC Comics como os maiores belicistas do universo. Juntos, os protagonistas enfrentam os inimigos e desvendam o mistério por trás da arena, que é revelada como uma ilusão criada por um artefato futurista trazido a esta era pela crise no tempo Zero Hora, principal saga da DC na época em que a história foi publicada.

Contém 52 páginas e foi publicado no Brasil pela editora Abril em 1998.

Batman/Juiz Dredd: Morra Sorrindo

Encerrando a saga, Morra Sorrindo foi publicado originalmente em 1998 em duas partes, contendo a arte Glenn Fabry na primeira e Jim Murray na segunda. Fabry, reconhecido capista de Preacher e outras séries, levou alguns anos para ilustrar sua história e a demora fez com que ele fosse substituído por Murray na continuação. Grant e Wagner, obviamente, retornaram como roteiristas para fechar o épico que levou sete anos para ser concluído, após o Julgamento em Gotham ter sido lançado em 1991.

Nesta história o Coringa se apodera de um transportador dimensional e vai para Mega-City Um com o objetivo de libertar os quatro Juízes do Apocalipse. Com um tom de urgência constante, este crossover lida com muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, que vão desde a destruição completa de um domo fechado com milhares de pessoas inocentes até o assassinato do Juiz-Chefe, possuído por um dos Juízes Negros. O Coringa visa a imortalidade, e os quatro seres malditos querem somente acabar com toda a vida, e a Juíza Anderson retorna a Gotham para alertar o Batman, que deve trabalhar ao lado do Juiz Dredd uma vez mais e dar um fim à profecia proclamada na aventura Vingança em Gotham. Tendo se encontrado tantas vezes anteriormente, os dois já conhecem o modus operandi um do outro e o respeitoaumentou. Aqui eles trabalham juntos, como verdadeiros iguais, para impedir os quatro demônios e seu novo companheiro, o inimigo do Homem-Morcego.

Contém cerca de 100 páginas e foi publicado no Brasil pela Mythos Editora em 2002, em formato minissérie dividida em duas partes.

Após tantos anos, Wagner e Grant conseguiram criar uma saga composta somente por crossovers, um feito verdadeiramente incrível que conseguiu dar uma popularidade para o Juiz Dredd fora do Reino Unido que até então era inimaginável. Muitas pessoas conheceram o personagem através destes encontros, e apesar de nunca terem sido republicadas no Brasil, as histórias foram compiladas no exterior pela DC Comics em um único volume, tornando possível que a editora Panini relance a série na íntegra, em novo formato e acabamento gráfico. Esperamos que isso aconteça.

E você, já conhecia os crossovers do Batman com o Juiz Dredd? Qual é o seu favorito? Podemos falar também sobre os confrontos do Juiz Dredd com o Predador e os Aliens, além da história maluca onde ele encontrou o Lobo, o Maioral. Comente abaixo!

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Guia de Leitura #15 | Juiz Dredd

Criado por John Wagner e Carlos Ezquerra no ano de 1977, o Juiz Dredd é o personagem mais famoso dos quadrinhos britânicos, publicado ininterruptamente na revista semanal  inglesa 2000 AD. Desde 2013 o Bom Juiz encontrou uma casa no Brasil através da Mythos Editora, inicialmente com uma revista mensal e atualmente em encadernados capa dura e capa cartão. Este Guia tem como objetivo introduzir o personagem a novos leitores e estabelecer uma ordem correta de leitura para seus encadernados, contendo todas as informações básicas e intermediárias para um iniciante.

Confira abaixo o Guia sobre Juiz Dredd mais completo do Brasil!

Introdução ao universo

Em abril de 2031, foi aprovado o novo Sistema Judiciário dos EUA, com uma nova força policial que detinha o poder de prender, julgar e executar. O objetivo desse novo sistema de justiça era combater as gangues que assolavam a vasta conturbação metropolitana que se estendia de Washington até Nova York, e que futuramente se tornaria a maior cidade do mundo, Mega-City UmJoseph Dredd e seu irmão, Rico Dredd, foram clonados do DNA do Juiz-Chefe Fargo, o primeiro Juiz-Chefe do mundo, em 2066.

No ano de 2070, o então presidente Robert L. Booth deu início à Terceira Guerra Mundial, que destruiu a maior parte do mundo. Algumas megalópoles sobreviveram, entre elas Mega-City Um, Mega-City Dois, Texas City, Brit City e poucas outras. Todo o restante do planeta tornou-se um grande deserto nuclear chamado Terra Maldita, e os resquícios da Guerra se estendem desde o surgimento de mutantes, vivendo neste deserto e alterados geneticamente graças a radiação – ou até mesmo pessoas com poderes psíquicos habitando as cidades – até a colonização do espaço por cidadãos que foram embora da Terra. O então presidente Booth foi julgado pelos Juízes de Fargo, sentenciado a criogenia, e os Juízes assumiram o poder da cidade, com o objetivo de conter os danos da Guerra, que incluíam o caos generalizado nas ruas, pânico, milhões de feridos e a necessidade de reconstrução de tantas vidas.

Mega-City Um: a população e os Juízes

A primeira aventura do Juiz Dredd publicada, ainda em 1977, se passa em 2099. Neste ano, os Juízes já estão estabelecidos como o principal poder das megacidades, e Dredd é o Juiz mais respeitado de todos. Mega-City Um possui uma população de 800 milhões de habitantes, sendo uma cidade futurista avançada tecnologicamente, onde as pessoas vivem em gigantescos blocos-condomínios, prédios onde muitos cidadãos nascem e morrem sem mesmo conhecer o mundo do lado de fora. Os números são impressionantes: há 87% de desemprego na cidade, e boa parte do trabalho é feita por robôs, sendo as pessoas desempregadas mantidas com um apoio mínimo do Estado. E do desemprego, nasce o crime. Todo cidadão é um criminoso potencial.

Os juízes passam por um rigoroso treinamento de 15 anos na Academia da Lei. As cidades possuem divisões muito exóticas, indo de áreas sexuais até becos suburbanos, passando por condos temáticos e espaços tecnológicos. Há todo tipo de coisa em Mega-City, e até mesmo alienígenas e seres dimensionais já existem no planeta Terra. Todos são rigorosamente patrulhados pelos juízes. A população da cidade variou com o passar dos anos: de 800 milhões de habitantes em Mega-City Um para 400 milhões durante a saga A Guerra do Apocalipse (publicada no Brasil pela Mythos Editora), onde a contraparte soviética de Mega-Leste Um deu início a uma guerra contra a cidade, e o Juiz Dredd impediu danos ainda mais catastróficos, tomando decisões cruciais para a sobrevivência. E os números flutuam com o passar dos anos conforme novos desastres ocorrem, como NecrópolisGuerra Total, Dia do Caos (os dois últimos publicados pela Mythos), etc. Algo interessante a se ressaltar é que a medicina já evoluiu a ponto das pessoas conseguirem viver muito mais que o normal, e Dredd aparenta ter cerca de 50 anos graças ao uso de drogas de rejuvenescimento utilizadas pelo Departamento de Justiça. Contudo, os anos correm em tempo real neste universo. Atualmente, já passaram dos anos 2140.

Inimigos, equipamentos, coadjuvantes e gírias

Dredd possui uma galeria de vilões pequena, especialmente se comparada a dos heróis dos quadrinhos americanos. O motivo é simples: existem duas opções para quem enfrenta os juízes, a morte ou a prisão. Entre os vilões recorrentes alguns se sobressaem, como os Juízes Negros (seres de uma dimensão onde a vida é um crime), o Máquina Malvada (homem lobotomizado por sua família de mutantes, transformado numa máquina de matar), Stan Lee (um lutador de Kung Fu), Chopper (um pichador) e meia dúzia de malfeitores. Entre os itens que Dredd utiliza para julgar os criminosos estão seus equipamentos, destacando-se sua arma, a Legisladora (que dispara cerca de oito tiros diferentes) e as motos Magistradas. Seu capacete possui uma gama de acessórios que vão desde zoom ótico até máscaras de gás e microfones. E o Juiz Dredd nunca mostrou seu rosto, sendo pura e simplesmente um avatar da justiça.

O elenco de apoio das histórias do Dredd varia bastante com o passar dos anos, e alguns até mesmo ganharam suas próprias séries, como a Juíza Anderson. Além dela, existem personagens incríveis como o Juiz Giant, a Juíza Hershey, Guthrie, América e outros. Neste universo também destacam-se as gírias utilizadas pelos personagens, como “Drokk“, uma espécie de profanação, e “Stomm“, que tem significado parecido. “Dreus” é o equivalente a Deus (no original, “Grud“); o dinheiro é chamado de “Creds“, os criminosos de “Vagais“, os mutantes de “Mutunas“, os corpos de “Presuntos“. E caso queira conhecer um pouco mais do background da criação do personagem, confira este texto.

Ordem de leitura

Confira abaixo a ordem de leitura cronológica dos encadernados e especiais publicados oficialmente no Brasil pela Mythos Editora até o momento. Boa parte das sagas essenciais do personagem, como A Terra Maldita e O Juiz Criança permanecem inéditas no Brasil, porém boa parte dos acontecimentos são situados aos leitores com os textos presentes nas compilações. Não é tão difícil quanto aparenta. A ordem não é exata, pois algumas edições possuem histórias de outros momentos da cronologia, porém o mais sensato a se fazer é ler na sequência abaixo. Outros materiais foram lançados, por outras editoras, porém não são facilmente encontráveis, então foram limados desta lista. Sem mais delongas:

Juiz Dredd: Guerra Total

Outros selos

Dredd já teve histórias publicadas por editoras americanas como IDW, Dark Horse e DC Comics. A IDW licenciou o personagem (e outros da 2000 AD, como o Renegado) em 2013 e vem produzindo material para os americanos desde então, sendo que um deles chegou às bancas brasileiras em 2015 e outro em 2020. Pela Dark Horse, os crossovers com o Predador e com Aliens foram os dois lançamentos, que também receberam duas edições de luxo brasileiras lançadas pela Mythos. E na DC Comics, o personagem já se encontrou com o Batman (em quatro histórias) e com o Lobo. No Reino Unido, o Juiz já teve histórias lançadas em revistas de música, compiladas no encadernado Heavy Metal onde boa parte são ilustradas por Simon Bisley, e também não fazem parte da cronologia oficial da 2000 AD.

Curiosidades

O Juiz Dredd inspirou alguns personagens da cultura pop, como o RoboCop. Um dos concept arts do RoboCop, feito em 1987, possuía uma enorme semelhança com o Juiz, especialmente por conta do capacete;

O personagem teve dois filmes live-action, um em 1995 protagonizado por Sylvester Stallone, e outro (mais fiel) em 2012, onde Karl Urban deu vida ao Dredd. Entre as produções feitas por fãs estão o curta Judge Minty e a série Cursed Edge. Nas animações, foi produzida uma série fan film animada chamada Judge Dredd Superfiend. A Rebellion/2000 AD anunciou há alguns anos que uma série de TV de Mega-City Um está em desenvolvimento.

Com relação aos quadrinhos, diversos gigantes da indústria escreveram ou ilustraram histórias do Dredd. Garth Ennis, Grant Morrison, Mark Millar, Frank QuitelyAlan Grant, Brian Bolland, Simon Bisley, Liam Sharp, Frazer Irving e muitos outros já passaram pelas páginas do Juiz.

A banda de heavy metal Anthrax possui uma música dedicada ao Juiz, chamada “I Am The Law“.

Nos games, existem pelo menos três jogos famosos: Judge Dredd vs Death (PS2), Dredd vs. Zombies (mobile) e Judge Dredd: Countdown Sec 106 (mobile). Nos board games, o Juiz tem alguns jogos de cartas e outros de miniaturas (com tabuleiro).

E aí? Ficou interessado em acompanhar as histórias do Juiz mais durão de Mega-City Um? Compre os encadernados através da Amazon e Loja Mythos, e fique ligado pois os lançamentos não param por aí e, conforme as novidades chegarem, este Guia irá acompanhá-las. Boa leitura, vagal.

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Juiz Dredd | A introdução de Origens

O Juiz Dredd vem sendo publicado no Brasil através de uma série de encadernados. É uma prática comum a presença de textos introdutórios ou extras, feitos para melhorar a experiência do leitor, nos quadrinhos em capa dura lançados por aqui e no exterior. Os compilados da Mythos Editora, casa nacional do personagem, não fogem desta prática.

Porém, muitas vezes a falta de espaço (ou páginas) impede que alguns materiais extras componham os quadrinhos, como é o caso do texto de introdução que não esteve presente no encadernado Juiz Dredd: Origens, de 2013. Apesar desse empecilho, você pode conferir este texto – que também serve como uma introdução ao universo do Dredd – com exclusividade abaixo! As imagens não ilustravam o texto original, cedido pelo tradutor e editor-assistente Pedro Bouça.

“Quando foi criado, em 1977, ninguém imaginava que o Juiz Dredd duraria muito tempo. Naquela época, os quadrinhos tradicionais britânicos enfrentavam uma profunda crise, que praticamente os destruiria. Dredd, porém, era um sobrevivente e tanto a série quanto a revista em que é publicada, a famosa 2000 AD, existem até hoje.

No entanto, isto significa que nos seus primeiros anos a série não se deu ao trabalho de estabelecer detalhadamente o personagem e o seu universo. O Juiz Dredd era um superpolicial com autoridade de juiz, júri e executor, impondo a lei em uma gigantesca metrópole futurista que era por sua vez cercada por um meio ambiente desolado, a Terra Maldita, consequência de um confronto nuclear que muitos viam como inevitável naqueles tempos de Guerra Fria. Mas pouco mais foi estabelecido e quando os autores (tanto o criador do personagem John Wagner quanto o editor – e principal escritor da série nos seus primórdios – Pat Mills) se referiam ao passado era geralmente de forma vaga e inconsistente. Um quebra-cabeça em que muitas peças faltavam e as poucas que existiam não se encaixavam muito bem.

Trinta anos depois, John Wagner decidiu botar ordem na história do seu personagem e finalmente detalhar o passado de Dredd e seu mundo, juntando os elementos apresentados anteriormente para criar uma história consistente. Ao seu lado estava o outro criador da série, o desenhista Carlos Ezquerra, para quem o passar dos anos apenas refinou o talento e a disciplina de trabalho. Nesse ponto, pode se dizer que foi um mérito que esta história tenha levado 30 anos para ser contada, já que a dupla Wagner/Ezquerra de 2007 é bem mais talentosa do que era em 1977.

Outro fator importante diz respeito à situação política em 2007. Ao criar o “último presidente americano” Robert L. Booth em 1978 e responsabilizá-lo pela guerra atômica que devastou o mundo de Dredd, Pat Mills parecia apenas demonstrar o seu lado iconoclasta. O presidente americano na altura, Jimmy Carter, era (e é) um conhecido pacifista e os seus equivalentes soviéticos pareciam muito mais propensos a iniciar um conflito nuclear. Em 2007, porém, o então presidente americano George W. Bush era um modelo muito melhor para a mistura de corrupção, beligerância e incompetência que caracteriza Booth nesta história. Claramente Mills estava à frente do seu tempo…

Mas Origens não se limita apenas a contar o passado do personagem. Nela Wagner lança também as bases de boa parte das tramas futuras da série, cujas ramificações são visíveis nas histórias publicadas até hoje em dia no Reino Unido. Por isso ela foi escolhida para iniciar o que esperamos que seja uma duradoura história de publicação do Juiz Dredd no Brasil.

E é essa a história que a Mythos Editora tem a honra de apresentar ao público brasileiro. Esperamos que vocês gostem e não deixem de acompanhar a revista mensal do personagem, que estará em breve em uma banca perto de vocês. Boa leitura!

E aí? Se você não estava certo de que este material é excelente, foi convencido agora? Juiz Dredd: Origens chegou às livrarias em 2013, contendo 196 páginas em capa dura, e foi o primeiro encadernado do Bom Juiz lançado pela Mythos, marcando o início de uma duradoura série de publicações que continuam a proporcionar experiências de leitura fascinantes aos seus fãs. E que siga dessa forma até o fim dos tempos, trazendo a Lei para os Sem-Lei.

Caso você tenha se interessado, acompanhe os encadernados do Juiz Dredd, com histórias clássicas e modernas, comprando através da Amazon:

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Os comerciais da 2000 AD para televisão

Algumas editoras americanas – como a DC e a Marvel – vez ou outra apostam em comerciais para a divulgação de seus respectivos materiais (principalmente em época de filmes no cinema). Mas você sabia que a 2000 AD, maior revista em quadrinhos britânica, também já teve alguns comerciais exibidos na TV? Confira algumas curiosidades abaixo!

Querendo ou não, a televisão é o meio de comunicação mais popular e utilizado no mundo, enquanto a internet ocupa a 2ª posição. Segundo pesquisas feitas pelo próprio governo, no Brasil cerca de 26% das pessoas utilizam mais a internet, enquanto mais de 65% assistem mais televisão.

Isso garante um mercado de divulgação na TV (que não é exclusivo do nosso país), com centenas de comerciais em diversos horários, dos mais aos menos “nobres”. E a 2000 AD já teve alguns comerciais durante sua existência, exibidos lá fora! Vale lembrar que estes são os comerciais que podem ser encontrados no YouTube, e não há informações suficientes para dizer se existiram outros.

O primeiro deles, de 1977:

Este comercial é apresentado pelo Editor Alienígena Tharg, e divulga a primeira edição da 2000 AD, fazendo propaganda do novo e invencível Dan Dare. É engraçado reparar que a nave do editor pousa na Terra e está recheada de 2000 AD’s, a nova revista em quadrinhos da galáxia, com um spinner grátis! Muito divertido.

Esta versão da 2000 AD já foi publicada no Brasil com poucas alterações (basicamente alterações de capa), pela extinta editora EBAL, e durou dez edições. Confira mais informações clicando aqui.

Outro comercial, de 1994:

Um fator curioso é que este comercial é muito bem feito visualmente, e custou muito caro para que se obtivesse este resultado. Com isso, ele se tornou muito mal sucedido, pois os gastos na produção impediram que ele fosse exibido em horários bons! Uma pena…

Os personagens mencionados são: Gideon, Rogue Trooper, Mambo, Sláine e Judge Dredd (este último, é claro, responsável pela frase de efeito para divulgação). Também vale ressaltar que Sláine e Juiz Dredd foram publicados mensalmente na Juiz Dredd Megazine, da Mythos Editora, e a partir da edição 13, Rogue Trooper (com o título Renegado) foi incluído no mix. Infelizmente a revista foi descontinuada na edição 24, porém a editora segue publicando diversos encadernados das mais variadas obras.

E por último, o comercial da “versão infantil” da 2000 AD:

A revista divulgada chamava-se Judge Dredd: Lawman of the Future, e foi publicada na época do lançamento do desastroso filme protagonizado por Sylvester Stallone. Esta revista durou 23 edições, sendo lançada entre Julho de 1995 e Maio de 1996.

Nos EUA uma revista do Juiz Dredd também foi comercializada (material produzido pelos americanos) nesta época graças ao filme protagonizado pelo garanhão italiano, e dizem que o longa foi responsável por uma brusca queda nas vendas das revistas relacionadas ao personagem (incluindo a revista britânica). Uma verdadeira catástrofe.

Capa da primeira edição de Lawman of the Future, que possuía um pôster do filme em seu interior.

Todos os comerciais produzidos pela 2000 AD tiveram algum impacto nas vendas da revista, seja para melhor ou pior. Há algum tempo a empresa não investe na mídia, focando todo seu esforço de produção para as redes sociais, como por exemplo, o canal no YouTube, onde são comentados os lançamentos, fazem dossiês e divulgam novidades.

Contudo, os comerciais ainda existem graças às gravações dos fãs, e servem como um valor histórico importante para retratar épocas do passado. Gostou das curiosidades? Comente abaixo!